VOLTAR À PÁG.
DA COLEÇÃO

HOME
PREFÁCIO
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO II
O dia seguinte chega e o Mário androidis dirige-se ao escritório do grupo militar, muito confiante com o resultado final do teste. Ele chega cumprimentando todo mundo e encontra-se com o sargento Pedro:

- Soldado Mário se apresentando, senhor!

- Está pronto para seu teste de sobrevivência, soldado?

- Como eu já disse antes, senhor, meu nome do meio é "suportar".

- Como eu já disse antes, soldado, gracinhas não serão admitidas sob meu comando! Vamos até a sala de treinamento aqui ao lado.

-
Sim, senhor!

Mário segue o sargento, olha na direção do seu colega João, torce as orelhas e põe a língua para fora mostrando ao sargento. Seu amigo sorri e Zangado fica bravo, achando que Mário estava tirando sarro dele. A porta se abre automaticamente, o sargento entra primeiro e requisita:

-
Soldado! Tudo o que acontecer dentro desta sala, ficará dentro desta sala!

A porta se fecha automaticamente, isolando o som e os eventuais ruídos.

-
Depois do teste não haverá retaliação, nem de sua parte, nem da minha! Agora tire a sua camisa!

- Não sei se isso é uma boa ideia, senhor! Eu já tenho uma namorada em vista e não desejo relacionamentos homossexuais!

-
Soldado! Tire a camisa! É uma ordem! (grita, o sargento nervoso).

-
Tudo bem! Mas se eu me apaixonar pelo senhor, não reclame depois!

Ele tira sua camisa expondo seus fortes músculos negros. O sargento dá mais uma ordem a ele:

-
Fique no centro do círculo amarelo desenhado no chão.

- O senhor prefere de frente ou de costas, senhor!

O sargento pressiona seus olhos, muito revoltado, com as brincadeiras do soldado e fala bravo:

-
De costas, soldado!

- O senhor é quem manda!

Ele vira-se de costas para o sargento, põe as mãos na cintura, abre as pernas para se equilibrar bem, preparando-se para o que virá! O sargento agora explica o que acontecerá.

- Soldado Mário! À sua frente tem um relógio digital! Você terá apenas um minuto para suportar dores de todos os tipos! Não poderá sair do interior deste círculo e nem cair ao chão. Se puder adivinhar o que irá acontecer, tente se desviar sem sair daí. Este é um teste de habilidade sensorial, força, inteligência, capacidade de se equilibrar, quando alguém tentar derrubá-lo e principalmente de saber suportar a dor!

- Mas isto seria mais fácil se eu pudesse ver o que o senhor irá fazer!

- Eu sei, soldado! Mas eu não quero que consiga passar no teste. Assim! Vamos começar! Lembre-se: tem um minuto para sobreviver ou voltar para o buraco de onde veio. Eu chamo este teste de: o teste de Deus. Porque nunca ninguém conseguiu sobreviver a ele.

Mário sorri por ser um
androidis e, portanto um Deus! O relógio começa a correr e uma luz se acende ao lado na sala. O soldado percebe que o comandante do pelotão está de pé ali, observando tudo pessoalmente. O sargento pega um arco e uma flecha com ponta de metal arredondado. A ideia é machucar, mas não matar. O sargento faz mira nas costas do soldado.

A flecha tem um sistema eletrônico na ponta e projeta um laser em forma de alvo vermelho no local do impacto. A parte traseira da flecha tem pequenas asas rígidas que se mexem para direcionar melhor o movimento após ser laçada. O sargento puxa bastante o arco para atirar a flecha, enquanto seus músculos braçais se enrijecem e vibram com o esforço.

Mário aguarda o instante correto e se abaixa para coçar a canela, no momento em que a flecha é arremessada. Ela passa por cima de seu corpo, enquanto as asas traseiras se movimentam para tentar mudar a direção, mas o movimento do soldado foi rápido demais. O resultado é que ela cai no fundo da sala, já perto do piso. Mário pede desculpas ao sargento:

- Desculpe-me sargento. Senti uma forte coceira na canela. Isso não acontecerá novamente, senhor. Estou pronto! Pode iniciar quando quiser!

O sargento olha muito bravo para o soldado, enquanto o comandante sorri levemente com a "sorte" do soldado em não ser atingido. O sargento pega agora um chicote, joga-o para trás preparando-se para bater com força. Mário, sendo um Deus, sutilmente vira uma de suas mãos para trás o que aciona o poder de levitação, derrubando o sargento no chão, exatamente no momento em que iria chicotear as costas desnudas do soldado. Ele ouve o som da queda de seu superior e comenta:

- Sargento! Esta demora e estes barulhos estão me deixando um pouco desconfortável aqui. Isto é normal?

O comandante coloca uma das mãos sobre a boca e comprime os olhos, enquanto entorta ligeiramente sua cabeça para o lado e cruza o outro braço, abraçando seu próprio corpo. Ele está impressionado com o que está vendo. O sargento levanta-se bravo do chão, todo enrolado no chicote, enquanto olha para seu superior meio sem jeito.

