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Introdução
XVI - O CONGRESSO DAS VASSOURAS
I - O CÉU
XVII - EXÉRCITO DE VIVENTES
II - O ANJO
XVIII - REENCONTRO
O Anjo-Vampiro
CAPÍTULO XV - SANGUINÁRIO
III - O DOM
XIX - MAIS UMA NOITE
O vampiro-líder chega com seu possante veículo até uma casa sombria e isolada do outro lado da pequena cidade de Jangadeirópolis. Ele para o carro em frente ao local e vê, no pequeno galpão ao lado do imóvel, um homem muito forte de camiseta regata, todo suado, usando um grande bigode que lembra os dos típicos mexicanos. Suas sobrancelhas fartas se unem no centro da testa e a barba mal feita completa o visual daquele homem sério e mal encarado. Ele trabalha numa máquina de usinar em meio a diversas outras de vários tipos. O sujeito é um especialista em produzir coisas. O vampiro desce do veículo e caminha lentamente, enquanto faz perguntas ainda de longe:

- Olá! Estou procurando um sujeito conhecido como Sanguinário! É você?
- Por que quer saber?
- Tenho um trabalho importante para encontrar alguém.
- Humm! E quem seria esta pessoa!
- Eu não disse que era uma pessoa!
- Não procuro animais de estimação!
- Rsrsrs! Também não é um animal! O que está produzindo aí?
- Uma nova arma para eliminar curiosos e espertinhos!
- Uhhh! Fiquei até com medo! (declara, irônico, o vampiro).

O Sanguinário para de prestar atenção ao que está fazendo, olha de frente para o vampiro e lhe indaga:

- O que você quer, afinal?
- Preciso que encontre Lúcifer!
- Rsrsrs! Está de gozação comigo?
- Eu pareço ser alguém que brinca?
- Olha! Tenho mais o que fazer! Caia fora daqui!
- Bom! Achei que faria de tudo por um bom preço!
- É mesmo? E de quanto estamos falando?
- Estou falando de sua vida! Quanto ela vale!

O Sanguinário não entende muito bem o que aquilo quer dizer, mas achou que o vampiro estivesse ameaçando-o. Ele pega uma machadinha, que estava ali ao lado, e começa a andar na direção do sugador de sangue, olhando de forma ameaçadora.

- Ei! Calma aí! Não sou eu quem está te ameaçando!
- Desembucha logo! Que diabos você quer de mim, afinal! (fala ele já nervoso e caminhando ainda na direção do vampiro, que nem sequer entrou na casa do sujeito).

- Precisa encontrar Lúcifer para mim! Ele planeja dominar o mundo dos homens e depois a casa de Deus. Não restará ninguém vivo para contar o fim disso tudo se ele vencer!

O sujeito olha para ele, para de andar e começa a contar uma história:

- Uma vez, a muito tempo atrás, alguém veio me procurar! Era um sujeito estranho e grande. Pagou-me muito dinheiro e encomendou um serviço que eu ainda não cumpri! Ele deseja que elimine qualquer um que me pedisse para encontrar Lúcifer!

O vampiro ergue as sobrancelhas diante de informação tão inesperada. Mas reitera seu pedido ao Sanguinário:

- Agora você entende porque precisamos encontrá-lo? Ele pretende eliminar todo o mundo! Então eu quero saber o que você irá fazer agora? Vai se arriscar tentando me matar, mesmo sem saber quem sou eu? Ou vai me ajudar a eliminar aquele que irá te matar no final de seu contrato?
- Não acredito que Lúcifer irá tentar acabar com a humanidade! E acho que qualquer um que queira encontrá-lo, deve ser no mínimo maluco! Acho melhor eu me arriscar matando você.

Ao dizer isso ele avança rápido e desfere um golpe de machado contra o vampiro, que por ser de dia, está com a forma humana normal. Mas ainda assim este sugador de sangue é muito forte, então ele salta para trás para não ser atingido. O golpe passa no vazio.

- Fez a sua pior escolha, meu amigo!
-
Não sou seu amigo! (grita o Sanguinário, indo novamente para cima do vampiro e desferindo outro golpe violento, que também passa no vazio).

Mas desta vez o vampiro responde com o giro rápido de sua mão, esbofeteando de volta o rosto daquele homem
monocelho*, que se desequilibra e cai no chão com o impacto! A machadinha cai também e finca-se no solo do galpão. Ainda sentado, Sanguinário encara o vampiro e olha feio, mas recebe mais um tapa na cara que o derruba agora de vez ao chão.

- Olha! Eu não costumo dar outra chance às pessoas. Mas vou abrir uma exceção no seu caso! Ou me ajuda a encontrar Lúcifer, ou não viverá tempo suficiente para receber outro pedido de cliente.
- Quem é você? (indaga o Sanguinário deitado de lado no chão). Nunca vi ninguém tão rápido assim!
- Da próxima vez, pergunte quem é seu contratante, antes de tentar bater nele!
- Estou perguntando agora!
- Agora é tarde! Não quero mais falar sobre isso! Encontre Lúcifer para mim! E quero isso de forma muita rápida. Mas se tentar me trair... arrancarei todo o seu sangue de uma vez só!
- Não sei se é possível encontrá-lo! Nunca tentei localizar alguém que não fosse humano.
- Faça um esforço! Eu espero aqui sentado.
- Mas e se foi o próprio Lúcifer que veio até mim e me pagou para eu não encontrá-lo? Estarei numa enrascada!
- Ohh, Sanguinolento! Lúcifer quer dominar o mundo e nada o impedirá de tentar. Mas talvez eu e meu grupo possamos impedi-lo. Porém se escolher trabalhar contra mim, morrerá antes de todo mundo.

IV - A VIAGEM
XX - A FILA DA PROCURA
V - MAL ASSOMBRADA
XXI - BOA NOITE, CINDERELA
VI - BATALHA NOTURNA
XXII - FACÇÕES DA GUERRA
XXIII - NOVOS COMBATENTES
VII - PRIMEIRO ACORDO
VIII - A FUGA
XXIV - TRANQUILÓPOLIS
IX - VISITA INDESEJADA
XXV - A VIRADA
X - LANCHONETE
XXVI - A FROTA DO MAL
XXVII - SERES DA GUERRA
XI - A NOVA VIAGEM
XII - TÁBATA
XXVIII - A BATALHA FINAL
XXIX - A PAZ ETERNA
XIII - IMPASSE
PERSONAGENS
XIV - VERÔNICA
ANJOS, FADAS E BRUXAS
XV - SANGUINÁRIO
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* Monocelho ou monocelha se refere a uma "confluência das sobrancelhas", ou seja, à presença abundante de pêlos entre as sobrancelhas, de modo que elas pareçam ser apenas uma única longa sobrancelha.
Henri Versiani
como Eliseu

Majorie Gerardi
como Elisabeth

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