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Introdução
XVI - O CONGRESSO DAS VASSOURAS
I - O CÉU
XVII - EXÉRCITO DE VIVENTES
II - O ANJO
XVIII - REENCONTRO
O Anjo-Vampiro
CAPÍTULO XVIII - REENCONTRO
III - O DOM
XIX - MAIS UMA NOITE
Eliseu e Elisabeth retornam da mata até a casa de bruxa Tábata. Eliseu bate à porta e ela não atende.

- Acho que Tábata ainda não retornou da reunião com os outros bruxos (comenta ele). Vamos ter que esperar.

Elisabeth caminha até a entrada da casa e senta-se na soleira da porta, deixando um espaço ao seu lado para o anjo protetor. Ele olha ao redor, não vê ninguém por perto e também se senta ali.

- Nenhum sinal daquele vampiro! (comenta Eliseu mostrando certo descontentamento como toda esta situação).
- Você parece nervoso! (declara a moça, olhando para ele). Também acha que as coisas podem desandar?

- Não quero assustá-la, mas a chance disso tudo dar certo é pequena! Estou contando com o instinto de sobrevivência de vampiros e bruxos para isso funcionar. Sei que ambos se detestam e não gostam de anjos, porque protegemos os humanos contra algumas das ações mais violentas deles.

- Eliseu! E quantos demônios têm no exército de Lúcifer?

- Resposta difícil esta! Mas podemos ter uma boa ideia analisando a coisa de forma diferente. Não sei se já percebeu a quantidade de pessoas de má índole que existem espalhadas pela sociedade humana?

- Claro que já! Parece que eles se multiplicam na política, na polícia, nas empresas, nos órgãos públicos, nas instituições, nas ONGs...
- Pois é! Cada um destes será um potencial demônio no futuro, quando Lúcifer os quiser!
- Mas ele pode transformá-los em demônios a qualquer momento?
- Sim! Mas nunca o fez em grande quantidade até hoje! E é por isso que o número de pessoas más vêm aumentando na sociedade.
- E por que Lúcifer não os leva embora de uma vez?

- Se só restassem pessoas boas vivas no mundo... a população se desenvolveria apenas pelo lado bom! E neste caso Lúcifer teria cometido um erro e provado que Deus estava certo sobre a humanidade ao separar aqueles que não conseguem evoluir do restante das pessoas mais indulgentes.

- Como assim? Explique-me melhor isso! (pede Elisabeth).

- Deus sempre acreditou no ser humano! Mas Lúcifer discordava disso, mesmo quando estava aqui protegendo as pessoas, como todo anjo deve fazer. Ele via em muitas delas o mal estampado em pequenas ações do dia-a-dia: a mentira, a maldade, a tortura de animais e contra outros seres humanos, roubos, traições e até assassinatos. Quando Lúcifer retornava ao Firmamento reclamava disso para Deus, que o criticava e dizia que a humanidade precisa de mais tempo para evoluir. Nunca vi o Pai tão irritado, a não ser na época do velho testamento! Um dia, ao vir de volta para a Terra, Lúcifer decidiu provar seu ponto de vista. Ele queria mostrar que a humanidade foi criada de forma errada e acabou perdendo o direito de
retornar ao Firmamento. Isso deixou Deus muito
chateado, porque afinal, Lúcifer conseguiu ao
menos mostrar a Ele que existiam muitas
pessoas de má fé e de má índole ao recrutá-las
na forma mais pura de suas essências demoníacas!
Então Deus reuniu todos os anjos e nos disse que
se afastaria por um tempo de sua criação e que
caberia a cada um de nós ajudarmos homens e
mulheres, antes que Ele fizesse seu juízo final
sobre os humanos. Desde então estamos
sozinhos no Firmamento, aguardando
o dia em que Deus retornará e decidirá
sobre a continuidade ou não da vida
humana neste planeta. Só que
parece que Lúcifer decidiu agora
que não quer mais esperar pelo
veredito divino! O seu dom foi o
estopim de tudo isso. O Pai nos
avisou que um dia você nasceria
e precipitaria a lenda da
Curandeira. Acho que
Lúcifer pretende, afinal,
transformar todo este
mundo em um exército de
demônios e assim provar de
vez o erro do projeto original
divino.

