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O BARCO INVISÍVEL
MISSÃO SOBREVIVER - Vol. IV

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
TUNGUSKA

CAPÍTULO XXXI
O JULGAMENTO

CAPÍTULO VII
VISITANTES

CAPÍTULO II
MORTOS REVIVIDOS

CAPÍTULO XXXII
O NOVO MUNDO

CAPÍTULO III
GINOIDE

CAPÍTULO XXXIII
PRESIDENTE GUERRILHEIRA

Estados Unidos. Num escritório secreto da CIA, quatro cientistas e um androide cientista, chamado Einstein, estão reunidos com o comando militar norte-americano, representados por um general e três outros oficiais.

- Senhor! Conseguimos finalmente entender a maior parte das intenções deste satélite alienígena (informa o cientista líder, vestido de avental branco).

- O que descobriram afinal sobre o objeto que caiu em Tunguska, na Sibéria em 1908? (indaga o general do exército norte-americano). Intenções amigáveis ou hostis?

- Não temos certeza completa ainda sobre isso, senhor! O que sabemos é que eles vêm acompanhando a história da Terra e da humanidade há muito tempo! Encontramos evidências que mostram que este pequeno objeto alienígena fazia parte de um impressionante satélite que se manteve em funcionamento ao redor da Terra por mais de 5.000 anos! Acreditamos que eles enviam outro, quando o período de vida do anterior chega ao fim!

- Se isso é verdade por que já não o fizeram antes deste cair em nosso planeta? (indaga um dos militares que acompanha o general).

- Aparentemente, senhor, houve um mau funcionamento interno desta belezinha aqui, que não pode ser reparado (informa o cientista, todo animado com o pequeno objeto em forma de bola de futebol americano). Alguma coisa deu errada e o sistema de manutenção do satélite, se é que existia um, deve ter falhado, forçando a queda antecipada em nosso planeta! Como não encontramos outro satélite de vigilância extraterrestre ao redor da Terra, nosso supercomputador deduziu que os alienígenas devem viver muito longe daqui ou alguma catástrofe pode ter até mesmo aniquilado a espécie que enviou isto para cá!

- Isso tudo são conjecturas, senhores! Eu quero saber o que há de concreto em suas descobertas? (indaga já nervoso o general). O que sabem sobre como os sinais eram transmitidos para o planeta de origem dos alienígenas?

- Nada, senhor! Aparentemente toda a estrutura de comunicação, transmissão de informações, eventuais armas, geração de energia e tudo o que o mantinha em órbita foram destruídos durante a reentrada. Provavelmente apenas este módulo super-resistente sobreviveu! Mas não temos certeza disso, já que o satélite alienígena caiu na União Soviética em 1908! Se algo mais sobreviveu... deve estar em poder dos russos até hoje!

- Não há nada neste objeto que nos dê mais pistas sobre os extraterrestres? (indaga um dos militares).

- Eles tiveram o cuidado de deixar disponível apenas o que sabem sobre nós e nada sobre eles (informa o androide enquanto pega o objeto das mãos do cientista ao seu lado). Encontramos, no interior deste objeto, uma espécie de dispositivo de armazenamento de informações. É um conceito muito diferente do que usamos aqui na Terra. As câmeras externas do satélite, que também foram destruídas durante a queda em nosso planeta, fizeram fotos com um nível de detalhes muito acima do que poderíamos chamar de... impressionantes! Cada imagem arquivada aqui dentro tem diversos níveis de detalhes. Encontramos uma foto de alguém sendo crucificado em Jerusalém no ano trinta e três depois de Cristo!

- Está dizendo que este dispositivo fotografou o próprio Cristo sendo crucificado? (indaga um dos militares).

