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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
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Terra. Inglaterra! Ano de 2065. Depois da queda do meteoro e a descoberta da incurável infertilidade humana, a economia global continua em queda livre. Os distúrbios vêm aumentando em todas as cidades do planeta. Ninguém mais se sente seguro em lugar algum!

E para complicar ainda mais, as intervenções no tempo passado realizadas pelo Pai de Jesus, começaram a provocar pequenas, mas relevantes alterações, na história humana e consequentemente na história dos
stellaris. Coisas que não aconteceram antes passaram a acontecer agora! As caveiras de cristal, descobertas no passado pela humanidade, estão prestes a ser apresentadas aos stellaris. E com elas o rumo da história poderá mudar...!

Aquele homem, representante do povo das pirâmides, agora encontra-se dentro do museu inglês, olhando bem de perto, com leve sorriso, para uma caveira de cristal, exposta num dos corredores do museu, dentro de uma caixa de vidro à prova de balas. O diretor do museu e dois guardas armados caminham em direção ao estranho homem.

O distinto senhor pede que ele se afaste um pouco. O alienígena disfarçado de ser humano atende e dá um passo para trás. Agora a cúpula de vidro é aberta e a caveira de cristal é cuidadosamente retirada de dentro de sua proteção. O estranho homem observa tudo e questiona:

- É maravilhosa, não é mesmo?

- Sim! (responde o diretor). A joia mais rara de toda a nossa coleção.

- Vocês irão transferi-la para outro lugar?

- Sim! (confirma o responsável pelo museu). Para um lugar, espero, bem mais seguro, onde os segredos ocultos em seu interior possam afinal ser revelados.

- O que o senhor acha que existe em seu interior? (questiona o homem sinistro).

- A humanidade nunca descobriu e tampouco quem a fez! (declara triste o Diretor do Museu inglês).

- Que pena! (declara o alienígena).

O Diretor do Museu, chateado, concorda com a cabeça e se despede a seguir.

- Com licença, senhor!

O estranho homem aceita o pedido de licença e observa a partida do diretor do museu que dirige-se, acompanhado dos dois guardas, para a outra sala do museu. Ali os três se encontram com um dos androides, o João. O diretor oferece o presente.

- Senhor Androide! Por favor! Aqui está!

O androide João aproxima-se do diretor do museu e o cumprimenta:

- Bom dia, senhor! Este é o presente de que falava?

- Bom dia! Sim! É este! Desculpe-me a presença dos seguranças armados aqui dentro do museu. Mas isso vem sendo necessário para proteger todo o local. A sociedade está em franca implosão social e econômica e o número de vândalos aumenta muito todos os dias. Não podemos permitir que destruam toda a história da humanidade! Quero que leve esta caveira de cristal aos seus amigos extraterrestres para protegê-la. Talvez eles possam desvendar o mistério por detrás deste artefato, antes que os vândalos destruam-no! Tome cuidado! Este objeto é inestimável!

Ao ver a caveira de cristal o androide João imediatamente acessa a internet e levanta todas as informações a respeito do assunto, enquanto isso ele reclama com o diretor do museu!

- Os
stellaris não são alienígenas! Eles são a evolução da espécie humana.

- Me desculpe! A internet os chamam de alienígenas o tempo todo e nós nos acostumamos com isso!

- Vocês descobriram mais alguma coisa sobre estas caveiras? (indaga João).

- Sim! Descobrimos que o cristal desta aqui é do planeta Terra, mas as ferramentas utilizadas para confeccioná-lo são extraterrestres. Desconfiamos que isto contenha informações importantíssimas que nós até hoje não conseguimos decifrar! Talvez seus amigos na Alemanha possam!

- Os
stellaris estão acompanhando a nossa conversa ao vivo neste momento (argumenta o androide João). Eles querem saber onde estão as outras caveiras de cristal?

- Posso lhe dizer onde a maioria delas se encontra. Algumas estão perdidas, mas outras fazem parte de coleções particulares. Dificilmente alguém as emprestará a vocês! (comenta o diretor do museu).

O androide João para de falar por alguns segundos enquanto recebe a informação dos stellaris e depois comenta:

- Os
stellaris estão me informando que decidiram colocar um dispositivo de proteção semidimensional em cada museu do mundo, preservando assim toda a cultura humana contra qualquer tipo de vandalismo.

