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O BARCO INVISÍVEL
MISSÃO SOBREVIVER - Vol. IV

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
TUNGUSKA

CAPÍTULO XXXI
O JULGAMENTO

CAPÍTULO XXVIII
CIBER-PERÍCIA CRIMINAL

CAPÍTULO II
MORTOS REVIVIDOS

CAPÍTULO XXXII
O NOVO MUNDO

CAPÍTULO III
GINOIDE

CAPÍTULO XXXIII
PRESIDENTE GUERRILHEIRA

O delegado cibernético está hoje visitando um centro de produção médico-genético de clones sob encomenda jurídica, órgãos produzidos por células-tronco e hospital conveniado. Ele está em busca de quem pudesse ter produzido aqueles clones encontrados enterrados nos fundos do quintal de uma igreja chamada de: "Que Deus me Livre".

- Olá, Doutor Cícero! Sou o delegado cibernético da subprefeitura local.
- Olá, delegado! Como tem passado?
- Esta pergunta não cabe a um organismo cibernético, doutor! Não temos problemas de saúde!
- Desculpe-me, delegado! Não quis ofendê-lo! É apenas uma expressão do dia-a-dia humano, como bem sabe!

- Sim! Em quero acesso ao seu banco de dados sobre tudo o que vem fazendo nos últimos dois anos, doutor! Farei uma auditoria completa em sua instituição para saber se existem outros crimes que vocês possam aqui ter cometido. Como o senhor e a maioria dos humanos bem sabem, quando um cibernético da lei está em busca de desvendar um crime, aproveitamos para fazer uma devassa completa em todos os contatos que levantamos.

- Sim eu sei disso, delegado! Sofremos recentemente uma auditoria governamental, porque trabalhamos diretamente com o setor de jurisprudência deste e de outros países da Supercomunidade.
- Sofreram?!?! Foi tão penoso assim este processo, doutor? Ou é apenas outra expressão de seu dia-a-dia?
- Rsrsrs! Nós humanos somos conhecidos pelas expressões que utilizamos, não é mesmo delegado?
- Eles encontraram algum problema com este estabelecimento?
- Não! Apenas pediram para mudarmos alguns procedimentos de trabalho para aumentar a transparência de nossos trabalhos...! Nada demais!
- O que encontraram de errado?

- Não é que estivesse...
errado...! É que, quando descartávamos alguns produtos, nós os destruíamos de forma que o governo brasileiro não estava apreciando! Pediram para que incinerássemos tudo. Fomos obrigados a construir um forno de plasma localmente para garantir a continuidade de nossos trabalhos governamentais.

- Humm...! Entendo...! Como faziam isso antes?

- Entregávamos a uma empresa terceirizada que se encarregava de dar fim aos materiais a serem destruídos. O governo teme que estas terceirizações possam pôr em risco a possibilidade de alguém roubar produtos de uso exclusivamente médicos...! Enfim! O delegado gostaria de ter acesso ao resultado desta auditoria?

- Claro que sim!
- Então, por favor, venha por aqui...! (convida o doutor ao delegado).

Os dois caminham pelo largo corredor principal do hospital e se encaminham a uma sala reservada onde entram.

- Neste terminal de computador o delgado poderá adquirir todos os dados de que necessitar.
- Muito bem! Levarei apenas alguns segundos para isso, doutor!
- Não tem problema! Eu aguardo! Não tenho nenhum paciente urgente neste momento.

O androide se aproxima do terminal sobre um pedestal, aciona mentalmente o funcionamento do equipamento que projeta a imagem da tela na parede à frente. O cibernético repassa em alta velocidade todas as telas da auditoria que são "copiadas" através de seus olhos escâneres para o interior do supercomputador do androide! Agora os dados são novamente convertidos em arquivos de texto e processados pela inteligência artificial. O delegado se volta na direção do médico e fala agora com ele:

- Doutor! A sua informação está correta! Aparentemente não há nada de errado com este centro médico! Vou pedir apenas que um de meus policiais fique aqui neste estabelecimento avaliando se todos os procedimentos estão sendo realmente cumpridos à risca.

