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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
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CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
Spok em sua nave entra em contato mental com o seu povo em terra e percebe que existem centenas de outros espalhados pelo planeta, graças aos dois meteoros que ele conduzira em semidimensionalidade pelo interior do planeta, para evitar o impacto contra a Terra.

Durante a travessia diversas gosmas azuis se espalharam pelo mar nesta tentativa e homo stellaris surgiram nos diversos continentes. Muitos estão presos, isolados da multidão, outros foram mortos pela ignorância humana, alguns atacados e mortos por cães e uma grande quantidade permanece escondida em bueiros e esgotos.

Spok deseja unir todo o seu povo no centro da Alemanha e para isto terá que salvá-los de onde estiverem. Ele aciona mentalmente mais três naves que se espalham pelos continentes banhados pelo Oceano Atlântico. Uma nave dirige-se ao Brasil, outra vai para a África, uma terceira permanece na Europa para apoio local e a do Spok encaminha-se aos Estados Unidos.

Em poucos segundos ele chega até seu destino e o primeiro que ele salvará está preso dentro do prédio da NASA para estudos biológicos. No local os testes de avaliação de comportamento, alimentação, resistência à dor e tolerância a diversos produtos químicos terminaram. Fizeram testes cardíacos, pulmonares, sanguíneos, introduziram sondas, fizeram tomografias, ultrassom e raio-X para avaliar tudo o que puderam. Agora os humanos pretendem sedar o stellar preso e cortarem todo o seu corpo ainda vivo para avaliação mais precisa do funcionamento interno.

- Muito bem, doutor alienígena! (comenta o diretor da NASA com aquele que era o médico a bordo da missão contra os meteoros, ocorrida no ano passado). Está pronto para seu último teste?

- Sinto muito! Não participarei de mais nenhum teste humano!

- É mesmo? Vai fazer o quê? Gritar bem alto para todos os humanos saírem correndo daqui? Sim, porque lutar conosco não será possível!

- Este é o problema com os humanos: sempre acreditam que podem resolver tudo à força! Esquecem que possuem um pequeno cérebro que pode ser mais bem utilizado.

- Pois é, doutor! Vamos utilizar nossa força muscular novamente para entender melhor como você funciona. Já sabemos como são por dentro depois de mortos, com aqueles que pegamos em Roswell. Agora queremos saber como vocês funcionam por dentro: vivos!

A nave do Spok paira em semidimensionalidade bem acima do prédio da NASA. Um facho de luz é direcionado para baixo e no solo aparece o Spok que caminha em direção ao prédio e atravessa a parede externa. O doutor recebe a informação mental de seu salvador e comenta com o diretor da NASA:

- Hoje não, senhor! Hoje não!

Ele olha para trás e o Spok atravessa a parede do fundo da cela entrando suavemente no local. O diretor da NASA olha espantado para a cena e chama o guarda para abrir imediatamente a cela para pegar o doutor antes que ele suma dali. Spok desliga a semidimensionalidade e toca no doutor. Novamente ficam transparentes, quando o prisioneiro questiona:

- Por que demorou tanto?

- Eu corri o mais rápido possível para salvá-lo! Estou até ofegante! (responde Spok, ironizando a situação).

O diretor da NASA consegue finalmente entrar junto com o guarda. Ambos tentam agarrar os pequeninos que olham tranquilos para os dois humanos. Não conseguem tocá-los. Os
homo stellaris agora viram-se de costas e atravessam juntos a parede do fundo da cela, para desespero dos homens que pretendiam continuar seus testes. Eles saem juntos do prédio, a nave emite um novo facho de luz e ambos são transportados para dentro dela. Lá Spok comenta mentalmente com o doutor:

- Nosso povo precisará muito de seus conhecimentos médicos. Não temos muitos doutores entre nós.

- Eu sei, estive conversando com diversos membros da comunidade alemã. Eu ajudei mentalmente alguns de nossos irmãos em outros países a se curarem de ferimentos. Aprendi um pouco mais sobre o meu novo corpo, pois acompanhei os testes que os humanos fizeram comigo. Enquanto eles especulavam sobre alguns detalhes exclusivos de minha fisiologia eu formulei diversos tratamentos novos para ajudar nossos irmãos. Tenho conversado também com aqueles que vivem no fundo do mar. Eu também os ajudei com algumas informações.

- Eu sei disso tudo! (comenta Spok). Tenho monitorado seus pensamentos e por isso cheguei aqui para salvá-lo. Percebi que os próximos testes com você poderiam ser mais invasivos do que o costumeiro. Nosso povo na Alemanha já se encontra independente de nosso apoio. Eles podem agora caminhar sozinhos. Decidimos então que deveríamos ajudar o restante que se encontra hoje espalhado pelo planeta. Você pode me auxiliar no salvamento e resgate deles?