- Minha nossa! Isso é terrível!
Então, quando Deus se resolver, não restará mais humanidade para ouvir a sua decisão!
- É o que parece. Mas eu ainda não desisti da vitória! Tenho esperanças de que juntos podemos acabar com Lúcifer e seus demônios.
- Mas e quanto às pessoas? O que será delas?

- Se vencermos a luta, teremos que ensinar, aos que restarem, o caminho do bem! A saúde e a educação são as melhores formas de se combater o mal! Se as pessoas perceberem que os outros se importam com o bem-estar coletivo e individual... então..., talvez..., seja possível reverter o quadro atual e levar toda a humanidade ao caminho trilhado por Deus para o ser humano! E você, Elisabeth, é uma peça fundamental nesta esperança.

- Eu?! Como assim?!

- A lenda da Curandeira tem dois desfechos possíveis. Num deles, se perdermos esta batalha, o resultado será o fim da humanidade. No outro, se vencermos, existe a possibilidade de um salto evolutivo da raça humana em busca de uma vida melhor. Nos dois casos anjos e demônios não existirão mais.

- Não pode falar sério. Então todos os anjos morrerão, não importando o resultado desta batalha?!
- Ao menos é isso que fala a lenda! Este é o momento do juízo final para anjos e demônios!
- Não quero perder você, Eliseu!

- Pense de outra forma, Elisabeth! Imagine a possibilidade de um mundo sem doenças, que você e seu dom podem propiciar! Outros que também tem dons poderão ajudar o restante da humanidade a evoluir e a alcançar um status antes jamais almejado pelo ser humano. Depois disso, Deus poderá retornar e possivelmente abençoará este planeta, protegendo-o de uma vez por todas contra o mal. Esta será a terra prometida para todos os humanos e para a vida. Um lugar com direitos iguais, respeito, atenção, saúde e amor.

- Mesmo assim, não quero perder você! Quero que fique ao meu lado para sempre...

Eliseu olha para Elisabeth e percebe que aquela menina, em corpo de mulher, está apaixonada por ele. Os lábios carnudos da Curandeira vão lentamente se aproximando dos lábios daquele anjo. A porta atrás deles se abre, dando um susto no casal, como se estivessem fazendo algo errado. É Tábata que acaba de voltar para casa.

- O que está acontecendo aqui na minha porta? (indaga a bruxa, que não gostou de vê-los ali).
- Como você entrou sem que te víssemos? (questiona Elisabeth).
- Bem, achei que você não pudesse enxergar! (responde maldosamente a bruxa).

Eliseu olha para Tábata, com olhar repreensivo! E ela retruca novamente:

- E você, Eliseu, devia ter mais respeito por sua condição de anjo aqui na Terra. Sabe muito bem que se quebrar alguma de suas regras, não terá condições de enfrentar a batalha contra Lúcifer e porá em risco o sacrifício que tão veementemente nos pede para fazer, lutando ao lado de vampiros.

O anjo se levanta junto com Elisabeth e um leve sorriso se estampa naquele rosto masculino e angelical apaixonado.

- Então, conseguiu convencer os outros bruxos de lutarmos todos juntos?
- Não exatamente! Nem todos aceitaram a sua proposta! Alguns preferem não se envolver! E outros ajudarão com algumas restrições.
- Restrições?! Do que está falando?

Tábata vira-se de costas e os convida com um gesto de mão para que entrem também. O casal a atende e Elisabeth fecha a porta depois de Eliseu e ela entrarem.

