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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVII
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CAPÍTULO I
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO II
Terra. 28.000 anos antes de Cristo. Final da Era Glacial. Três homens de Neandertal estão acuados diante de um urso gigante que sobre suas patas traseiras atingem o descomunal tamanho de 4 metros de altura. Os três, munidos apenas de uma lança de 2 metros de comprimento cada um, espetam a barriga do urso repetidamente, mas apesar da força que eles aplicam para penetrar a grossa pele do animal nem sempre conseguem.

Alguns ataques ferem o animal que pouco sangra, diante da extrema necessidade de afastá-lo dali. Atrás dos três uma enorme rocha vertical os impede de fugir. O animal se aproxima cada vez mais! De repente um grito forte e rápido ouve-se atrás do animal. O enorme urso recua e retorna para a posição de quatro patas, virando a cabeça para trás em busca da voz que lhe chamou a atenção.

Os três homens, também assustados com a poderosa voz, aguardam curiosos o desfecho da situação, sem entender o que está acontecendo. O urso rapidamente encerra a ação de ataque aos Neandertais impetrando na direção deles um único urro de ameaça. Logo depois o enorme animal afasta-se do local e desaparece por detrás da montanha gelada.

De frente para o sol os três observam aquele enorme vulto de capuz negro se aproximando deles de forma decidida. Os três companheiros Neandertais se entreolham sem entender como alguém conseguiria apenas com um grito afastar o enorme urso. Suas lanças estão agora ligeiramente abaixadas, como em agradecimento à ajuda do encapuzado, que se aproxima e para diante dos três.

O tamanho dele ultrapassa em mais de 50 cm o tamanho dos Neandertais. Subitamente o enorme e musculoso homem agarra no pescoço de dois companheiros de cavernas, deixando o terceiro totalmente inerte entre os dois companheiros. Eles foram pegos de surpresa, mas a inércia dura apenas dois segundos. Ele ergue sua lança e rapidamente desfere um forte golpe no abdômen do encapuzado. Apesar de a arma penetrar fundo no corpo do estrangeiro nenhum sangue escorre dali. Ainda com os dois homens pendurados pelo pescoço a poderosa voz faz a pergunta esperada:

-
Diga-me quem são vocês!

Imagens de momentos terríveis se alternam rapidamente no interior dos olhos do ser! Para completo espanto de nossos antigos primos humanoides. As imagens terríveis são de caçadas sangrentas, familiares morrendo, enormes animais pré-históricos correndo e fugindo dos Neandertais, crianças pré-históricas chorando, muito sangue de animais e humanos espalhados pelo chão, de um tigre de dente de sabres atacando alguns Neandertais e no final aparece um deles batendo pedra contra pedra para preparar a ponta de sua lança de madeira.

Enquanto isso o terceiro Neandertal força mais sua lança para rasgar o abdômen do estranho na tentativa de derrubá-lo para liberar seus companheiros que se debatem freneticamente no ar. Deus, agora injuriado, questiona mais uma vez os três pré-históricos:

-
É só isso? É só isso que fizeram por todo esse tempo de vida que lhes dei? Lanças de pedra e madeira? Vocês não possuem nem um pouco de inteligência?

Os dois são agora jogados ao solo sobre o terceiro que importunava-o. Enquanto continua falando, o poderoso ser arranca a lança de seu corpo, sem nenhuma dor, quebra-a no meio e joga os dois pedaços sobre os três, ainda no solo congelado.

-
Inventei vocês na esperança de que pudessem ser a espécie dominante neste planeta! Esperava que evoluíssem mais rapidamente! E pensar que perdi minha posição no Firmamento, por vocês!

Ele balança negativamente a cabeça, olhando para os três e faz seu comentário final!

-
Vocês não merecem continuar vivendo! Vou recriar novos humanos! Tenho que melhorar a inteligência destas criaturas, mas desta vez começarei a partir de um macaco. Quem sabe evoluindo a partir de um símio seja melhor!

Sem as armas os Neandertais se levantam rapidamente do chão e correm na direção de Deus, acreditando que poderão usar as suas próprias mãos e bocas na esperança de dominá-lo e mordê-lo. O futuro Pai de Jesus desaparece dali e os três passam direto sem conseguir tocá-lo, caindo de barriga no branco e gélido piso glacial!

Eles se levantam novamente sem entender muito bem o que acabaram de presenciar. Logo depois reaparece o urso correndo na direção dos Neandertais, mas agora os três estão sem suas armas! O urso salta sobre os homens e não há mais escapatória! A carnificina é total. Os guerreiros são mortos rapidamente diante da enorme violência do forte e enorme urso.

