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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
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CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
Hércules e seus irmãos acabaram de cavar com as próprias mãos uma vala da largura de um ônibus e com o comprimento de um quarteirão. Eles param o trabalho e percebem que o ser de branco já aponta no topo do morro. Abaixam-se rapidamente enquanto Aquiles comenta baixinho:

- Vamos acabar sendo descobertos deste jeito!

A seguir os três desaparecem do lugar, ante a aproximação desconfiada do poderoso Deus, que enquanto anda observa os detalhes nada discretos do buraco: montes de areia ao lado, mostrando claramente que alguém cavara recentemente aquela vala em seu caminho. Ele olha para o horizonte em todas as direções procurando sinais de quem possa ter feito isso. Nada vê.

Chega bem perto do buraco, respira fundo e inicia um processo de suave levitação. Seu corpo se ergue vinte centímetros sobre as areias do deserto. O Deus flutua agora em pé, passando calmamente sobre o buraco, sem alterar o seu caminho e velocidade. Ao se movimentar o processo de levitação gera uma suave névoa, que rapidamente se dispersa pelo chão e para dentro da vala. Os irmãos de Jesus sorriem novamente, ante mais uma derrota e Aquiles comenta:

- Nem obstáculos, nem buracos! Vamos ter que apelar para algo maior e mais forte!

- Ou atacar o seu corpo diretamente! (sugere Sansão).

- Talvez sobrecarregar seus sentidos (Hércules apresenta outra ideia).

- Bem! Então é hora de nos separarmos! (declara Aquiles). O jogo vai começar! Caprichem irmãos porque desta vez o desafio é de inteligência e isso eu tenho de sobra!

Um a um desaparecem sorrindo do local onde se encontram. Agora trabalharão independentes. Boa sorte para eles! O Deus chega até a aldeia e percebe que está abandonada, não encontra sinais de pessoas no local. Ele volta a andar, ao invés de flutuar.

Enquanto caminha nota detalhes que evidenciam que saíram há pouco tempo dali: carne sobre uma mesa rústica junto a um tipo de fogão solar, onde um enorme disco prateado no formato parabólico está voltado para cima, roupas estendidas ao sol, camas por fazer, que percebe ao passar por uma porta aberta. Escondidos todos estão em silêncio aguardando a passagem do Deus.

A filha de uma aldeã suspira um pouco mais alto. O Deus para de andar e olha na direção onde todos se encontram escondidos. Um suspense se instala no ar. João olha para a criança e pede que ela faça silêncio, colocando o dedo indicador da mão direita na boca. O ser de branco sorri levemente, entendendo que estão todos muito perto, aguardando que Ele se vá. Continua suavemente seu caminho.

A cientista detectou através da câmera aérea que Ele perdera cinco segundos na aldeia. Rapidamente ela informa aos irmãos de Jesus via rádio:

- O nosso alvo parou cinco segundos ao passar pela aldeia. Vamos descobrir o porquê e informaremos a todos em breve!

Ela, acompanhando a imagem da câmera, aguarda que o Deus se afaste, indo agora para as montanhas, para atingir o mar. Contata João que ficou junto aos aldeões:

- João! Ele já foi! O que aconteceu por ai? O Deus-do-mal parou por cinco segundos e depois continuou seu caminho!

- Uma criança suspirou baixinho e Ele ouviu. Parece que nosso alvo tem os sentidos muito apurados!

- Muito bem, João! Informarei a todos sobre este detalhe (comenta animada a cientista, que encontra-se a pé, seguindo à distância os passos do tal Deus).

Dois homens, com aparência não muito amigáveis, se aproximam da moça por trás. Em silêncio eles olham detalhadamente para o belo corpo da mulher que veste um uniforme cor areia bem justo. Um olha para o outro insinuando que a deseja sexualmente. Ela entra novamente em contato via rádio com os irmãos de Jesus:

- O Deus parou porque ouviu um suspiro de uma criança, bem longe de onde Ele estava. João acha que o alvo tem os sentidos muito apurados, talvez vocês possam usar isso a seu favor!

- Obrigado pela informação, moça! (comenta Hércules).

Ela levanta-se suspirando por ter ouvido a voz daquele homem forte e musculoso. Quando olha para trás um dos homens agarra o braço dela. A mulher dá um grito e se transporta cinquenta metros à frente, carregando junto seu agressor, para espanto do segundo homem que começa a correr na direção dos dois, que se agarram e lutam freneticamente.

Ambos agora caem ao chão, quando a moça mais uma vez se transporta mais cinquenta metros à frente. O segundo homem olha para cima, indignado com o que está acontecendo e continua correndo até eles. Durante a luta o homem domina a mulher e joga seu corpo por cima do dela, que mais uma vez se transporta cinquenta metros e aparece atrás de uma moita, aos pés de Hércules. Os dois brigam de tapa e o estranho segura finalmente as duas mãos dela junto ao solo.

O irmão de Jesus olha estático para a cena com as mãos na cintura. O agressor, que sorri por estar dominando a mulher, percebe os enormes pés com sandálias à frente. Ele sobe o olhar e se assusta com o tamanho das pernas, donas daqueles pés impressionantes. Olha agora mais para cima e percebe o tamanho da encrenca em que se meteu!

Hércules, com uma única mão, segura o homem pelas costas e o levanta, olhando de frente para o rosto do agressor, que apavorado permanece estático, erguido na posição horizontal, como se caminhasse de quatro no ar. A cientista aproveita o momento, levanta-se do chão, limpa a roupa do pó do deserto e aplica um forte pontapé no meio das pernas do tunisiano, que vira os olhos de dor, torcendo a boca e fechando fortemente suas mãos e pernas.

Hércules acompanha parte dos gestos das dores do homem, fazendo careta e torcendo o nariz para a ação violenta da mulher. O companheiro do agressor chega ofegante ao local e vê aquela cena perturbadora. O irmão de Jesus atira o homem sobre o companheiro, que se encontra a cinquenta metros de distância. Ambos caem ao chão, levantam-se com dificuldade, correm mancando e meio tortos, para longe do gigante. A moça agradece a ajuda:

- Obrigado, Hércules! Se você não estivesse aqui eu estaria perdida!

- Que nada, moça! Depois do que você fez, acho que a sorte foi dele de ter me encontrado. Agora! Não é melhor você continuar de olho na contagem dos pontos? Não quero ser prejudicado por uma marcação equivocada!

- Ah! Sim! É verdade!

Ela desaparece do local logo após o "passa fora" de Hércules!

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CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
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CAPÍTULO XXX
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CAPÍTULO XXXII
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CAPÍTULO XXXIV
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CAPÍTULO XXXV
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CAPÍTULO XXXVI
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CAPÍTULO XLI
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