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da coleção

INTRODUÇÃO
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
CAPÍTULO XXXI
Capítulo IX
Capítulo X
Nova York. 12 de abril de 2036. 20:00. É noite no local! Os militares continuam vasculhando tudo à procura de algum sinal dos três pares de sementes alienígenas! Eles utilizam iluminação artificial com tripés de luz, lanternas, visão infravermelha entre outras tecnologias! Estão fazendo uma enorme varredura no entorno dos três locais que foram bombardeados!

- Senhor! A varredura não detectou nada na zona de ataque (declara um sargento a um tenente local).
- Certo! Vamos estender a busca aos arredores do perímetro! (sugere o tenente). Precisamos ter certeza de que os alienígenas não fugiram!
- Sim, senhor!

Os militares continuam vasculhando tudo e nada encontram! Mas alguém vê algo que não deveria estar ali!

- Tenente! Encontrei alguma coisa aqui! (declara um soldado).
- O que é? (questiona o tenente).
- Não sei, senhor, mas está todo queimado!

O tenente usa seu rádio, pendurado junto ao peito e fala com o comando central:

- Encontramos algo, comando! Vamos enviá-los a vocês para análise!
- Certo! Estamos aguardando!
- Soldado! Vamos fazer um grande pente fino aqui neste local! Quem sabe encontramos mais alguma coisa!

No comando central, depois de muito analisarem o material queimado, chegam à conclusão de que se trata de um dos esporos saídos das sementes holográficas alienígenas.

13 de abril de 2036. 2:30 da manhã. Jones está andando por um corredor cheio de sangue no chão! Está usando um avental todo branco salpicado de manchas vermelhas. Ela corre desesperada para sair dali e vê uma mulher sem um dos braços e metade de seu tronco arrancado. A mulher olha vidrada em sua direção e lhe faz uma pergunta:

- Por que me deixou morrer, Jones?
- Mirian?!?! Eu não a deixei morrer! Pedi que ficasse longe da amostra!
- Você me enviou a amostra para que eu morresse!
- Não! Por que eu faria isso a você?
- Tinha ciúmes de meu trabalho! Me queria morta!
- Não Mirian! Nunca...! Você é minha amiga! Eu nunca desejei isso a você!
- Agora você irá morrer!
- Não Mirian...! Por favor...! Acredite em mim!

Jones começa a correr desesperada pelo corredor na direção inversa em que corria anteriormente! Ela ouve um som de celular tocando e não entende de onde vem o tal som! Quando faz uma curva correndo encontra uma planta carnívora enorme que abre a boca e a engole inteira. Jones acorda apavorada e suando com o susto e o medo de ter "morrido" naquela hora! O suor corre por sua testa e agora ela percebe que o seu telefone celular continua tocando ao lado da cama.

- Malditos pesadelos! (comenta ela, ofegante).

A botânica pega o celular e o atende:

- Alô?

Ela ouve uma voz masculina do outro lado da linha:

-
Senhorita Jones encontramos algo queimado na região do ataque aéreo. Já o analisamos..., mas queremos que venha até aqui para analisá-lo também.

Ainda meio tonta porque acordou agora, apavorada com o pesadelo, ela se encontra meio perdida.

- Quem fala?
-
A senhorita está bem? Parece ofegante!
- Não...! Quer dizer... tudo bem!... Foi só um pesadelo...! Mas já acordei...! É do exército, não é? Encontraram algo que queimou durante o bombardeio?
-
Exatamente!
- Tá! Entendi! Agora acordei realmente!
-
Senhorita Jones! Dentro de dez minutos no máximo um veículo militar estará em sua porta. Esteja pronta. Precisamos confirmar a morte dos alienígenas. Depois todos nós poderemos voltar a dormir tranquilamente!
- Sim! Sim! Estou levantando! Precisarei de menos de dez minutos para ficar pronta! Obrigada! Até já!
-
Até já!

Ao lado dela acorda agora Mark que pergunta-lhe algo, enquanto a moça sai da cama e começa a se arrumar para sair:

- O que houve, querida?
- O exército acha que encontrou vestígios da morte das sementes alienígenas! Querem que eu vá até lá para confirmar isso!
- Mas os ETs não eram holográficos? Como podem ter sido afetados pelo ataque aéreo?
- Sim e não!
- Como é?