- Acha mesmo isso necessário, delegado? A presença contínua de um policial em nosso estabelecimento põe, de certa forma, nosso centro em risco de descrédito junto ao conceito da população de clientes.

- Engraçado! Vejo isso de forma oposta! A presença ostensiva da polícia deveria dar mais segurança a todos, já que não há corrupção ou descrédito de nossa instituição neste país! Os poucos casos que encontramos são punidos de forma exemplar!

- Compartilho de sua visão, delegado! Mas a população em geral tem achado que a polícia está menos complacente com pequenos enganos que são rapidamente considerados como crimes!

- Doutor! No início deste século este país vivia num caos, devido ao excesso de bandidos dentro e fora do meio policial. Isso acabou em grande parte porque estamos hoje mais austeros e combativos contra qualquer tipo de crime cometido. Uma pessoa que comete um pequeno delito hoje pode ser amanhã um grande estelionatário, ladrão, corrupto e todas as outras modalidades de crime que o senhor possa imaginar! A conivência com um pequeno deslize é o passo perigoso na direção da impunidade contra crimes maiores no futuro! Quem tem medo da polícia é porque não cumpre adequadamente as regras de conduta social, econômica ou financeira! Se o senhor conhece alguém assim, poderá estar sendo cúmplice de um crime amanhã!

- Não! Não, delegado! Não conheço diretamente alguém assim...
- Já sei! É apenas uma forma de se falar, não é doutor?
- É...! Exatamente, delegado...! Vou me corrigir neste aspecto, antes que eu seja preso por ser mal interpretado.

O cibernético olha sério para o doutor e comenta o comentário:

- Se isso foi uma piada... não teve graça! Se estava tentando tripudiar sobre mim e, portanto, sobre a lei, poderá ser considerado como desacato à autoridade cibernética, passível de punição!
- Não foi a minha intenção...! Desculpe-me, senhor...! Quer dizer..., delegado...! Ahhh...! Precisa de mais alguma coisa de mim... ou deste centro...?
- Não! Vou investigar uma das empresas terceirizadas que descartam materiais de hospitais. Obrigado pela atenção, doutor!

O delegado se vira de costas e se afasta do médico, que já estava incomodado, sem saber como conversar adequadamente com um androide da lei! O cibernético entra no veículo oficial, estacionado logo à frente do hospital, e se dirige para o outro endereço. O carro é pequeno, rápido, elétrico, computadorizado e anda sozinho pelas ruas da cidade. Em poucos minutos um novo endereço recebe a visita da lei! Neste local menor, discreto e, de certa forma, suspeito, o delegado desce de seu carro observando tudo ao redor. Ele chega até a porta que se abre sozinha. Ali a atendente olha em sua direção e se espanta com isso! Especialista em reações humanas, o androide percebe o leve desconforto da jovem mulher.

- Sou o delegado cibernético da subprefeitura local. Gostaria de falar com o responsável por este local.
- Ahhh...! O senhor Lester...? Ele não se encontra no momento...!
- É mesmo? E porque será que não acredito em você? Talvez porque sua pupila tenha se dilatado quando mentiu! Ou talvez porque o calor de seu corpo aumentou rapidamente quando mentiu! Ou então deve ter sido seu queixo que se mexeu quando mentiu! O fato é que você mente muito mal e eu quero vê-lo imediatamente, do contrário terei que prendê-la por tentativa de enganar a lei!

- Não...! Eu quis dizer que ele não está disponível, delegado...! Ele se encontra aqui na empresa..., mas neste momento está descartando diversos produtos hospitalares.

O delegado fica sério com esta informação e percebe que o tal Lester pode estar destruindo provas importantes neste momento, porque detectou a chegada da autoridade ao local.

- Leve-me imediatamente ao local da incineração! É uma ordem!
- Sim, delegado! Acompanhe-me!

