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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XVII
No espaço, muito longe da Terra, a nave stellar viaja na velocidade da luz até o planeta com vida que Fritz quer visitar. Eles acabam de chegar lá.

-
Androides! Chegamos ao local! (comenta Fritz via rádio interno do Mário, da Cientista e sua filha). A sonda teve dificuldades de comunicação ao entrar na atmosfera do planeta. Quero que vocês a recuperem, e a enviem de volta ao espaço, para fazermos a análise de possíveis defeitos. Se estiverem prontos gostaria de transportá-los imediatamente!

- Detesto quando me chama de androide! (reclama Mário). Ele sabe o meu nome!

- Só um segundo Fritz! (comenta a cientista, enquanto a tampa da mochila, já em suas costas, fecha-se automaticamente). Pode nos transportar agora!

O androide Mário e a cientista androide aparecem na superfície do planeta e caminham calmamente, sem equipamento para respiração, pois não precisam disso. Também não utilizam roupas especiais, apenas seus típicos uniformes negros. O planeta tem a atmosfera alaranjada e está cheio de vida animal e vegetal nas cores mais variadas.

Usando a visão em zoom percebem ao longe a presença da pequena sonda
stellar, do tamanho de uma laranja, caída no solo. Eles se aproximam e notam que diversos galhos de uma planta já dominaram a sonda, que encontra-se parcialmente enterrada no chão. A moça deita-se no chão e observa de perto a cena inusitada. Percebe que o equipamento ainda está ligado e transmitindo informações para o espaço. Ela avisa aos stellaris:

- Fritz você está vendo a situação da sonda aqui?

-
Não! Seus sinais de vídeo não chegam até nós, apenas o áudio funciona. A atmosfera deste planeta inibe a transmissão de vídeo e informações para a nossa nave em órbita. Continuem gravando tudo localmente para analisarmos a posteriori!

- Ela ainda está funcionando? (pergunta o
stellar Wagner).

A moça encosta o dedo mindinho da mão direita num vão da sonda e faz um rápido diagnóstico.

- Sim! Minha análise concluiu que nada foi afetado nela!

-
Libere a sonda o mais rápido possível e programe-a para ficar estática no limite da atmosfera. Talvez nesta posição ela sirva de ponte para a transmissão de vídeo e informações!

- Ok! Entendido! (responde a moça, enquanto tenta delicadamente erguer, com o dedo indicador, um dos galhos que aperta a sonda).

Ela percebe que a planta age como um animal que não quer liberar o seu brinquedo novo. Os galhos se apertam mais sobre o equipamento alienígena. Ela aciona a visão térmica e faz uma descoberta:

- Mário! Fiz uma análise térmica e descobri que a planta agarrou a sonda onde está mais quente.

- E daí? Ela gosta de ambiente quentinho! (responde o soldado androide, observando um pequeno movimento numa moita próxima).

- Isso mesmo! Os equipamentos dos
stellaris são muito eficientes e liberam pouca energia em forma de calor. Vou desligar a sonda e daqui a alguns segundos ela ficará tão fria quanto o ambiente ao redor. Vamos ver o que acontecerá! (comenta a cientista ainda deitada no chão).

- Tá! Enquanto isso vou visitar aquela moita ali!

Ela olha para ele como se não entendesse o que um androide pode querer fazer atrás de uma moita sozinho! Mário, com muito cuidado, aciona seu sistema de semidimensionalidade e aproxima-se da moita. Dali um estranho animal corre em alta velocidade para dentro do mato cerrado mais próximo. Mário não consegue identificar o que é aquilo e volta para onde a cientista está.

Agora a moça observa que a planta liberou a sonda e recolheu os galhos para dentro dela mesma, provavelmente para guardar energia. A bela androide sorri e pega a sonda com a mão, levantando-se do chão. Enquanto ela religa o equipamento e o programa para fazer o que o Fritz pediu, a planta começa novamente a liberar bem devagar seus galhos em direção às pernas da mulher.

Mário percebe a ação da planta e corre até ela, enquanto desliga o sistema de transparência. Quando encosta a mão no ombro dela, aciona a semidimensionalidade e os dois transparentes se encaram. Mário aponta para os pés dela. A moça olha assustada para baixo e percebe que os galhos tentavam pegar em seus membros inferiores.

Ela o agradece e ambos continuam caminhando depois de liberarem a sonda, que voa rápido para cima.

De repente, do meio de outra moita amarelada, um esquisito animal de seis pernas com a cabeça retorcida tal qual um peixe linguado, morde a perna robótica do Mário. A boca do animal abre-se de lado e as oito presas, quatro em cada mandíbula, perfuram fundo a bota metálica. O androide imediatamente abre a boca e emite um forte zunido em diversas frequências, o que faz com que o animal solte a perna e corra para o mato novamente.

- Precisamos melhorar nosso sistema de detecção de animais neste planeta (comenta Mário, enquanto abaixa-se para avaliar o problema em sua perna). Eles nos atacam antes que saibamos de sua presença. É, parece que não foi nada! Preciso passar num funileiro depois! Nestas horas é que eu gostaria que o Senhor estivesse conosco para nos curar.

- Pare de fazer graça, Mário! Sabe que Jesus só pode curar corpos humanos! E nós somos máquinas! (comenta a cientista androide).

- É! Eu sei! Mas me sinto mais seguro com a presença Dele! (responde o soldado androide).

