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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
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CAPÍTULO III
Jesus questiona Spok, enquanto sobrevoam mais de perto o ponto de encontro de todos os pequeninos:

- Meus filhos poderão atacar seu povo de alguma forma, nos próximos dias? (indaga Jesus).

- Não! Eles estão imunes enquanto estiverem usando a semidimensionalidade. Os humanos nada poderão nos próximos meses.

- Acredito que posso então continuar meu caminho! Pesquisei muito na internet e acredito ter informações suficientes sobre tudo o que preciso!

- Irá se apresentar à humanidade oficialmente?

- É! Acho que chegou o momento! Mas antes tenho que auxiliar uns amigos, pressinto que estão correndo grande perigo!

- Por favor, leve isto com você! (Spok oferece ao Senhor um cinturão com o dispositivo de semidimensionalidade). Acredito que possa precisar, vivendo entre os humanos.

- Mas este aqui não será enviado ao seu povo lá embaixo?

- Não! Produzimos milhares em nossa dimensão! Este faz parte do lote que restou para reposição!

- Obrigado, Spok!

Jesus olha para o cinturão, a seguir para seu crucifixo dependurado no colar que também recebera de Spok, depois para o anel em sua mão direita, que recebera de seus irmãos e suas novas vestes, quando comenta:

- É! Parece que estou me atualizando muito rápido! Estou carregado de tecnologia de meus filhos, irmãos e descendentes!

- É a modernidade desta era! Toda a história humana, desde que Seu Pai a iniciou culminou neste momento! (afirma Spok ao Senhor).

A seguir Jesus se autotransporta do local. Reaparece dentro de uma casa e começa a olhar ao redor. Vê um estranho parcialmente escondido atrás da cortina da sala, olhando furtivamente pela janela, para o lado de fora. Ele estava muito bem vestido de terno e gravata em tom escuro bem discreto. Jesus consegue perceber, pela mesma janela, a chegada de Mário ao lo-cal. O Senhor decide agir, antes que seja tarde. Aciona seu cinturão e fica ligeiramente transparente. Aproxima-se do estranho e pergunta a ele:

- Está procurando alguma coisa, meu filho?

O estranho toma um "baita" susto e vira-se rapidamente com a arma em punho. Ele reconhece a presença de Jesus e sorri ironicamente:

- Parece que eu o encontrei afinal!

- Na verdade eu é que o encontrei, meu filho!

- Tem alguém que deseja falar-lhe, agora! (declara o homem de terno).

Neste momento Mário abre a porta e o estranho rotaciona seu corpo para apontar a arma diretamente ao soldado e comenta:

- Agora eu não preciso mais de você!

Mário se assusta com o comentário e pressente o tiro que virá à queima-roupa. Jesus também percebe o fato e desabilita a transparência para tocar suavemente nas vestes do intruso. A seguir ambos ficam transparentes. O estranho atira contra Mário! Como o atirador encontra-se numa semidimensão, junto com Jesus, a bala passa através do soldado, que tenta desviar-se inutilmente. O projétil se perde e não atinge nada, nem ninguém! O assassino percebe que sua bala atravessou, sem ferir, o corpo do soldado. Estranha a situação e vira-se para Jesus com a arma em punho, na intenção de acertar o rosto do Senhor com a coronha. Rapidamente Cristo libera o toque ao ombro do homem armado que volta à dimensão normal. A coronha passa através do rosto de Jesus sem atingi-lo. O Senhor sorri discretamente para ele e comenta:

- Quer tentar a outra face, meu filho? (oferecendo o outro lado de seu rosto para ele bater).

Mário, recuperado do susto, salta agora sobre o atirador. Ambos atravessam o corpo de Jesus transparente e caem ao chão. O soldado o domina, acertando um forte soco no rosto do intruso, que agora desmaia! Mário olha para seu Mestre e comenta:

- É! Parece que fazemos uma boa dupla afinal!