- Os que toparam participar deste embate com Lúcifer, não querem ficar lado-a-lado com vampiros! (declara Tábata). Preferem se isolar num flanco lateral à batalha e manter distância dos sanguessugas!

- Flanco lateral?! (reclama Eliseu). Escute aqui, Tábata. Isso não é um estádio onde você compra um ingresso num local distante da outra torcida para não ter briga! Isso é uma guerra com resultado final que vai do trágico ao improvável! Se não nos dedicarmos de corpo e alma a um bom plano de ataque e defesa..., ninguém sobreviverá e terminaremos todos mortos lado-a-lado.

- Eu sei! E disse isso a eles! Mas não foi suficiente. Alguns acham que podemos fazer um acordo com Lúcifer para que ele poupe as nossas vidas se não nos envolvermos neste guerra de anjos.
- Está brincando?! Vocês são poderosos! Juntos podemos acabar com nosso inimigo em comum! Sabe que não se pode fazer um acordo com Lúcifer! Ele não os cumpre! Até Deus foi enganado e traído por ele.
- Infelizmente é isso o que eu consegui de acordo com os outros bruxos.
- Então teremos nesta guerra bruxos neutros, do nosso lado e contra nós?! Isso não é apoio! É o caminho para o desastre. Dividindo as nossas forças, Lúcifer irá vencer e nos aniquilar a todos!
- Retire os vampiros desta fórmula que eu consigo trazer mais bruxos para o seu lado e melhorar as nossas chances!
- Se os vampiros não forem incluídos eles podem se aliar a Lúcifer, porque só existem dois lados nesta história: o do Bem e do Mau! Qualquer outra opção é um erro de avaliação.
- O que quer que eu faça?
- Apenas que ajude seus iguais a entenderem a diferença entre o certo e o errado! Nada mais!
- As pessoas têm dúvidas e restrições, Eliseu. E isso não é tão fácil de se apagar.
- Será fácil, depois que todos estivermos mortos! Tudo será apagado definitivamente!

Tábata olha para ele sem saber o que dizer. Mas resolve continuar comentando mais detalhes de como os bruxos pretendem agir:

- Eliseu! Entre os bruxos que irão colaborar com você, estão alguns dos mais poderosos. Tivemos a ideia de criar um feitiço de multiplicação! Como se tivéssemos um espelho refletindo o nosso exército mágico para assustar mais os nossos inimigos. Isso também diminuirá a chance de sermos atingidos diretamente, porque nossas imagens refletidas estarão na linha de frente. Além disso, podemos criar algumas outras ilusões, que colocará demônios contra demônios, o que diminuirá o exército inimigo rapidamente! Enquanto isso nós os varreremos com fogo e raios, para destruirmos seus corpos, abrindo caminho para você agir contra Lúcifer.

- Quando um demônio é ferido ele é atacado por seus companheiros mais próximos. Isso nos dará uma chance de furarmos as defesas deles para eu poder realmente chegar até Lúcifer e enfrentá-lo.
- Por que acha que "O Coisa Ruim" se esconderá atrás de seu exército de acéfalos? (indaga Tábata).

- Ele é arrogante, presunçoso e muito esperto. Não precisará se expor e correr o risco de perder a batalha, se já teremos bruxos contra bruxos e vampiros contra bruxos em meio à guerra, além de milhares ou talvez milhões de demônios que reduzirão as nossas forças de combate. No meio de tudo isso, receio que teremos exércitos humanos combatendo a todos nós. E quanto aos bruxos inimigos? Eles também nos atacarão da mesma forma?

- Não! Eles só atacarão os vampiros!
- Eles acham mesmo que os demônios os pouparão em meio à guerra?
- Acham sim!
- E se fizéssemos os demônios os atacarem também? (declara Elisabeth, que até agora apenas ouvia a conversa). Talvez, durante a batalha eles resolvam vir para o nosso lado e nos ajudar, quando perceberem que estarão sozinhos e isolados!
- É uma boa estratégia, declara Tábata. Mas não posso lutar contra os outros bruxos.
- Acha que eles pensam da mesma forma que você?
- Claro que sim! Não somos assassinos de nossos irmãos!

