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PREFÁCIO
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São Paulo. 2055. Numa rua escura e deserta da cidade de São Paulo dois grupos armados se encontraram para negociarem uma mercadoria roubada.

- E aí, mano? Beleza? (comenta o negro de um dos grupos com a metralhadora nas mãos).
- Beleeeza! Trouxeram a mercadoria, galera? (declara o homem branco do outro grupo que também usa uma metralhadora).
- Tá ali atrás na van! Trouxe o dinheiro?
- Tá na mochila!
- Então vamos fazer negócio!

De repente algo estranho e grande passa voando muito rápido por cima do grupo. Ninguém viu nada. Mas todos ouviram o objeto se deslocando como uma flecha no céu. Todos deslocam imediatamente sua atenção para o céu escuro e poluído do local! Eles apontam suas armas de grosso calibre para todos os lugares sobre as casas próximas.

- O que está acontecendo aqui? O que foi isso? (indaga o negro).

Como num passe de mágica todas as armas estão agora com seus canos entortados para baixo. Portanto não podem mais ser usadas. Mário congelou-os no tempo e dobrou cada uma das armas depois os liberou novamente. Atônitos os bandidos observam impotentes para o objeto inútil que têm agora em mãos. Novamente o vulto passa voando baixo sobre o enorme grupo de delinquentes. Mas agora uma espada cintilante cortou ao meio a maioria das armas que ainda apontavam para cima.

Todos se abaixam e largam no solo o que restou dos disparadores de projéteis. Alguns ainda tinham uma arma de reserva presa ao cinto nas costas. Ao apontarem-nas para o alto uma força estranha as arranca de suas mãos. Elas passam a flutuar no ar, a três metros de altura, e se agrupam. Um forte raio, vindo de um dos lados da rua, as faz explodir. Uma chuva de areia cai sobre os meliantes que fecham os olhos e os protegem com as mãos. Os bandidos olham na direção da fonte do tal raio e visualizam um enorme homem de dois metros de altura, com dois braços semiabertos tal qual um usuário de anabolizante.

Ele usa vestimenta negra e um chapéu do século passado, da época dos anos cinquenta. Seus punhos estão cerrados, prontos para o combate. O raio partira de sua testa e uma pequena fumaça ainda sai do local. Alguns ameaçam fugir para o outro lado da rua, mas são impedidos por um vulto menor, que usa um casaco de grande comprimento até quase os pés. O sujeito também está de capuz e máscara. Na penumbra noturna não se pode vê-los em detalhes.

Agora ninguém está rindo das roupas de Mário porque estão apavorados demais com a situação. No alto a Anjo paira sobre eles, batendo fortemente suas asas e com a espada em punho. Os dois grupos se afastam uns dos outros quando ela, com três metros de altura, pousa bem no meio da rua e em posição de combate. Os meliantes não querem enfrentar desarmado uma espada daquele tamanho! Sem saída e acuados entre três forças poderosas os bandidos partem para a luta corpo-a-corpo contra os seres que impedem sua fuga: Mário e Talwaq.

Loucos de raiva, e com alto nível de adrenalina no sangue, os meliantes saltam sobre seus poderosos oponentes. Ao fazerem isso contra o androidis ele abre a palma de suas mãos na direção do grupo que começa a flutuar. Todos estão correndo em pleno ar e ao mesmo tempo parados... sem ter para onde ir! O grupo que ataca o Shiva tem outra surpresa quando ele abre o casaco e mostra seus seis poderosos braços prontos para a luta. Ele agarra seis pessoas ao mesmo tempo que são arremessados imediatamente contra outros seis bandidos.

Quatro meliantes passam correndo, esquivando-se de Talwaq. Eles conseguem escapar. A Anjo alça voo e pousa diante dos fujões, ameaçando-os com rápidos gestos de ataque de sua espada brilhante, impedindo-os de continuar. Ela avança sobre eles que, sem saída, correm de volta para o Shiva. Talwaq os agarra e joga-os ao chão de maneira violenta. Ao longe podemos ouvir as sirenes da polícia que se aproximam do local. Mário levanta suas mãos e joga todo o grupo com força contra o solo. Estão todos muito machucados e estirados ao chão. Pode-se ouvir os gemidos de dor que ecoam por toda a rua. A Anjo alça voo e agarra o Shiva. Os dois pousam agora perto de Mário. Talwaq indaga ao soldado:

- Por que precisamos de todo este teatro? O senhor pode simplesmente derrubá-los com apenas um ato divino!
- Eu sei, Talwaq! Mas eu quero que eles saibam o que os atingiu! Quero que tenham o mesmo medo que as pessoas de bem sentem deles. Quero que as pessoas de bem saibam que alguém se preocupa com eles!

Um dos meliantes ameaça levantar para fugir. Talwaq abre seu terceiro olho e atira no chão, bem na frente do pobre humano que se atira rapidamente ao solo com as mãos na cabeça.

- Se se levantar novamente eu atiro em você! (declara o Shiva).

O humano, ainda com as mãos na cabeça, levanta as duas palmas, declarando com o gesto que entendeu o recado e, portanto, não sairá mais dali.