Jesus olha para o soldado sorrindo e concorda com a cabeça. Lá fora ouvem um barulho de socos e o som do impacto de alguém que caiu com força ao solo. Jesus e Mário esticam seus troncos para ver o que está acontecendo pela porta aberta. Veem outro homem que acabara de subjugar seu oponente, encontrando-se este desmaiado de barriga para baixo. Ambos estavam muito bem vestidos. O do chão usa um terno e gravata similares ao que estava dentro da casa de Mário. O outro, em pé, encontra-se com um terno azul e calças no mesmo tom. A gravata, de cor discreta e também em tom azul, agora é reposicionada, enquanto este sisudo homem olha friamente para seu oponente deitado. Ele retorna o olhar para Mário e Jesus sorri falsamente, informando em um "portunhol italianado":

- Olá! Io soi Ítalo de Vaticano. Estoi aqui a pedido de Sua Santidad para encontrá-los!

- Santidade? (questiona Jesus).

- Si! O Papa!

- Santidade? (indaga novamente Jesus). Quem deu este título a ele? (olhando para Mário).

- Io no entendi la pergunta!

- Deixa prá lá! (comenta Mário). Então o Papa quer nos ver! Puxa! Já vi Deus, Jesus e agora o Papa. Só falta o presidente dos Estados Unidos!

- Ainda bene que cheguei a tiempo antes de los americanos! (comenta Ítalo olhando para o homem deitado no chão, na entrada da casa do soldado).

Mário, com expressão de arrogância, aponta para o interior da casa na direção do homem que derrubara. Ítalo se estica e percebe que eram dois agentes e não apenas um como imaginara.

- Ops! Mea culpa! (comenta Ítalo).

- Vero! (responde Mário). Quer dizer que Tio Sam enviou estes caras para nos levar à força para ver o presidente dos Estados Unidos? Isto é que é se achar importante: querer levar o Senhor à força para vê-lo! (olhando diretamente para Jesus e debochando da situação).

- Vero! É o que parece! És multo urgente irmos já para Vaticano, pois los americanos querem multo saber quem és lo Senhor! (Ítalo olhando diretamente para Jesus). E a julgar pelas aciones deles (olhando para o agente deitado na calçada) acredito que no medirão esforços para levá-lo. Sua Santidad tambiém deseja falar-lhe. É de suma importância la sua presencia!

- Tudo bem! (responde Jesus). Mas antes precisamos salvar alguns amigos nossos!

- Precisamos? (indaga Mário a Jesus).

- Eles correm grande perigo! Estão atrás deles também! (confirma Jesus olhando para o Mário).

- No hai tiempo! Cada minuto aqui neste país és um risco para lo Senhor! (afirma Ítalo).

- Sinto muito! Precisamos salvá-los primeiro! (responde Jesus olhando para Ítalo).

- Entón vamos em mio carro! Io e meu colega os protegerei dos americanos!

- Senhor! Tive uma ideia! (comenta Mário). Que tal deixarmos estes caras (apontando para os dois americanos) diretamente na Casa Branca?

- Boa ideia, meu filho! (comenta Jesus). Traga o outro para cá, por favor.

Ítalo e Mário pegam o americano desmaiado na calçada e colocam-no ao lado de seu parceiro, dentro de casa. O braço deste último cai sobre o corpo do parceiro. Jesus encosta seu pé no corpo de um deles e aciona seu anel, desaparecendo os três do local.

- Como ele faz isso? (questiona Ítalo).

Dois segundos depois Jesus retorna à casa, antes da resposta de Mário.

Jesus põe uma mão no ombro de Mário e outra no ombro do Ítalo. Os três desaparecem do local, enquanto o outro italiano, lá fora, aguarda que saiam da casa. Mal sabe o agente que esperará muito o retorno deles! Os três reaparecem na casa da cientista, que estava apenas de toalha, pois acabara de sair do banho. Ela vinha andando pela sala e deu de frente com os três. Com o susto deixa cair a tal toalha que estava ainda arrumando. Abaixa-se rapidamente para pegá-la. Todos olham para aquele maravilhoso corpo nu abaixando-se até o chão. O agente italiano, preparado para situações de combate, percebe a porta da frente sendo aberta à força. Mário também percebe e chama a atenção de Cristo:

- Senhor!

