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Ano Zero. Cidade de Nazaré. Uma mulher montada num jumento sai da cidade em direção ao deserto. Dois soldados romanos a interpelam e questionam:

-
Alto lá! O que você está carregando aí?

A mulher responde revoltada com eles:

-
É uma criança recém-nascida que foi morta por vocês, soldados!

Um dos soldados olha para ela, sorri e debochadamente comenta:

-
E para onde está levando o corpo? Basta jogá-lo nas covas comunitárias da cidade!
-
Não, senhor! Vou enterrar meu filho num lugar onde os governantes respeitem mais as pessoas.
-
Então terá que falar com teu Deus para te levar para o paraíso, porque o império romano domina todos os lugares!

Os dois soldados dão risada da situação, enquanto a mulher se apressa e desaparece rapidamente nas areias do deserto. De uma das torres da cidade de Nazaré, uma figura de manto negro e capuz observa toda a ação. A imagem aproxima-se do rosto escondido e os dois olhos brancos denunciam que o Deus do futuro retornou para um passado ainda mais distante, e muito provavelmente Ele tentará alterar algo por aqui! Em meio às pessoas do local outro homem de roupas acinzentadas observa as atitudes de Deus lá no alto da torre. A imagem se aproxima e vemos que trata-se do homem calvo, representante do povo das pirâmides, que comenta:

- Tem alguma coisa errada aqui!

Ele conversa mentalmente com alguém e caminha para perto de uma das residências locais. Esconde-se atrás dela e desaparece dali. No meio do deserto o calvo homem e mais dois outros homens conversam sobre a situação.

- Encontrei uma criança morta carregada por sua mãe que o Deus do futuro demonstrou interesse! (declara o calvo homem). Acho que encontramos quem procurávamos!
- Vamos conversar com a mãe, então! (sugere um dos homens).
- Sim! Precisaremos de três camelos e alguns presentes! (declara o terceiro homem).

Os outros dois sorriem e concordam! Dois dias depois a mulher que estava montada no jumento chega com seu filho morto à outra cidade próxima. Um bondoso homem aproxima-se da chorosa e jovem mãe que desaba em lágrimas. O homem barbudo e sensibilizado pela cena acolhe a mulher em sua casa. Ela adentra ao local com o filho morto e recém-nascido no colo. O homem retira delicadamente o bebê de suas mãos. Abre o lençol que o cobria e percebe a facada no peito da criança. Confirma a morte do recém-nascido.

- Que covardia! (declara ele diante do infanticídio que aconteceu em toda a região). Um dia Deus irá cobrar com juros os pecados dos romanos.

De repente a ferida começa a cicatrizar diante dos olhos do homem que alerta a mãe sobre o inusitado fato.

- O que é isso? (comenta ele).

A mãe chorosa aproxima-se e vê a ferida desaparecer do corpo da criança. Ela arregala os olhos e pega de volta seu filho nu e ensanguentado. A criança desperta da morte e abre suavemente os pequenos e brilhantes olhos! Ele está sorrindo para sua mãe, estupefata diante de algo tão improvável! O bondoso homem questiona:

- Como isso é possível?

A mãe relutante, não vê outra forma de responder e conta a verdade:

- Eu fui violentada por um demônio de olhos vermelhos e esta criança é filho dele!
- Oh! Meu Deus! Então a criança não pode ser morta! O que a senhora fará agora?
- O demônio ordenou que eu o criasse com todo o respeito e carinho, senão Ele voltaria para me punir!
- Então não há escolha! Eu te ajudarei neste caminho!

A mulher olha para ele sem entender o motivo disso.

- Por que, senhor! Nada me deve! Este calvário é apenas meu!
- O fardo é grande demais para uma simples mulher. Com esta criança e sem marido serás apedrejada pela população local. Minha mulher morreu e estou com dificuldades para criar meus filhos. Acho que podemos nos ajudar. Talvez Deus tenha posto você e seu filho em meu caminho.

- Tens coragem de me ajudar, sabendo que carrego o filho de um demônio comigo por toda a eternidade?
- Talvez seja a vontade de Deus? (responde o bondoso homem).
- Como o senhor se chama, bondoso homem? (questiona a mulher).
- José! E a senhora, como se chama?
- Maria, senhor!
- Muito bem, Maria! Vamos preparar um quarto para ti! Em breve meus outros filhos chegarão e eu os apresentarei a eles! Não fale nada sobre o demônio. Não precisamos assustá-los!
- Muito obrigado, bondoso José! Terei uma dívida eterna com o senhor!
- Nada disso, Maria! Estamos um ajudando o outro nesta caminhada.