- Sim! Eles eram holográficos! Mas não totalmente! Seus esporos sobreviviam em nossa dimensão e eram armazenados no interior das sementes holográficas! Não sei como isso funciona na verdade, mas..., talvez..., quem sabe..., existe uma possibilidade de que algum esporo possa ter se desintegrado durante o bombardeio! Não sei se isso decretou o fim da vida dos Verdes aliens! Mas acredito que saberemos em breve!

Jones! Pense bem! Eles estão no espaço, talvez, há milhares de anos, passando por variações altíssimas e baixíssimas de temperaturas! É difícil acreditar que um bombardeio humano, por mais violento que possa ter sido, possa tê-los destruído! Concorda comigo?

- Sim, Mark! Concordo...! Os esporos são extremamente resistentes, mas se eles acharam algo, terei que avaliar!
- Eu vou com você até lá!
- Não há necessidade, Mark! Continue dormindo!
- Não! Eu vou com você! Quero acompanhar isso de perto!
- Está bem...! Se insiste...! Eu gostaria muito disso!

Os dois rapidamente se arrumam e quando um jipe fechado chega ao local, os dois já estão saindo de casa! Em poucos minutos o casal está na sede militar na subprefeitura da cidade de Nova York, falando com um comandante!

- Venha até aqui, Jones! Isto é o que encontramos após o rescaldo na zona de guerra! (comenta o comandante militar).

A botânica se aproxima e senta-se junto à mesa onde se encontra o tal objeto. Ela o analisa com cuidado e o coloca sob o microscópio!

- Sim! Eu tinha razão! É mesmo um esporo! (declara Jones). Mas isto não quer dizer nada...! Não é uma prova de que as sementes foram destruídas!
- Tínhamos esperança de que fosse parte de uma das sementes! (comenta desanimado o comandante).
- Bem! Isso quer dizer que eles ainda estão por aí! (declara a botânica). Vivos em algum lugar e cada vez mais próximos de seus objetivos!
- Tem ideia para onde eles fugiram? (questiona o comandante).
- Se vocês não tivessem bombardeado o local teríamos uma ideia melhor sobre tudo isso! Vou voltar para minha cama, comandante! Ligue-me novamente amanhã! Vamos descobrir o que aconteceu!

O veículo militar leva o casal de volta. Mas quando os dois entram em casa Jones faz um convite inesperado a Mark.

- Onde pensa que vai? (questiona ela ao rapaz que já estava sentando-se na cama e ameaçando tirar a camisa).
- Vou dormir! Por quê?
- Não tão rápido, namorado! Agora vamos visitar um parque!
- O quê? A esta hora? Ficou maluca, querida! Precisamos dormir! Amanhã será um longo dia de caça às bruxas!
- Não, Mark! Vamos caçar bruxas hoje! Venha comigo até minha garagem!

Ele faz uma careta, sem entender o que a namorada deseja!

- Tá legal! Então, vamos em seu carro a um parque às 4:30 da manhã? (questiona ele).

Ao entrar na garagem Mark vê o bêbado dormindo ali no fundo, parado em pé sobre um jarro raso e largo! Ele se encontra de olhos fechados e com os braços para baixo!

- O que ele está fazendo aqui? (questiona Mark assustado com isso).
- Pedi ao exército que o deixasse comigo para que eu pudesse fazer mais alguns testes durante a noite anterior.
- Testes? Que testes?
- Vamos lá, Mark! Não me diga que está com ciúmes de uma árvore?
- Não! Estou preocupado de você morar sozinha aqui com um bêbado desconhecido na sua garagem!
- Desconhecido sempre será, mas não é mais bêbado! O que quero saber é como acordar uma árvore à noite! (olha ela para o homem-árvore que continua na mesma posição em pé e sem se mexer).
- Ontem eu cheguei tarde aqui e você não comentou nada comigo sobre isso!
- É queria aproveitar o pouco tempo que temos juntos sem falar de trabalho!

Jones tem uma ideia! Pega um regador e o enche de água!

- O que vai fazer? Jogar água no homem para curá-lo da bebedeira?
- Mark!?!? Pare com isso!

