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O BARCO INVISÍVEL
MISSÃO SOBREVIVER - Vol. IV

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
TUNGUSKA

CAPÍTULO XXXI
O JULGAMENTO

CAPÍTULO L
MAUS PRESSÁGIOS

CAPÍTULO II
MORTOS REVIVIDOS

CAPÍTULO XXXII
O NOVO MUNDO

CAPÍTULO III
GINOIDE

CAPÍTULO XXXIII
PRESIDENTE GUERRILHEIRA

Acre. Santa Rosa do Purus. Tribo Caxinauás. Junto a um rio o tenente Pedro colocou um pedaço de pão boiando na água que está atraindo diversos pequenos peixinhos. Mas ele está atrás de algo maior. Com um arco e flecha há diversos minutos, o tenente aponta para a serena superfície aquática! O pedaço de pão se mexe com os puxões dos peixinhos e Pedro aguarda. Agora um peixe maior se aproxima.

O pescador índio percebe a aproximação de sua próxima vítima. Ele espreme os olhos e estica suavemente seu arco. Agora uma sombra enorme começa a encobrir a luz do dia. Como se uma parede gigantesca estivesse sendo erguida diante do sol! Em segundos o dia vira noite, o que faz com que Pedro deixasse de se concentrar em sua pesca. Ele libera o arco e olha assustado para cima.

- O que é isso? (indaga ele a si mesmo).

Pedro começa a correr em velocidade pela mata. Sua pouca roupa tremula com o vento gerado por sua carreira desenfreada pela sutil picada disponível entre as árvores. As plantas lhe açoitam as pernas, o rosto, o tronco e os braços. Um silêncio sem-igual se abateu pela floresta, pega de surpresa por uma noite fora de hora! Os animais diurnos estão confusos quanto ao que devem fazer. Os animais noturnos estranham período tão curto de seu sono. A mata está atônita! O tenente ofegante está quase chegando ao incerto destino a que ele se dedicou a atingir.

Ao longe Pedro enxerga uma taba de índios entre as árvores. Ele entra na área aberta e para de correr. Todos os índios, índias e crianças indígenas estão olhando para o céu, apáticos, sem ação de boca aberta. O tenente olha novamente para o céu e confirma sua visão anterior. Ele localiza por ali entre os outros, o índio mais velho, o Xamã, que também observa o evento sem-igual na humanidade: a nave-planeta alienígena chegando a Terra. Pedro se aproxima do Xamã que, sem tirar os olhos do céu, lhe diz:

- Este é o sinal! O final dos tempos chegou! As trevas dominarão o mundo que morrerá perante os deuses do mal! Será o fim da vida na Terra!

- Tem certeza disso? (indaga Pedro). É esse mesmo o sinal que esperávamos?
- Não há mais dúvida sobre isso! As respostas que você tanto procurava sobre o futuro... estão caindo sobre nossas cabeças!

Pedro olha novamente para o céu! Todos os índios estão sem saber o que fazer, o que dizer, o que pensar! O fim do mundo está por um fio! Numa outra tribo indígena vivendo na Amazônia, a FUNAI está presente, como sempre tem feito de forma regular. Um padre está dentro de uma cabana improvisada como igreja e em meio a uma missa todos percebem que a luz solar está se esvaindo! A escuridão toma conta de imediato de todo o lugar. As reações dos índios daqui são as mesmas dos Caxinauás. Estão todos estupefatos com o evento inesperado.

O padre-pastor Carlos, sem memória sobre seu passado recente, vê a cena da nave-planeta que está cada vez mais próxima dali. Por um tempo é possível olhar para cima e ver a Lua que se ilumina conforme o dia escurece. Mas também ela agora está sendo engolida pela escuridão, da mesma forma como o Sol se foi. Os índios começam a rezar para seus próprios deuses, entoando uma canção pagã e milenar de sua tribo. O padre sai da cabana para tentar entender o que está acontecendo. Ele olha para o céu e, perplexo, se benze. O católico grita alto para toda a tribo:

- Parem com esta canção! Rezem para Deus! Só Ele pode nos salvar desta maldição! Parem com esta canção! Isso não resolverá o problema!

O chefe da tribo se aproxima do padre e lhe diz:

- Não há mais o que fazer, padre! Nem seu deus nem os nossos antigos poderão nos ajudar agora! Este é o fim!

- Não! Não! Deus não nos abandonaria desta forma, sem uma explicação, sem levar os bons para perto de si antes do fim! Vamos rezar antes que seja tarde demais!

O chefe da tribo lhe dá as costas e entra de volta em sua cabana. O padre, atônito, começa a rezar sozinho o "Pai Nosso"! Ele fecha bem os olhos, agarra com as duas mãos e com fé seu crucifixo, dependurado no pescoço, e reza como poucas vezes já fizera em sua vida. Ele acredita na salvação! Ele precisa acreditar! Porque não há mais nada a fazer.

