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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
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CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
Jesus e sua equipe agora estão no meio da floresta na Amazônia, atrás dos soldados Zangado e João. A cientista reclama, pois está com um chinelo de dedo enorme e muito inadequado para pisar no solo úmido da floresta. O italiano, de terno e gravata, acostumado com um clima mais frio, derrete "bicas de água". Jesus, detentor de ouvidos mais apurados, detecta a presença de um animal perigoso por perto e pede silêncio. Todos entram em posição de defesa e ficam alertas. Escondida ali próximo uma onça parda metálica pula na clareira à frente do grupo, mostrando-se com a clara disposição de atacar.

- O que é isso? (chocado pergunta Jesus).

- É um predador substituto (responde Mário).

- E o que é um predador substituto? (questiona mais uma vez o Senhor).

Neste momento a onça se aproxima mais ameaçadora, rosnando, enquanto seu corpo de metal e plástico brilha com os raios solares.

- É um animal robótico que substitui o predador equivalente na natureza (responde Mário). Este existe porque o outro foi extinto. Monitora as presas via satélite e toda vez que alguma delas está doente, com problemas, ou a população aumentou demasiadamente, esta fera as ataca e mata. Esta foi a forma como os seres humanos resolveram o problema do desequilíbrio ecológico! Mas nenhum destes seres pode atacar o gado ou os homens! Este aqui deve estar com defeito!

- E isto é problema? (questiona novamente o Senhor).

- Multo grande (comenta o italiano). Estes seres no são mortos por armas de fuego e só podem ser desligados apertando una sequencia de botones ao lado de la orelha derecha.

- Isto não será nada fácil! (comenta o ex-prisioneiro, olhando fixo para o poderoso predador substituto).

- Podemos atacá-lo todos juntos? (pergunta o policial gorducho).

- Acho que não daria certo! (argumenta Mário). Ele é muito forte e rápido. Poderia matar dois ou três de nós antes de conseguirmos desativá-lo.

- Fiquem todos juntos, vou nos tornar invisível para este ser maligno (soluciona o problema Jesus).

Quando o "bichano" estava pronto para atacar, o tiro de uma poderosa arma atinge o animal artificial que cai no chão e "morre" (ou se quebra) logo depois. O grupo assustado olha na direção de onde veio a salvação!

Dali surge Zangado, coberto de mato, rosto pintado e com a típica cara de mau-humorado. Ele carrega um enorme equipamento, que mais parece uma bazuca, ainda saindo fumaça do cano:

- O que vocês estão fazendo aqui? Safári? (pergunta zangado o Zangado).

Jesus se aproxima do animal metálico e põe a mão sobre a cabeça dele. Assustado, comenta:

-
Existe um cérebro de filhote de gato aqui dentro!!!! Ainda está vivo, mas não tem mais nenhum controle das partes metálicas. Confuso e apavorado chora por sua mãe! Pede para ser morto, não aguenta mais viver deste modo!

Zangado se aproxima e digita a sequencia de destruição no teclado junto à orelha direita do animal. O robô estrebucha por dois segundos. Agora está comprovadamente morto, até mesmo por Jesus.

-
O que vocês estão fazendo com os seres vivos deste planeta? (critica o Senhor muito revoltado). Estão brincando de Deus? Transformam tudo que tem disponível em escravos para seu prazer ou para seu serviço sujo? (o Senhor abaixa a cabeça e uma lágrima desce de seu rosto entristecido). Meu Pai tinha razão em querer modificar sua espécie. A inteligência humana foi insuficiente ante a arrogância e mesquinharia de vocês (Ele se levanta, anda cinco passos para longe do grupo e para. Põe as mãos na cintura e olha para baixo, pensativo).

- João! (Zangado se comunicando via ponto auricular com seu parceiro). Peguei o desgra... (ele para e percebe os olhares críticos do restante do grupo). Peguei o animal...! Ele está morto.