A moça se levanta, toda sem jeito, e abre a porta de acesso ao interior do prédio. Eles caminham por um corredor e o cibernético percebe que existe alguma desorganização no ambiente. Hoje em dia este tipo de coisa já seria suficiente para uma auditoria completa na empresa. Os dois chegam até os fundos da empresa e lá está um homem que acaba de ligar o plasma para destruir mais um pacote de materiais hospitalares.

-
Desligue isso! (grita o delegado).

Ao mesmo tempo ele aciona seu sistema remoto universal de desativação de todo o tipo de equipamentos, disponível apenas para delegados cibernéticos. Até mesmo automóveis podem ser desligados a distância quando acontece uma perseguição policial. Assim, o forno de plasma se desliga. Mas no interior o fogo já está consumindo uma parte do material ali disponível e embalado. O homem olha assustado e critica a ação policial:

-
O que é isso? Este é um lugar reservado da empresa e não pode ser invadido!

Inocente, a jovem arregala os olhos e responde às críticas do patrão:

- Sim, senhor! Já estou saindo! (declara a secretária, retornando à sua sala).
- Abra este forno e apague imediatamente o fogo, senhor Lester!
- O senhor não tem autoridade para entrar nesta sala!
- Abra este forno e apague imediatamente o fogo, senhor Lester! Não pedirei novamente isso!

O homem ainda olha para ele por uns dois segundos e resolve fazer o que o delegado ordenou. Pressiona um botão na lateral que aciona o sistema de extinção imediata das poucas chamas. Uma sucção de ar acontece internamente e a fumaça é levada embora. Lester coloca uma máscara em seu rosto antes de retirar o material do interior do forno. Agora ele abre a enorme porta de mais de dois metros de altura, demonstrando claramente que não queria fazer isso. Diversas embalagens plásticas estão ali dentro, algumas já começando a derreter devido ao alto calor que receberam.

- O que tem aí dentro? (indaga o delegado).
- Apenas materiais que devem ser destruídos!
- Isso é óbvio...! Quero saber a procedência e a documentação sobre tudo isso!
- Basta o senhor analisar as informações de meu computador para checar esta informação! Está aí ao seu lado!

O delegado caminha até o computador próximo dele e aciona remotamente o seu funcionamento. Ele analisa rapidamente as informações disponíveis.

- Sabe qual é a punição para o crime de destruição de provas? (indaga o delegado, olhando para Lester).
- Não tenho que responder por algo que não fiz, delegado!

- Seu silêncio pode ser descrito pela lei como declaração de culpabilidade ou cumplicidade em algo ilícito! Além disso, estou percebendo grande euforia em suas reações, causadas possivelmente por seu envolvimento em algum crime relacionado ou não ao que vim procurar.

- Não há nada de errado aqui em minha empresa, delegado!

Lester retira mais uma das embalagens do interior do forno, fazendo uma pilha do lado de fora do local. Ele está e permanece de costas ao cibernético da lei.

- Sabe também que não deve dar as costas, enquanto fala com um delegado cibernético, não é? Isso atrapalha em minha avaliação se está ou não mentindo quando faço perguntas.
- Estou apenas retirando do forno o material que me impediu de destruir, delegado...! Quer que retire tudo?
- Sim! Vou fazer a perícia imediatamente! Isso levará uns poucos minutos por embalagem.
- O que está acontecendo, delegado? Por que invadiu minha empresa desta forma?

O cibernético pega a caixa semiderretida, coloca-o sobre uma mesa ao seu lado, abre a tampa e retira dali os objetos que encontra, enquanto usa seus olhos para fotografar cada item. Depois o delegado coloca um deles dentro de um compartimento de seu corpo, disponível na região da barriga. Ali se faz uma avaliação detalhada de cada material. Ele consegue identificar digitais, o código de barras na lateral do produto e ainda faz uma análise química.