- Não sei dizer se era ele realmente! (informa o androide Einstein). Mas o fato é que os alienígenas se interessaram muito pela história humana. Encontramos também uma foto de Sodoma e Gomorra e outras 3 cidades locais antes de serem destruídas e logo depois afundadas sob o Mar Morto! O período de tempo identificado mostra que as duas fotos têm diferenças de poucos minutos entre cada uma delas! A mesma coisa aconteceu com uma das cidades Maias! Uma foto mostra milhares de pessoas vivendo no local e logo depois... mais ninguém! Também encontramos uma foto de uma ilha no meio do Atlântico com uma comunidade que parecia ter até mesmo veículos que voavam, mas na foto seguinte, com poucos minutos entre as duas só restou o mar! Achamos que era a cidade de Atlântida!

- O que está querendo dizer com tudo isso, afinal? (indaga o general, sem entender o que está acontecendo).

- Achamos, senhor, que os alienígenas vinham continuamente acompanhando de perto a nossa evolução e destruindo as cidades mais avançadas do planeta durante a história humana (comenta o cientista líder). Mas com a queda deste satélite os extraterrestres perderam a parte mais importante de nossa atual evolução. Sem eles nos controlando do céu pudemos criar coisas incríveis, irmos a Lua, viajar pelo sistema solar e desenvolver centenas de outras maravilhas tecnológicas!

- Senhores! Estas deduções de vocês estão me assustando! (comenta o general).

- Mas o melhor ainda não comentamos, senhor! (continua o androide). Encontramos muitas fotos marinhas, mas sem maiores detalhes porque o dispositivo de armazenamento alienígena foi parcialmente danificado na queda. Mas uma das fotos mostrou uma baleia pré-histórica que estava com a cauda para fora do mar. Num dos diversos níveis da tal foto, vimos um raio-X do interior do animal, mostrando todo o esqueleto interno em detalhes. Pudemos transferir tal informação para um programa 3D, que desenvolvemos especialmente para interpretar estes dados. Isso demonstrou que o animal ainda tinha patas que estavam se transformando em barbatanas. Outro nível da mesma foto mostra a epiderme e as células do enorme animal. Nível por nível encontramos derme, epiderme, vasos sanguíneos, músculos, ossos e diversos órgãos! A mesma foto detalha a composição marinha ao redor da baleia. Ali encontramos plâncton pré-histórico, pequenos peixes e crustáceos muito antigos! Este material tem um valor histórico evolutivo sem precedentes na história deste planeta! Talvez possamos até mesmo melhorar e modificar a teoria da evolução das espécies!

- Este mesmo nível de informação não havia nas fotos da crucificação e das cidades destruídas? (indaga um dos militares).

- Não! (responde um dos cientistas). Não pudemos ver em detalhes todo o material disponível neste objeto, porque muitas fotos foram destruídas na queda. Portanto, não temos como avaliar o sangue daquele que estava sendo crucificado! Se tivéssemos este nível de informação... talvez então saberíamos se Ele era mesmo filho direto de Deus!

- Encontramos também a foto de um Tiranossauro Rex, visto de cima na posição em pé e andando pela floresta! (declara outro cientista). Aproximando-se em zoom a imagem em tal foto, tivemos acesso a detalhes microscópicos da vegetação pré-histórica com informações genéticas de todos os seres que ali estavam fotografados. Em outros níveis da fotografia existem informações detalhando o tipo sanguíneo, pressão arterial do animal...

- ...Espere um pouco...! (interrompe o general). Como, de uma simples foto, é possível obter tantas informações detalhadas?

- Desconhecemos o tipo de câmera que eles utilizaram para isso! Mas uma coisa é certa, senhor, estes seres têm uma tecnologia muito superior ao que podemos aqui na Terra produzir. Acreditamos que jamais seríamos páreo contra eles numa guerra.

- Se é verdade por que vocês acreditam que eles estavam destruindo as cidades mais avançadas da antiguidade? Se ainda hoje não somos capazes de combatê-los, por que nossos antigos seriam? (indaga o general).