-
Animal? Até agora há pouco você o chamava de desgraçado, filho da... (Zangado desliga o rádio rapidamente para que ninguém ouvisse o complemento da frase).

- Agora não importa mais! (Jesus comenta revoltado e ainda de costas para todos). Tenho que assumir o comando desta cultura em seus últimos dias.

O Senhor vira-se para o italiano e fala de forma jocosa:

- Estou pronto para ver "Sua Santidade". Antes, quero saber onde está o outro componente de seu grupo? Aquele rapaz mais alto... (olhando para o Zangado enquanto questiona).

- Ele foi ao Afeganistão combater uns talibãs, que querem voltar ao poder, agora que descobriram que a humanidade não tem mais futuro, querem impor novamente sua forma de agir!

- Lá ele não será perseguido pelos americanos! (comenta Jesus).

- Com certeza não! Atualmente nenhum americano chega perto daquela região! (concorda Mário).

- Quero primeiro ir para casa! Preciso muito me vestir! As formigas estão subindo pelas minhas pernas! (comenta muito incomodada a cientista, enquanto bate freneticamente uma das mãos nos insetos danadinhos).

- Deixa que eu retiro para você (se dispõe Mário para ajudar, pois ela está com a filha no colo).

A cientista dá um tapa na mão do soldado negro que já se abaixava ao lado dela. Olha feio para ele com o dedo indicador levantado e uma expressão fechada, numa clara alusão às consequências, caso ousasse continuar a ação desrespeitosa! Sua filha, no colo olha feio para o soldado, balançando negativamente a cabeça e com a boca e os olhos espremidos. Neste momento chega o soldado João e cumprimenta a todos de forma meio espantada, pois não sabia da existência de tanta gente no local.

- Vamos voltar primeiro até a base de onde vocês vieram (Jesus conversando com Zangado e João). Tenho que devolver dois agentes americanos de volta ao seu país!

Zangado volta até o animal, abaixa-se e confirma se o GPS dele está funcionando. Agora levanta-se e corre para acompanhar o grupo que está a caminho pela mata. Este GPS transmite as coordenadas do predador substituto para que os policiais florestais o encontrem mais tarde. Na base, dois americanos estão sentados a uma pequena mesa, bebendo dois sucos de frutas.

Aguardam o retorno de Zangado e João, mas quem chega sozinho é o italiano, saindo de dentro da mata. Os agentes percebem a estranha chegada do homem cambaleante de cansaço, segurando o terno azul em uma das mãos. Os dois levantam-se e dirigem-se lentamente ao encontro do exausto cidadão, que sorri e levanta as mãos ao céu, agradecendo por conseguir chegar vivo até aquele local.

-
Porca la miséria! Consegui chegar! Dio mio! Gracias! Gracias! (comenta feliz e ofegante o italiano).

De longe um dos agentes grita para o homem do Vaticano:

-
Por favor, você viu dois soldados fortemente armados na mata, caçando um predador substituto?

-
Si, si. Eles pararam para descansar logo ali atrás daquelas grandes árvores.

-
Obrigado, senhor! (agradece o americano).

Ambos os agentes andam mais rápido e passam um de cada lado do italiano. Num golpe certeiro o enviado do Papa desfere um giro no ar entre os dois agentes e acerta com a mão direita um soco na lateral do rosto de um deles e com o cotovelo esquerdo o nariz do outro americano. Ambos caem desmaiados. Todo o grupo de Jesus agora se aproxima lentamente da cena. O Senhor agradece ao italiano:

- Obrigado por não tê-los matado desta vez!

Jesus encosta seus pés nos corpos caídos dos dois americanos e comenta com a cientista:

- Em breve, você poderá retornar a sua casa, minha filha! Eu prometo!

A seguir ele desaparece com os dois agentes do local.

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CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XV
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CAPÍTULO XVI
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CAPÍTULO XXXIX
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CAPÍTULO XLI
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