Mário se levanta e olha para o horizonte mais à frente. A cientista androide observa um buraco ali perto e aproxima-se curiosa. Ela olha para o interior e percebe tratar-se de uma caverna profunda! Detecta um ambiente muito diferente do existente na superfície. Parece existir vida inteligente em seu interior:

- Mário! Encontrei um algo inusitado aqui dentro! Parece ser um ambiente artificial produzido por algum tipo de vida inteligente! O ambiente é muito diferente do que encontramos até agora! Precisamos pesquisar mais sobre isso!

- Mas nem eu nem você podemos entrar! A passagem é muito estreita! Por que não pede para a sua filha fazer isso?

- É! Como ela é bem pequena pode entrar e avaliar melhor o interior. Será que será perigoso lá dentro?

- Não se preocupe! Ela é muito esperta e não correrá riscos desnecessários!

- Está bem, então! Venha aqui, filha!

A cientista, agachada diante da entrada da caverna, chama a menina androide. Da enorme mochila, que ela carrega nas costas, abre-se a tampa traseira e de lá sai andando a menina robótica, toda feliz e saltitante. A tampa se fecha e a pequenina circunda a mãe até ficar de frente para ela:

- Que foi mamãe?

- Você pode entrar nesta caverna e analisar o que há lá dentro? Parece haver vida inteligente, mas eu não quero que você seja vista por eles. Use o sistema de invisibilidade dimensional e não seja detectada. Não sabemos se há um povo perigoso, ou violento em seu interior. Vamos descobrir primeiro, está bem?

- Sim, mamãe!

A menina aciona o seu cinto e desaparece da vista de todos. O que se vê é o mato ao redor da entrada da pequena caverna que se movimenta com a passagem da garota androide. A cientista e Mário agora se levantam. Ele olha novamente para o horizonte ao redor para avaliar se existe algum perigo no local.

-
Veja! Viu o que eu vi? (comenta assustado Mário).

-
Não! O que era? (responde curiosa a cientista).

-
Não tenho certeza! Vamos até lá.

Eles caminham rápido, sem correr, mas em passo mais acelerado. Quando chegam ao topo do horizonte onde ele vira algo, ambos sorriem, pois encontram finalmente a vida inteligente que os homo stellaris tanto buscavam. Eles veem um hominideo com seis braços e duas pernas, vivendo num tipo de residência no meio da mata. Uma pequena família sai da casa e olham diretamente para os dois androides. Acionam o sistema de comunicação com a nave de seus criadores em órbita para comunicar o fato tão esperado.

- Fritz! Wagner! Conseguimos! (fala Mário aos dois). Encontramos vida inteligente neste local! Eles são seres com seis braços e duas pernas...!

De repente os seres de seis braços, marido e mulher aceleram o passo velozmente na direção dos androides e espadas holográficas ameaçadoras aparecem em uma de suas mãos.

-
Mas...! Espere um pouco...! Tem alguma coisa errada aqui... Oh...! Meu Deus...! (comenta Mário, assustado, acionando o sistema de semidimensionalidade, juntamente com a cientista).

Os dois enormes seres aproximam-se dos androides que estão de boca aberta com a agressividade, tamanho e número de braços. Eles usam suas espadas contra os dois androides, furando o ar, sem atingi-los diretamente. Apesar disso Mário e a cientista sentem alguma coisa e caem de joelhos no chão.

-
O que foi isso? (questiona Mário fazendo careta e sentindo muita dor).

-
Ai! Não sei! (responde a cientista, sentindo a mesma dor).

-
Quem são vocês? O que estão fazendo aqui? (pergunta o macho da espécie muito nervoso, com a espada preparada para mais um golpe e já com o terceiro olho aberto, pronto para atirar).

-
Não precisa nos ferir! Não temos intenções de machucá-los! (comenta Mário quando começa a se levantar do chão, ainda com algumas dores).

A fêmea dos agressores desfere novamente um golpe na direção de Mário, atravessando seu corpo com a lâmina holográfica da espada. O soldado androide mais uma vez cai ao chão, sentindo ainda mais dores. A cientista, para não ser ferida, continua ajoelhada no chão e comenta com o Mário:

-
Não se levante! Parece que usam uma espada semidimensional, que nos atinge parcialmente.

-
Por que não me avisou antes? (reclama Mário estirado no chão com dores quase insuportáveis). Tô com saudades de Deus! Pelo menos Ele não me machucava tanto!

-
Vocês conhecem o criador, pessoalmente? (pergunta o macho de seis braços aos androides).

-
Se eu o conheço? Lutei uma vez com Ele e quase venci! (comenta folgadamente Mário).

-
Ninguém pode vencer um Deus! (comenta a fêmea de seis braços).

-
Eu estou aqui, não estou? Sobrevivi para contar isso a vocês! Talvez eu possa chamá-lo para contar-lhes pessoalmente! Que tal? (ameaça Mário).

-
Você pode falar com Deus? A qualquer momento? (questiona duvidoso o poderoso macho).

-
Tente me acertar novamente com este troço ai, e você terá toda a ira de Deus contra você! Quer arriscar? (ameaça mais uma vez o androide, enquanto levanta-se lentamente para enfrentá-lo).

-
Se você é tão poderoso por que precisa dele agora para me enfrentar? (pergunta o macho da espécie).

Mário pensa um pouco e comenta fazendo careta e com uma das mãos na barriga:

-
Porque agora não estou me sentindo muito bem!

Os dois seres de seis braços desligam suas espadas semidimensionais, mas permanecem com o terceiro olho fixo nos androides. Agora a cientista também se levanta com um pouco de dores ainda.

-
Como você é feio, hein! (exagera o soldado).

-
Mário!! (a cientista critica a observação de seu negro colega).

-
Vamos conversar! (requisita o macho de seis braços).

-
Podíamos ter começado desta forma! (complementa Mário).
CAPÍTULO II
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XIV
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