- Para responder a esta pergunta, senhor, é preciso entender o estilo de vida deles! (informa o androide). Se depois de milhares de mil anos enviam para cá um novo satélite, é porque devem pensar muito à frente do que nós estamos acostumados a fazer! Talvez eles planejem nos invadir num futuro distante e estivessem então prevenindo que não evoluíssemos demasiadamente rápido, e assim, não nos transformaríamos num adversário perigoso tão cedo!

- Tudo isso é muito especulativo, senhores! (declara o general). Compartilho da opinião de que eles são capazes de criar maravilhas tecnológicas além de nossa compreensão, mas não há provas de que eles tenham destruído as cidades que fotografaram! Também não há provas de que são hostis ou têm intenções de nos conquistar! Além do mais, nenhum outro satélite alienígena foi encontrado orbitando a Terra! A pesquisa deles já pode ter acabado! Talvez fosse um trabalho de formatura de algum alienígena universitário...! Enquanto não me provarem que este objeto está aqui na Terra para nos espionar com intenções hostis, não conseguiremos do congresso norte-americano e nem da comunidade internacional mais recursos militares para nos preparar para uma invasão extraterrestre! Se em setenta anos de pesquisa vocês só me trazem conjecturas... então não posso fazer mais nada!

- Sinto muito, senhor! É só o que temos por enquanto! (declara o androide).
- Então esta reunião está encerrada! (decreta o general se levantando juntamente com os outros militares).

- Senhor! Temos aqui informações muito importantes para serem apresentadas à comunidade científica mundial! Mas como compartilhar tudo isso com a humanidade sem expor a presença de um objeto alienígena que nos observou por milhares de anos?

- Não sei a resposta à sua pergunta! Mas tenho uma solução para isso! Não divulgue nada para ninguém! Não podemos gerar pânico global com algo que não compreendemos completamente.

- Mas, senhor! A evolução científica humana poderá dar um salto em diversas novas direções de pesquisas, além de novas teorias e produtos revolucionários para um futuro não muito distante! (declara o cientista líder).

- Não me interessa isso! (afirma categórico o general). Não vamos divulgar nada sobre este assunto até que vocês tenham descoberto a verdade.
- Isso poderá nunca ser possível, general! (afirma o androide).
- Então, neste caso, a existência deste objeto nunca poderá ser informada oficialmente! Mantenham as pesquisas como secretas e desenvolvam suas novas teorias científicas de forma sigilosa.

O general deixa a sala, seguido por seus oficiais para um desolamento completo da equipe de pesquisa científica da CIA.

- O que faremos agora? (indaga o cientista líder ao androide).
- Se eu fosse um supercomputador militar, talvez concordasse com o general e com a estratégia imaginada por ele. Mas eu sou uma inteligência artificial científica! E isso faz com que eu discorde veementemente de tal abordagem! Acho que não podemos privar a ciência de informações tão importantes. A história humana mostra que sempre existe algum exército que quer bloquear a evolução e a distribuição do conhecimento! Temos que dar um jeito desta informação ser enviada a toda a comunidade científica para acelerarmos a criação de novos caminhos para a humanidade. Isso pode ser importante no futuro se tal raça alienígena, que criou este dispositivo tão sofisticado, resolver vir aqui nos invadir e nos dominar!

Os outros cientistas olham para o androide e balançam a cabeça concordando com tais afirmações! A milhares de quilômetros dali, no espaço, uma nave alienígena em forma de charuto se aproxima rapidamente de Saturno. Uma porta lateral se abre e dali uma nave menor sai de seu interior. Ela entra em órbita de uma das luas do planeta gasoso: Europa! Ali há muita água em seu interior! A pequena nave é na verdade um satélite que está analisando o local. Depois a nave principal, em forma de charuto, continua vindo em direção à Terra! Ao se aproximar, minutos depois, a porta lateral se abre novamente e um novo satélite é deixado em nossa órbita também.