Pouco tempo depois Deus aparece no meio da África, olhando para o céu, esperando por algo, enquanto uma série de seres simiescos, nossos antepassados, estão de longe..., escondidos..., observando... A presença de Deus, estático por muito tempo no local funciona como um ímã para tais animais. Aos poucos, sem perigo aparente no local, eles se aproximam cada vez mais do ser divino e insólito.

No céu uma luz se aproxima rapidamente da Terra. Ela se transforma em vários pequenos pontos luminosos, com rastros de fumaça, que se afastam uns dos outros formando um círculo. São meteoros que rapidamente caem próximo à Deus. Tal círculo de asteroides criam uma jaula de fogo de pouco mais de 500 metros de diâmetro ao redor do ser divino, forçando a fuga dos seres simiescos na direção do encapuzado.

Nossos peludos parentes pré-históricos correm de um lado para outro na tentativa de escapar do cerco de pedras quentes que ao caírem no solo se dividem em partes menores incandescentes que novamente sobem ao céu e retornam para o interior da jaula de fogo. As pequenas pedras quentes atingem um a um dos humanoides peludos. No interior delas massas de vírus alaranjados contaminam os corpos trêmulos e desesperados dos animais que caem em choque no solo.

Seus pelos escuros começam a cair rapidamente. Os corpos negros expostos começam a mudar de forma e a crescer ligeiramente. Em poucas horas aqueles animais se transformaram em mulheres e homens negros totalmente nus e deitados sobre a relva quente africana. Deus retira seu capuz para observar melhor Seus novos Adãos e Evas! Ele aproxima-se de um negro macho humano, que abre os olhos lentamente.

O futuro Pai de Jesus oferece então sua mão direita ao negro homem, que olha para cima e enxerga a imagem de tal ser celestial. Com o sol por de trás de Deus uma áurea cintilante vibra em meio ao pó seco erguido pela queda dos meteoros. A esvoaçante capa negra divina tremula em meio ao fogo que ainda queima próximo dali. A fumaça gerada pelos pequenos incêndios, causados na mata seca ao redor, transformam o local no paraíso infernal de Deus.

O novo negro homem estende cauteloso sua mão esquerda para cima, incomodado com a fumaça e a poeira, e toca com seu dedo indicador no dedo indicador divino, similar ao que faria um chimpanzé ao cumprimentar outro e também como no quadro de Da Vinci. O futuro Pai de Jesus agarra-lhe o pulso, ajudando o recém-criado homo sapiens a se erguer do chão. Nasce o novo Adão pelas mãos de Deus, que sorri levemente, acreditando que agora Ele acertara na fórmula humana.

Mil anos se passaram e na Europa o grupo de
homo sapiens se espalha para dominar mais um ambiente. Eles são agora mais mulatos, ligeiramente diferentes dos primeiros negros sapiens que Deus criou na África. O grupo humano caminha lentamente na floresta, agora já não tão gelada, enquanto colhem e comem as poucas frutas que estão disponíveis, já que uma nova floresta começa a se formar. Eles carregam lanças finas e outros instrumentos feitos de metal.

O grupo de
sapiens encontra dois Neandertais que acabaram de consumir um coelho. Os dois se assustam com a presença de homens que são mais altos, esguios e com a face ligeiramente diferente das deles. Aos poucos, e com desconfiança, todos se aproximam uns dos outros. Uma fêmea sapiens coloca sua mão esquerda sobre a cabeça de um Neandertal, que é mais baixo, porém, bem mais musculoso do que ela.

Apesar de desconfiado, nosso primo pré-histórico deixa-se ser acariciado. Poucos segundos depois desse breve contato físico o homem pré-histórico e peludo sente fortes dores na barriga e cai ao chão. Seu outro colega olha feio para os sapiens, mostrando seus dentes e agacha-se próximo ao membro de sua espécie para tentar ajuda-lo. Mas poucos segundos depois ele também cai ao chão com as mesmas dores.

Os
sapiens desconfiam que o coelho que os dois comeram estava contaminado, mas na verdade o mesmo vírus que transformou símios em humanos agora age para destruir os Neandertais. O menor contato físico transfere imediatamente a doença que rapidamente dizima os pré-históricos. Assim como acontece do contato do homem branco com indígenas isolados nas matas fechadas das florestas de hoje, os Neandertais sucumbem com doenças diversas trazidas pelos sapiens da África.

Não precisou de muito tempo para que tal problema se espalhasse por toda a população já moribunda, devido ao aquecimento paulatino do planeta Terra. A caça natural dos Neandertais estava se extinguindo e o aquecimento do ambiente superaquecia rapidamente seus corpos, impedindo que pudessem se locomover com velocidade por prejudicar também a sua respiração. Tudo isso acelerou ainda mais a morte dos indivíduos durante as exaustivas caçadas. Sem comida e doentes nossos primos distantes sucumbiram ante a ira de Deus.

CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XV
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