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DA COLEÇÃO

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PREFÁCIO
CAPÍTULO I
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CAPÍTULO II
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO III
CAPÍTULO XXVI
De volta à outra dimensão, três naves espaciais, do tipo ônibus espacial, só que muito maiores e com mais recursos, afastam-se do planeta Terra, em direção ao enorme grupo de meteoros que se aproximam ameaçadoramente.

Cada uma das três naves possui equipe própria de militares e equipe de reparos. As naves estão muito bem armadas com mísseis de longo alcance, micro-ondas, laseres, armas de ressonância e bombas atômicas. O grupo, determinado a salvar o planeta da destruição, é composto por militares norte-americanos e cientistas de todo o mundo.

Eles desejam desviar o curso dos enormes meteoros, para não colidirem com o planeta. A maior parte das pessoas acompanha, via internet, o áudio e as imagens internas das três naves, na conversa com a NASA. Na cabine os ocupantes da nave principal estão sem seus capacetes de astronauta. O comandante da missão se despede da NASA e do planeta, para uma viagem de ida e volta em trinta dias:

- Estamos hoje aqui em uma inédita missão de salvamento da humanidade! Temos o potencial de evitar maiores desastres ao planeta. Faremos o melhor que pudermos! Custe o que custar! Que Deus proteja a humanidade! Que Deus nos ajude!

Neste momento surge o próprio Deus, dentro da nave líder, com seu costumeiro casaco escuro e capuz na cabeça. Ele nada fala, enquanto anda em direção ao posto de comando. As pessoas da NASA estão assustadas com o que está acontecendo! O líder em terra pede para que cortem a imagem para o restante do planeta. Alguns falam alto:

-
Quem é esse cara que apareceu na nave? De onde ele veio?

Dentro da nave líder o comandante solta o cinto de segurança, sai de sua cadeira e levita na cabine, para olhar rapidamente para trás, na intenção de ver o que está acontecendo ali. Os dois copilotos, a seu lado, giram suas poltronas para trás para fazer o mesmo.

Todos observam assustados para o encapuzado, andando normalmente na direção deles. Diferentemente dos outros, Deus não sente os efeitos da falta de gravidade. Ele consegue andar sem problemas no piso da nave. Fica bem próximo do comandante da missão, puxa-o pelo cinturão para baixo, até agarrar-lhe o pescoço e fazer a sua pergunta costumeira:

-
Diga-me, quem é você?

O comandante esperneia para tentar se liberar do intruso, enquanto ambos desaparecem, sob o olhar chocado de todos os tripulantes. O subcomandante comenta muito assustado com a base:

- Terra? Fomos abordados por um ser estranho, que desapareceu com o nosso comandante. O que faremos agora? Por favor, respondam!

- Nave líder, acompanhamos todo o ocorrido por aqui. Nada podemos fazer! Não sabemos quem, ou o que é esse ser. Ele vem agindo da mesma forma em todo o planeta! Pedimos que continuem com a sua missão! Temos que salvar a humanidade!

No bairro Século XXI, em seu escritório, o grupo militar de elite também acompanha pela internet o ocorrido. Estão prontos para uma emboscada ao ser de olhos vermelhos! O soldado Mário está se dirigindo ao banheiro, sempre acompanhado por 4 outros soldados armados com lança-chamas. Ele reclama:

-
Gente, posso ir ao banheiro sozinho? Por favor?

Os soldados ficam olhando para ele, enquanto fecha a porta do Box e agradece:

- Obrigado, pessoal!

O líder do grupo militar vem também em direção ao banheiro. Ao entrar no local, vê os quatro soldados lá dentro, esperando Mário sair do Box. Eles batem continência ao líder que responde da mesma forma. O líder lava as mãos, calmamente, molha o rosto e se observa no espelho, avaliando a aparência. Pelo espelho percebe a porta de entrada do banheiro se abrindo.

Deus entra ali, com sua típica roupa escura e capuz negro. Rapidamente todos se voltam para Ele e dois soldados despejam juntos seus lança-chamas. O enorme encapuzado cai, ardendo em fogo. Os dois outros soldados usam seus extintores e apagam imediatamente o fogo. Os dois primeiros soldados continuam apontando seus lança-chamas para o ser divino, imóvel, enquanto uma luz vermelha fica acesa na parte de cima da arma.
Um contador digital faz contagem regressiva, até que Deus começa a se mexer, tentando se levantar. Os soldados olham para o chefe, como que requisitando autorização para queimá-lo novamente. O líder, muito calmo e confiante, faz um gesto com a mão, pedindo que esperem.

