VOLTAR À PÁG.
DA COLEÇÃO

HOME
PREFÁCIO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXVI
Cinco dias depois...

No relógio da nave o contador informa: 24 dias para o impacto dos meteoros contra a Terra. No espaço as três naves ainda se dirigem em direção a eles e os militares, na área de carga, estão testando seus novos trajes espaciais dentro da nave. Os que foram treinados com estes equipamentos mostram aos demais soldados como funcionam. Fazem testes, enquanto aprendem a usá-los. Os trajes são enormes robôs com 3 metros de altura. Quando sem usuário, permanece agachado, para facilitar a entrada em seu interior.

Eles são hidráulicos, eletrônicos, com inteligência artificial e sensibilidade ao toque, em qualquer parte do corpo metálico. Internamente o usuário recebe os sinais externos dos sensores. Se alguém tocar nas costas do traje, o usuário sentirá este toque, no mesmo local de suas costas. Impactos também são transmitidos com variações de intensidade e o usuário saberá disto. Os novos propulsores do traje, espalhados por diversos locais, possibilitam o movimento rápido pelo espaço, em qualquer direção. Bem diferente das roupas espaciais do século passado, lentas, pesadas e limitadas.

O usuário hoje fica mais para um super-homem do que para um astronauta, pois o uniforme não parece ser metálico, mas sim ter músculos e carne, como num ser vivo enorme. Os novos trajes também podem ser utilizados para trabalhos internos na nave, porque eles têm diversas ferramentas que estão disponíveis em um cilindro rotativo ao redor dos braços. O usuário fala o nome do instrumento, o cilindro gira e a ferramenta se desloca em direção à palma da mão robótica.

Agora ele pode pegá-la e trabalhar. No visor de seu capacete, informações digitais sobre as condições do equipamento: nível de oxigênio, pressão hidráulica do sistema, carga da bateria, nível de combustível dos propulsores, além de acesso a informações de manutenção geral do sistema e bate-papo simultâneo com diversas pessoas. Ainda é possível acionar o piloto automático e o traje finaliza uma determinada operação como, por exemplo, apertar um parafuso, levantar um peso do chão ou fazer duas operações ao mesmo tempo, uma em cada mão.

O equipamento pode levantar o equivalente a dez vezes o peso de um homem e manusear a carga sem esforço algum! O traje pode voltar sozinho ao interior da nave, numa emergência médica, enquanto o usuário estiver trabalhando do lado de fora e sofrer um eventual problema. Ele monitora as funções vitais do usuário e determina a necessidade do retorno imediato. Para finalizar, cada um conta com uma arma laser de alta intensidade, que corta rapidamente uma rocha ou um metal espesso, se for necessário. O comando da nave pode monitorar todas as informações de cada uma destas roupas robóticas.

Na cabine de comando o subcomandante e os cientistas continuam discutindo seu plano, quando um alarme começa a tocar, e todos passam a observar seus monitores. Uma chuva de meteoros de pequeno porte aproxima-se rapidamente das três naves.

O subcomandante aciona um botão e requisita que o computador das três naves destruam os objetos. Automaticamente o sistema de armas laseres se posiciona para fora da estrutura das naves, mirando a frente. Quando as pedras, do tamanho de automóveis, se aproximam mais, as armas disparam continuamente, fatiando os objetos em pedras cada vez menores. Elas desviam um pouco a sua rota para não serem atingidas pelos destroços. Mesmo assim, a terceira nave sofre pequeno impacto de uma das pedras. O subcomandante comenta:

- Estamos a dez dias do encontro com os meteoros! Como encontramos estes aqui tão cedo?

- Acionei o radar de longo alcance, que indica que teremos diversas outras levas de meteoros menores, antes de encontrarmos o grupo maior (comenta o cientista Smith).

- Senhor! (chama via rádio a terceira nave avariada). Precisaremos fazer alguns reparos por aqui, fomos atingidos por um dos destroços do meteoro.

- É alguma coisa séria? (questiona preocupado o subcomandante).

- Não, senhor! Podemos seguir viagem enquanto fazemos a manutenção (responde novamente o rádio).

- Muito bem! Mantenha-me informado (finaliza o subcomandante).

Um dos militares, usando seu traje espacial, sai da nave 3 para realizar o conserto. Ele usa seus propulsores para checar toda a estrutura externa, literalmente voando ao redor da nave, como um super-homem faria, de punhos para frente, na posição horizontal. Ele encontra o local da avaria. Analisa a situação e informa seu superior na nave 3:

- Encontrei o problema! Não houve maiores danos por aqui. Apenas amassou ligeiramente a estrutura. Lembre-me na volta de levar o veículo ao funileiro!

- OK, soldado! Retorne à nave!

Quando está prestes a voltar, o soldado recebe uma pancada de lado, no braço robótico esquerdo. Ele percebe, com o canto dos olhos, a pequena pedra que o atingira. Olha então na direção de onde veio e percebe que mais 3 pequenas pedras vêm em sua direção. Aciona o sistema de defesa automático do traje, que acende uma luz vermelha em seu capacete. O sistema entra em ação e reconhece os objetos.

Seus braços mecânicos apontam na direção dos objetos e atiram os laseres de alta intensidade, pulverizando duas das pedras, que esfarelam e atingem o poderoso traje. A terceira pedra vem muito rápido e não há tempo para o laser. A solução é um forte soco frontal! Ela se esfarela diante de seu capacete. O som da areia, sendo jogada contra o traje, ressoa na cabine de comando da nave 3, que o questiona via rádio:

- Você está bem, soldado?

- Sim está tudo bem agora!