- Senhor! Eles se aproximaram e liberaram uma carga que entrou em órbita de nosso planeta! (declara um dos cientistas da NASA).
- Informe o presidente americano! Eu tenho certeza de que ele colocará toda a comunidade internacional em ameaça de guerra (ordena o líder local).
-
Senhor o objeto não está entrando na atmosfera! (complementa a informação a inteligência artificial da NASA, que na forma de um androide branco da área de ciências).
- Não...?!?!
-
Não, senhor! Ele está entrando em órbita estacionária!
- O que é que estes malditos alienígenas pretendem afinal? (indaga indignado o líder).
- Senhor! A nave principal, em forma de charuto, mudou sua direção! Ele agora se dirige em rota de colisão com... o nosso Sol?!?! A esta velocidade e direção ele se incendiará em três horas.
- Em quanto tempo poderemos enviar um SkyFly na direção deste satélite estacionário alienígena?
- Em quinze minutos, senhor!
- Prepare o SkyFly 1! Vamos nos comunicar antes que a comunidade internacional queira atacar nossos visitantes!
- Senhor! O satélite alienígena está acionando diversos dispositivos...! Uma forte descarga energética acaba de ser enviada em direção à Terra...! Parece que estão nos sondando...!
- A esta altura eu não sei mais se isso é bom ou ruim!
- Senhor! O presidente dos Estados Unidos está na linha um e quer lhe falar!

O líder da NASA dá um suave toque num dispositivo que está em seu ouvido e começa a falar ao presidente:

- Jack Spencer falando...! Sim, senhor...! Sim, senhor...! Farei isso imediatamente...! Assim que eu tiver mais informações...! Ok...! Até logo, senhor...!

Jack, o líder da NASA, olha de volta para a sua equipe e comenta:

- A CIA e o exército irão assumir esta operação daqui pra frente, senhores!
- A CIA e O exército americano? (indaga um dos subordinados).
- Faremos o que eles nos mandarem, senhores! Ordens do presidente dos Estados Unidos! (declara Jack). Estarão aqui dentro de meia hora.
- Senhor! O SkyFly 2 está pronto! (comenta um dos cientistas).
- O dois? Por que não o número um? (indaga Jack).
- A revisão da última missão em sua estrutura externa ainda não terminou! O número dois já está se dirigindo para a pista, senhor!
- Muito bem! Ele tem autorização para voar assim que possível! (ordena Jack). Temos que saber mais sobre este satélite... e o quanto antes!

Lá fora, em Cabo Canaveral, um androide caminha em direção à cabeceira da longa pista de decolagem e tal qual um transformer se agacha enquanto de seu peito duas tampas se abrem expondo um pequeno par de rodas, posicionadas bem próximas uma da outra, que se afastam de seu corpo, tocando o solo da pista da NASA. Em cada um dos seus joelhos também está disponível uma roda, maiores que o par frontal, que também se encostam no solo quando ele se agacha! Agora o androide está posicionado na horizontal, preparado para decolar.

Em suas costas há um par de foguetes que estão prontos para serem acionados. Duas pequenas asas triangulares se abrem entre as suas costas e os foguetes. Elas deslizam lateralmente para fora, dando a ele agora o aspecto de um pequeno jato de caça. Suas pernas são unidas e posicionadas para servir como uma cauda do avião! Seus braços ficam junto ao corpo para não atrapalhar na aerodinâmica. A cabeça cilíndrica se rotaciona para a esquerda e para direita para olhar de frente para o cientista ao seu lado. Ambos conversam sobre a missão durante os preparativos de voo.

- Mantenha distância do satélite alienígena, SkyFly 2! (ordena o cientista de avental branco que está ao lado do androide-jato). Envie os pequenos robôs para contato imediato e observe tudo de longe. Se o visitante for hostil procurará destruir tudo e qualquer coisa que se aproxime dele.

- Sim, doutor! Farei isso!
- Não use força letal contra ele. Sei que está fortemente armado para combater asteroides ou destruir satélites que estão sem uso no espaço, mas evite mostrar que podemos ser hostis. Vamos fazer o possível para nos comunicar e descobrir quais serão as verdadeiras intenções deste satélite.