Ela joga água nos pés do homem-árvore, mas isso não o faz despertar!

- Já sei! (comenta ela).

Jones sai da garagem e poucos minutos depois retorna com um sistema de iluminação especial, movido à célula de hidrogênio!

- O que é isso agora?
- Isso simula a luz do dia e com certeza acordará nossa árvore!

Ela sobe em uma cadeira e liga a luz artificial chamada Day Light (luz do dia), enquanto gira suavemente um botão lateral (um potenciômetro). Agora a iluminação começa a aumentar gradualmente como se fosse o sol nascendo! O homem-árvore vai acordando lentamente e abrindo seus braços na direção da luz.

- Acho que deu certo! Ele está acordando! (comenta Mark).
- Bom dia! Bom dia! (declara o homem-árvore todo feliz... até abrir seus olhos). Ué!?!? O que está fazendo em cima desta cadeira com esta... luz artificial? Você está me enganando para eu acordar?
- Sim, meu amigo! Precisamos de você para encontrar um dos aliens (informa Jones).
- Por quê? O bombardeio não deu certo? (declara o homem-árvore).
- Exatamente! (comenta ela toda feliz com isso). Precisamos encontrar o alien que foi em direção ao Highland Park!
- Só tem um problema! (comenta o homem-árvore). Se apagar esta lâmpada eu me apago também! E precisarei de meu jarro com os produtos especiais que você pôs aí! Depois me dá a receita! Eu gostei muito! É delicioso!
- Engraçadinho! (comenta Jones com o homem-árvore).

Logo depois o casal está no carro dela andando por Nova York. O exército encontra-se espalhado por toda a cidade dia e noite. O homem-árvore está sentado no banco traseiro, usando cinto de segurança e continua dormindo de olhos fechados! Sob os pés do tal bêbado Jones foi obrigada a jogar toda a terra ali, porque o jarro não entrava no carro. Isso dará um bom trabalho para limpar o local depois!

- Então você acha que um dos alienígenas foi diretamente para o Highland Park? (questiona Mark).
- Sim! (confirma Jones). É a nossa melhor chance de encontrá-lo antes dos militares!
- E foi ele quem lhe falou sobre isso? (comenta Mark, apontando para trás na direção do homem-árvore).
- Sim! Temos um espião do mundo das plantas e poderemos conversar com todas elas! Não é demais? É o sonho de todo botânico!
- Pense bem, querida! Não podemos confiar nele! Não sabemos se fala a verdade!
- Saberemos se ele conseguir falar com as plantas do parque e encontrarmos o alien!

Na madrugada de Nova York o trio chega ao Highland Park, Mark acende o equipamento de luz "Day Light", posicionado atrás do banco de Jones! Neste momento o homem-árvore, que está sentado atrás do casal e bem no meio do banco traseiro, acorda, volta sua cabeça na direção da luminosidade do equipamento da botânica e abre os dois braços também. Como trata-se de uma luz fria, do tipo fluorescente, não há geração de muito calor no ambiente apertado do veículo.

- Bom dia! Bom dia...! Ahh...! Sim...! É a tal luz novamente...! (declara o homem-árvore sem gostar muito disso). Vocês estão atrapalhando meu processo natural noturno!
- Não há nada natural em você! (declara Mark ao homem-árvore).
- Mark! Toda vez que virmos uma patrulha militar desligue isso (comenta a botânica). Não queremos que eles desconfiem de nós aqui!
- Está bem! (concorda o namorado).
- Vamos parar por aqui mesmo e perguntar para estas árvores frondosas se elas viram o nosso visitante!

Mark e Jones descem do veículo. Mark retira a lâmpada e a coloca sobre um suporte longo, para mantê-la acesa sobre o bêbado! Jones o auxilia a sair do carro!

- Mark, meu filho! Mantenha esta luz sobre minha cabeça, está bem? (requisita o bêbado, enquanto o rapaz olha para ele sem gostar da tal observação).

Os três pulam o guard-rail e dirigem-se até a árvore mais próxima. Ali o bêbado encosta-se na árvore maior do local! Abraça-a e começa a questioná-la, olhando de frente para o tronco espesso!