- Claro! Mas eu não tenho nenhum instrumento ou equipamento para isso. Não se preocupe, encontramos diversos hospitais destruídos e abandonados na Alemanha. Para os humanos tudo o que está ali é lixo! Nós resgatamos estes equipamentos de lá e dos ferros velhos, os consertamos e os readaptamos às nossas condições de estatura e peso. Neste momento temos um hospital completo para o nosso povo bem no centro da Europa.

- Legal!

Eles pairam a nave sobre uma rua pouco movimentada de uma cidade costeira americana e cinco homo stellaris saem de dentro de um bueiro. Um facho de luz é lançado sobre eles, que desaparecem do local e reaparecem dentro da nave do Spok. O objeto voa em alta velocidade para outro local no meio do mar.

- Onde vamos agora? (pergunta o doutor stellar).

- Dois
stellaris estão à deriva num barco no meio da mar. Eles se alimentaram durante todo este tempo de um enorme peixe que pescaram quando ainda eram humanos. Agora estão ficando sem alimento e não têm mais combustível para retornar ao continente. Mas enquanto nos deslocamos para lá, quero que reveja um antigo amigo de aventuras!

- Quem é? (indaga o doutor).

De outro compartimento uma porta se abre e sai de lá o soldado Jorge (Vocês se lembram dele! Ele foi contaminado ainda no espaço por um dos micrometeoros e o doutor conseguiu estabilizar a evolução da mutação com um inibidor genético, isto tornou o soldado Jorge uma mistura de homem com stellar. Ele ficou com cabeça e olhos maiores no corpo de humano.

- Soldado Jorge? O que faz aqui nesta nave?

- Olá, doutor! Spok me levou para conhecer o planeta dele e fiquei por lá, estudando um pouco mais sobre a vida de meu novo povo. Eles queriam me ajudar a ficar como vocês, mas eu não quis! Acho que posso me adaptar bem desta forma. Afinal tenho a inteligência de um povo e a força de outro!

Eles chegam até o local onde o barco está à deriva e salvam os dois tripulantes com o raio de transporte.

- Quantos ainda faltam para resgatar? (questiona o doutor).

- Algumas dezenas! (responde Spok). Em pouco tempo estaremos todos na Alemanha e juntos salvaremos a natureza deste planeta, que os humanos destruíram sem piedade! Mas isso só será possível dentro de alguns anos, quando a população de
homo sapiens já tiver envelhecido mais e reduzido em número de indivíduos.

- Tenho um projeto, doutor, para criar um androide humano! (comenta o soldado Jorge). Ele poderia nos ser muito útil, pois seria a nossa ponte de comunicação com eles. Além disso, os seres humanos necessitarão de mão-de-obra, no final de suas vidas, para manter seu estilo de vida funcionando. Mas o cérebro humano é muito complicado para ser reproduzido integralmente num computador. Acredito que possamos usar um cérebro humanoide clonado e inseri-lo em uma máquina perfeita, que seria a cópia fiel de um deles!

- É! Acredito que posso fazer as conexões neurais, integrando máquina e cérebro como se fossem um único corpo. Eu sei que os humanos já fazem isso em seres chamados de predador substituto. Mas eles não conseguiram resolver diversos problemas orgânicos. Estes seres morrem rápido e sentem muitas dores. Eles estão sempre trocando seus cérebros para que a máquina continue funcionando. Neste novo projeto poderemos dar uma grande longevidade às máquinas com qualidade de vida e muitos outros recursos, tornando-os verdadeiros super-homens.

- Eu já iniciei o projeto de um homem-máquina (comenta o soldado Jorge). Através de imagens reproduzi o rosto exatamente igual ao de nosso comandante, da missão contra os meteoros no ano passado. Consegui algumas amostras genéticas dele na casa onde ele vivia e estou neste momento reproduzindo as células, num laboratório no planeta do Spok. Espero que ao final deste procedimento tenhamos um cérebro exatamente igual ao dele. Infelizmente não tenho suas memórias e ele agirá de forma diferente do que lembramos. Preciso que o senhor finalize a união de homem com máquina!

- Por que escolheu o nosso comandante para este projeto? (questiona o doutor).

- Porque ele foi um herói e merece uma homenagem à altura! (finaliza Jorge).

- Tragam para esta dimensão o androide e posso trabalhar nele enquanto cuido dos feridos de nosso povo (declara o doutor).

- Ótimo, doutor! Já enviei a informação telepaticamente para que façam isso para nós! (informou Spok).

CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XX
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