Voltar à pág.
da coleção

Introdução
Capítulo I
Pecado Espiritual

Este livro foi registrado
na Biblioteca Nacional

Capítulo II
Paraíso dos Espíritos

CAPÍTULO XI - LUXÚRIA
Capítulo III
Floresta Espiritual

Vanessa e Gabriel estão andando na floresta particular nos fundos da ONG. Os dois estão de braços dados e caminham calmamente entre as árvores do verdejante local.

- Sabia que ao desejo de comer alguma coisa em excesso chamamos de gula! (informa Vanessa ao Gabriel). É um dos pecados capitais!
- Pecado? Então desejar comer vaca aqui na Terra é pecado? (declara estranhando o fato, Gabriel).
- Não! Não é bem assim! O que quero dizer é que quando alguém come em excesso, qualquer tipo de comida, a isto chamamos de gula! Mas se estivéssemos na Índia, lá seria pecado matar uma vaca! Elas são consideradas sagradas!
- É muito confuso este planeta! Não sei nada sobre ele, existem palavras para cada coisa que encontro, fico perdido na maior parte do tempo!
- Como sabe disso se não se lembra de nada?
- Estou começando a lembrar das coisas!
- O que mais se lembra de sua vida?
- Lembro-me de quando cheguei aqui e duas luzes fortes vieram em minha direção! Logo depois se desviaram, pouco antes de alguma coisa sólida bater em mim!
- Seu amigo nos disse que você quase foi atropelado por um carro. O que viu eram os faróis de um veículo. O que mais se lembra daquela noite?
- Lembro-me de estar nu... e de meu amigo me dar roupas para vestir.
- O Wladimir?
- Sim! Lembro-me de você quando nos encontrou...! Tão linda...! Tão carinhosa comigo...!
- Ahhh! Sou assim com todas as pessoas que encontro nas ruas! É preciso! Senão eles não veem até aqui!

Uma ave pousa num galho e o casal a observa!

- Eu gostaria de poder falar com os animais! Seria muito interessante saber o que eles pensam! (declara Vanessa).

Gabriel olha agora para o braço dela sobre o seu e com a outra mão acaricia a pele de Vanessa.

- Sua pele é muito macia e quente! Eu gosto disso!
- É mesmo? Você não se lembra de ter tido uma namorada?
- O que é namorada?
- Bem! Quando um homem gosta de uma mulher ele passa a visitá-la com mais frequência, vai à casa dela, os dois saem juntos, viajam juntos, comem juntos, vão a cinema, barzinho, salão de dança, teatro..., motel...!
- Eu pedi para ir a sua casa na noite passada e você disse não! Então não estamos namorando, não é mesmo?

Ela sorri e comenta:

- Achei que não iria se lembrar disso! Mas parece que sua memória voltou ao normal!
- Não! Não voltou! Eu não me lembro de nada antes de aparecer aqui na Terra!
- Você me disse que veio de um lugar chamado Paraíso! Disse que você era apenas um espírito antes da noite anterior, que cometeu um pecado e veio para cá, na Terra, para pagá-lo!
- É verdade...! Você tem razão...! Eu vim mesmo do Paraíso...! Mas não me respondeu sobre não querer ser minha namorada!
- Bom! Não é assim que funciona! Primeiro eu tenho que gostar o suficiente de você para ser sua namorada!
- E não gosta?
- Gosto...! Mas acho que precisamos nos conhecer um pouco mais antes de darmos esse passo...!
- Vanessa! Tem uma imagem que eu ainda não entendi de minha memória! É uma onda gigantesca no meio do mar!?!?
- O tsunami...! Já saíram os resultados parciais do que aconteceu na Indonésia. Já são mais de cem mil mortos!

- Mortos...? Agora me lembro de tudo...! Eu vim mesmo do Paraíso...! Toquei com meu dedo indicador de leve sobre a superfície do lago espiritual...! E por causa disso vim parar aqui...! Já me lembrei de tudo, Vanessa!!!! Sei que tenho que descobrir um modo de retornar ao Paraíso...! Mas quero que você venha comigo...!

