A Cultura

Veja, leitor, abaixo estão algumas cenas deste volume que, no momento em que eu as escrevia, imaginei que alguma coisa poderia ter saído errado, se isto fosse um filme!

CAPÍTULO XII
No momento em que o androidis Mário segurava um bandido pelo pescoço e o encarava feio, porque ele rira da gozação que estava sendo feita com a sua roupa a qual todos alegavam ser meio efeminada, o soldado faz a pergunta que deveria fechar aquela tomada. O bandido não consegue se segurar e solta pequenas e rápidas risadas sem controle. Como a cena já está perdida Mário faz uma piada:

- Se contar para alguém sobre essa história de drag queen eu volto e quebro todos os seus ossos! Você entendeu o que eu disse? Ou terei que continuar lhe fazendo cócegas até morrer de rir?

Os dois olham de lado para o leitor e caem na gargalhada juntos. A Anjo e o Shiva que estavam ali perto também estão morrendo de rir da piada de Mário.

CAPÍTULO XIV
No final deste capítulo Mário e Zangado estão reunidos com seu comandante, o sargento e outros membros da equipe paramilitar. O comandante fala à equipe:

- Temos que encontrar alguma fraqueza do trio e especialmente uma de seu líder. Vamos estudar seus movimentos e reações. Em algum momento ele cometerá um pequeno erro... e com isso criaremos a forma de agarrá-lo.

- Se ele for meio efeminado talvez o Zangado consiga agarrá-lo (declara Mário, falando bem sério). Talvez o sujeito goste de alguém másculo, violento e também efeminado!

Todos do grupo dão gargalhadas porque não era esse o texto a ser escrito. Zangado olha sério para o Mário e comenta:

- Assim os leitores vão pensar mal de mim...! (ele olha agora para o leitor). Eu não sou gay, leitor! Eu juro!

A cena é reescrita pelo autor, que também está rindo da situação. O comandante gosta da sugestão do Mário e decide:

- Boa ideia, soldado! (declara o comandante, para desespero completo do Zangado que arregala os olhos na direção de seu líder). Talvez nosso alvo tenha uma identidade secreta, afinal de contas é o único do grupo que usa máscara! Talvez ele já tenha cometido seu deslize usando esta roupa gay. Quero que vocês se dividam em grupos de dois e visitem continuamente todo tipo de bar, festa e confraternização gay desta cidade. Se encontrarem algum suspeito vocês o agarram e dão beijos neles até confessarem tudo o que sabem.

Todos do grupo dão gargalhadas novamente porque mais uma vez não era esse o texto a ser escrito. Zangado volta-se para o leitor e comenta:

- Viram? A sugestão foi dele! Não foi minha! Aposto que o senhor tá doidinho para realizar esta missão! (falando ao comandante que, ainda morrendo de rir, balança o dedo indicador, negativando tal interesse).

CAPÍTULO XXIX
Neste capítulo Jesus, três Essênios, e o Prefeito da Judeia, Valério Grato, estão andando juntos próximo ao jardim do palácio, quando um cisne começa a andar atrás de Jesus...

Valério comenta algo que o filho de Deus não gostou. Jesus morde seu próprio lábio e suspira em discordância ao que acaba de ser declarado pelo prefeito! O prefeito para de andar e falar, olha para trás em direção ao filho de Deus, porque ouviu seu suspiro de discórdia! Ele retorna seu olhar para frente novamente e retoma o caminho pelo jardim, enquanto continua os comentários. Agora o cisne chegou perto deles e se posicionou atrás dos homens que continuam andando em direção ao jardim. Como Jesus é o último da fila, foi perto dele que a ave ficou. Discretamente o jovem filho de Deus pede com um curto aceno de mão para o cisne ir embora dali. Seu aceno é similar àquele que fazemos para espantar uma mosca que pousou sobre uma mesa de cozinha! Mas o cisne insiste em acompanhá-lo e bica-lhe a mão que acenava. Jesus dá um grito curto e alto de susto com a bicada!

- Ele me bicou!! (grita Jesus com o susto).

Todos viram para trás e começam a rir da situação. O próprio Jesus depois do susto começa a rir também! De longe os soldados, que tomam conta da entrada do palácio, estão dando gargalhadas da cena inesperada!