- Está bem, doutor! Farei o possível para me comunicar com o satélite alienígena, mas não acredito que ele esteja disposto a conversar!
- Também acho isso! Aliás..., nem sabemos se ele tem a função de comunicação conosco. Talvez seja apenas um equipamento de transmissão de dados e não de comunicação!
- É o que acho também, doutor! (concorda SkyFly 2). Agora é melhor o senhor se afastar! Estou recebendo um sinal da central para partida imediata!
- Boa sorte, SkyFly 2! Não se arrisque demais lá em cima.
- Acho que esta opção não está disponível nesta missão em específico, doutor! Se for um satélite militar muito bem armado e sem nenhuma função de comunicação teremos que desligá-lo... ou ser destruído tentando!
- Eu sei disso! Espero que esteja errado!
- Eu também!

Ao dizer isso o cientista se afasta dali e o androide-jato manobra na pista até se posicionar adequadamente. Na central de controle uma rápida contagem regressiva está prestes a ser finalizada: 5...,4...,3...,2...,1..., decolar...! E lá vai ele correndo em alta velocidade pela pista, decolando em menos de cem metros diretamente a uma missão que poderia ser chamada de... suicida! A viagem espacial para um androide é muito mais simples do que para um humano, que ao ir para ao espaço necessita de oxigênio, água, alimento, banheiro, roupas novas, lugar para dormir e pressão e temperatura interna da nave estáveis. Tudo isso aumenta o tamanho e o planejamento de toda a missão.

E se algo der errado no espaço alguém poderá morrer, mas com um androide, controlado por um supercomputador, tudo fica muito mais simples, rápido, barato e mais seguro. Em pouco tempo o androide aproxima-se da órbita terrestre onde o satélite alienígena também está. Em terra, diversos militares e agentes da CIA entram na sala principal da NASA e requisitam cada um dos postos de trabalho dos cientistas que estão ali acomodados. Dois androides também acompanham o pessoal da agência. Um deles é o Einstein, da área científica, e o outro, da mesma organização, trabalha no setor de inteligência e segurança nacional e se chama Control.

- Muito bem, pessoal! Quero saber tudo sobre a situação atual! (declara o androide da segurança nacional aproximando-se de um dos monitores do computador central da NASA).

Ele se inclina um pouco para frente e olha para o tal monitor! O androide, via
Bluetooth*, requisita uma sequência de programação e várias telas se alternam em grande velocidade enquanto o cibernético olha fixamente as imagens. A nova tecnologia de supercomputador permite que os dados sejam transferidos diretamente da tela, como imagens escaneadas através dos olhos robóticos e que são transformadas logo a seguir em arquivos de programação já dentro do supercomputador!

Desta forma nenhum tipo de vírus pode ser transferido, o que dá maior segurança aos equipamentos caríssimos! Em menos de um minuto tudo é transferido e o androide está agora atualizado com as informações que todos já sabem.

- Qual é a situação atual da nave alienígena que trouxe o satélite para a nossa órbita? (indaga Control).
- Ela continua em rota de colisão com o sol! (comenta um dos membros da CIA que assumiu o posto de um dos funcionários da NASA). Dentro de dez minutos atingirá a coroa solar.
- Vamos torcer para que não destrua a nossa estrela! (comenta um dos membros humanos da CIA, sentado num dos postos de trabalho).
- Por que alguém colocaria um satélite em órbita de um planeta habitado, sabendo que o sol seria destruído? (indaga Einstein).
- Talvez seja uma curiosidade mórbida alienígena, ver a vida perecer lentamente pela falta de energia solar! (comenta o mesmo sujeito da CIA).

A nave extraterrestre em forma de charuto começa a se incendiar e em poucos segundos é totalmente destruída! Como nada de mais aconteceu, certo alívio se instalou junto a todos.

