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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
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CAPÍTULO XXVI
De volta à Terra, Mário e toda a equipe estão vestidos com uniformes militares, menos Jesus, que continua com sua roupa branca. Todos saem da casa e se encaminham para o carro, enquanto Jesus, vindo logo atrás, comenta:

- Gauss me falou que no tempo dele as carroças eram muito bonitas! Parece que ele tinha razão! (olhando para os carros estacionados da cientista, do policial e do grupo militar). Mas onde estão os cavalos?

Mário chega até o carro e bate com uma das mãos na dianteira do veículo, comentando:

- Aqui dentro, Senhor! São quase 300 cavalos, de pura potência!

- Meu filho... Não zombe de mim!!! (Jesus olhando com ar de pecado para Mário).

- É verdade, Senhor! (exclama Mário).

- Por acaso, eles foram reduzidos para caber aí dentro? (questiona ironicamente Jesus).

- Não, Senhor! (interrompe a cientista de forma conciliadora). Cavalo é o nome dado à força gerada pelo motor, que foi produzido para impulsionar este veículo!

- Parece que vocês terão que me atualizar com muitas novidades, meus filhos! (comenta o espantado Jesus).

- Qual é problema com este cara, hein? (comenta o Zangado com seus colegas, apontando com o queixo para Jesus).

Mário aperta um botão em seu cinto e as portas gaivotas se abrem. Os bancos giram 90 graus, para facilitar a entrada das pessoas. Enquanto isto ele comenta com Jesus:

- O senhor pode ter todas as informações que desejar na net! (Mário responde a Jesus, enquanto põe seus "intimidantes" óculos escuros. O restante do grupo militar entra rapidamente no veículo).

- O que é NET, meu filho? (questiona Jesus).

- Eu lhe apresento a internet aqui, dentro do carro! (a cientista se prontifica em ajudar o Senhor, enquanto acaricia carinhosamente suas costas. A porta do carro dela desliza para trás, expondo os bancos semideitados, que deslizam para cima e para trás, facilitando a entrada deles. A filhinha entra e senta-se rapidamente no banco traseiro. Jesus senta-se à frente. A cientista o auxilia. A seguir ela dirige-se para o outro lado, e senta-se na posição do motorista).

O policial e o ex-presidiário, também vestidos com as roupas militares, entram no último veículo disponível. Jesus elogia o conforto do banco, as cores, os materiais, olhando tudo ao redor. Agora o banco dianteiro do carro da cientista e o de Jesus se deslizam para frente e para baixo, deixando ambos semideitados. Jesus se assusta com a situação e questiona:

- Isto é normal, minha filha?

- É, sim! O Senhor está confortável? (questiona a cientista).

- Sim... sim... (responde Jesus meio deslocado no ambiente apertado, pois agora a porta única do veículo se deslocou por cima de todos).

A cientista liga o carro, ao apertar um botão no painel frontal. Uma série de luzes informativas se acendem, iluminando suavemente todo o ambiente. Neste momento a garotinha levanta-se de seu banco e fica em pé, entre os dois bancos da frente. Ela olha por cima da cabeça de Jesus, jogando seus longos cabelos no rosto Dele. A criança, com carinho infantil, pega com as duas mãos no rosto divino (esta posição é possível porque sua mãe e Jesus estão semideitados, portanto as cabeças deles ficam próximas da cintura da garotinha, quando em pé) A menina pergunta a Ele:

- O Senhor quer conhecer a internet agora?

Jesus olha sorrindo para ela e comenta:

- Sim, por favor, minha filha! (autoriza Jesus).

A criança senta-se novamente no banco traseiro e o banco se adapta ao seu tamanho e o cinto de segurança desliza sobre seu corpo automaticamente. A menina aperta um botão na lateral de seu banco. Numa tela, junto ao teto do carro, entre os dois bancos dianteiros, aparece o nome Google! Ela pressiona outro botão e no teto do veículo, à frente do banco de Jesus, a mesma imagem aparece. Ela para e questiona:

- Qual o assunto que o Senhor deseja pesquisar?

- Eu quero saber sobre tudo que aconteceu nos últimos 2000 anos (afirma Jesus).

Ela levanta as sobrancelhas, inicia sua pesquisa e faz uma careta enquanto afirma:

- É um bocado de informações! O Senhor irá precisar de muito tempo para ler tudo isto!

Jesus olha para a informação, acima na tela, que apresenta: dois bilhões de sites disponíveis! Ele levanta suas sobrancelhas espantado e comenta de forma mais séria:

- Minha filha! Eu tenho muito tempo! Eu sou imortal, lembra-se?

A cientista olha para Ele com um leve sorriso no rosto e volta-se para a estrada. Em pouco tempo eles chegam até a entrada do bairro Século XXI. Jesus para de ler para olhar de lado, para a incrível obra da engenharia humana. Espantado com a diferença de seu mundo bimilenar antigo ele nada comenta, apenas observa. Agora os três veículos pegam uma rampa que sobe cada vez mais até 100 metros de altura. De lá todos podem ver a cidade abaixo, como se estivessem num avião. Jesus olha para baixo, não se contém e pergunta:

- O que são aqueles retângulos coloridos se movimentando, lá embaixo?