- Ir com você? Nem estamos namorando e você já quer morar junto comigo? Vamos mais devagar, anjinho Gabriel!
- Ainda não sei como farei para voltar para lá! Não imagino como compensar meu pecado!
- Não acredito que você tenha sido o responsável pelo tsunami. Eu vi uma reportagem que disse que um enorme volume de terra se deslocou no fundo do mar e isso é que causou o problema!

- Você não entende, Vanessa! Nossos atos no Paraíso causam terríveis consequências aqui no Inferno! Quando tocamos em algum espírito por lá, centenas de pessoas podem ser mortas. Quando tocamos nos elementos básicos, como água e terra, milhares ou milhões poderão morrer aqui! Os condenados ao Inferno é quem pagam por nossos erros no universo espiritual!

- Bem..., então..., digamos que tudo o que diz seja verdade...! Que o tal tsunami foi culpa sua...! Como alguém poderia cometer um pecado desses e ter alguma forma de compensar tal desastre...? Não vejo como isso seja possível! Aqui na Terra se alguém fizesse isso de forma proposital seria preso para sempre ou pegaria pena de morte, dependendo do país onde se encontra!

- Não é assim que funciona no Paraíso! Um espírito jamais seria condenado à morte! Preso eu já estou neste corpo e neste lugar! Esta é a minha pena! Agora preciso da minha absolvição! Como compensar tantas mortes?

- Talvez ajudando a dar vida aos que morreram?!?!
- Não temos como fazer isso a alguém carnal! Mas... talvez... você tenha razão! Talvez eu deva levar alguns bons espíritos para o Paraíso junto comigo!
- Chama decretar a morte de alguém... uma forma de salvar tal pessoa!?!? Sim... porque... se o espírito será levado ao Paraíso... então é porque o corpo terá que morrer aqui na Terra?
- Mais ou menos isso! Entenda que a vida real não é aqui! A vida real de qualquer ser é a vida espiritual!
- Mas eu não conheço tal vida! Para mim a única coisa real é estar aqui, carnalmente!

- Vanessa! Você e todas as outras pessoas deste planeta um dia já foram apenas espíritos! Em algum momento de seu passado, em outra encarnação, você esteve no Paraíso! Lá cometeu algum pecado e foi obrigada a viver aqui! Se um dia você descobrir o que fez de errado talvez possa retornar naturalmente para lá! Mesmo que não deseje voltar... se completar seu ciclo de penitência carnal você será levada de volta!

- Desculpe-me, Gabriel! Não estou à procura do Paraíso! Minha vida é aqui! Sempre foi e sempre será! Gosto de viver entre humanos e ajudar a outras pessoas que precisam de mim!
- Não irei ao Paraíso sem você! Não conseguirei viver por lá, sabendo que jamais poderei te olhar novamente!
- Estou lisonjeada, Gabriel! Mas não quero morrer para viver espiritualmente com você! Mas posso te dar um bom motivo para viver e ficar aqui!
- É mesmo? E por que eu faria isso? Não quero ficar no Inferno!

A moça aproxima-se mais dele, olhando olho no olho! A distância entre os dois vai diminuindo até que a ponta do nariz de ambos se tocam suavemente e Gabriel pergunta a ela:

- O que está fazendo?
- A pergunta correta é...: o que você irá fazer agora?
- Eu? Sei lá! Tenho que fazer alguma coisa agora?
- Bobinho! Vou ter que te mostrar tudo?
- Mostrar o quê?
- Tudo...!

A moça gira o pescoço levemente e faz um "bico" com seus lábios encostando-o nos dele. Inicia-se um beijo da parte dela, enquanto ele não sabe o que fazer com o dele! Ela avança um pouco mais e enfia sua língua dentro da boca do rapaz, que espantado com o fato arregala os olhos, totalmente surpreso com o que está acontecendo neste momento. Gabriel tenta falar alguma coisa neste momento... "difícil" da comunicação!

- O que devo fazer agora?
- Cale-se, bobinho! Faça exatamente a mesma coisa que eu faço!
- Tá! Eu vou me caaaalar!