O ex-padre-pastor Carlos aproveita a apatia que se generalizou entre todos na aldeia e se esgueira para perto do rio. Ele acelera o passo e vê a lancha solitária da FUNAI junto à margem. Ninguém a está observando. Todos os seres vivos do planeta olham para o céu. Carlos empurra o barco para dentro d´água, salta dentro dele, liga o motor de popa e escapa de sua prisão florestal descendo o rio, na mesma direção de onde sempre o pessoal da FUNAI surge.

Porém, ele não se lembra de nada, não sabe onde está e nem para onde deve ir! Em sua mente este lugar deve ser tão bom quanto qualquer outro. Principalmente nesta hora em que a continuidade da vida é incerta e o futuro do planeta está em cheque! Mas ao menos ele não está mais sob os olhares de repreensão de todos. Carlos agora é livre! Livre para fazer o que quiser, se souber o que fazer. Livre para ir onde quiser, enquanto o combustível da lancha lhe permitir. Livre para comer o que encontrar, se souber a diferença entre coisas comestíveis e não-comestíveis! Carlos agora é livre, se conseguir sobreviver sozinho!

É durante o caos e nas horas mais difíceis quando um precisa apoiar o outro, que bandidos e aqueles que só pensam em si mesmos, porque se acham mais espertos do que a maioria, fogem, pondo em risco toda a sociedade organizada. Mas também são esses que pagam o maior preço pela estupidez com que sempre tocaram as suas vidas de crimes ou de "espertezas"!

CAPÍTULO IV
CULTO AO FANTASMA

CAPÍTULO XXXIV
VASO ENTUPIDO

CAPÍTULO V
FIM DAS MISSÕES

CAPÍTULO XXXV
REDE CRIMINOSA

CAPÍTULO VI
MUNDO COMPUTADORIZADO

CAPÍTULO XXXVI
ENCONTRADO

CAPÍTULO VII
VISITANTES

CAPÍTULO XXXVII
DOENTE RECUPERADO

CAPÍTULO VIII
ASSASSINATO DE CLONES

CAPÍTULO XXXVIII
A SENTENÇA

CAPÍTULO IX
FANTASMAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIX
O FIM DA INTERNET 4

CAPÍTULO X
UMA PRECE AO FANTASMA

CAPÍTULO XL
NAVE ALIEN

CAPÍTULO XI
A PRISÃO DO INVISÍVEL

CAPÍTULO XLI
O VIGÁRIO VIGARISTA

CAPÍTULO XII
DE VOLTA À COREIA

CAPÍTULO XLII
HERÓI DESAPARECIDO

CAPÍTULO XIII
HACKERTS

CAPÍTULO XLIII
A FUGA DOS INOCENTES

CAPÍTULO XIV
FANTASMA AMERICANO

CAPÍTULO XLIV
NAVE-PLANETA ALIEN

CAPÍTULO XV
ESTRANHOS RESULTADOS

CAPÍTULO XLV
SÓ MAIS UM ANO

CAPÍTULO XVI
A MENTE DOS FIÉIS

CAPÍTULO XLVI
SEGUNDA CHANCE

CAPÍTULO XVII
UM BARCO NO SECO

CAPÍTULO XLVII
ESTADO DE GUERRA

CAPÍTULO XVIII
FAMÍLIA EM CRISE

CAPÍTULO XLVIII
O COMBATE SE APROXIMA

CAPÍTULO XIX
INTERNET 4

CAPÍTULO XLIX
FRIO NA ESPINHA

CAPÍTULO XX
DAVI E GOLIAS

CAPÍTULO L
MAUS PRESSÁGIOS

CAPÍTULO XXI
TUBARÃO BRANCO

CAPÍTULO LI
SEM CONTROLE

CAPÍTULO XXII
O GOLPE DO CLONE

CAPÍTULO LII
NA LINHA DE FRENTE

CAPÍTULO XXIII
REVELAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO LIII
SACRIFÍCIOS

CAPÍTULO XXIV
O FANTASMA COREANO

CAPÍTULO LIV
TSUNAMI

CAPÍTULO LV
NOVAS REGRAS

CAPÍTULO XXV
VÍRUS MORTAL

CAPÍTULO LVI
SIMBIOSE

CAPÍTULO XXVI
A ÚLTIMA LUTA

CAPÍTULO LVII
SUPERVULCÃO

CAPÍTULO XXVII
YELLOWSTONE

CAPÍTULO LVIII
DEGENERAÇÃO CELULAR

CAPÍTULO XXVIII
CIBER-PERÍCIA CRIMINAL

CAPÍTULO LIX
CONTAGEM REGRESSIVA

CAPÍTULO XXIX
EM BUSCA DE PEDRO

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

CAPÍTULO XXX
AUTOPROTEÇÃO

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