- Estou investigando um crime! Alguém criou clones ilegais de outras pessoas. Os humanos clonados alegam terem sido vítimas de uma armação para incriminá-los como autores de um crime religioso! Tenho que analisar todas as empresas e pessoas que lidam com este assunto para descobrir qual delas, ou quais delas, estão envolvidas com isso!

- É mesmo? E quem faria uma coisa dessas?
- Já vi de tudo nestes dez anos de trabalho! Pessoas que fazem clones de si mesmos para criar um álibi. Pessoas que raptam outras e cria um clone por mês desta pessoa, só para receber a aposentadoria da vítima. Pessoas que matam a própria esposa e faz clones eventuais dela só para dizer que ela está viva e assim o marido não será acusado do crime, enfim... um pouco de tudo!

- Puxa! Quantas pessoas malévolas!
- Com o passar do tempo estes crimes se reduziram porque eu peguei cada um dos culpados! Quem faz clones deixa sempre uma pista para trás.
- É mesmo? E o que é que eles esquecem!
- Por que está interessado...? Pretende cometer algum crime de clonagem...?
- Eu?!?! Claro que não delegado...!!!! É só curiosidade! É que sou escritor de livros de ficção e estou pensando em criar um conto policial sobre este assunto.

- Ahhh, é...? Interessante...! Então talvez o senhor precise conhecer alguém que tenha cometido este crime...! O problema é que eles não vivem muito tempo para contar suas histórias publicamente. O senhor pode ler os registros policiais sobre estes crimes e conhecer os casos. Basta se identificar em minha delegacia como escritor oficial. Mas eu aviso: se tentar simular tais crimes para criar uma historia, não terá tempo de terminá-la!

- Não! Não! Não pretendo me envolver diretamente com criminosos! É apenas um conto sobre o assunto.
- Percebi que existe uma pequena discrepância entre o que está aqui dentro desta embalagem e o que consta da documentação original de sua empresa!
- É mesmo? E o que está faltando?

- Na verdade não está faltando! Alguém substitui algumas ampolas com componentes químicos que constam em seu computador e não neste lixo. Nas ampolas daqui só há água. As verdadeiras tinham produtos específicos para a clonagem de pessoas, mas estavam vencidas e por isso foram descartadas.

- Minha nossa!!!! Como isso aconteceu?
- Quando o produto vem do hospital para cá... ele chega lacrado nesta caixa, não é mesmo?
- Sim! Somente nós o abrimos aqui para conferência e em seguida eu destruo tudo neste forno de plasma.
- Você não confere o conteúdo químico dos materiais de cada caixa?
- Claro que não! A garantia do real conteúdo é do hospital..., não nossa!
- E o senhor não fez a troca de alguns produtos hospitalares? (indaga o delegado esperando avaliar se Lester irá mentir sobre este assunto).
- Delegado! Eu não me envolvo com crimes e nem criminosos!

O cibernético confirma que ele não está mentindo e continua o interrogatório:

- Quem faz o transporte de lá até aqui?
- Nosso motorista contratado!
- É mesmo?
- Sim! Acha que foi ele?
- Não tenho que achar quem é o criminoso! Tenho apenas que investigar e depois encontrar o agente do crime!
- Mas... será que alguém no hospital não estaria envolvido nisso? Digo... trocando as ampolas antes de enviá-las para o lixo?

- É possível! Mas não encontrei evidências ainda disso! Meu pessoal está investigando todos que têm acesso aos materiais de clonagem do hospital principal da cidade. Enquanto isso, quero saber se seu motorista está mentindo. Como eu o encontro?

- Ele já deve estar chegando aqui com outra encomenda!
- Que bom!
-
Senhor Lester! O Edmundo chegou! Posso pedir para ele levar o material até o forno? (indaga a secretária através de uma ligação mental).
-
Sim! Peça para ele trazer tudo até aqui e não diga nada a ele sobre a presença do delegado! (declara Lester respondendo a ligação). O motorista chegou, delegado!
- Eu sei! Como delegado tenho acesso às suas ligações mentais!
- É mesmo? Eu não sabia!!!! Posso entrevistá-lo para saber mais sobre como um delegado cibernético trabalha?