Ele desliga o sistema de defesa e "voa" de volta para a entrada da nave. O que ele não sabe é que, após o soco, o grupo de vírus, que estava no interior do meteoro destruído, se alojou na mão robótica do traje. Aquela pequena massa de vírus, grudenta e azulada, aguarda pacientemente que um hospedeiro toque no local. Na nave líder, o cientista Smith informa ao subcomandante os resultados da análise do vírus:

- Senhor! Acabo de receber o relatório sobre o vírus do meteoro! As informações são muito preocupantes!

- Diga, senhor Smith! (requisita o subcomandante).

- O computador fez simulações do vírus em contato com o DNA Humano e de diversos animais e plantas (detalha o cientista Smith). Ele descobriu que apenas os seres humanos serão afetados por este novo vírus! As projeções informam que ele é um complemento de nosso DNA e alteraria muito rapidamente todo o nosso corpo e cérebro.

- Quão rapidamente senhor Smith? (indaga preocupado o subcomandante).

- Algo em torno de poucos dias, senhor! (especifica o cientista). Mas o pior são as transformações que ele causará!

O subcomandante suspira, olha para cima e requisita:

- Conclua, senhor Smith!

- O ser humano, que tiver contato direto com este vírus, terá sua cabeça aumentada, a estatura reduzida, a massa muscular enfraquecerá, os olhos quadriplicarão de tamanho, as mãos e pés ficarão muito pequenos, a agressividade reduzirá a quase zero! O potencial reprodutivo se reduzirá bruscamente, mas os filhos desta nova criatura poderão viver mais de 300 anos! O cérebro aumentará muito em tamanho e a projeção também indica que a inteligência e o potencial mental serão diversas vezes superiores à dos homens mais inteligentes que o nosso planeta já conheceu!

- Senhor Smith! Este programa de computador pode avaliar tudo isto com precisão?

- Sim, senhor, e tem mais! O vírus realmente nunca foi encontrado na Terra em sua forma atual! Porém, os resultados que acabei de lhe apresentar, foram confirmados pela primeira vez em amostras de DNA de pequenos seres extraterrestres, encontrados em 1950, em Roswell, Novo México, nos Estados Unidos.

- Está dizendo que seres extraterrestres querem mudar os seres humanos para parecermos com eles?

- Não, senhor! Estou dizendo, que acreditávamos que fora uma nave extraterrestre que caíra em Roswell, em 1950. Agora está claro, para mim, que foi um destes meteoros que atingiu a cidade e transformou alguns pobres cidadãos locais nestes pequenos seres, que passamos a chamar de extraterrestres! Diversos relatos passaram a ocorrer desde então. Acredito que alguma entidade superior e desconhecida tem o controle destes meteoros e vem fazendo testes com seres humanos, há muito tempo. Acredito, senhor, que agora, esta entidade deseja transformar toda a humanidade nestes pequenos seres!

O subcomandante olha boquiaberto para o cientista, completamente chocado com a informação e a seguir cobre seus olhos com a mão direita, coçando as sobrancelhas, simultaneamente, com o polegar e o dedo médio.

Na nave 3, o astronauta militar, que acabara de voltar da missão externa, "pousou" seu traje espacial no convés de carga. Ele aguarda que todo o local seja repressurizado e abre o peito do traje, para poder sair. Neste momento, se apoia firme sobre as mãos mecânicas, embalando seu corpo, para poder flutuar até a porta de saída do convés.

Quando chega até ela, nota àquela gosma azul em sua mão direita. Rapidamente ela é absorvida pela pele e o astronauta militar sente imediatamente uma ligeira tontura e mal-estar. Em poucos segundos ele sente-se bem e acha que foi alguma coisa passageira. Talvez, por estar no espaço, e seu corpo não tenha se adaptado totalmente.

O militar aciona seus sapatos magnéticos, para poder andar pelos corredores da nave, a caminho do escritório de seu oficial superior para se apresentar. Ao chegar lá, bate continência ao superior e desmaia logo a seguir. Acorda deitado na maca hospitalar da nave, numa bolha, totalmente isolado e o médico chega até ele, para informar-lhe de seu estado:

- Soldado Jorge! Encontramos uma alteração genética em evolução no seu organismo! Não se parece com nada do que estamos acostumados a lidar na Medicina!

- Isto é contagioso, doutor?

- Até agora não, soldado! Você está confinado apenas por precaução! Mas, acredito que em breve poderá sair! Porém, não tenho muito que fazer, quanto à sua condição! Não existem remédios para tratá-lo!

- Então o que acontecerá comigo, doutor?

- O vírus penetrou em seu organismo e migrou diretamente para o cérebro. Lá ele começou a se reproduzir muito rapidamente, numa taxa fantástica de duplicação! Quando percebi o que estava acontecendo, apliquei um inibidor genético em sua corrente sanguínea. O vírus ficou agora confinado à sua cabeça.

- E o que isto quer dizer? Eu irei melhorar?

- Você já começou a sofrer diversas mutações genéticas e seu cérebro está aumentando de tamanho, juntamente com o crânio e glóbulos oculares. O inibidor foi aplicado muito tarde em seu organismo. Talvez eu pudesse evitar maiores transtornos, mas não houve tempo. Quando chegarmos à Terra, tentaremos alguns novos tratamentos genéticos, com células-tronco, para recuperar a sua condição. Neste momento, não posso fazer mais nada! Sinto muito!

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XLV
CAPÍTULO XXI
COMENTE SOBRE ESTE LIVRO
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO XXIII
OOOOOOOOOOO
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O

Capítulo Anterior
Próximo Capítulo
OOOOOOOOOOO