O comandante pede com um sinal para o carrasco trapalhão trocar de ferramenta. O sargento pega agora uma barra de ferro com ponta de borracha e ameaça bater no soldado. Mário se desvia, sem sair do círculo, virando-se ligeiramente de lado, quando o sargento acerta o ar e bate com a barra de ferro no chão, ao lado de Mário. Solícito o soldado ameaça ajudá-lo a se levantar:

- Oh! Senhor! Me desculpe...! Não sabia que o senhor estava tão perto de mim. Infelizmente não posso sair do círculo para ajudá-lo a se levantar!

O sargento levanta-se meio desequilibrado e com raiva gira a barra de lado para acertar a barriga do soldado. Mário abaixa-se, entortando seu corpo todo para trás, jogando as pernas para frente, na clássica posição da brincadeira de passar por baixo de uma barra de ferro, onde a pessoa vai se abaixando cada vez mais próxima do solo, enquanto anda.

Esta posição também foi usada pelo ator principal do filme Matrix, quando atiraram diversas balas contra ele! A barra de ferro passa raspando no nariz do Mário. Enquanto o soldado retorna à posição em pé, usa novamente o poder de levitação de sua mão direita e arranca a barra das mãos do sargento, jogando-a longe.

- Acho que entendi como é que funciona o teste, senhor! Estou indo bem?

O sargento, cada vez mais bravo com ele, acelera o passo para retornar para trás do soldado.

-
Cale a boca, soldado! Volte para a sua posição original!

O sargento dá distância, olha as ferramentas que ainda podem ser utilizados sobre sua mesa, mas percebe que só tem mais dez segundos antes do fim do prazo estipulado. Então resolve correr na direção do Mário para agarrá-lo e derrubá-lo ao chão. O sargento se abaixa e parte como um touro descontrolado. O soldado dá um enorme salto para cima e de costas, num giro completo de trezentos e sessenta graus.

No meio do giro o
androidis usa as mãos, já de cabeça para baixo em pleno ar, para empurrar ainda mais o sargento, que desaba de vez no chão, enquanto Mário cai novamente de pé no centro do círculo amarelo. O tempo agora se esgota, enquanto o chefe, vencido, se levanta lentamente aos aplausos ritmados e lentos do comandante em exercício. Mário olha de volta para o superior ao lado e comenta:

- Acabou? Era só este o teste? Achei que seria mais difícil!

- Parabéns, soldado! Você passou com louvor! Ninguém tinha passado antes por este teste!

- Obrigado, senhor!

O sargento levanta-se com um corte na boca, causado pela queda ao chão. Mário, percebendo o problema, arregala os olhos e se prontifica a ajudar:

-
Sargento! O senhor está ferido? Vou chamar o doutor e já volto.

Ele sai acelerado da sala gritando alto no escritório:

-
Doutor! O sargento se feriu durante o meu teste. Ele escorregou e caiu no chão! Pode vir aqui ajudá-lo?

O Sargento revoltado com tudo o que aconteceu ainda olha para cima, reclamando dos gritos do soldado para que todos no escritório ouvissem sobre o ocorrido. O comandante o acalma:

- Calma, sargento! O que passou, passou. Este é o lema deste cômodo aqui! Não o trate mal daqui para frente! Ele demonstrou ter grande potencial dentro desta corporação!

Mário retorna para a sala do teste com ar de preocupado e o sargento reconhece o resultado:

- Muito bem, soldado! Ganhou o direito de continuar na corporação!

O negro
androidis sorri e agradece. O médico militar chega sorrindo levemente, de forma debochada, perto do sargento e comenta:

- É...! Por essa eu não esperava...!

O sargento, vermelho de raiva, afasta-se do doutor, rejeitando a ajuda e volta para seu setor. O soldado Mário ainda sem camisa é contidamente ovacionado pelos diversos membros de sua nova equipe, para não deixar o sargento ainda mais bravo. Apenas o soldado Zangado não o cumprimentou pelo feito. Agora Mário veste sua camisa militar novamente.

- Você não tem nenhum arranhão? (questiona João). Como conseguiu passar pelo "Teste de Deus"?

- Foi moleza! Talvez o Deus seja eu, porque o único que se machucou foi o sargento... (responde sorridente Mário).

- O Zangado rolou pelo chão com o sargento durante o teste e foram apartados pelo comandante (declara João). E por isso o exército o escolheu para as missões mais perigosas e violentas! Acharam que ele tem potencial!

- Se alguém me chamar por este apelido novamente eu juro por Deus que mato! (informa furioso o Zangado).

- Não chame meu nome em vão, meu filho! (declara o
androidis Mário, quanto à alusão à palavra Deus).

Do outro lado da sala o comandante requisita uma reunião:

- Equipe 1! Na sala de reunião, agora! Soldados Feliz e Zangado venham também!

Zangado olha para cima, injuriado com a situação, porque até seu comandante adotou o tal apelido que lhe revolta! O dia termina e Mário retorna ao seu apartamento.

CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XV
COMENTE SOBRE ESTE LIVRO
CAPÍTULO XVI
OOOOOOOOOOO
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O

Capítulo Anterior
Próximo Capítulo
OOOOOOOOOOO