- São veículos iguais a este aqui! (responde a cientista).

- E aqueles seres mais acima se movimentando para lá e para cá, como em um formigueiro? O que são?

- Seu rebanho, Senhor! (responde a cientista, olhando e sorrindo para Ele).

Jesus retorna o olhar espantado para ela e pergunta:

- Quantas pessoas existem hoje no mundo, minha filha?

- Paramos de contar, depois dos dez bilhões! (responde a cientista, olhando com um novo e leve sorriso).

- E tem comida e água para todos? Ninguém passa fome ou morre de sede? (indaga preocupado Jesus).

- Infelizmente, hoje em dia, diversos países estão em guerra, por água potável e terras cultiváveis! (responde tristemente a cientista).

- Mas por que as pessoas continuam tendo tantos filhos? (questiona Jesus, ligeiramente indignado).

A garotinha comenta o assunto, diretamente de seu banco traseiro:

- Eu não quero ter filhos! Não, não!

- A igreja manda, até hoje, que cresçamos e multipliquemos! (responde a cientista a Jesus).

Jesus olha para baixo novamente, observando o enorme formigueiro humano lá embaixo, pensativo na situação atual da humanidade. Os três carros chegam até o terraço de um dos prédios do bairro e saem da pista aérea, para entrar em uma pista lateral em forma de caracol no andar inferior. Chegando lá, eles fazem um novo desvio para uma portaria fechada. Todos pressionam em seus veículos um botão, escurecendo totalmente os vidros externos. Na fachada, o nome Rubble 3. Um segurança os atende, via vídeo conferência, na própria tela frontal interna dos computadores dos três carros:

- Esta área é restrita! Os senhores terão que retornar daqui!

- Nós somos do exército brasileiro! Viemos investigar uma denúncia de uso indevido do Rubble 3 em nosso território! (afirma Mário, mostrando o distintivo militar ao segurança, através da câmera interna de seu carro).

- Não tenho nenhuma informação de que vocês viriam até aqui hoje! (responde o segurança, estranhando a situação).

- Qual é o seu nome, meu filho! (questiona ao segurança de forma prepotente e arrogante o soldado Mário, debaixo de seus "intimidadores" óculos escuros).

- Mário, senhor! (responde o vigilante).

O soldado Mário olha sério para o Zangado ao seu lado, espantado com a coincidência dos nomes. Zangado sorri levemente, pela primeira vez e comenta:

- Ele tem o seu nome, chefe!

- Percebi! (responde secamente ao Zangado, enquanto volta-se para a tela onde o vigilante já está pouco à vontade com a situação).

- Vigilante Mário! (exclama ainda mais prepotente, e agora bravo, o soldado Mário). Se você soubesse que viríamos, não seria uma operação surpresa, concorda, meu filho? Abra logo este portão, senão eu lhe darei voz de prisão! Fui claro?

- Sim, senhor! (responde, desconcertado, o vigilante, pegando o telefone ao seu lado). Deixe-me apenas informar meu superior da situação e aí então eu...

- Meu filho! (interrompe o soldado Mário, gritando mais alto com o vigilante Mário). O seu superior é quem estamos investigando! Se você ligar para ele, eu o prenderei imediatamente por cumplicidade neste crime! E em nosso país os direitos humanos não são muito respeitados! Você sabe o que farão com você na cadeia militar? Hein? (o vigilante solta rapidamente o telefone e balança a cabeça negativamente ao soldado Mário). Se quiser saber, eu terei prazer em contar em detalhes a você, basta continuar mantendo a porcaria deste portão fechado!

Jesus olha de lado para a cientista e exclama:

- Ele é meio esquisito, muito brincalhão, mas é bom no que faz!

A cientista confirma, concordando com Jesus com um leve sorriso no rosto! O vigilante, sem saída, e morrendo de medo de ser preso, titubeante, abre o portão. Os três carros avançam, estacionando logo à frente. Todos os ocupantes descem, menos a garotinha e Jesus. Antes de sair do carro a cientista requisita a Jesus:

- Senhor! Fique aqui com a minha filha. Quando Seu irmão chegar, vocês entram juntos na sala do telescópio, certo?

Jesus concorda com a cabeça.

- Minha filha! (requisita a cientista, olhando para a garota). Fique ai quietinha! Não saia do carro em nenhuma hipótese e obedeça ao Senhor Jesus, está bem?

Ela balança a cabeça afirmativamente.

- Se precisar de alguma informação, Senhor, peça a ela! (a cientista retorna o olhar para Ele, enquanto aponta com o queixo para a filha).

Ele levanta as sobrancelhas, vira a cabeça para trás, olhando diretamente para a menina, que sorri carinhosamente de volta. A menina comenta:

- Eu tomo conta do Senhor também!

O soldado Mário, já do lado de fora do carro, ordena ao vigilante Mário:

- Vigilante! Tranque este portão, para que ninguém entre aqui! E escolte-nos até a sala de controle do telescópio.

- Sim, senhor! (apertando um botão para fechar o portão e saindo rapidamente de sua guarita na direção do grupo).

Todos entram no prédio rapidamente. A cientista, sendo a última a entrar, ainda olha para seu carro, preocupada em deixar sua filha e Jesus sozinhos no local.

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XLV
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