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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO I
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO II
Ano terrestre: 2059. Em algum lugar de uma galáxia longínqua, em um planeta abandonado e parcialmente destruído, o Pai de Jesus de olhos brancos vive isolado, preparando o caminho para a confecção de um clone seu! Na superfície destruída do planetoide percebe-se claramente a zona do impacto de meteoro! Ali um vírus mortal destruíra toda uma população de seres inteligentes que os Deuses resolveram simplesmente eliminar.

Aproveitando um laboratório abandonado da civilização destruída, Deus coleta recipientes e dispositivos médicos para começar a produzir Seu próprio clone. Ele flutua por entre os escombros do lugar destruído, expelindo abaixo de seus pés aquela suave névoa que destrói toda a vida onde toca. Usa os poderes de levitação para retirar e erguer diversas pedras, lajes, paredes e outros objetos que o estão atrapalhando.

Um longo trabalho se inicia onde diversas etapas devem ser realizadas. Deus junta todos os objetos recolhidos num canto da sala onde está trabalhando, abre bem a sua boca e cria uma enorme labareda de fogo, eliminando desta forma vírus e bactérias do local. Todos os objetos selecionados ardem em chamas, que se apagam depois de algum tempo. Agora está tudo pronto para o início dos procedimentos. Com o poder da levitação mesas são erguidas e reposicionadas, os objetos de trabalho são trazidos para cima delas.

Deus se concentra e o vapor de água do ar se transforma em líquido dentro dos recipientes. Ele arranca um pelo do braço e o coloca dentro de um destes recipientes. O material está quase pronto para iniciar a "gestação" do clone. Deus agora anda pelas ruas e em seu caminho escombros são erguidos e atirados longe, objetos levitam e depois de avaliados são também atirado ao longe. Ele decide ir aos subterrâneos do planeta onde encontra uma enorme caverna artificial.

Ao entrar lá as luzes se acendem, mostrando suavemente o ambiente amplo e com diversos equipamentos e móveis. Seus olhos brancos também ajudam a iluminar o caminho à sua frente. No final de um dos corredores subterrâneos encontra-se uma torre de lançamento, um enorme tubo que parte do interior da caverna até a superfície do planeta. Provavelmente por ali os seres inteligentes do local enviavam sondas ao espaço. Numa das salas encontra um uniforme de astronauta muito grande, mas ideal para suas necessidades.

Ao lado uns capacetes compridos na frente como se servissem a um "tucano astronauta". Ele analisa o sistema de proteção e conclui que deverá ser útil para as suas experiências e testes. O Pai de Jesus veste o conjunto e percebe que o modelo não lhe caiu muito bem! As mangas ficaram longas, as pernas também, além disso, o capacete com bico longo atrapalhará um pouco a manipulação de materiais, mas pelo menos o traje o protegerá do contato com produtos perigosos.

Deus necessita agora de algo que só será encontrado no cinturão de asteroides do sistema solar: os vírus do estoque divino para a realização de Suas experiências. O Pai de Jesus abaixa-se, pega um recipiente metálico com tampa e desaparece do planeta, reaparecendo sobre uma das enormes pedras do cinturão. Caminha sobre ela para visualizar melhor o horizonte, repleto de materiais genéticos divinos.

Ao chegar ao ponto onde pôde visualizar melhor o espaço ao redor, Deus começa a flutuar entre os meteoros do cinturão de asteroides do sistema solar. Por entre os corredores do supermercado divino de pedras gigantescas Ele escolhe uma delas e a destrói com um simples soco. Ali encontra o tipo específico de vírus que procura. A massa gelatinosa escapou do interior do meteoro destruído e flutua gosmenta pelo espaço.

Podemos perceber que Deus teme este material. Ele afasta-se rapidamente para não ser tocado pelo produto que se espalha no vácuo espacial. Os olhos brancos não negam sua preocupação divina. E não é para menos, pois este tipo específico de vírus pode eliminar todos os Seus poderes!

Se os
androidis soubessem da existência de tal material, seria muito perigoso para a sobrevivência dos Deuses, mesmo vivendo isolados do outro lado do universo. Com o recipiente metálico e sua tampa o Pai de Jesus recolhe com cuidado o material biológico que flutua no espaço e a seguir desaparece do local.

De volta ao seu laboratório improvisado o ser de olhos brancos manipula cuidadosamente a massa de vírus, usando a roupa de astronauta que encontrara numa caverna do planeta. Ele mistura aquele material gosmento jogando-o num enorme recipiente de vidro grosso, que contém um líquido preparado anteriormente. Agora precisa aguardar pacientemente por longos meses até que o processo biológico se complete. Enquanto isso senta-se num dos cantos do local por longas horas, pensativo na forma como desenvolverá seus planos.