- Obrigado! Muito obrigado mesmo! Alguns materiais necessitam de manutenção de tempos em tempos, como faremos isso?

- Basta entrar em contato conosco e liberaremos o acesso das pessoas que farão a manutenção. Deste modo nenhum vândalo se aproveitará deste momento para saquear o museu e o trabalho de manutenção poderá ser realizado sem problemas.

- Talvez a humanidade tenha julgado mal a presença dos
stellaris aqui! (comenta o Diretor do Museu).

- Acredito que sejam mais humanos do que nós! (comenta o androide João).

O soldado androide João levanta uma de suas sobrancelhas e desaparece logo a seguir, reaparecendo diante de Spok, na Alemanha, para entregar-lhe a caveira de cristal doada pelo museu. Enquanto o pequenino
stellar a observa detalhadamente, propõe um objetivo ousado aos androides:

- Encontrem todas as caveiras de cristal conhecidas e tragam-nas para cá. Depois localizem as desaparecidas e as que ainda não foram encontradas pelos humanos. Comecem a pesquisar o solo onde as primeiras foram encontradas! Usem todos os recursos tecnológicos de que dispõem: raio-X, visão térmica, levitação, tudo! Encontrem estes objetos, mas não sejam descobertos pelos humanos! Sinto que existe algo aqui que nos será fundamental no futuro.

Os
stellaris iniciam uma série de testes da primeira caveira. Submetem-na a diversos equipamentos que já dispõem na Alemanha e depois de alguns dias de análises intensas descobrem algo fantástico! Submetida a uma frequência específica a caveira começa a vibrar e requisita uma conexão remota. Depois que um dos computadores stellaris foi adaptado para receber aquele sinal, uma série de dados aparecem na tela de cristal líquido! Muitos terabytes se transferem imediatamente. Spok inicia a vasta leitura e fica assombrado!

As informações contam a história de um povo que foi chamado pelos Maias na Terra de: o povo das pirâmides. Eles viviam num planeta distante do universo. A localização precisa foi declarada, usando como ponto de partida a própria Terra. Imediatamente Spok contata uma de suas naves que viaja numa direção próxima dali e requisita que encontrem o planeta do povo das pirâmides. O líder
stellar reinicia sua pesquisa e agora diversos vídeos apresentam o que aconteceu com esta raça de seres altamente inteligentes!

O vídeo inicia mostrando o interior de uma nave onde seus ocupantes lembram a fisionomia das imagens encontradas no Egito: corpo esguio com pescoços e cabeças compridas, lembrando um cachorro. Eles conversam numa estranha língua que não se consegue entender.

Spok aciona um de seus softwares que passa a analisar o vídeo em alta velocidade e depois de uns dez segundos o vídeo recomeça, mantendo o áudio original, mas com legendas em português. O
stellar acompanha então o desenrolar da história com grande atenção e interesse. As imagens fornecidas pela câmera parecem vir diretamente dos olhos de cada um dos ocupantes da nave. A tela fica dividida em duas partes quando dois seres conversam:

-
Incrível o que nossas sondas descobriram no outro lado do universo!

- É mesmo! O mais interessante é saber que os seres que caem naquele líquido conseguem respirar normalmente!

- É verdade! Ainda não sei como a sonda atravessou tão facilmente toda a extensão do líquido e conseguiu mostrar a tempo uma visão geral do lado de fora antes do vórtice se fechar!


-
Nosso comandante pediu para que todos nos concentrássemos no objetivo da missão e a sonda atravessou o líquido apenas com o poder de nossa mente!

- Quer dizer que se o nosso povo resolvesse ir para o outro lado do universo, teríamos que nos concentrar em ultrapassar o líquido e então conseguiríamos?


-
É o que parece!

Agora um sinal sonoro é acionado e outro luminoso se acende no ombro dos dois que estão conversando. Um deles comenta:

-
Vamos lá! O comandante está nos acionando para uma reunião de emergência.

Ambos aceleram o passo e se encontram com toda a tripulação na cabine principal da nave. O comandante começa a falar:

-
Tenho uma péssima notícia para dar a todos vocês! Peço que vocês acionem o visor de seus capacetes para as câmeras externas da nave. Todos usam a força de seus pensamentos e uma pequena tela desce do interior do capacete que utilizam e se posiciona bem em frente ao olho direito deles.

