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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO II
Terra. Ano do nascimento de Cristo. Cidade de Nazaré. Uma mulher montada num jumento sai da cidade em direção ao deserto. Dois soldados romanos a interpelam e questionam:

- Alto lá! O que você está carregando aí?

A mulher responde revoltada com eles:

- É uma criança recém-nascida que foi morta por vocês, soldados!

Um dos soldados olha para ela, sorri e debochadamente comenta:

-
E para onde está levando o corpo? Basta jogá-lo nas covas comunitárias da cidade!

-
Não, senhor! Vou enterrar meu filho num lugar onde os governantes respeitem mais as pessoas.

-
Então terá que falar com teu Deus para te levar para o paraíso, porque o império romano domina todos os lugares!

Os dois soldados dão risada da situação, enquanto a mulher se apressa e desaparece rapidamente nas areias do deserto. De uma das torres da cidade de Nazaré uma figura de manto negro e capuz observa toda a ação. A imagem aproxima-se do rosto escondido e os dois olhos brancos denunciam que o Deus do futuro retornou para um passado ainda mais distante, e muito provavelmente

Ele tentará alterar algo por aqui! Em meio às pessoas do local outro homem de roupas acinzentadas observa as atitudes de Deus lá no alto da torre. A imagem se aproxima e vemos que trata-se do homem calvo, representante do povo das pirâmides, que comenta:

- Tem alguma coisa errada aqui!

Dois dias depois a mulher que estava montada no jumento chega com seu filho morto à outra cidade próxima. Um bondoso homem aproxima-se da chorosa e jovem mãe que desaba em lágrimas. O homem barbudo e sensibilizado pela cena acolhe a mulher em sua casa. Ela adentra ao local com o filho morto no colo e o homem retira delicadamente o bebê de suas mãos. Ele abre o lençol que o cobria e percebe a facada no peito da criança. Confirma a morte do recém-nascido.

- Covardes! (declara ele diante do infanticídio que aconteceu em toda a região). Um dia Deus irá cobrar com juros os pecados romanos.

De repente a ferida começa a cicatrizar diante dos olhos do homem que alerta a mãe sobre o inusitado fato.

- O que é isso?

A mãe chorosa aproxima-se e vê a ferida desaparecer do corpo da criança. Ela arregala os olhos e pega de volta seu filho nu e ensanguentado. A criança desperta da morte e abre suavemente os pequenos e brilhantes olhos, sorrindo para sua mãe, estupefata diante de algo tão improvável. O bondoso homem questiona:

- Como isso é possível?

A mãe relutante, não vê outra forma de responder e conta a verdade:

- Eu fui violentada por um demônio de olhos vermelhos e esta criança é filho dele!

-
Oh! Meu Deus! Então a criança não pode ser morta! O que a senhora fará agora?

- O demônio ordenou que eu o criasse com todo o respeito e carinho, senão Ele voltaria para me punir!

- Então não há escolha! Eu te ajudarei neste caminho!

A mulher olha para ele sem entender o motivo disso.

- Por que, senhor! Nada me deve! Este calvário é apenas meu!

- O fardo é grande demais para uma simples mulher. Com esta criança e sem marido serás apedrejada pela população local. Minha mulher morreu e estou com dificuldades de criar meus filhos. Acho que podemos nos ajudar. Talvez Deus tenha posto você e seu filho em meu caminho.

- Tens coragem de me ajudar, sabendo que carregarei o filho do demônio comigo por toda a eternidade?

- Talvez seja a vontade de Deus? (responde o bondoso homem).

- Como o senhor se chama, bondoso homem? (questiona a mulher).

- José! E a senhora, como se chama?

- Maria, senhor!

- Muito bem, Maria! Vamos preparar um quarto para ti! Em breve meus outros filhos chegarão e eu os apresentarei a eles!

- Muito obrigado, bondoso José! Terei uma dívida eterna com o senhor!

- Nada disso, Maria! Estamos um ajudando o outro nesta caminhada.

CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XV
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