Jesus olha para frente e vê outro agente americano entrando na sala com a arma na mão. Ele toca no ombro do Mário que abaixa-se e agarra a moça nua, ainda agachada, desesperada para pegar de volta a toalha. Jesus aciona o cinto de semidimensionalidade e os três ficam transparentes. A moça reclama das intenções do soldado. Ítalo, que não fora tocado por ninguém e, portanto, não está transparente, saca rapidamente sua arma e atira uma única vez contra a testa do agente americano, que cai morto no chão. Agora a moça, com o tiro disparado pelo italiano, pula sobre o Mário com o susto e os dois caem no chão sob a toalha dela. A cientista olha sem jeito para o negro atrevido e rapidamente sai de cima dele cobrindo-se novamente. Ela pede desculpas e Mário comenta:

- Sem problemas eu só queria ajudar!

Jesus aciona novamente seu cinto de semidimensionalidade, voltando ao normal e se dirige até o americano morto. Ele cobre a testa do agente com a palma direita e a bala, que se alojara no cérebro do agente, reaparece em sua mão. Enquanto o agente acorda da morte, Jesus sorri levemente para ele. Ainda meio tonto, olha de volta ao Senhor, sem entender muito bem o que acontecera. Mário se aproxima do rapaz chuta a arma dele para longe e o pega pelo pescoço, ainda no chão:

- Por que estão fazendo isso conosco? (comenta bravo o soldado). Bastaria pedir que iríamos numa boa até seu presidente. Desde que fosse de primeira classe, claro!

Ítalo, ainda operando em modo de combate, olha freneticamente ao redor com sua arma nas mãos, procurando vestígios do segundo agente americano. A cientista percebe a ação e abaixa-se num canto para se proteger, A cientista percebe a ação e abaixa-se num canto para se proteger, ainda enrolada em sua toalha de banho. Olhando para a porta da cozinha, o experiente enviado do Vaticano percebe uma arma se aproximando e num rápido golpe salta no chão, caindo sobre seu ombro direito para ficar de frente para seu oponente, que fora assim surpreendido pela ação. O italiano, ainda escorregando pelo chão, atira novamente uma única vez e acerta na testa do outro americano. Jesus e Mário se assustam com a movimentação atrás deles. O Senhor aproxima-se do outro americano para ajudá-lo. Salva mais um da morte, mas desta vez o rápido italiano dá um forte soco na cara de seu oponente, mantendo-o desacordado no piso da sala. Jesus olha para Ítalo sem entender o motivo de tamanha violência. O italiano olha de volta e comenta:

- És mejor deixar uno deles desacordado, apenas para no ficarmos em desvantagem, Senhor!

Mário ainda interroga o agente americano:

- Fala! Por que esta violência conosco, afinal?

O agente, deitado e subjugado pelo soldado, percebe que o italiano aproxima-se com a arma na mão apontada para a sua cabeça. Ítalo levanta as sobrancelhas como num sinal para que ele responda a pergunta do soldado. Ele resolve falar:

- O presidente e a CIA acreditam que vocês são de outro planeta e estão aqui para dominar o mundo! (responde o americano). Viemos para capturá-los e interrogá-los!

- Dominar o mundo? (indaga nervoso Mário). Tá maluco, meu irmão? Estamos tentando ajudar e vocês acreditam num absurdo deste? Só podia ser da CIA mesmo!

Rapidamente o agente italiano abaixa-se e dá um forte soco na cara do americano, que desmaia. Mário reclama ao representante do Papa:

- Calma ai, meu irmão! Não precisa de tanta violência!

- Podemos ir agora? (questiona Ítalo olhando para Jesus).

- Não! Ainda precisamos ajudar outros amigos (comenta Jesus).

Mário e Ítalo arrastam o americano para próximo de seu parceiro e de novo o Senhor encosta seu pé num deles e os três desaparecem do local. A cientista olha para todos sem entender o que está acontecendo. A filha dela aparece na sala, de pijama de bolinha, meio sonolenta, coçando os olhos, num gesto típico de criança que acabou de acordar, meio mal-humorada e toda mole. A mãe a pega no colo e fala:

- Vou me vestir e já volto.

Jesus desaparece de onde estava e reaparece na frente dela. A mulher para de andar e leva seu terceiro susto em menos de dez minutos, quando comenta:

- Vocês querem parar de me assustar, por favor!

- Desculpe-me, minha filha, mas a situação é urgente (argumenta Jesus).

Ítalo se aproxima de Mário e toca no ombro dele. O soldado faz o mesmo com Jesus que por sua vez acaricia o rosto da pequena criança, ainda no colo da mãe.