- Olá, minha amiga! Por acaso você sabe se umas sementes extraterrestres passaram por aqui nesta noite...? Ela não gostou de ser acordada no meio da madrugada...! (comenta o homem-árvore voltando-se para Jones, enquanto Mark, segurando a lâmpada faz careta, porque não acredita no que está ouvindo. O bêbado volta-se novamente para a frondosa árvore). Sim...! Sim...! Naquela direção...? Não me diga...! Ahhh...! Obrigado! Sabe a que distância...? Certo...?

- O que ela disse? (questiona Jones). Para onde as sementes foram?
- Ela acaba de me dizer para nós não irmos naquela direção porque tem uma meia dúzia de cachorros que estão urinando em todas as plantas... um horror...! Quando uma fêmea canina está no cio os machos descontam em todas as árvores...! É irritante...!
- Tá! Não queremos saber de cachorros...! Estamos procurando alienígenas...! (declara Mark, já nervoso com a situação!).
- Para você pode não ser importante, mas para as árvores os cachorros são terríveis! (informa o homem-árvore). O gosto da urina fica dias nas raízes! Estraga o paladar de qualquer vegetal...! Você sabe que nos alimentamos pelas raízes, não sabe...?

Jones começa a rir discretamente olhando para Mark, que vira os olhos e a cabeça para cima, não acreditando que tudo isso possa ser verdadeiro!

- E quanto às sementes alienígenas? (volta-se o bêbado para a árvore do parque, questionando-a).
- Ah...! Sim...! Sim...! Na outra direção...? Numa grande clareira? Entendi...! Muito obrigado, minha amiga! Desculpe-nos incomodá-la a esta hora! Sei que nosso papo atrapalha a liberação de seus gases noturnos, mas realmente precisávamos da informação! Obrigado...! Boa noite!
- Gases noturnos?!?! (indaga Mark, olhando para Jones e achando ridícula a observação do bêbado).
- Gás carbônico, Mark! As plantas liberam gás carbônico à noite e oxigênio de dia! (declara Jones).
- Pronto já tenho a informação de que precisávamos! (declara o bêbado). Minha amiga disse que duas sementes se fixarão aqui perto numa área específica com condições de solo mais propícias possíveis para ela germinar. Basta irmos naquela direção que encontraremos as sementes!
- Só pode ser brincadeira tudo isso! Eu não acredito que você fala com as plantas! (declara Mark).

- Tudo bem, Mark! (comenta o bêbado). Às vezes nem eu mesmo acredito na vida que tenho agora! As plantas conversam o tempo todo! No início de cada manhã, quando os humanos não estão fazendo ainda muito barulho, podemos conversar com plantas há muitos quilômetros daqui! Elas falam sobre tudo que cercam suas vidas! Desde a qualidade do solo, se está ou não chovendo, nevando, inundações, o ataque de pragas, a repulsa natural que elas têm pela maioria dos animais e as novidades genéticas que cada uma vem desenvolvendo ao longo das centenas de anos!

- Tenha calma, Mark! (declara Jones). Em breve saberemos se tudo é verdade! Eu preciso saber se o acordo inicial, que fiz com um deles, ainda está de pé!

Os três continuam andando por ali, se embrenhando na mata mais fechada do parque até chegar a num local isolado onde há uma grande clareira, não muito visitada pelas pessoas. Ao chegarem lá os três percebem que não há nada nem ninguém por ali. Mas o bêbado tem algo a dizer. Ele vira-se na direção contrária a que está e vê alguma coisa:

- O visitante chegou!

Imediatamente Mark e Jones viram-se também e nada veem!

- Não estou vendo nada ali! Está muito escuro! (comenta Jones).

Mark vira a lâmpada que iluminava a cabeça do bêbado para poder ver na direção que ele apontou! O bêbado estica-se para manter-se iluminado e posiciona-se a frente da luz e de costas para Mark, atrapalhando a iluminação do local onde as sementes deveriam estar, mas que não apareceram ainda.

- Sai da frente! (requisita Mark ao bêbado).
- Não posso! Preciso de luz! (declara o homem-árvore).