- Então colocaremos os sugadores de sangue na retaguarda para um ataque final. Os bruxos aliados ficarão entre os bruxos inimigos e os vampiros. Se conseguirmos fazer com que os demônios ataquem seus irmãos bruxos... teremos aliados em meio às linhas de defesa dos demônios e assim nós poderemos surpreender Lúcifer.

- Não vou ficar de costas para um exército de vampiros e ainda protegê-los! (declara Tábata). Não sou tão burra assim! Eles podem ter feito algum acordo com Lúcifer para nos atacar também e desta forma seremos alvos fáceis.

Eliseu olha sério para ela e concorda!

- Então não tem jeito! Teremos que lutar como exércitos separados e independentes, mas com o mesmo objetivo comum: acabar com Lúcifer.
- E quem nos garante que os vampiros estarão ao nosso lado durante a guerra?
- As fadas!
- Como é que é?
- As fadas tem um poder único entre os seres espirituais!
- É mesmo? E qual é?

- Elas sabem quem estará conosco ou contra nós e me avisarão sobre eventuais traidores bem antes deles se manifestarem! Então peço que fique tranquila sobre isso. Quem estiver ao nosso lado, estará realmente lutando com os mesmos objetivos.

Tábata demonstra preocupação quanto a isso, afinal, ela acaba de combinar com os outros bruxos sobre um plano de apoiar ambos os lados na tentativa de ficarem neutros na guerra.

- É verdade o que está me dizendo, Eliseu? (indaga a bruxa).
- Sim! O que combinarmos será cumprido! E quem nos trair, conhecerá de perto o poder da espada de um anjo com muita raiva.
- Muito bem, então! Onde está aquele sanguessuga que veio com vocês? (indaga Tábata).
- Já era para ter retornado até aqui (declara Eliseu). O dia está indo embora rapidamente e precisamos nos abrigar na casa com os outros vampiros.
- Ele perguntou do tal do Sanguinário! Eu levo vocês dois até lá! Aproximem-se de mim (pede a bruxa estendendo as mãos para que Eliseu e Elisabeth as segure).

O casal dá dois passos em direção à bruxa e cada um pega numa das mãos de Tábata. Os três desaparecem dali e reaparecem na casa do Sanguinário. Ali eles veem o vampiro-líder sentado confortavelmente numa poltrona velha, enquanto o dono da casa se concentra para encontrar Lúcifer. Ele está de olhos fechados sentado no chão, procurando um sinal de localização que nunca acontece.

- O que está acontecendo aqui? (indaga Eliseu ao vampiro).
- Ahhh! Olá! Estamos procurando seu inimigo! (responde o sanguessuga).

O Sanguinário para de se concentrar, olha para trás e vê a presença da bruxa, Eliseu e Elisabeth em sua casa.

- Como entraram aqui? Eu preciso de silêncio para me concentrar. Nunca tive que localizar alguém que não fosse humano! Isso não está sendo fácil. Saiam daqui agora.
- Por que não retornou à casa de Tábata como combinado?
- Porque ele ainda não achou Lúcifer! Eu estou esperando!
- Precisamos ir para o novo esconderijo de seu grupo, que é um lugar que só você sabe onde é!
- Pois é, anjinho, mas hoje não vou poder lhe ajudar, mais do que já estou! Terá que passar a noite na casa de bruxinha!
- Se me chamar de bruxinha novamente, vou pulverizar você!
- Calma, gente! (pede Eliseu). Vamos nos concentrar no que temos que fazer. Preciso que me passe o endereço do esconderijo e eu e Elisabeth iremos para lá agora!
- Não vai dar, anjinho. Terá que se virar sozinho hoje! Não posso deixar este simpático rapaz aqui até que me diga o quero saber.
- Como saberei se você irá compartilhar esta informação comigo ou a utilizará de forma diferente?
- Você é muito desconfiado, anjinho! Fique calmo! Tudo dará certo.
- Quero dizer a você, que as fadas irão também nos ajudar!
- Que bom! Não se esqueça de pedir para o Peter Pan vir nos visitar! (ironiza o vampiro).