- O elevador está ficando cheio! (graceja Mário).

- Não! Esperem! Eu preciso vestir alguma coisa primeiro! (comenta assustada a cientista).

- Não há tempo! (comenta Jesus).

Os cinco desaparecem do lugar e reaparecem na casa do ex-presidiário. A cientista ainda reclama:

- Eu não posso sair de casa deste jeito! (olhando para a sua única veste: a tolha de banho).

Bem à frente deles um dos agentes americanos é arremessado e cai de costas, com a cabeça entre os pés da cientista. O americano, meio tonto pela surra que levou, sorri por estar vendo aquela maravilhosa mulher nua, de baixo para cima. Ela percebe a intenção do canalha abatido e com um de seus pés acerta com força o rosto do agente, que desmaia. A incomodada mãe rapidamente afasta-se do desfalecido, aproximando-se de Mário. Do outro lado da sala está o enorme ex-presidiário que solta o segundo americano no chão, a seus pés, já desmaiado. Todos olham espantados para o grande homem, que dominou dois profissionais perigosos, sem matá-los, e sem usar nenhuma arma. Ele comenta:

- Eu fico muito nervoso quando alguém entra em minha casa sem ser convidado!

Preocupado, o italiano imediatamente aponta a arma na direção do enorme homem para se proteger de um possível ataque, já que todos ali invadiram a casa do nervoso e enorme homem. O grupo continua olhando espantado para a cena. O italiano comenta:

- Podemos ir agora, senhores?

- Posso ir para minha casa? (requisita a cientista, cada vez mais incomodada com a sua situação).

- Ainda não, meus filhos! Temos mais alguém que precisamos ajudar!

O italiano e a cientista olham para cima, porque não concordam com a situação.

Jesus aparece de frente com a Casa Branca, do lado de fora com mais dois agentes desmaiados no chão. Outros funcionários do local estão levando cada um dos agentes, que são trazidos desmaiados por Jesus, para dentro da residência presidencial. De uma das salas o presidente, sentado a frente de sua mesa, observa, via imagens holográficas, a presença do Senhor trazendo mais dois de seus agentes. Jesus olha muito sério e diretamente para a câmera, como se soubesse que estava sendo observado. O presidente comenta com seu vice:

- Parece que não seremos páreo para este ser!

O vice-presidente concorda preocupado, enquanto Jesus desaparece diante da câmera que focalizava seu rosto em close. Ambos se entreolham e se perguntam: "O que faremos agora?" O presidente pensa um pouco e requisita uma reunião com seus assessores imediatamente.

Já na casa do policial gorducho um dos agentes americanos está segurando-o por trás, enquanto Jesus e seu grupo pedem para que ele não faça nada. Ítalo com a arma abaixada olha de lado e vê um vulto na janela à sua esquerda. Resolve agir! Levanta rapidamente a arma e dá mais um tiro certeiro na testa do americano que segurava o homem da lei. Em outro movimento rápido o agente do Vaticano gira o corpo noventa graus e acerta o americano que observava da janela. Mário vira-se para ele e pergunta:

- Você já errou alguma vez?

- Una vez!

- E? (Mário pedindo um complemento da informação).

- Acertei lo ojo direito de lo safado! Ele se mexeu antes da hora! Catso!

- Ma Dona! (exclama Mário de forma jocosa).

- Tem alguma roupa aqui para eu me vestir? (requisita a cientista, com a filha no colo, ao policial, já meio desesperada).

- Ali no quarto! (comenta o policial). O que está acontecendo? Por que estes gringos estavam querendo me sequestrar?

- Parece que o presidente americano deseja muito nos ver em pessoa! (comenta Jesus). Acho que em breve ele terá a honra.

Poucos segundos depois a cientista reaparece vestida com um enorme roupão azul, que continha diversos desenhos de notas musicais. O roupão para a magra mulher sobra enormemente para todos os lados. Ela parece estar usando um vestido longo, que arrasta-se no chão, enquanto anda. Mário e o italiano olham surpresos para aquelas vestes e encaram o gorducho policial, um tanto desconfiados.

- Que foi? (questiona o homem da lei) Eu gosto de música, tá legal? Sou compositor!

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CAPÍTULO V
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CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXX
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CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLI
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