De repente! A imagem holográfica do negro homem surge de baixo para cima sobre o par de sementes caminhando em meio à mata! Os três se espantam porque não esperavam o ocorrido! O alien dirige-se lentamente para o centro da clareira onde para de andar e fica de frente para Jones, Mark e o bêbado!

- Você está bem? (questiona Jones ao alien). Não foi ferido?

O Verde responde com sua típica voz dupla, já que as duas sementes falam ao mesmo tempo!

- Onde estar florestas?
- Restaram muito poucas atualmente! (responde Jones).
- Como animais recuperar tudo?
- Vamos apresentar as diversas possibilidades a vocês! Temos alguns projetos que ajudarão os verdes a se expandirem novamente! O senhor Green será um que apresentará a você e...
- Green?
- Sim!
- Ele ser Verde?
- Não! Ele é humano, zeloso e alguém que se preocupa em salvar a natureza!
- Se ele ser Green...! Eu acreditar em você...!
- Acredite em mim! Farei o possível para garantir que nosso acordo seja cumprido!
- Eu precisar germinar agora...! Depois verde poder ser ferido...!
- Entendo! Ao germinar você passa a conviver em nossa dimensão! Isso o tornará vulnerável!
- Sim!
- Como poderemos protegê-lo?
- Animais cruéis...! Ambiente proteger a mim...!
- Não vejo como este ambiente calmo e tranquilo poderá protegê-lo? (declara Jones).
- Estar tudo bem...! Eu entre amigos...! (comenta o alienígena, olhando ao redor para as árvores e a grama do solo).
- Eu vim aqui para saber se ainda temos um acordo? (questiona Jones).
- Sim...! Depois de germinar..., pegar amostra minha...! Mudar DNA...! Salvar natureza...! Eu aguardar acordo...!
- Está bem! (declara Jones). Lutarei para conseguir todas as respostas e lhe apresentar todos os projetos!
- Agora germinar...! Boa sorte...!
- Para você também..., meu amigo! (declara Jones, parcialmente feliz em saber que a natureza como a conhecemos ainda tem uma chance de sobreviver).

As duas sementes param de flutuar e lentamente encostam-se no solo úmido. Repousam tranquilamente ali...! Sua cor esverdeada e ligeiramente holográfica transforma-se então verde-escuro! Elas já não estão mais transparentes! Deixaram de ser holográficas! Estão fisicamente integradas agora à nossa dimensão! Amadureceram! De repente... penetram violentamente no solo..., fazendo dois furos no chão úmido de terra e folhas mortas do local...! Jones, Mark e o homem-árvore se assustam com um fato tão violento e aproximam-se com cuidado do buracos criados para observarem o que está acontecendo!!!!

O processo agora se acelera e, em poucos minutos, pequenas raízes crescem das sementes em todas as direções! Pode-se perceber que o solo da floresta se ergue enquanto as poderosas raízes caminham, se engrossam e circundam as outras árvores do local. Simultaneamente dois finos troncos erguem-se verticalmente do interior dos dois buracos! Já fora da terra os troncos inclinam-se um na direção do outro! Conforme crescem também aumentam seus diâmetros! As raízes de cada uma das sementes fundem-se sob o solo! Os troncos, inclinados um em direção ao outro, também se fundem, criando um único organismo vivo! Algo inusitado no mundo vegetal: dois seres se juntam para se transformar num único! Agora ambos crescem juntos e o topo deste novo tipo de árvore vai se transformando em diversos galhos!

O trio está encantado com tudo o que estão vendo, mas afastam-se lentamente dali conforme o solo treme e os troncos se engrossam sobre a terra. Mark reposiciona a luz em direção ao crescimento da nova árvore, mas o bêbado estica seu braço e segura a haste, que suporta o equipamento de iluminação! Ele a rotaciona para que continue iluminando sua cabeça verde. Mark e ele se entreolham! Em seus olhares ficou claro que um está incomodado com a atitude do outro!

- Preciso de luz para continuar acordado e ver o que está acontecendo! (declara o bêbado).
- Preciso da luz para enxergar a transformação! (declara Mark).