- Não estou brincando! As fadas existem e irão nos ajudar nesta guerra. E como eu já disse antes para Tábata, vou dizer também para você: as fadas podem prever se algum de vocês pretende me trair. Quero que saiba que se isso acontecer, não pensarei duas vezes em usar a minha espada contra o traidor ou traidora! E garanto que Elisabeth não usará seu dom para ressuscitar o culpado!

- E por que está olhando para mim? (indaga o vampiro). Deveria olhar para o Sanguinário! Ele é que não é confiável!
- Bem! Gostaria de oferecer a minha casa, mas tenho meus afazeres e não acho aconselhável... (declara Tábata, quando é interrompida por Elisabeth).
- Não temos para onde ir ou ficar! Além do mais, eu preferiria ficar em sua casa, do que na companhia dele (diz a moça apontando para o vampiro, que lhe mostra os dentes, assim como as pessoas vivas enviam um beijo irônico para alguém que as critica).
- Ao menos uma coisa temos em comum: não gostamos de vampiros (declara a bruxa).
- Espere um pouco! Que história é essa de vampiros?! (indaga, preocupado, o Sanguinário). Está dizendo que este sujeito aqui é um vampiro??
- Fica tranquilo, cara. Sou vampiro apenas depois das dezoito horas.
- Mas e se eu não conseguir encontrar Lúcifer antes do anoitecer? (indaga, preocupado, o Sanguinário).
- Acho melhor se apressar, se não gosta de vampiros! (declara o sanguessuga sorrindo ironicamente para ele).

O sujeito engole em seco e volta se concentrar, fechando seus olhos. Mas ele os abre de vez em quando para ter certeza de que o vampiro continua sentado na poltrona e longe dele. A bruxa estende a mão ao casal para leva-los dali, mas Eliseu se aproxima do vampiro e pega a mala de Elisabeth que estava ao lado dele.

- Por que estava com a mala de Elisabeth aqui ao seu lado? Achou alguma coisa importante nos pertences dela?
- Não! Nem olhei o interior (informa o vampiro). Só deixei aqui para você vir pegar quando aparecesse! Assim não precisará cortar o porta-malas de meu carro como fez com o seu! Já danificou demais o meu carro.

Eliseu aproxima-se bem perto do rosto do sugador de sangue e olha bem dentro de seus olhos em busca de alguma mentira. O vampiro não vacila e nada demonstra. O anjo pega a mala e se afasta lentamente daquela poltrona, estendendo a mão à bruxa Tábata. Os três desaparecem juntos da casa do Sanguinário, deixando o vampiro com ele.

IV - A VIAGEM
XX - A FILA DA PROCURA
V - MAL ASSOMBRADA
XXI - BOA NOITE, CINDERELA
VI - BATALHA NOTURNA
XXII - FACÇÕES DA GUERRA
XXIII - NOVOS COMBATENTES
VII - PRIMEIRO ACORDO
VIII - A FUGA
XXIV - TRANQUILÓPOLIS
IX - VISITA INDESEJADA
XXV - A VIRADA
X - LANCHONETE
XXVI - A FROTA DO MAL
XXVII - SERES DA GUERRA
XI - A NOVA VIAGEM
XII - TÁBATA
XXVIII - A BATALHA FINAL
XXIX - A PAZ ETERNA
XIII - IMPASSE
PERSONAGENS
XIV - VERÔNICA
ANJOS, FADAS E BRUXAS
XV - SANGUINÁRIO
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