Quando Ele se levanta, a luz verde se acende no lança-chamas. Estão autorizados para atirarem novamente. Eles queimam Deus que cai. Os outros dois soldados apagam o fogo do corpo e pegam-no pelos braços para levá-lo a uma sala de interrogatório. Todos saem do local. Nenhuma palavra foi dita durante toda a ação. O soldado Mário abre a porta do seu Box falando:

-
Gente! Acho melhor vocês saírem rapidinho daqui! O cheiro tá muito ruim!

Ele olha ao redor e, não vendo ninguém no local, comenta:

-
Caramba! Não sabia que estava tão ruim assim!

Na sala de interrogatório Deus está amarrado pelos pés e pelas mãos, com grossas correntes de uma liga metálica especial. Ele se encontra em pé e desacordado. Seu corpo está dependurado nas correntes, os músculos estão inertes, está entregue e moribundo.

Aos poucos suas mãos começam a se mexer. Depois a cabeça balança, na tentativa de se reequilibrar. As pernas procuram se firmar e Ele novamente está de pé, quando levanta a cabeça, para olhar de frente seus algozes! Deus está sem o capuz e olha muito feio para frente. O líder do grupo observa tudo por de trás de um forte vidro de segurança. Através do sistema de som fala ao divino:

-
Diga-me quem é você? Por que está raptando pessoas decentes?

Deus nada responde. Continua olhando feio para seu interrogador, quando recebe mais uma rajada de fogo de dois lados simultaneamente. Logo a seguir o fogo em seu corpo é apagado pelo sistema automático de extintores. A fumaça é retirada rapidamente pelo mecanismo de exaustão do local. O Pai de Jesus novamente desfalece e seu corpo fica dependurado nas correntes, que o mantêm de pé. O líder pergunta mais uma vez:

-
Quem é você? Por que está raptando pessoas decentes de nosso planeta?

Deus levanta com dificuldade a cabeça, olha mais uma vez de frente seu algoz e comenta:

-
Quando eu sair daqui arrancarei a sua cabeça em fatias!

-
Responda o que eu quero saber, senão queimarei você até virar carvão! (exige o líder, gritando com o ser de olhos vermelhos).

Mais uma vez as chamas consomem seu corpo, no tempo programado do equipamento automático. Outra vez seu corpo cicatriza rapidamente as feridas.

A divindade desfalece e fica dependurado nas correntes. Andando pelo corredor, apressadamente, o soldado Mário chega até a porta de entrada da sala de interrogatório. Dois soldados estão de guarda com seus lança-chamas a postos, impedindo a passagem:

- Soldado! (questiona Mário a um dos que está à porta). Preciso falar com o chefe, agora!

- Isto não é possível! Ele está interrogando o demônio! (responde o soldado).

- Soldado, Ele não é um demônio! Ele é Deus! Não podemos tratá-lo desta maneira! Seremos todos castigados brutalmente (argumenta, preocupado, o soldado Mário).

- Tenho minhas ordens e não posso fazer nada quanto a isso! (responde firme o soldado de guarda).

O militar Mário olha preocupado para o rosto de um e de outro soldado, que estão parados à sua frente.

Na sala de interrogatório Deus está com as roupas bem queimadas. Peito e braços do prisioneiro se encontram desnudos e avermelhados pelo excesso de queimaduras. Suas calças estão muito destruídas, parecendo mais um short muito queimado.

Boa parte de suas pernas são mostradas e é possível perceber que seu corpo é muito bem torneado, com muitos músculos poderosos, agora visíveis. O líder continua perguntando alto e nervoso:

-
Quem é você? Por que está raptando pessoas decentes de nosso planeta?

Deus, já bem exausto, levanta a cabeça novamente. Olha de frente para o líder. Seus olhos vermelhos começam a ficar amarelados, como se estivessem pegando fogo por dentro. A fumaça escapa de suas roupas e pele, enchendo o ambiente de uma névoa infernal.

A imagem de Deus agora lembra a de um demônio vindo diretamente do livro de Dante: um ser poderoso, musculoso, de pé, fumaça saindo de seu corpo, olhos quase pegando fogo e sua forte e tenebrosa voz, faz tremer até o mais corajoso dos homens. O sistema automático suga a fumaça para fora da sala e Deus fala com raiva na voz e no olhar:

-
Teu fim está próximo! E eu terei prazer em te destruir!

