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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXVI
Em meio a uma pesada e fria neblina, Jesus carrega no colo o alpinista até um banco de praça, ao pé da mesma montanha, onde eles se encontravam recentemente no topo. Jesus deita, o desacordado rapaz no local, e olha bem para ele. Passa a mão em seu ombro, como num carinho, e esboça um suave sorriso, pois o rapaz começa a acordar. Logo atrás dele, Spok aguarda.

- Podemos ir agora Spok, ele já está bem! (comenta Jesus).

A seguir um forte facho de luz, vindo de cima, passa por sobre Jesus e ele desaparece do local. A luz se desloca para cima do Spok e ele desaparece também. Não é possível ver de onde vem esta luz, devido à forte neblina, mas o som de uma poderosa nave alienígena se afasta do local. Agora o alpinista finalmente acorda, meio confuso, porque se encontra num local estranho. Ele estava, há pouco tempo, perto do topo e agora se encontra ao pé da mesma montanha. O confuso rapaz senta-se no banco, põe a mão na cabeça, a seguir coça seu queixo, tentando entender o acontecido. Logo depois chega um sujeito por trás e pergunta-lhe:

- Cara! O que você está fazendo aqui?

- Oi! Eu tive um sonho muito esquisito! Sonhei que estava quase chegando ao topo, quando encontrei Jesus Cristo, todo de branco me estendendo a mão! Depois apareceu um enorme e estranho sujeito, que me deu um frio na espinha! Acho que era Deus em pessoa! Depois eles conversaram e Deus desapareceu! Tinha uma história de colar, que eu não entendi!... depois apareceu um ET! Conversou com Jesus! O nome do ET era... Spok! Aí eu acabei acordando aqui! Não é muito louco?
- Você está tomando drogas, cara?

- Não! Eu não! Por quê?

- Porque você me ligou há menos de uma hora, dizendo que chegaria ao topo, exatamente neste momento! (comenta o colega olhando para seu relógio de pulso).

O alpinista continua olhando para seu colega, totalmente confuso, tentando entender o que aconteceu, afinal! Agora Jesus e Spok aparecem dentro de uma casa, muito humilde, em uma cidadezinha, próxima do Bairro Século XXI. Jesus observa os detalhes antigos do local. Enquanto anda pela sala, ele comenta com Spok:

- Incrível! Parece que a humanidade não mudou muito nos últimos 2000 anos.

- Você ainda não conhece a humanidade! (comenta Spok, parado no mesmo local onde apareceu e olhando ao redor). Houve diversas alterações de comportamento e de tecnologia.

Jesus continua andando pelo local, e encontra num canto da sala uma imagem de Seu corpo na cruz, e ao lado, o de Sua Mãe com o corpo Dele ensanguentado no colo. Ele fecha sua expressão, abaixa-se para olhar mais de perto e comenta:

- Por que alguém teria imagens tão tristes, do fim de minha vida na Terra? (questiona Jesus).

- Não tenho a menor ideia! (comenta surpreso Spok).

Neste momento, entra na sala o dono da casa, o enorme ex-presidiário, que ajoelha-se diante de Jesus, beija a mão de seu Senhor que ainda está abaixado junto às imagens e o cumprimenta:

- Bem-vindo, Senhor, à minha humilde casa! (ouve-se lá fora, o som de uma porta batendo. É de um carro que chegou à casa).

- Não há necessidade disso, meu filho! (responde Jesus e força levemente a mão do ex-presidiário para levantar-se).

Agora, entra na casa a cientista, com sua filha no colo:

- Boa tarde a todos! (comenta a cientista).

Sua filha vê ao fundo o Spok, quieto, estático num canto e pede:

-
Mãe! Olha o boneco! Posso brincar com ele?

- Acho melhor não, meu amor! Ele não é um boneco!

-
É sim, olha lá! Ele se mexe também!

O Spok olha meio esquisito para a garota. A garota desce do colo da mãe e corre ao Spok. Ele se afasta ligeiramente para trás, mas acabou o espaço da sala, e ela então o abraça fortemente, esmagando-o um pouco. O pequenino levanta seus braços e empurra suavemente a garota, tentando afastá-la. A menina o larga mas fica pulando em sua frente enquanto grita:

-
Cabeção! Cabeção! Cabeção!

O som de um novo veículo é ouvido lá fora e a porta do veículo também se fecha.

Jesus questiona ao grupo:

- Onde está o Mário? Ele disse que traria a equipe dele para nos auxiliar!

- Entra pela porta da frente o gordo policial, comendo um sanduíche, enquanto diversos tiros são ouvidos lá fora. Alguns se abaixam! O policial fica com o sanduíche na boca e, nervoso, saca sua arma, enquanto se abaixa ao lado da porta, que foi fechada bruscamente. Jesus sorri, e comenta:

- São fogos de artifício?

-
Não, senhor! (responde o ex-presidiário). São tiros! É melhor o Senhor se abaixar também! O local aqui é meio barra pesada!

Jesus olha-o sem entender o que ele diz. Afinal, ele está há mais de 2000 anos sem conhecer nada a respeito da humanidade:

- Tiros? barra pesada? (indaga o Senhor).

A garotinha continua importunando Spok, quando ele aciona um botão em seu cinto e fica ligeiramente transparente. A garotinha passa através dele de um lado para outro, sem conseguir tocá-lo. Ela novamente chama a atenção de sua mãe:

-
Mãe! O boneco virou holografia! Posso ficar com ele?

