TRÂNSITO VIVO - PROJETO FÊNIX Cidades ressurgindo das cinzas Este projeto foi registrado no 2° Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Capital de SP
Os bombeiros e a prefeitura sabem bem onde a maior parte dos problemas das enchentes ocorre em São Paulo. O volume total de água acumulada nesses locais pode ser calculado sabendo-se qual é a maior altura que a água atinge durante uma forte enchente e qual a extensão aproximada (diâmetro ou raio médio).
De posse dessa informação teremos que saber quais são as ruas que forçam a queda das águas em direção ao local onde costuma encher. Se cada casa de todas essas ruas pudesse acumular mil litros de água, talvez apenas isso já fosse suficiente para resolver a situação local. Se mesmo assim restasse um pequeno volume de água na baixada dessas ruas teríamos a opção de construir um reservatório raso sob o solo no local onde as águas se acumularão escondidas, não atrapalhando o trânsito de veículos ou pedestres.
É preciso lembrar que não existem mais grandes espaços para se fazer piscinões. Dessa forma as minipiscinas localizadas onde existe a enchente, mais a introdução de caixas d´água de mil litros, tornará viável a eliminação da maioria das pequenas e médias enchentes que assolam a cidade de São Paulo, bloqueando a passagem de carros e pessoas, travando depois de algumas horas o trânsito como um todo na cidade.
Uma opção complementar à anterior seria utilizar plataformas flutuantes que contém garrafas pet lacradas, embutidas no interior delas (as garrafas PET podem erguer uma casa inteira sobre a água). As plataformas ficam normalmente apoiadas no asfalto em dias secos. Quando chover muito, a água se acumulará abaixo dessas plataformas que se elevarão automaticamente, aguentando todo o peso dos veículos ou pessoas que passem por ali. Essa é uma situação complementar para os locais onde não será possível resolver totalmente o problema apenas com as opções anteriores. Poderemos usar as plataformas em locais onde não possamos fazer as minipiscinas.
É preciso entender que as soluções aqui são genéricas. A aplicação poderá variar conforme o lugar onde cada enchente acontece.
Um exemplo fácil de resolver é a via expressa sob a Ponte das Bandeiras na Marginal do Tietê. Este é um pequeno trecho que se beneficiaria muito se houvesse uma mini-piscina de contenção instalada na lateral gramada à direita da pista, num nível mais baixo do que as águas acumuladas. A execução desse trabalho seria barata e não pararia o trânsito durante as obras. Além disso, resolveria facilmente o problema ali! Esse reservatório seria totalmente coberto, para evitar que a ação direta da chuva no local o enchesse e também para que pernilongos não se proliferem. Bombas levariam o acúmulo de água de volta ao rio Tietê. Um sistema simples deste tipo funcionaria independentemente de assistência externa e nunca pararia a marginal por causa de chuva. Isto vale para todos os outros casos similares da mesma via e da Marginal Pinheiros.
Utilizando as propostas sugeridas acima teríamos resolvido uma grande parte dos problemas urbanos de pequenas e médias enchentes, tornando ruas transitáveis em meio ao caos líquido e acumulado discretamente sob ela. Cada local deverá ser avaliado individualmente para que se encontre a solução mais adequada. Em caso de chuvas diárias e constantes a SABESP, responsável pela manutenção e funcionamento destas piscinas, poderia bombear parte dessa água existente nestes reservatórios em direção aos bairros mais próximos ou para algum rio, lago, represa ou esgoto próximos. Claro que bombas e mangueiras enormes deverão ser embutidas no asfalto para poderem atingir esses locais. Na impossibilidade dessa solução, caminhões da prefeitura ou da própria SABESP poderiam ir até o local para retirar a água e despejá-la posteriormente num local apropriado.
Nas regiões onde caem barreiras, atrapalhando o trânsito, as residências deveriam ser removidas dali para que o pessoal especializado em solo possa criar uma solução permanente no local, impedindo um novo deslizamento de terra.
Para as regiões próximas a rios ou córregos que se enchem em dias de fortes chuvas, pequenos canais embutidos nas laterais poderiam conter parte dos excessos de água. Também caixas de 1000 litros nas residências próximas ao córrego evitariam que mi s águas na população local. Minipiscinas embutidas no solo próximo também captariam esse excesso de águas minimizando os resultados ruins. Como eu disse: cada caso é um caso e deve ser avaliado com critérios técnicos e personalizados.lhares de litros de água se precipitassem ao mesmo tempo diretamente no córrego. Isto também reduziria parcialmente o impacto desta.