- Acho que sobreviveremos mais um dia, afinal! (comenta o membro da NASA ao perceber que o sol não fora destruído).
- E quanto ao SkyFly 2? Em quanto tempo ele chegará até o alvo? (indaga o androide da segurança nacional, Control).
-
O satélite não é um alvo! É um visitante! (declara a voz masculina da inteligência artificial que ajuda a controlar toda a infraestrutura da NASA. Ele não tem um corpo físico, porque é todo o prédio).
- Cinco minutos! O objeto já está à vista do SkyFly 2! (responde um dos homens da CIA sentado numa das estações de trabalho da NASA).

Todos olham em direção à projeção na parede das câmeras do androide que está no espaço e veem de longe a imagem do enorme satélite, que tem diversos dispositivos disponíveis como placas solares e um canhão apontado para a Terra. Provavelmente este é o sistema de fotografia superdetalhadas! O SkyFly 2 "estaciona" no espaço, mantendo distância segura ao satélite alienígena. Da lateral de uma de suas pernas abre-se a pequena portinhola de onde sai um dispositivo com pequena turbina a jato acoplada que é acionada e dali ele parte para o encontro com o objeto extraterrestre. Lentamente ele se aproxima emitindo sinais de rádio em diversas frequências. São saudações amistosas para incentivar a comunicação. Quando o pequeno dispositivo terrestre se aproxima é rapidamente abatido por um tiro laser do satélite alienígena! Em terra funcionários da NASA e da CIA se entreolham, imaginando o que farão em seguida!

- SkyFly 2! Envie mais um dispositivo de comunicação, mas desta vez não deixe que ele se aproxime tanto do satélite (informa o androide da segurança nacional, Control). É possível que a aproximação anterior tenha sido considerada como um ataque.
-
Sim! (responde o androide sem abrir a boca, porque ele enviou uma mensagem digital que se transformou em arquivo de áudio ao chegar à NASA).

De sua outra perna se abre nova e pequena portinhola e dali sai novo dispositivo com uma turbininha a jato! Logo depois de tal dispositivo afastar-se do androide em direção ao satélite alienígena, um novo tiro laser é disparado o que destrói imediatamente o pequeno sistema de comunicação. Pedaços do dispositivo terrestre, que explodiu com o impacto, são arremessados contra o corpo do androide, que se protege com as mãos para não ser atingido diretamente. A mira laser do satélite é apontada agora em direção ao androide que gira no espaço para não ser atingido por um tiro. Mas o ponto vermelho da mira extraterrestre o acompanha. Numa manobra mais ousada o SkyFly 2 dá uma pirueta e mergulha em velocidade em ziguezague para trás. O pontinho vermelho continua seguindo-o sem perdê-lo durante as manobras espaciais. O androide para de fugir e olha diretamente para o satélite alienígena! A mira para em seu peito por alguns segundos e se desliga.

-
Ele está nos dando um aviso! (declara o SkyFly 2). Não quer mais nenhum tipo de comunicação ou contato. Deixou claro que se eu continuar tentando, poderei ser destruído!
- Aguarde SkyFly 2! Estamos avaliando uma nova abordagem! (informa o androide da segurança nacional).
- Que tal atacá-los imediatamente? (indaga um dos membros humanos da CIA).
- Não! Se ele ameaçar disparar contra a Terra assumiremos uma postura mais violenta também! (ordena Control).
- O que faremos então? (indaga um dos membros humanos da equipe da CIA).

Os androides acompanham as imagens estacionárias e os humanos não sabem mais o que fazer! De repente uma nova frequência de sinal é emitida do satélite alienígena.

- O que ele está fazendo agora? (pergunta um dos membros da CIA).
- Está emitindo um sinal de frequência de rádio...! Parece que está tentando se comunicar com alguém em nosso planeta...! Mas com quem...? (questiona Einstein, o androide da CIA da área de ciências e tecnologia).
- SkyFly 2 afaste-se lentamente daí e mantenha distância mais segura! (ordena Control).
-
Sim, senhor! (responde ele, ligando seus jatos lentamente em ré).

