Guerreiros Oníricos

Minutos depois Jorge e Paulo estão batendo na porta da casa de Joana.

- Olá, pessoal! (cumprimenta-os a linda Joana ao abrir a porta). Prontos para guerra?

- Não! Eu nunca estarei preparado para uma guerra! Principalmente contra um inimigo alienígena! (declara
Paulo enquanto entra na casa, seguido de Jorge). Seu irmão já foi controlado mentalmente por você?

- Sim! Ele ficará meio apático no quarto dele até que eu ordene que saia desta condição (informa Joana se sentando à frente de uma mesa na sala de estar).

- Que bom! Eu preciso treinar uns golpes. (comenta Jorge, ainda de pé, falando com Joana). Acha que ele se importaria de eu bater mentalmente nele algumas vezes?

Joana olha para ele, entortando os lábios e abaixando as sobrancelhas, demonstrando contrariedade à proposta de Jorge! Ela negativa a ideia e Jorge se senta também à mesa logo depois de Paulo.

- Como você consegue dominar uma pessoa desta forma? (indaga Paulinho a ela).

- Bom...! Na verdade... eu descobri algo curioso...! Já viu quando alguém fica looonge? Perdido em seus pensamentos e nem vê os outros passando por perto?
- Sim!

- Então! Se você dá a uma pessoa algo interessante para pensar, ela se concentra naquilo e pode ficar um bom tempo pensando sobre isso! (informa Joana).

- Isso não irá funcionar com a sombra! Ela já se ocupa com centenas, talvez milhares, de pensamentos e mesmo assim não se distrai! (declara Jorge).

- Acho que a sombra não se concentra nos pensamentos das pessoas do inconsciente coletivo. Provavelmente ela só semeia o próprio pensamento negativo! (sugere Joana). Talvez eu possa entrar na mente desta sombra... e apresentar outros pensamentos!

- O mental-androide disse que a sombra é o inconsciente coletivo alienígena...! E se... pudéssemos... inverter o que está acontecendo...? (imagina Paulinho).

- Inverter?!?! Como assim? (indaga Jorge).
- Talvez eu possa apresentar outra ideia aos aliens para ocupar a mente deles antes de lutarmos contra a sombra? (sugere Joana).

- Como assim...? Quer entrar na mente da sombra...? Será que isso não é perigoso? (sugere Paulinho).
- Não sei! Mas se eu conseguir distraí-los vocês poderão atacar com toda a força!
- Acha que vale o risco? (indaga Jorge).
- É isso... ou outra ideia...! Alguém tem...? (sugere Joana).

Um silêncio acontece na sala! Ninguém sugere mais nada!

- Então vamos tentar fazer isso hoje à noite, quando o inconsciente coletivo fluirá normalmente (declara Joana).
- Paulinho! Quanto ao estudo de hoje...! Acho melhor deixarmos para outro dia! Tenho receio de deixar meu irmão naquele estado tanto tempo!
- Não acho que ele ficará mais chato do que é! (informa Jorge para nova careta de Joana).
- Tudo bem, Joana! Vamos estudar juntos noutro dia! (aceita a sugestão, Paulinho). Também preciso me preparar para hoje à noite!

- Bem! Eu nem sei muito bem o que devo fazer! Ainda não estou dominando minha capacidade mental! (declara Jorge).
- O pior é que temos que treinar... praticando durante o sonho! (relembra Paulo). Vamos pensar no que cada um de nós pode fazer! (sugere Paulo). Joana! Antes de dormirmos, vamos fazer uma reunião mental e depois entraremos em ação.

- Está bem, Paulinho! (responde a garota, quando os três se levantam e se dirigem à saída). Acha que o androide irá aparecer para nos ajudar?

- Não sei! Ele já deixou claro que está nos ajudando, desde que não se exponha em demasia! (comenta Paulinho). Ainda não confio totalmente na história que contou! Acho que existe algo ainda que não falou para nós.

Jorge sai da casa e Joana dá um leve beijo nos lábios de Paulinho, um selinho, como despedida!

- Até à noite, Paulinho!
- Até, Joana!
- Tchau! (declara Jorge).

Joana fecha a porta lentamente para a partida dos dois jovens e olha para trás, na direção de onde deixou seu irmão meio catatônico em seu quarto. Ela fecha a porta agora e volta para lá para tirá-lo daquele estado.