Quando todos o fazem, veem a imagem de um planeta semidestruído. Uma visão triste: uma das luas aparece fincada na superfície. Lava e muita fumaça se espalha por todo o local. Do outro lado do planeta falta um grande pedaço, perdido no contato desastroso com outra lua. No polo norte o mesmo ocorreu pelo impacto da terceira lua: uma grande quantidade de material fora arrancada! No espaço próximo, milhares de detritos entraram em órbita do planeta e outros se afastam dali em direção ao sol. O comandante continua falando:

-
Infelizmente... este é o nosso planeta! Um dos Deuses resolveu destruir a vida por aqui porque simplesmente não aceitamos o convite de passar para o outro lado do universo. Não podemos retornar mais para nossa casa. Nossos sensores indicam que as explosões vulcânicas que ocorreram tornou a vida impossível neste lugar. O ar não é mais respirável.

-
E o nosso povo? Ninguém sobreviveu? (questiona um dos tripulantes).

-
Tentamos fazer contato em diversas frequências e umas poucas naves responderam. Vamos todos nos unir a caminho de outro planeta para vivermos!

-
Onde iremos viver agora? (indaga mais uma vez o tripulante).

-
Descobrimos um planeta com uma civilização em seus estágios iniciais (comenta o comandante). Eles não nos negarão o direito à vida! Se precisar nós iremos nos espalhar pelo planeta deles para não sobrecarregar demasiadamente as diversas tribos existentes.

-
Mas não será perigoso se Deus descobrir que estamos vivendo lá e assim destruir o planeta deles também? (comenta outro tripulante).

-
Quando chegarmos lá destruiremos todas as evidências de nossa chegada ao local. Reciclaremos nossas naves para transformá-las em elementos básicos. Vamos esconder apenas as principais ferramentas e alguns equipamentos médicos. Temos que deixar para o povo daquele planeta um detalhamento completo de tudo o que aprendemos durante nossa evolução e os povos do universo que já encontramos. Ofereceremos também todo o nosso conhecimento sobre Deuses, Anjos e também sobre o que há do outro lado deste universo.

-
Viveremos como indígenas? (indaga preocupado um dos tripulantes).

-
Não podemos expor mais um planeta à destruição, apenas porque estamos vivendo lá. Isso não seria justo e nem certo! Para todos os efeitos o nosso povo, a partir de hoje, está oficialmente extinto!

-
Mas os habitantes de lá não estarão preparados para absorver e entender nossos conhecimentos! (declara outro tripulante). Não será perigoso obterem informações tão avançadas?

-
A tecnologia dos cristais não é fácil de ser decifrada! Será preciso que eles evoluam milhares de anos para conseguirem ler o interior dos cristais, e muitas das tecnologias que temos dependerá do nível de conhecimentos básicos deles. A tecnologia e a informação ficarão bem protegidas. Eles não terão como fazer um uso inadequado delas.

Enquanto Spok observa o vídeo aparece Jesus para visitá-lo e nota um ambiente um pouco diferente no local!

- Olá, Spok! É impressão minha... ou seu povo anda meio agitado hoje?

- Olá! Não! Não é impressão sua! Um dos androides recebeu de um representante do museu da Inglaterra esta caveira de cristal!

Jesus aproxima-se dela, que está posicionada sobre um suporte similar à parte superior de uma coluna vertebral humana.

-Incrível, Spok! Quem a produziu?

- Acabo de descobrir que foi um povo extraterrestre, conhecido pelos Maias como: o povo das pirâmides!

- E como esta caveira foi parar num museu, Spok?

- Estou ainda pesquisando as informações da internet humana e as informações internas do objeto! Eles contam que vieram para a Terra para salvar o que restou da cultura deles! As três luas que cercavam o planeta onde viviam caíram ao mesmo tempo! Tudo foi destruído! Restaram poucas representantes que contaram o final desta história. Os sobreviventes que vieram para a Terra estavam em naves espaciais, pesquisando outros locais do universo! Quando retornaram para casa e perceberam que não poderiam mais viver por lá resolveram todos viver aqui na Terra.