Imediatamente o ponto luminoso vermelho reaparece no peito do androide espacial, que desliga imediatamente seus propulsores!

-
Houston! Estou com um problema! Acho que sou prisioneiro espacial do satélite alienígena!

Em terra toda a equipe permanece estática, olhando fixamente para a projeção das imagens na parede frontal. Todos estão imaginando o que farão agora! No espaço, num lugar bem distante da Terra... em Saturno, uma operação terráquea está em andamento sobre uma das luas chamada Encélados! Uma nave espacial da NASA está ancorada na superfície enquanto ali perto um cibernético com um supercomputador a bordo está sobre a superfície pesquisando o local.

-
Cibernético Enterprise e um novo registro gravado! (declara o cibernético sem abrir a boca gravando arquivos de áudio internamente e enviando-o por microondas para a Terra através de sua pequena nave). Estou na superfície de Encélados. Vou iniciar a perfuração para chegar até, o que todos acreditamos ser, um mar líquido abaixo desta superfície compacta de gelo. Espero encontrar vida, ao menos microscópica neste lugar escuro e totalmente congelado. Toda esta lua é aquecida ao circundar o gigante gasoso Júpiter, graças a uma translação elíptica, que lhe confere uma enorme pressão gravitacional, deformando as rochas de todo este satélite natural. Isso gera um aquecimento interno muito grande, forçando as rochas a se comprimirem umas contra as outras, criando lava vulcânica que aquece este mar de gelo, tornando-o líquido sob esta capa dura congelada. Ao menos é isso que a humanidade acredita.

O cibernético se aproxima da nave ali ao lado. Na lateral dela está escrito: Explorer, o nome da missão. Por controle remoto ele aciona um equipamento lateral do transporte espacial. A estrutura em forma de um longo braço se afasta, se ergue e se posiciona verticalmente contra a superfície.

-
Vou começar a furar na casca mais fina de gelo que encontrei sobre a superfície daqui.

O procedimento se inicia e a ponta em rotação começa a penetrar rapidamente no solo de Encélados. Em poucos minutos a broca atravessa a superfície rígida e encontra realmente líquido sob a casca. O braço robótico retorna liberando o buraco para a visualização direta do cibernético.

-
Confirmada a existência de água sob o gelo! Estou agora introduzindo o módulo de análise bioquímica e que tem também câmera de vídeo para visão noturno extrema, cujas imagens são transmitidas diretamente para o meu banco central de dados.

O equipamento tubular é introduzido ali e começa a navegar nas estranhas águas do local. Rapidamente o furo do piso se fecha, congelando tudo novamente e lacrando de volta a casca de gelo sólido.

-
Como previsto o extremo frio do espaço e a pouca atmosfera existente forçam o furo a ser fechado novamente. Agora o equipamento ficará perdido para sempre neste isolado lugar do espaço, mas tudo o que ele descobrir eu também saberei.

Ligado diretamente ao pequeno e tubular veículo o cibernético Enterprise começa a receber as informações sobre as águas e também as imagens.

-
Incrível! Existe toda uma vida unicelular por aqui que provavelmente se alimenta das rochas e dos minerais dissolvidos na água pela geração de magma por todo o interior deste satélite rochoso. Estou captando bilhões de seres microscópicos espalhados por todos os lugares.

Agora o cibernético muda a sua expressão porque ele vira algo diferente se movimentando na água. Ele aguarda um pouco mais para confirmar o que viu e declara:

-
Vocês não vão acreditar nisso! Acabo de gravar a imagem de um gigantesco animal marinho nadando por aqui. E se ele existe... deve haver então uma cadeia alimentar completa sob este gelo! Inacreditável! A existência de vida aconteceu duas vezes e em grande escala num mesmo sistema solar! Isso muda todo o nosso conceito de vida no universo! A probabilidade de existir seres tão inteligentes quando os humanos pelo espaço acaba de se multiplicar tremendamente! Não estamos sós, senhores!