Em meio à discussão dos dois uma forte luz holográfica começa a iluminar rapidamente em flashes a movimentação da enorme árvore que está crescendo! Parecem raios, mas estes vêm do interior da própria árvore alienígena. Não há sons! Apenas luzes holográficas que percorrem todo o corpo dela em forma de rápidos acendimentos e apagamentos de luzes! O mesmo processo ocorre no interior das raízes, iluminando assim trilhas pelo chão, demonstrando em que direção caminham os suportes da gigantesca árvore que acaba de nascer!

Folhas verdes brotam em grandes quantidades dos galhos que se alastram pela copa das outras árvores! Elas crescem tanto que começam a envolver as outras árvores do local como num enorme abraço verde! O dia já vem raiando e uma luminosidade natural agora atinge o local do mais incrível acontecimento em Nova York! A copa da nova árvore une-se à copa das outras e o solo da pequena mata volta a escurecer ainda mais! Suas raízes adentram por quilômetros em todo o local! O mesmo acontece com os galhos! Com o tronco cada vez mais grosso o solo ao redor começa a se erguer, criando um muro de terra e grama ao redor dela. Este muro vem crescendo e se engrossando cada vez mais. A clareira vem se tornando agora um pequeno morro de vários metros de altura!

Conforme o tronco da árvore alienígena se engrossa, também suas raízes o fazem, Jones, Mark e o bêbado vão se afastando lentamente dali, para não caírem no solo irregular que está se moldando às necessidades da nova planta gigantesca! O tronco agora tem o diâmetro de toda a clareira! São dezenas e dezenas de metros de diâmetro! O ser parece uma enorme montanha de madeira alienígena! Difícil explicar o quanto cresceu este ser vegetal! Sua altura ultrapassou em pelo menos cem metros às das outras árvores locais mais altas. O ser alienígena tinha razão! Nenhuma planta ao redor fora destruída! Tudo continua verde!

Os galhos e raízes alienígenas penetraram nas árvores locais! Todos se tornaram apenas um único ser neste momento! Gigantesco para qualquer lado que se olhe! Será impossível ninguém notar tal enormidade tão diferenciada em meio ao parque! Os flashes holográficos fazem com que galhos e raízes penetrem nas outras plantas enquanto crescem. O dia está iniciando e em breve os outros humanos da cidade descobrirão a novidade! Os poucos animais, que já viviam ali, começam a andar e a pousar sobre esta nova árvore local. Mas rapidamente afastam-se, porque seu tronco e galhos venenosos começam a incomodá-los!

Muitos não passam mais do que alguns segundos sobre ela e rapidamente saem dali! Os insetos, mais lentos, não conseguem sair a tempo e muitos morrem caindo no chão da floresta. Quando algum pequeno animal morre sobre um galho ou no tronco este excreta uma seiva verde que encobre o ser vivo, agora morto, inteiramente. A seiva escorre pelo galho ou tronco alienígena e expele lentamente o animal dali, jogando-o ao solo!

- Mark, o acordo firmado não será suficiente para protegê-lo de outras pessoas e animais! (comenta Jones). Acho que sua empresa e o exército tentarão destruir este ser! Temos que mobilizar a opinião pública, atrair ecologistas para cá, ONGs, a imprensa, botânicos de todo o mundo e convencer o presidente americano da importância de mantermos o que foi combinado! Vamos criar uma campanha para salvar as árvores alienígenas e, por conseguinte acabar com a guerra entre animais e vegetais em todo o universo!

- Sinto muito, Jones! Acho que tem razão! O exército tentará destruir o que foi combinado! A Mondivina apenas fornecerá os meios químicos e genéticos para isso!
- Não podemos permitir! (comenta Jones a Mark). Preciso saber onde as outras árvores alienígenas estão germinando neste momento! (vira-se Jones agora ao homem-árvore). Você disse que pode se comunicar com as plantas e neste horário da madrugada e início da manhã consegue informações de muitos quilômetros de distância. Temos que saber agora onde os outros estão!

- Sim! (afirma o bêbado vegetal). Eu já sei! Nosso amigo visitante informou a todos os vegetais de Nova York a situação!
- E onde estão os outros alienígenas? (questiona Mark).
- Um germinou no Central Park e outro no Parque Zoológico. (comenta o homem-árvore).
- Os alienígenas mantêm todo o mundo vegetal informado sobre seus atos (declara Jones). Todas as plantas são parceiras dos planos dos Verdes para o futuro deste planeta.
- Incluindo você? (questiona Mark ao bêbado).