O Spok olha meio assustado para a mãe e com a cabeça diz não. A mãe sorri para os dois, balançando a cabeça negativamente. O Spok fica sério por alguns segundos e fala ao grupo:

- Estão me chamando na nave! Localizaram alguns
homo stellaris, vivendo escondidos no subsolo de uma cidade do planeta. Preciso avaliar a situação de nossos irmãos e resgatá-los. Se precisarem de mim, me acione.

Jesus olha para ele e concorda com a cabeça. Spok desaparece em pleno ar para desânimo da garotinha que o importunava. Ela olha brava para sua mãe, fazendo um bico, e cruzando os pequeninos braços infantis na altura do peito.

Poucos minutos depois, chega lá fora o veículo com os 4 militares. Mário abre o vidro do carro, que desliza para trás, olha para a casa e novamente ao painel do veículo, que confirma que chegaram ao destino correto. Fazendo careta, olha novamente para a casa, e comenta:

- Caramba! Que espelunca! Parece abandonada! Por que resolveram fazer a reunião aqui afinal, no meio do nada?

- Por via das dúvidas vamos entrar com cuidado! (comenta o Zangado, enquanto desce do carro e saca sua arma).

- Espere aí! (Mário interrompe o andar do Zangado). Nada de armas! Jesus é da paz! Pode acreditar! Guarde isso!

- Você tem certeza? (questiona o soldado João).

- Vamos pelo menos entrar em silêncio, OK? (requisita o soldado mais alto).

Assim, os quatro descem do carro e caminham para a porta da casa em silêncio, observando tudo ao redor. Zangado carrega uma mochila militar de grande volume. Da janela, o dono da casa olha sutilmente, puxando um pouquinho as suas cortinas, e vê o soldado mais alto se aproximando de forma suspeita da entrada da casa. Ele percebe uma arma na cintura do suspeito e sai rapidamente da janela.

Os quatro chegam até a porta e Mário abre-a bem suavemente. A porta range. Mário faz careta, por causa do barulho, e acaba de abri-la. Rapidamente o obeso policial e o ex-presidiário apontam suas armas para os quatro militares. O Zangado e o soldado mais alto se entreolham, com expressão de raiva, por serem pegos de surpresa naquela situação. O Mário olha para a comissão de recepção e pede:

- Calma aí pessoal! Sou eu! Mário! Somos do mesmo time, lembram-se?

- Pensávamos que fosse um assalto! (comenta o policial).

- Como assim? Só porque sou negro tenho cara de bandido? Isso é racismo! (comenta Mário).

- Calma, meus filhos! (entrando entre eles, Jesus). Está tudo bem agora! Eu sou Jesus de Nazaré! E vocês são?...

Zangado olha para seus companheiros a seu lado e comenta:

- Nada de nomes! Viemos apenas para realizar um serviço! E nada mais!

Jesus constrangido, olha para a estranha atitude de Zangado. Mário interrompe a cena e entra na casa, para disfarçar a situação:

- Muito bem! Muito bem! Já que estamos todos aqui, por que não falamos sobre a missão? Onde fica o local onde teremos que invadir?

- Nada disso Mário! (responde o soldado mais alto). Primeiro queremos saber se o senhor Jesus aceita o valor combinado para o serviço (olhando meio feio para Jesus).

Todos se entreolham, estranhando o pedido do soldado! Mário mais uma vez interrompe, para tentar salvar a situação, que vai se complicando:

-
Gente! Gente! Gente! Primeiro precisamos discutir os detalhes da operação! Para saber se é possível ser realizada! (olhando feio para seus colegas). Depois o restante, eu discutirei particularmente com o senhor Jesus, OK? (olhando sorrindo para Jesus).

Jesus continua estranhando o que está acontecendo, mas explica:

- Bem! Dentro de 2 dias, Gauss virá para esta dimensão! Precisaremos neste momento entrar na sala de controle do Rubble 3, para que meu irmão possa desviar a rota dos meteoros, evitando assim a colisão com o planeta. Não há necessidade de violência, para entrarmos no local. Se explicarmos a situação para os guardiões, eles irão nos atender e liberar a nossa entrada!

A equipe militar se entreolha, estranhando a linguagem e as informações. Zangado reclama:

- Por que o Senhor está falando em código? Assim nós não saberemos o que será preciso fazer!

-
Rapazes! Rapazes! Rapazes! (interrompe Mário novamente, falando aos seus colegas militares). Está tudo muito claro aqui! Eu estou acostumado com esta linguagem! Depois explico tudinho a vocês! (erguendo os dois polegares, em sinal de positivo, para que eles concordem com a informação). Acho melhor vocês esperarem lá fora agora, enquanto os adultos terminam a conversa por aqui, OK?

Ele toma da mão do Zangado a grande mochila que ele segurava. Neste momento a filhinha da cientista pergunta para sua mãe:

- Mamãe! Eu tenho que ir lá para fora também?

Sua mãe olha para ela com carinho e balança a cabeça negativamente. Os militares saem da sala e vão lá para fora. Mário volta-se para o grupo, põe a mochila no chão, agaixa-se, abrindo-a para retirar um dos uniformes militares de dentro, quando comenta:

- Vejam se serve em vocês! (olhando para a cientista). Eu já tenho o meu e vou me vestir agora!

Ela pega o traje, olha meio desconfiada para ele avaliando se servirá e depois para as outras pessoas da sala. Jesus levanta uma de suas sobrancelhas, dizendo com o olhar: este é o plano do Mário!

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XLV
CAPÍTULO XXI
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