Mais uma vez as chamas são lançadas contra o Pai de Jesus, mas desta vez um dos equipamentos falha, em meio ao procedimento, queimando-o apenas parcialmente.

O sistema automático apaga o fogo do corpo, mas o sistema de eliminação de fumaça passou a não funcionar bem também. O líder fala assustado ao sargento, que se encontra no mesmo local:

-
O que está acontecendo, sargento? Por que o sistema de lança-chamas não está funcionando?

- O pessoal que o instalou, disse que precisava de mais tempo para garantir seu funcionamento adequadamente. Eles alertaram que o excesso de calor, em local fechado, poderia destruir o acionamento (comenta o sargento, também muito preocupado).

Agora Deus não desfaleceu. Ele já está forçando todos os seus músculos para continuar em pé, antes do tempo programado. Levantando mais uma vez a cabeça, olha diretamente aos olhos do líder militar e fala agressivamente:

-
Eu sou Deus e nenhum ser vivo pode me controlar! Muito menos você!

O líder, assustado, concentra-se desesperadamente em acionar manualmente o sistema de chamas, que não está mais funcionando. As chamas saem em jatos curtos de apenas um dos equipamentos. O sargento levanta-se bem devagar de sua cadeira e afasta-se lentamente, com olhar fixo para dentro da sala de interrogatório. Ele chama a atenção de seu líder:

-
Senhor? Olhe! (apontando para a sala onde Deus se encontra).

O líder olha assustado para o interior da sala, que tem muita fumaça e não dá para ver direito lá dentro. O sistema de exaustão também não está mais funcionando. Só é possível ver um pouco de fogo lá dentro e um corpo se mexendo na tentativa de apagá-lo. Um forte estrondo é ouvido.

O líder e o sargento se entreolham, preocupados! Um novo estrondo interrompe o silêncio, que se instalou no local. São as correntes que foram arrancadas. O chefe imediatamente aciona um botão, requisitando urgentemente a presença dos soldados com lança-chamas no local. Lá fora os dois recebem a informação e abandonam a porta em que se encontravam.

Eles entram correndo na sala ao lado, onde Deus não está mais amarrado. Neste momento um enorme jato de fogo sai de dentro da sala. Os dois soldados são jogados para fora, pela mesma porta por onde entraram. Mário pula na direção contrária do evento e abaixa-se, para não ser atingido pelo fogo.

Os dois, que foram arremessados para fora, estão mortos e em chamas! Lá dentro o líder e o sargento sacam suas armas na direção da sala de interrogatório. Nada mais se vê. O soldado Mário entra na sala onde o líder e o sargento estão.

De repente, o Pai de Jesus salta, arrebentando o grosso vidro, e caindo em pé no meio da sala com os três militares apavorados. Deus, lentamente e fumegante, aproxima-se dos três, enquanto arranca o restante das correntes, ainda presas em seus braços. O líder e o sargento atiram com suas armas no ser divino que nada sente.

Seus olhos agora estão completamente amarelados como se fossem duas luzes, vindas do interior de sua cabeça. As balas acabam e, quando Ele já se encontra bem perto do líder, o soldado Mário, entra na frente, impedindo a passagem.

O soldado coloca sua mão direita no peito de Deus. Imediatamente ele a retira, devido ao alto calor emanado daquele corpo superaquecido. Mário fala suavemente:

-
Já chega, Senhor! Basta de mortes! Ninguém pode Detê-lo ou Vencê-lo. O Senhor acaba de provar isso! Por favor, perdoe-os! Eles não sabem quem o Senhor é!

O Pai de Jesus para alguns segundos olhando para o soldado Mário e decide pegar em seu pescoço novamente. O soldado Mário reclama que a mão quase em brasa de Deus o está queimando.

Desta vez Ele não faz a sua pergunta corriqueira. Ambos, Deus e soldado, desaparecem em pleno ar, diante dos olhos arregalados do líder e do sargento. Eles ficam imóveis por alguns segundos e respiram aliviados com aquele final.

De repente, Deus reaparece, agora sozinho, sem o soldado Mário e com sua mão direita, simulando uma garra, Ele desfere um rápido e único golpe horizontal, fatiando a cabeça de ambos os militares ao mesmo tempo.

CAPÍTULO IV
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO V
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XXXV
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XXXVI
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XXXIX
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XL
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XLI
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XLII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XLIII
CAPÍTULO XLIV
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XLV
CAPÍTULO XXI
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