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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVII
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CAPÍTULO II
Terra. Brasil. Ano de 2060. Uma loja de departamentos em São Paulo está totalmente abandonada. Todos os artigos estão expostos e organizados em seus cabides, caixas, gôndolas e também no estoque no fundo da loja. De repente um enorme barulho derruba a porta da frente que era de aço muito resistente. O poderoso Fred retornou à ativa depois do conserto de seu braço danificado.

Podemos notar que agora está usando seus próprios óculos de sobrevivência, aquele oferecido pela pequena menina. Todos os jovens do grupo entram cuidadosamente no local com as armas nas mãos, esperando alguma resistência de seguranças ou outras gangues. Mas não havia ninguém ali.

Os alarmes já não tocam mais, porque a energia elétrica não funciona o dia todo. Os jovens agora aproveitam "a promoção do dia" e começam a pegar tudo que lhes agradam. Depois que todos entraram aparece na porta a Bela, "ressurgida do mundo dos androides mortos". Ela ainda tem o furo da bala no peito, mas quem se importa com isso! A androide dá uma boa olhada na loja antes de entrar e comenta:

- Puxa vida! Porque você nunca me trouxe aqui antes? (falando com seu patrão Fred).

- Porque nunca ouve uma promoção como esta! (comenta Fred).

- Que legal! Posso levar algumas coisas para mim? (questiona a voluptuosa androide).

- Leve o que quiser, Bela! Mas não vamos nos demorar muito por aqui. Pode ser que alguma gangue apareça e aí teremos que lutar.

Quando a primeira roupa é retirada de um dos cabides, surgem 3 câmeras voadoras do fundo da loja. São robôs aéreos de segurança. Eles detectaram um roubo em andamento e estão se apresentando para combater o inimigo.

-
Larguem os objetos da loja e saiam sem correria daqui, caso contrário serão presos.

-
Calma, pessoal! (requisita Fred). Esses equipamentos normalmente usam tranquilizantes como primeira defesa e depois armas de fogo se resistirmos.

Um jovem do grupo atira contra um dos seguranças aéreos, que se aproxima demais dele, mas isso não o equipamento voador em nada, que é à prova de balas. O milionário grita para o jovem:

-
Não faça isso! Agora eles usarão armas pesadas contra nós.

E é o que acontece! Começa uma batalha aérea dentro da loja. Todos os jovens tentam se proteger. Alguns pulam atrás de balcões, outros deslizam pelo chão sob os cabides de roupas. Fred usa sua força superior e dá um salto em direção a um dos seguranças que sobrevoa ali próximo. O salto o faz subir mais de três metros de altura, dando a ele a possibilidade de socar com força o equipamento aéreo, que cai danificado no chão.

Outro segurança aéreo aproxima-se de Fred, que rapidamente ergue uma cadeira e a atira com força contra o robô de proteção. Um dos rodízios de apoio da tal cadeira acerta numa das hélices de sustentação e o objeto voador cai no chão sendo desativado. Rapidamente Fred corre pela loja e dá um novo salto. No ar ele agarra o equipamento aéreo como um leão faria ao atacar sua presa!

Ambos caem ao chão, rolando e derrubando os diversos pedestais de roupas no local. Quando param de rolar, o milionário dá um forte soco na estrutura externa do equipamento aéreo, fazendo um enorme rombo e assim desligando-o logo depois. Uma das lentes de seus óculos está agora quebrada. Ele os retira e joga fora.

-
Vamos embora, pessoal! As compras acabaram (grita Fred). Depois desse tiroteio esse local vai ferver de polícia e exército em poucos minutos!

Quando Fred olha para Bela percebe que fora atingida novamente por diversos tiros dos equipamentos aéreos de segurança.

-
Oh! Não..., Bela! De novo você foi atingida?

-
Deixe-a aí! Vamos embora agora (grita o enorme homem que a consertou, enquanto corre para fora).

-
Tenho que salvá-la! (informa Fred).

-
Não dá mais! Não temos mais peças de reposição. Eu disse que ela não duraria muito tempo e agora acabou! (grita de longe mais uma vez o enorme homem).

Fred olha com carinho para sua fiel companheira. Faz um carinho em seu rosto. Fecha seus olhos artificiais, levanta-se e tenta correr, mas percebe que seu exoesqueleto começou novamente a falhar, múltiplos e pequenos vazamentos em diversos membros o impede de correr. Ele olha desolado para mais um recurso tecnológico que se foi e começa a ouvir sirenes se aproximando. Resolve retirar e abandonar o equipamento.

Sai correndo para fora da loja, agora sem a proteção de mais nenhuma tecnologia. Quando sai percebe que a rua está cercada de policiais de ambos os lados e que de seu grupo sobrou apenas ele para trás. Não há para onde fugir. Fred ainda procura confirmação visual de que nenhum dos jovens está no local, preocupado com a vida deles, sob os gritos frenéticos para ele se deitar no chão.

Pela primeira vez um homem frio, insensível e egoísta esqueceu de si mesmo, diante da possibilidade de morrer, e se preocupou com outros que ele nem mesmo conhece. Os policiais apontam as armas em sua direção e sem compaixão atiram para matar.

Quando a situação social sai totalmente fora de controle, a tolerância aos arruaceiros, traficantes, ladrões e inocentes também acaba. Não há ninguém dos direitos humanos nestas horas para criticar a truculência da polícia, porque eles também já foram presos por reclamação. Não há nenhuma voz em favor dos desabrigados e famintos, que procuram no saque às lojas, um consolo para o desespero em que vivem.

Fred, caído ao chão de barriga para cima, olha para o céu e vê diversas câmeras de reportagens, da polícia e do exército cercando o local. Aos poucos seus olhos vão se fechando e ele está morrendo mais uma vez.

CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXII
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