- Quando vieram para cá, Spok?

- Eles informaram a posição precisa dos astros na época em que pousaram na Terra. Descobri que, pelas referências celestes, a data de chegada foi por volta de 3.000 anos antes do seu nascimento.

- Eu li muito sobre os Egípcios e os Maias na internet! Percebi que tudo indica que ambos foram auxiliados por alguém de fora! Os conhecimentos que apresentaram denunciavam alguma intervenção extraterrestre.

- Aqui encontra-se apenas parte da história deles! Existem muitos vídeos, áudios e fotos, que contam a vida de cada um dos sobreviventes, suas famílias e hábitos. Também contam sobre a evolução da espécie, além de um relato detalhado de como viviam em seu planeta distante. Acabei agora de assistir ao último vídeo que finaliza quando comentaram da existência de um Deus de azul que lhes exigiu que atravessassem o portal dos Anjos, mas o povo das pirâmides negou o interesse em fazer tal coisa! Logo depois o planeta natal deles foi totalmente destruído com a queda das três luas!

- Típico dos Deuses! (comenta Jesus). Não gostam de ser desobedecidos e nem contrariados!

- Estou aguardando que outro cristal seja encontrado e que possamos conhecer mais sobre este tal portal dos Anjos, além de outras coisas que venham ainda a comentar! Imagino que tenham muito a dizer sobre a vida deles aqui na Terra e suas descobertas em todo o universo.

Enquanto conversam o androide João aparece com mais uma caveira de cristal:

- Olá, Senhor! (João cumprimenta Jesus). Encontrei esta outra caveira! (entrega-a a Spok).

Spok observa-a detalhadamente, enquanto comenta:

- Estranho! Isto parece ser uma falsificação! Não tem a mesma qualidade da primeira e nem os detalhes de acabamentos internos!

Spok retira o primeiro cristal do pedestal e coloca o segundo que foi trazido. Os testes iniciam e nada acontece!

- Onde você encontrou esta caveira de cristal? (questiona Spok ao androide João).

- Na França! (responde o soldado).

- Esta caveira é falsa! (declara Spok). Algum humano a produziu em imitação à outra verdadeira! Não há nenhuma informação disponível aqui!

Jesus olha para Spok e levanta as sobrancelhas, insinuando estar decepcionado com isso. A seguir o androide Zangado aparece no local com mais um cristal e o entrega a Spok! O procedimento da troca de peças no pedestal se repete! Agora novas informações surgem! O pequenino stellar sorri levemente, enquanto lê os dados.

- Parece que temos um tesouro aqui! (declara Spok). Informações de como construir detalhadamente diversos novos equipamentos muito compactos que tornariam qualquer ser vivo num verdadeiro Deus!

- Mas se este povo tinha os poderes de um Deus, como foram mortos por eles? (questiona Jesus).

- Esta é uma boa pergunta! Estudarei melhor tudo o que a espécie conseguiu criar e talvez eu descubra porque isto aconteceu!

- E sobre o portal dos Anjos, Spok? Alguma informação? (indaga Jesus).

Não há nenhuma referência sobre isto neste cristal! (declara Spok). Talvez nos próximos tenhamos alguma coisa mais detalhada.

- Agora vou deixar você em paz para que continue se divertindo com as novas informações descobertas.

- Se veio até nós é porque precisa de algo! Basta dizer e faremos o que for preciso para auxiliá-lo com os humanos!

- Não, Spok! Os androides estão fazendo um ótimo trabalho! (elogia Jesus). Eles evitam a violência e o choque com os humanos e ainda me auxiliam muito no dia-a-dia trazendo-me os feridos e aconselhando os desesperados. Sem eles seria muito difícil cuidar de uma humanidade tão perdida! Eu só passei por aqui para ver como as coisas estão!

- Estou com algumas ideias e novos planos (declara Spok). Teremos que conversar quando estiver mais tranquilo! Precisarei muito de você no futuro!

- Pode contar comigo, Spok! As coisas estão se estabilizando entre os humanos. Os androides vêm destruindo as armas que encontram-se nas mãos do povo. Isso vem diminuindo as mortes! Acredito que muito em breve terei mais tempo para podermos conversar sobre seus planos futuros.

CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XV
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