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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
Em algum outro lugar do universo, distante da Terra, num sistema estelar muito diferente do nosso, o androide Mário e a cientista androide, com uma enorme mochila nas costas, caminham calmamente na superfície do único planeta habitado no local. Eles observam tudo ao redor, levantando informações científicas do local. Os androides atuais são cópias ainda mais perfeitas dos humanos! O planeta tem a atmosfera alaranjada, cheio de vida. Mário entra em contato com a nave em órbita:

-
Stellaris! Estão me ouvindo?

Via rádio eles respondem:

-
Sim, ouvimos muito bem os sinais de áudio transmitidos diretamente de seu sistema vocal, androide Mário. Porém, não recebemos as imagens de vídeo transmitidas de seus olhos e de sua parceira. A atmosfera deste planeta inibe a transmissão de vídeo para a nossa nave em órbita. Continuem gravando tudo localmente para analisarmos a posteriori!

- Ok! Entendido!

De repente, do meio de uma moita amarelada, um esquisito animal de seis pernas com a cabeça retorcida tal qual um peixe linguado, morde a perna robótica do Mário. A boca do animal abre-se de lado e as oito presas, quatro em cada mandíbula, perfuram fundo a bota metálica. O androide imediatamente abre a boca e emite um forte zunido em diversas frequências, o que faz com que o animal solte a perna e corra para o mato novamente.

- Precisamos melhorar nosso sistema de detecção de animais neste planeta (comenta Mário enquanto abaixa-se para avaliar o problema em sua perna). Eles nos atacam antes que saibamos de sua presença. É, parece que não foi nada! Preciso passar num funileiro depois! Nestas horas é que eu gostaria que o Senhor estivesse conosco para nos curar.

- Pare de fazer graça, Mário! Sabe que Jesus só pode curar os antigos corpos humanos! E nós somos máquinas! (comenta a cientista androide).

- É! Eu sei! Mas me sinto mais seguro com a presença Dele! (responde o soldado androide).

Mário se levanta e olha para o horizonte mais à frente. A cientista androide observa um buraco ali perto e aproxima-se curiosa. Ela olha para o interior e percebe tratar-se de uma caverna profunda! Detecta um ambiente muito diferente do existente na superfície. Parece existir vida inteligente em seu interior:

- Mário! Encontrei algo inusitado aqui dentro! Parece ser um ambiente artificial produzido por algum tipo de vida inteligente! O ambiente é muito diferente do que encontramos até agora! Precisamos pesquisar mais sobre isso!

- Mas nem eu nem você podemos entrar! A passagem é muito estreita! Por que não pede para a sua filha fazer isso?

- É! Como ela é bem pequena pode entrar e avaliar melhor o interior. Será que será perigoso lá dentro?

- Não se preocupe! Ela é muito esperta e não correrá riscos desnecessários!

- Está bem, então! Filha, venha aqui!

A cientista, agachada diante da entrada da caverna, chama a menina androide. Da enorme mochila que ela carrega nas costas, abre-se a tampa traseira e de lá sai andando a menina robótica, toda feliz e saltitante. A tampa se fecha e a pequenina circunda a mãe até ficar de frente para ela:

- Que foi mamãe?

- Você pode entrar nesta caverna e analisar o que há lá dentro? Parece haver vida inteligente, mas eu não quero que você seja vista por eles. Use o sistema de invisibilidade dimensional e não seja detectada. Não sabemos se há um povo perigoso, ou violento em seu interior. Vamos descobrir primeiro, está bem?

- Sim, mamãe!

A menina aciona o seu cinto e desaparece da vista de todos. O que se vê é o mato ao redor da entrada da pequena caverna que se movimenta com a passagem da garota androide. A cientista e Mário agora se levantam. Ele olha novamente para o horizonte ao redor para avaliar se existe algum perigo no local.

- Veja! Viu o que eu vi? (comenta assustado Mário).

- Não! O que era? (responde curiosa a cientista).

- Não tenho certeza! Vamos até lá.

Eles caminham rápido, sem correr, mas em passo mais acelerado. Quando chegam ao topo do horizonte onde ele vira algo, ambos sorriem, pois encontram finalmente a vida inteligente que os homo stellaris tanto buscavam. Eles veem um hominideo com seis braços e duas pernas, vivendo num tipo de residência. Uma pequena família sai da casa e olham diretamente para os dois androides. Acionam o sistema de comunicação com a nave de seus criadores em órbita para comunicar o fato tão esperado. Via rádio dois representantes do povo de Spok ouvem a notícia:

- Conseguimos! Encontramos vida neste local! Eles são seres com seis braços e duas pernas...! Mas...! Espere um pouco...! Tem alguma coisa errada aqui...
Oh! Meu Deus...!

A seguir a comunicação é cortada e os dois pequenos viajantes conversam mentalmente um com o outro:

- O que aconteceu afinal?

- Os androides acionaram o sistema de semidimensionalidade e perdemos a comunicação com eles.

- E a androide menor?

- Entrou numa caverna e perdemos o seu sinal também! Não sabemos o que está acontecendo!

Inesperadamente a nave deles se afasta rápido do planeta em marcha à ré.

- Quem acionou a nave?

- Não é a nave que se move. O planeta está se afastando de nós!

- Isto é possível?

- Na verdade todo o sistema solar está se afastando de nós em alta velocidade! Desta forma vamos perdê-los de vista em dez segundos!

- Então não só encontramos vida inteligente, mas uma vida que carrega o próprio sistema estelar para navegar no universo!

- Portanto se assemelham em capacidade e poderes aos próprios Deuses que os criaram!

- Se é que eles foram criados pelos Deuses!

Um olha para o outro, espantados com o evento presenciado, enquanto o sistema solar desaparece no horizonte diante de seus olhos!

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CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVI
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CAPÍTULO XLI
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