- Não terei tempo para isso! Minha função exige trabalho contínuo. Como temos poucos crimes atualmente, venho trabalhando com prevenção auditando e periciando diversas empresas e pessoas, assim tenho conseguido tirar de circulação pessoas que estavam cometendo pequenos delitos. Coibir crimes é trabalho de vinte e quatro horas!

Na entrada da empresa Edmundo indaga a secretária na chegada:

- O que um carro de polícia está fazendo na porta desta empresa?
- Ahhh...! Não sei de nada sobre isso...!
- Jaqueline! Você mente muito mal! Por que tem um policial aqui?
- Eu não sei, Edmundo! O chefe apenas pediu para você levar o material lá para o fundo da empresa!

Agora aparecem, caminhando pelo corredor, o delegado e Lester vindos na direção do motorista.

- Preciso conversar com você, Edmundo! (declara o delegado).
- Por quê? Não fiz nada de errado! (declara nervoso o motorista).
- Então por que está mentindo para mim? (declara o cibernético, percebendo que a afirmação é falsa).
- Não estou mentindo!
- Acaba de mentir novamente! Para quem você vem desviando produtos de clonagem, Edmundo?

Desesperado o rapaz se vira de costas e corre para a porta de saída. O delegado acelera o passo e vai atrás dele. Já lá fora o jovem entra no carro e tenta ligá-lo para fugir rapidamente dali. O cibernético aciona seu controle remoto universal interno, exclusivo de delgados, e o carro do rapaz simplesmente não quer pegar! O androide se aproxima do veículo e Edmundo sai do interior para fugir a pé. Diretamente da testa do delegado um pequeno dardo tranquilizante é atirado, acertando as costas do fujão, que cai no chão.

O cibernético se aproxima dele, retira o dardo tranquilizante e o coloca de volta na testa. Ali ele será recarregado com um novo produto. O androide o agarra pela roupa, próximo à gola do uniforme do rapaz e com facilidade o meliante é erguido do chão, devido à grande força do representante da lei. Meio grogue ele não oferece resistência à prisão. O delegado coloca um anel em cada pulso do rapaz e aciona mentalmente um sistema eletromagnético que atrai um dispositivo ao outro, funcionando como se fossem um par de algemas!

- Você está preso, Edmundo! Irá me contar tudo o que sabe e o que vem fazendo de errado. Depois eu avaliarei se será levado à pena de morte ou terá sua mente e genética alteradas para sempre. Sua vida de crimes acabou!

Sentado em uma cadeira da empresa terceirizada de destruição de produtos hospitalares, Edmundo está com dificuldades de manter os olhos abertos, um dos efeitos do tranquilizante! O delegado saca uma arma especial e a aponta para as costas do funcionário, atirando e introduzindo ali um chip de localização. Depois ele insere na cabeça do prisioneiro uma tiara dupla que impede o uso do telefone mental por parte do prisioneiro.

- Quem esteve encomendando os produtos que você vem roubando das embalagens lacradas para destruição?
- Eu não sei o nome dele! O sujeito me pagava diretamente em dinheiro depositado em minha conta pessoal. Só sei que é médico, mas não sei onde trabalha!
- Como ele te contatou?
- Via ligação mental! Ofereceu-me uma boa grana para eu levar produtos específicos de clonagem!
- Desde quando vem cometendo este tipo de crime?
- Há pouco tempo! Um mês... ou menos...!
- Muito bem! Estou quebrando seu sigilo telefônico mental e dentro de instantes saberei quem te ligou!
- Isto é incrível! (declara Lester, impressionado com as habilidades do delegado e com a coragem de roubar de seu funcionário).
- Já descobri! Vou até ele agora. Meus homens estão chegando até aqui para levarem este sujeito para a cadeia. Senhor Lester! Não precisará pagar o salário deste seu funcionário neste mês. Ele já ganhou o suficiente com os extras.
- O que acontecerá com ele agora, delegado? (indaga Lester).
- Terá a mente e a genética alterada! Não se lembrará de seus crimes e viverá uma nova vida a partir de agora (responde o delegado quando coloca a mão sobre o ombro de Edmundo e lhe injeta um novo produto que o faz dormir).