Poucos minutos depois os três representantes do povo das pirâmides aparecem montados em camelos andando em direção à moradia de José, Maria e seu filho! José percebe a aproximação dos três homens que param diante de sua casa.

- Bom dia, senhor! (deseja o homem calvo).
- Bom dia! Em que posso ajudá-los?
- Viemos visitar o menino, o filho de Deus!
- Filho de Deus? Vieram ao lugar errado! Aqui não há nenhuma criança filha de Deus!

- Não precisa se preocupar, senhor! Não somos do exército romano! Não pactuamos com a forma como o império comanda seus povos! Somos... magos e profetas... independentes! Sabemos que a criança foi morta pelo exército e a esta altura já deve ter ressuscitado! Queremos conversar com a mãe do filho de Deus!

Maria ouviu os argumentos dos três visitantes e decidiu que a verdade poderia ser dita. Ela sai com a criança no colo, sob os protestos de José!

- Volte para dentro, Maria!
- Não se preocupe, bondoso José! Está tudo bem! A criança não pode ser morta, afinal! O que querem com a criança? (Maria dirigindo-se aos três visitantes).

Os três descem de seus camelos, pegam suas mochilas, que estavam penduradas nos animais e requisitam sorrindo:

- Podemos entrar?

Sob os olhares desconfiados de José todos entram na casa para conversar.

- Maria! Somos de um lugar muito distante! (comenta o calvo representante do povo das pirâmides). Temos o poder de ver o passado, monitorar o presente e acompanhar o futuro de tudo que é relevante para a humanidade.

José e Maria olham para eles desconfiados! A criança sorri, feliz, para os estrangeiros, que retribuem de volta da mesma forma.

- Sabemos tudo o que irá acontecer com esta criança! O que Ele será! Com quem irá conversar! Como irá viver e morrer no futuro!
- Estão enganados, senhores! Esta criança não pode morrer! Nós presenciamos tal fato aqui mesmo! (comenta aflita a mãe).
- Sim, Maria! Esta criança pode morrer e acontecerá novamente! Ele ressuscitará mais uma vez! Mas na próxima será levado por Deus, seu Pai para viver isolado da humanidade até o dia de seu retorno..., num futuro muito distante daqui!
- Por que insiste em dizer que o demônio que me violentou é Deus?
- Demônio?! Não! Ele não é um demônio! É descendente de uma raça muito poderosa! Criou este mundo e os seres que habitam nele! Ele é Deus, com certeza!

José e Maria se entreolham preocupados com tal informação.

- Mas por que tem Ele os olhos vermelhos e age como um ser cruel e frio? Ele me dá arrepios de pavor só de me lembrar...!
- Assim são os deuses, Maria!
- O que querem vocês aqui, afinal? (comenta José).
- Viemos alertá-la que o menino precisa seguir seu caminho! Mas existe uma força muito poderosa que tentará impedir tal destino!
- Mas o que posso eu fazer para ajudá-lo?
- Não muito! Basta que fique alerta e não perca o jovem de vista até que Ele mesmo queira deixar esta casa! Por vontade própria! Nós monitoraremos a vida dele para ter certeza de que cumprirá seu destino!
- Como podemos acreditar que são o que dizem ser? (indaga desconfiado José).

- Em breve saberão! Os camelos e estas mochilas são presentes para vocês! Com estes recursos poderão sobreviver bem por um longo tempo! Cuide bem da criança! Ele precisará de todos os conhecimentos que puder adquirir enquanto estiver vivo! Cabe a vocês, José e Maria, darem a ele toda a informação disponível sobre todos os assuntos!

- Como farão sem seus pertences andando a pé no deserto? (indaga Maria aos três visitantes).
- É por isso que somos magos! (comenta o calvo representante do povo das pirâmides).

Os três alienígenas desaparecem dali para o espanto do casal humilde. Após o choque José abre uma das mochilas e fica impressionado!

- Maria!?! (exclama José).
- O que foi? O que há aí dentro?
- Uma enorme quantidade de pedras preciosas! Estamos ricos!

Maria sorri e olha feliz para seu pequeno filho, declarando:

- Talvez os três estranhos tenham razão, afinal! Talvez você seja mesmo filho de Deus! Neste caso vou chama-lo de Jesus! E como vamos viver agora aqui nesta cidade, te chamarei de Jesus de Nazaré!

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CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XLIII
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CAPÍTULO XLVIII
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