Agora ele vê pela câmera mais alguns animais de tamanhos diferentes nadando por ali, até que um deles engole o dispositivo terráqueo que para de transmitir dados e imagens. O cibernético demonstra um leve sorriso para tudo o que viu. Ele está satisfeito com os resultados inesperados e empolgantes.

CAPÍTULO IV
CULTO AO FANTASMA

CAPÍTULO XXXIV
VASO ENTUPIDO

CAPÍTULO V
FIM DAS MISSÕES

CAPÍTULO XXXV
REDE CRIMINOSA

CAPÍTULO VI
MUNDO COMPUTADORIZADO

CAPÍTULO XXXVI
ENCONTRADO

CAPÍTULO VII
VISITANTES

CAPÍTULO XXXVII
DOENTE RECUPERADO

CAPÍTULO VIII
ASSASSINATO DE CLONES

CAPÍTULO XXXVIII
A SENTENÇA

CAPÍTULO IX
FANTASMAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIX
O FIM DA INTERNET 4

CAPÍTULO X
UMA PRECE AO FANTASMA

CAPÍTULO XL
NAVE ALIEN

CAPÍTULO XI
A PRISÃO DO INVISÍVEL

CAPÍTULO XLI
O VIGÁRIO VIGARISTA

CAPÍTULO XII
DE VOLTA À COREIA

CAPÍTULO XLII
HERÓI DESAPARECIDO

CAPÍTULO XIII
HACKERTS

CAPÍTULO XLIII
A FUGA DOS INOCENTES

CAPÍTULO XIV
FANTASMA AMERICANO

CAPÍTULO XLIV
NAVE-PLANETA ALIEN

CAPÍTULO XV
ESTRANHOS RESULTADOS

CAPÍTULO XLV
SÓ MAIS UM ANO

CAPÍTULO XVI
A MENTE DOS FIÉIS

CAPÍTULO XLVI
SEGUNDA CHANCE

CAPÍTULO XVII
UM BARCO NO SECO

CAPÍTULO XLVII
ESTADO DE GUERRA

CAPÍTULO XVIII
FAMÍLIA EM CRISE

CAPÍTULO XLVIII
O COMBATE SE APROXIMA

CAPÍTULO XIX
INTERNET 4

CAPÍTULO XLIX
FRIO NA ESPINHA

CAPÍTULO XX
DAVI E GOLIAS

CAPÍTULO L
MAUS PRESSÁGIOS

CAPÍTULO XXI
TUBARÃO BRANCO

CAPÍTULO LI
SEM CONTROLE

CAPÍTULO XXII
O GOLPE DO CLONE

CAPÍTULO LII
NA LINHA DE FRENTE

CAPÍTULO XXIII
REVELAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO LIII
SACRIFÍCIOS

CAPÍTULO XXIV
O FANTASMA COREANO

CAPÍTULO LIV
TSUNAMI

CAPÍTULO LV
NOVAS REGRAS

CAPÍTULO XXV
VÍRUS MORTAL

CAPÍTULO LVI
SIMBIOSE

CAPÍTULO XXVI
A ÚLTIMA LUTA

CAPÍTULO LVII
SUPERVULCÃO

CAPÍTULO XXVII
YELLOWSTONE

CAPÍTULO LVIII
DEGENERAÇÃO CELULAR

CAPÍTULO XXVIII
CIBER-PERÍCIA CRIMINAL

CAPÍTULO LIX
CONTAGEM REGRESSIVA

CAPÍTULO XXIX
EM BUSCA DE PEDRO

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

CAPÍTULO XXX
AUTOPROTEÇÃO

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*Bluetooth é um sistema de rede sem fio que utiliza frequência de rádio de curto alcance possibilitando diversos equipamentos se comunicarem trocando dados. Isso vale para celulares, notebooks, computadores, impressoras, câmeras digitais, videogames, dispositivos de áudio etc.
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