Vanessa agora o beija com mais força, vontade e desejo! Calando-o novamente e o assustando com a nova ofensiva dela! Gabriel, ainda de olhos arregalados, observa que os olhos de sua amiga estão fechados e então o rapaz faz o mesmo, fechando também os seus! A moça ergue seus braços e envolve o pescoço dele, que abre novamente os olhos, observando a nova ação sensual e envolvente! Então o jovem também faz o mesmo e tenta abraçá-la no pescoço, mas os braços da mulher o impede de fazê-lo! Então os seus a agarram na altura do tórax e vão abaixando até a cintura da moça. Os dois ficam assim por alguns minutos até que o rapaz relaxa e se acostuma com tudo isso. Vanessa agora para de beijá-lo e ouve uma observação inesperada do ingênuo Gabriel!

- Isso é melhor do que comer uma vaca!

Vanessa dá um tapa suave no ombro dele, reclamando do comentário infeliz:

- Pare com isso, bobinho!
- Parar com o quê? (ele a libera do abraço, abrindo os braços).

Ela aproveita o momento e também o libera de seu abraço, pegando em sua mão e o arrastando para um barranco ali perto! A floresta particular é bem grande e ninguém se encontra por ali naquele momento. Estão apenas os dois. Vanessa recosta-se no barranco e Gabriel a segue até ali!

- O que vamos fazer agora? (pergunta ele, sem entender muito bem o que tudo isso significa).
- Você não tem a menor ideia do que iremos fazer agora? (questiona a moça mordendo um dos lados de seus lábios vermelhos e carnudos).
- Não! Mas eu vou te imitar para não dar mancada, está bem?
- Agora eu quero que siga seus instintos! Faça o que seu corpo pedir!
- Bom! Estou suando e com as mãos geladas ao mesmo tempo! Meu coração está batendo muito forte e tenho alguns calafrios! O que isso quer dizer?
- Que você está muito excitado!
- Excitado? Só senti isso quando comi aquela vaca ontem à noite.
- Pare de falar sobre comida! Vou te ensinar outro pecado agora!
- Acho melhor não! Já cometi mais do que posso pagar aqui!
- Cale-se, Gabriel! Não diga mais nada e apenas beije-me!

Os dois utilizam o barranco como apoio e se beijam muito fortemente! Os abraços se multiplicam! Ora na cintura! Ora no pescoço! Ora na cabeça dele o que arranca a faixa de gaze que a protegia! As mãos deslizam continuamente e freneticamente por todo o corpo de cada um dos parceiros. A moça desabotoa as calças do jovem e ele repete o movimento desabotoando as dela. Em poucos segundos estão ambos com as roupas no chão! A moça o abraça na altura da cintura, apertando-o fortemente contra seu próprio corpo. O rapaz começa a entender mais uma das inúmeras possibilidades de se viver carnalmente! Uma penetração sexual se inicia para espanto dele, diante do enorme prazer que a moça demonstra estar sentindo neste momento!

Gabriel ouve um profundo suspiro de linda mulher que fecha fortemente seus olhos! Vira a cabeça para cima e para trás! Seus longos cabelos se espalham sobre o barranco gramado! Ele a beija agora em seu lindo pescoço e vai descendo seus lábios por toda a maravilhosa garganta. A moça geme de prazer e aperta a cabeça de Gabriel contra seu ombro! O corpo todo se arrepiou com o toque sutil dos lábios molhados masculinos. Vanessa o abraça mais forte agora, na altura da cintura, forçando o ato sexual neste momento! Isso a faz suspirar ainda mais o que o atiça também a gemer de prazer! Os dois estão entregues à luxúria neste momento. Algo muito forte e selvagem! Gabriel conhece pela primeira vez o que é gozar de amor no Inferno carnal!

Capítulo IV
Encarnado no Inferno

VOLUME
1

Capítulo V
Gula

Capítulo VI
Inocência

Capítulo VII
A Bebida

Capítulo VIII
Amnésia

Capítulo XII
Mentira

Capítulo IX
A Missão

Capítulo XIII
Nova Casa

Capítulo X
Loucura

Capítulo XIV
O Dono do Inferno

Capítulo XI
Luxúria

Capítulo XV
Ira

Capítulo XVI
Egoísmo

CLIQUE AQUI
PARA COMENTAR
SOBRE ESTE LIVRO

Capítulo XVII
Arrogância

Capítulo XVIII
Preguiça

Capítulo XIX
Avareza

Capítulo XX
Inveja

Capítulo XXI
Ascensão

HOME