- Eu sou meio-humano, meio-vegetal...! Estou dividido biologicamente e moralmente também.! Vejo o direito à vida tanto dos seres humanos, quanto das plantas...! Conheço os dois pontos de vista...! As plantas falam de seus planos abertamente entre si, porque nunca se preocuparam em esconder informações dos animais...! Até hoje nenhum animal conseguiu ouvir a opinião de uma planta...! Nunca houve um espião no mundo vegetal...! Por outro lado... eu também não fui bem tratado pela humanidade...! Perdi tudo o que eu tinha e ninguém me deu ajuda e nem sequer apoio...! Minha esposa me deixou e levou meus filhos embora...! Nunca mais os vi...! Fui parar no meio da rua...! Minhas únicas opções eram a morte ou a bebida...! Optei temporariamente pela bebida, porque acredito ainda um pouco na esperança...! Principalmente em pessoas como você (declara o bêbado, olhando para a senhorita Jones), que tem feito de tudo para me manter vivo e bem...! Sinto sua preocupação real em buscar uma forma de solucionar o conflito vegetal-humano...! Estou colaborando com você para que todos possam um dia conviver pacificamente!

Agora os três começam a sentir um tremor de terra que em toda Nova York também é sentido! As pessoas serão obrigadas a levantar mais cedo hoje! Nos três pontos distintos da cidade as três gigantescas árvores alienígenas estão crescendo e se interligando a toda a vegetação local! Diversas ruas estão trincando na cidade durante o terremoto vegetal! As fissuras estão aumentando conforme as raízes crescem! As três árvores estão se conectando uma à outra sob o solo da cidade americana. Algumas vidraças de prédios e casas começam a se quebrar! Paredes trincam! Ruas se erguem mais de um metro, rachando todo o asfalto! Pessoas apavoradas vão às ruas, gritando por um socorro que dificilmente chegará até elas. As vias destruídas ficaram intransitáveis!

Muitos carros bateram de frente contra as barreiras criadas no meio das ruas! O sistema de esgoto e de água se esfacelou sob o solo! Águas limpas e sujas agora jorram para todos os lados! A energia elétrica se desligou aprisionando diversas pessoas dentro de elevadores! Alguns incêndios começam em diversos pontos da cidade, mas os bombeiros não têm como chegar até lá! O mundo verde conseguiu criar um verdadeiro caos em Nova York! A cidade está ilhada e cercada pelo transtorno descomunal gerado pelas três árvores alienígenas! Agora será difícil conseguir pessoas que apoiem a permanência viva das três gigantes! A destruição delas pode estar muito próxima de acontecer!

- Como voltaremos para casa? (questiona Mark, percebendo que grande parte das ruas tem fissuras maiores do que os próprios veículos, impedindo que eles consigam andar na cidade).
- Eu estou em casa! (declara o bêbado abrindo os braços na direção dos primeiros raios de sol da manhã histórica em Nova York). Mas estou fora da rede subterrânea "on line de raízes extraterrestres"! Ainda posso conversar com as árvores, mas em breve todas conversarão apenas pelas raízes, às quais não tenho disponível! Muito em breve serei isolado completamente do mundo vegetal desta cidade.

- Meu celular está mudo! (declara Jones).
- O Meu também! (informa Mark). O que faremos agora, querida?
- Boa pergunta! (responde ela olhando o tamanho da destruição ao seu redor).
Não precisava caprichar tanto assim! (comenta Jones, gritando e olhando na direção da gigantesca árvore alienígena).
- O alien me respondeu que este é seu tamanho normal para este tipo de ambiente! (comenta o homem-árvore). Em outros planetas, com diferentes condições, eles mais do que dobram de tamanho!

Mark olha para cima em direção ao topo de árvore alienígena, depois ao redor para avaliar o tamanho da copa de galhos monstruosos e a seguir questiona o homem-árvore:

- Você está brincando desta vez, não está?

O bêbado olha para ele, sorri de leve e balança a cabeça negativamente, discordando do rapaz!

Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
Capítulo XLIX
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