Um ano depois...

De embrião ao tamanho de um Deus adulto diretamente, já que são imortais e não passam pelo longo processo da infância e adolescência. Aos poucos um clone de Deus, totalmente nu, flutua de barriga para cima no fundo do recipiente. O nível do líquido se reduziu um pouco, porque a criatura inerte ali dentro absorvera uma boa parte dele. Num determinado dia o clone abriu seus olhos amarelados no interior do líquido. Confuso o ser desnudo senta-se rapidamente no interior do tanque. Com a cabeça para fora do tanque olha tudo ao redor, quando vê a si mesmo, de capuz negro, sentado, observando-o e impassível ali ao lado.

O Pai de Jesus fala com seu novo projeto:

- Olá, espectro! Pronto para retomar o nosso controle do universo?

Pensativo e ainda um pouco confuso o clone questiona:

- Eu sei por que existo e não concordo com a sua ideia!

- Por quê? É perfeita! Ninguém saberá que continuo existindo neste universo! Você fará o meu papel no Firmamento, junto aos outros Deuses e sob os olhares dos
stellaris!

Ainda sentado dentro do tanque de vidro o Clone divino discorda mais uma vez:

- Se seu plano é tão bom, vamos trocar de posição: você vai em meu lugar e eu destruo as evidências!

Com ironia o Pai de Jesus sorri, levanta-se, vira-se lentamente de costas para pegar um manto negro, similar ao seu, que aguardava ali ao lado:

- Eu adoraria ir em seu lugar, mas infelizmente a nova cor de meus olhos denunciaria meus planos! Além do mais a forma como você foi produzido impedirá que me substitua neste universo!

O Clone levanta-se dentro do tanque apoia-se na borda e salta para fora, caindo de pé no chão do laboratório. Agora ambos se encontram de frente um ao outro, quando o clone recebe suas roupas negras e a veste rapidamente:

- Eu percebi! Não consegui me transportar para fora deste tanque! Estou sem poderes!

- Eu não faria isso com você! (comenta ironicamente o Pai de Jesus, enquanto observa o clone se vestir). Deixei um único poder disponível quando o criei. Aquele que permitirá apenas que retorne ao Firmamento em Meu lugar. Ao se deslocar para lá os Anjos, que tomam conta do portal, confirmarão a Sua passagem e Eu poderei agir livremente.

- Sem nenhum poder, serei queimado vivo pelos outros Deuses! (comenta o Clone).

- Não se preocupe, espectro! Você conhece bem a rotina do local. Sabe que terá diversos momentos para usar nossos equipamentos de reposição de poderes no outro lado do universo. Ninguém perceberá nada de errado.

- E se o Meu outro Eu do presente aparecer por lá? Todos saberão que Sou um clone!

- Não! Eu criarei um perigo iminente à sobrevivência dos
stellaris. O nosso Eu do presente terá que permanecer de guarda na Terra para garantir a segurança humanoide! Ele desconfiará dos outros Deuses e não poderá voltar ao Firmamento! Você estará livre para agir em Meu nome! Além do mais, só você conhecerá os fatos do futuro pelos próximos 100 anos e também informações detalhadas da genética dos androidis!

- Mas eu não conheço a genética
androidis! Apenas analisei superficialmente um deles quando os visitei no planeta Terra! Quando tentei agarrar o tal de Mário, ele escapou e não tive tempo de avaliá-lo em detalhes! (comenta o Clone).

- Estudarei minuciosamente como funcionam os
androidis para saber se são idênticos aos Anjos. Você será informado de todos estes detalhes antes de retornar ao Firmamento em Meu lugar. Juntos, Eu aqui e Você com os Deuses do outro lado do universo, retomaremos o poder que nunca deveríamos ter perdido!

- Como pretende avaliar em detalhe um
androidis? Nenhum deles jamais permitirá isso! (declara, preocupado, o Clone).

- Voltarei ao momento correto do tempo, quando o primeiro androidis foi criado e estava ainda com poderes limitados, quando Eeu ainda tinha a vantagem! Assim que descobrir todos os detalhes de sua confecção, volto até aqui e lhe repasso as informações.

- Por que não aproveita o momento e destrói a nave com o androidis e o Spok? (sugere o Clone).

- Porque isso não mudaria o futuro e ainda criaria mais ressentimentos por parte deles!