O cibernético da lei olha para a própria mão e Lester e Jaqueline também podem ver que da ponta de um de seus dedos, uma agulha hipodérmica agora retorna para o interior. O delegado se vira de costas para o casal e sai da empresa.

CAPÍTULO IV
CULTO AO FANTASMA

CAPÍTULO XXXIV
VASO ENTUPIDO

CAPÍTULO V
FIM DAS MISSÕES

CAPÍTULO XXXV
REDE CRIMINOSA

CAPÍTULO VI
MUNDO COMPUTADORIZADO

CAPÍTULO XXXVI
ENCONTRADO

CAPÍTULO VII
VISITANTES

CAPÍTULO XXXVII
DOENTE RECUPERADO

CAPÍTULO VIII
ASSASSINATO DE CLONES

CAPÍTULO XXXVIII
A SENTENÇA

CAPÍTULO IX
FANTASMAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIX
O FIM DA INTERNET 4

CAPÍTULO X
UMA PRECE AO FANTASMA

CAPÍTULO XL
NAVE ALIEN

CAPÍTULO XI
A PRISÃO DO INVISÍVEL

CAPÍTULO XLI
O VIGÁRIO VIGARISTA

CAPÍTULO XII
DE VOLTA À COREIA

CAPÍTULO XLII
HERÓI DESAPARECIDO

CAPÍTULO XIII
HACKERTS

CAPÍTULO XLIII
A FUGA DOS INOCENTES

CAPÍTULO XIV
FANTASMA AMERICANO

CAPÍTULO XLIV
NAVE-PLANETA ALIEN

CAPÍTULO XV
ESTRANHOS RESULTADOS

CAPÍTULO XLV
SÓ MAIS UM ANO

CAPÍTULO XVI
A MENTE DOS FIÉIS

CAPÍTULO XLVI
SEGUNDA CHANCE

CAPÍTULO XVII
UM BARCO NO SECO

CAPÍTULO XLVII
ESTADO DE GUERRA

CAPÍTULO XVIII
FAMÍLIA EM CRISE

CAPÍTULO XLVIII
O COMBATE SE APROXIMA

CAPÍTULO XIX
INTERNET 4

CAPÍTULO XLIX
FRIO NA ESPINHA

CAPÍTULO XX
DAVI E GOLIAS

CAPÍTULO L
MAUS PRESSÁGIOS

CAPÍTULO XXI
TUBARÃO BRANCO

CAPÍTULO LI
SEM CONTROLE

CAPÍTULO XXII
O GOLPE DO CLONE

CAPÍTULO LII
NA LINHA DE FRENTE

CAPÍTULO XXIII
REVELAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO LIII
SACRIFÍCIOS

CAPÍTULO XXIV
O FANTASMA COREANO

CAPÍTULO LIV
TSUNAMI

CAPÍTULO LV
NOVAS REGRAS

CAPÍTULO XXV
VÍRUS MORTAL

CAPÍTULO LVI
SIMBIOSE

CAPÍTULO XXVI
A ÚLTIMA LUTA

CAPÍTULO LVII
SUPERVULCÃO

CAPÍTULO XXVII
YELLOWSTONE

CAPÍTULO LVIII
DEGENERAÇÃO CELULAR

CAPÍTULO XXVIII
CIBER-PERÍCIA CRIMINAL

CAPÍTULO LIX
CONTAGEM REGRESSIVA

CAPÍTULO XXIX
EM BUSCA DE PEDRO

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

CAPÍTULO XXX
AUTOPROTEÇÃO

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