- Eu ouvi um sinal de rádio com um pedido de socorro! Foi você que o enviou? (questiona a Anjo).
- Sim, meu Anjo! (responde, sorrindo, Mário).
- Para quem pediu socorro? (questiona o Shiva).
- Para a polícia! (declara Mário). Eles irão prender estes delinquentes.
- Ainda não entendo por que precisa de mim, senhor! (declara Talwaq).

- Preciso que você conheça a origem das futuras variações da raça humana! Quero que compreenda que estamos combatendo a escória da humanidade e que nem mesmo estes merecem a morte. Quero que conheça depois a nata dessa mesma humanidade. Você perceberá que desta nata vingarão os
androidis e das transformações genéticas adicionais surgirão os stellaris. Estas duas novas populações humanas reinarão em paz no universo. Juntas todas as diversas espécies vivas e inteligentes estarão vivendo em harmonia! Sem guerras e sem mais experiências genéticas divinas! O universo será finalmente um bom lugar de se viver!

Os veículos policiais chegam rapidamente ao local iluminando com seus faróis toda a cena. O trio de super-heróis também está sob os holofotes. Num último gesto Mário abre a palma de uma de suas mãos e arranca a porta lateral da van que continha a mercadoria roubada que seria negociada no local, para que a polícia pudesse vê-la. Ali dentro se encontra uma enorme carga de remédios tarja preta.

- Meu Anjo! Tenho uma missão para você! (comenta Mário). Quantas pessoas você consegue acompanhar simultaneamente?
- Vocês três! Mãos para cima! Agora! (grita uma voz através do sistema de som do veículo policial).
- Até quatro pessoas! (responde a Anjo ao Mário).

A Anjo e o Shiva põem uma de suas mãos sobre o ombro de Mário e os três desaparecem. Do outro lado da cidade um grupo militar assiste às imagens gravadas da ação do trio poderoso. O comandante está reunido com seu grupo e anuncia uma nova missão para a qual foram contratados.

- Muito bem, pessoal! Essa é a décima ação registrada em vídeo deste trio que vem atuando principalmente aqui em São Paulo. Como todos aqui bem sabem, somos um grupo paramilitar selecionados pelo próprio exército brasileiro. Nossas missões são aquelas que não poderiam ser executadas pela entidade principal. Se formos pegos, não seremos auxiliados pelo exército que negará qualquer tipo de vínculo conosco. Um grande empresário brasileiro, que tem amizade junto ao ministério do exército, está tendo prejuízos com as ações desse trio de falsos heróis. Nossa missão é capturar o líder deles. Este aqui (o comandante aponta para o
androidis na tela grande projetada na parede).

- Como o senhor sabe que ele é o líder? (questiona o sargento Pedro).
- Note que em todos os vídeos que obtivemos os outros dois recorrem a ele ao final de cada missão (declara o comandante). Percebam também que quando eles desaparecem precisam tocar neste sujeito de roupa escura e meio efeminada.
- Senhor! (requisita a palavra Mário). Não vimos nenhuma notícia na NET dizendo que este trio vem atacando pessoas honestas ou empresários! Aparentemente eles só estão ajudando a polícia a prender os bandidos!

- Soldado! Se o exército acatou o pedido de tal empresário e nos repassou a missão, é porque trata-se de algo importante e lícito. É provável que este grupo esteja apenas eliminando a concorrência de algum outro empresário-bandido, para no futuro próximo possa então agir livremente como um monopólio ou cartel. E mesmo que seja ou não lícito, nossa operação não nos compete avaliar a situação por este ângulo. Não estamos aqui para julgar nossos contratantes. O exército pode não se envolver em nos auxiliar, mas pode muito bem nos punir severamente caso não cumpramos nosso dever!

- Senhor! Como vamos chegar até o líder deste trio? (questiona Zangado). Eles aparecem e desaparecem em qualquer lugar! E se conseguirmos encontrá-lo, como vamos prendê-lo? O sujeito parece ter poderes incríveis!

- Temos que encontrar alguma fraqueza do trio e especialmente uma de seu líder. Vamos estudar seus movimentos e reações. Em algum momento algum deles cometerá um pequeno erro... e a partir disso criaremos uma forma de agarrá-los.

- Se ele for meio efeminado talvez o Zangado consiga agarrá-lo (declara Mário, falando bem sério). Talvez o sujeito goste de alguém másculo e violento!

O grupo sorri levemente, enquanto o instável Zangado começa a ficar vermelho de raiva com a brincadeira.

- Boa ideia, soldado! (declara o comandante, para desespero completo do Zangado que arregala os olhos na direção de seu líder). Talvez nosso alvo principal tenha uma identidade secreta, afinal de contas é o único do grupo que usa máscara e capuz para se esconder! Talvez ele já tenha cometido seu deslize usando esta roupa gay. Quero que vocês se dividam em grupos de dois e visitem continuamente todo tipo de bar, festa e confraternização gay desta cidade. Se encontrarem algum suspeito, quero que vocês se aproximem dele. Tornem-se mais íntimos para tentar descobrir a verdade!

Zangado engole a seco, olha feio para o Mário e lhe fala baixinho:

- Se eu tiver que abraçar e beijar algum gay, por sua causa, mato ele e depois volto para matar você também!
- Relaxa, amigo! (Mário o acalma). Nós só vamos convidar um provável suspeito para conversar. Não irá rolar nada! Eu não tenho intenção de me converter para o outro lado. Fica frio...!

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