- Então atacar o novo organismo
androidis com algum tipo de vírus seria sua carta na manga divina? (questiona o Clone).

- Sim! Caso Eu não consiga destruir as evidências e tudo continuar como está, quero que Você me ajude a desmontar esta operação
androidis-stellar! Se tudo falhar caberá a Você disseminar o vírus contra os androidis.

- Que tal destruir a nave
stellar antes dela chegar até o Planeta Anjo? (sugere o Clone).

- Qualquer coisa que Eu faça poderá trazer consequências desagradáveis. Isso não me será favorável, neste momento. O segredo em alterar o passado está na sutileza das ações! O que preciso agora é dos detalhes tecnológicos dos
androidis. Isto será útil num eventual embate direto contra eles. O vírus funcionará como uma chave de controle, possibilitando controlá-los. Tenho a ideia de um vírus que atuará no organismo e na programação deles também! Acho que posso ter domínio sobre os androidis da mesma forma como funciona a chave de controle dos Anjos. Se eles tentarem resistir seu organismo será infectado pela doença que criarei e serão então destruídos em poucos dias! Depois que eu os dominar, alguns poderão tentar escapar para o outro lado do universo. Você e os outros Deuses devem controlá-los com esse mesmo vírus.

- Agora vou analisar o primeiro
androidis! Preciso deixá-lo seguro para que ninguém o encontre aqui, caso Eu demore um pouco!

- O que quer dizer com... seguro? (comenta, incomodado, o Clone).

O Pai de Jesus sorri maliciosamente. Logo depois o Clone aparece naquela caverna escura que o Pai de Jesus encontrara anteriormente no interior do planeta. Umas poucas lâmpadas iluminam o ambiente, mas o que mais se vê ali são os olhos amarelados do espectro divino, que se parecem com faroletes, auxiliando-o na iluminação do caminho. A Cópia divina grita sozinha para as paredes:

- Seguro...? Estou preso aqui para não traí-lo...! Pensa que não Sei disso...? Eu e Você somos um só! Conheço seu modo de pensar!

O Deus de olhos brancos desaparece do planeta-laboratório para ir ao futuro no momento em que o comandante astronauta androide recebe de Spok o coração que lhe dará vida. Logo depois retorna ao planeta-laboratório.

O clone desaparece do interior da caverna e reaparece na superfície do planeta, no laboratório onde fora criado. O Deus de olhos brancos encontra-se de frente para o clone e comenta:

- Já tenho as informações do
androidis! No dia em que os Deuses abandonarem o Firmamento, para avaliar os androidis na Terra, não venha junto! Tome conta do lugar! Destrua a nova cultura de stellaris antes que aqueles pestinhas invadam o local. A seguir utilize os equipamentos de reposição de poderes para recuperar os Seus. Desta forma terá eliminado todos os nossos problemas do outro lado do universo. E não conte sobre isso aos Deuses!

- Mas Eles não permitirão que apenas um Deus permaneça no local. Um teme o outro! Você sabe bem disso! (informa o Clone).

- Finja que vem junto. Seja o último a partir. Antes de passar pelo vórtice, retorne logo em seguida. Não perceberão que Você ficou por lá. Quando os Deuses chegarem ao planeta Terra o Meu Eu do presente já estará por lá. Ninguém perceberá que Você não veio junto. Na Terra Eu desmascararei os
androidis e Meu Filho Jesus. Deste modo os Anjos não serão enviados para acompanhar a nova espécie. Eu e os outros Deuses manteremos o controle do vórtice e Você o controle do outro lado do universo. Os androidis serão vencidos, desmascarados e no final ficarão sob o Meu controle.

- Ainda temos um problema! (declara o Clone). Na Terra os Deuses estarão em minoria diante de dois mil
androidis com poderes similares.

- Eu sei disso! Quem sabe se no calor da luta os outros Deuses possam ser definitivamente eliminados e assim apenas Eu e Você seremos os donos do universo e do Firmamento!

- Uma vingança pessoal! Contra o que nos fizeram, ao nos forçar a viver como humanoides por milhões de anos na Terra, e com pouquíssimos poderes!... O que pretende fazer...? Usar o mesmo vírus que usou quando Me criou, e assim eliminar os poderes Deles? (questiona o Clone).

- Parece que não consigo esconder nada de Você, não é mesmo?

O Clone olha friamente para Ele, enquanto recebe mentalmente as informações detalhadas sobre a genética dos
androidis e sobre a ideia do vírus que Deus tivera.
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XV
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