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O BARCO INVISÍVEL
MISSÃO SOBREVIVER - Vol. IV

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
TUNGUSKA

CAPÍTULO XXXI
O JULGAMENTO

CAPÍTULO XXI
TUBARÃO BRANCO

CAPÍTULO II
MORTOS REVIVIDOS

CAPÍTULO XXXII
O NOVO MUNDO

CAPÍTULO III
GINOIDE

CAPÍTULO XXXIII
PRESIDENTE GUERRILHEIRA

O relato sobre a presença de um enorme tubarão branco, avistado por um barco pesqueiro próximo à Antártida, levou o navio de pesquisas e a ginoide Sereia para a região. Os tubarões brancos nunca foram vistos em regiões tão frias do planeta. Isso intrigou os cientistas a bordo do navio oceanográfico.

Apenas as Orcas se aventuram a visitar estes freezers a céu aberto, por terem sangue quente e poderem assim manter a temperatura interna de seu corpo. O que teria forçado os tubarões brancos a fazerem tal coisa? Dentro d'água a ginoide está pesquisando a fauna marinha em busca de um motivo plausível para a presença de um tubarão branco neste desolado local.

- Sereia! Tome cuidado! Mesmo utilizando seus recursos tecnológicos para não ser atacada por grandes predadores, o risco é muito alto de seu corpo ser destroçado por uma boca gigantesca e cheia de dentes! (requisita o doutor Paulo à ginoide).

-
Tudo bem, doutor! Meus novos sensores de distância estão em funcionamento e em alerta (responde sem abrir a boca a ginoide, enviando arquivos de áudio diretamente ao navio de pesquisas). Qualquer coisa que se aproxime demais de mim, e que seja maior do que um peixinho, poderei detectar rapidamente...! Dezenas de leões marinhos estão aqui na região se alimentando dos peixes em abundância!

- Faça uma análise do plâncton local e determine se há algo irregular com ele (ordena o doutor e cientista Paulo).

-
Sim! Estou notando que o plâncton aqui aumentou demasiadamente para esta época do ano! Vejo centenas e centenas de peixes por aqui se alimentando deles! Parece que a população de leões marinhos também aumentou em demasia! Houve algum tipo de desequilíbrio local. Ainda não sei a causa disso...! Humm...! Parece que um dos motivos do aumento súbito de plâncton está ligado à luz solar. Aqui perto da superfície detecto um valor de lumens maior do que o normal.

- É verdade, Sereia! (declara um cientista calvo a bordo do navio oceanográfico). O buraco na camada de ozônio na atmosfera aumentou um pouco nesta região. Isso gerou um acréscimo extra de luz solar, o que deve ter sido benéfico para o aumento do plâncton por aqui.

- Mas este tipo de evento ocorre não raro em zonas temperadas! Aqui é um local bem mais frio! (declara o doutor Paulo ao colega).

-
É! Mas estou detectando que a temperatura da água está mais alta nesta hora do dia! Isso provavelmente gerou o aumento do número de peixes, que foram atraídos pelo evento inusitado. O que explicaria também a aparição de leões marinhos. Mas isso não pode ser suficiente para trazer tubarões brancos até aqui!!!!

- Concordo, Sereia! (declara o cientista calvo). Talvez a poluição excessiva dos mares tenha forçado os tubarões brancos a procurar novas regiões de caça. E como a temperatura da água aqui está um pouco mais alta, podemos concluir que isso os tenha atraído nesses horários mais quentes do dia.

-
Se isso for verdade, doutor, orcas e tubarões brancos começarão a competir pelo mesmo alimento nas regiões mais frias... A cadeia alimentar está prestes a ruir aqui neste local também! Opa...! Estou detectando uma massa de animais grandes vindo em minha direção!

- Em nosso radar estamos vendo a aproximação de um grupo de orcas que vêm em sua direção! Acho melhor você se abrigar em algum local mais seguro para dar espaço para estes grandes animais se alimentarem! (informa o doutor Paulo).

-
Nem pensar, doutor! Não vou perder a oportunidade de acompanhar o ataque das orcas aos leões marinhos e peixes! As imagens inéditas de dentro d'água servirão de material de pesquisa para o futuro!

- Ok! Mas mantenha ao menos uma distância segura do evento!

Sereia nada lentamente mais para o fundo das gélidas águas da Antártida e aguarda para ver o que acontecerá na superfície. O corpo escuro da ginoide faz sua silhueta desaparecer da visão de qualquer predador. Os peixes que saltam para fora d'água e se alimentam em grande quantidade por aqui também estão em fuga do ataque dos leões marinhos.

-
Oh! Oh! Estou com problemas, pessoal! (declara a ginoide olhando assustada para baixo).
- O que foi, Sereia?!?! O que está acontecendo aí? Não estamos vendo nada no fundo do oceano!

Ela aciona a sua visão de calor e dois enormes corpos ligeiramente indefinidos se aproximam rapidamente dela. A ginoide fecha seus quatro braços, deixando-os bem próximos ao corpo e fica imóvel na vertical para tentar passar desapercebidas pelos seres que a ameaçam!

CAPÍTULO IV
CULTO AO FANTASMA

CAPÍTULO XXXIV
VASO ENTUPIDO

CAPÍTULO V
FIM DAS MISSÕES

CAPÍTULO XXXV
REDE CRIMINOSA

CAPÍTULO VI
MUNDO COMPUTADORIZADO

CAPÍTULO XXXVI
ENCONTRADO

CAPÍTULO VII
VISITANTES

CAPÍTULO XXXVII
DOENTE RECUPERADO

CAPÍTULO VIII
ASSASSINATO DE CLONES

CAPÍTULO XXXVIII
A SENTENÇA

CAPÍTULO IX
FANTASMAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIX
O FIM DA INTERNET 4

CAPÍTULO X
UMA PRECE AO FANTASMA

CAPÍTULO XL
NAVE ALIEN

CAPÍTULO XI
A PRISÃO DO INVISÍVEL

CAPÍTULO XLI
O VIGÁRIO VIGARISTA

CAPÍTULO XII
DE VOLTA À COREIA

CAPÍTULO XLII
HERÓI DESAPARECIDO

CAPÍTULO XIII
HACKERTS

CAPÍTULO XLIII
A FUGA DOS INOCENTES

CAPÍTULO XIV
FANTASMA AMERICANO

CAPÍTULO XLIV
NAVE-PLANETA ALIEN

CAPÍTULO XV
ESTRANHOS RESULTADOS

CAPÍTULO XLV
SÓ MAIS UM ANO

CAPÍTULO XVI
A MENTE DOS FIÉIS

CAPÍTULO XLVI
SEGUNDA CHANCE

CAPÍTULO XVII
UM BARCO NO SECO

CAPÍTULO XLVII
ESTADO DE GUERRA

CAPÍTULO XVIII
FAMÍLIA EM CRISE

CAPÍTULO XLVIII
O COMBATE SE APROXIMA

CAPÍTULO XIX
INTERNET 4

CAPÍTULO XLIX
FRIO NA ESPINHA

CAPÍTULO XX
DAVI E GOLIAS

CAPÍTULO L
MAUS PRESSÁGIOS

CAPÍTULO XXI
TUBARÃO BRANCO

CAPÍTULO LI
SEM CONTROLE

CAPÍTULO XXII
O GOLPE DO CLONE

CAPÍTULO LII
NA LINHA DE FRENTE

CAPÍTULO XXIII
REVELAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO LIII
SACRIFÍCIOS

CAPÍTULO XXIV
O FANTASMA COREANO

CAPÍTULO LIV
TSUNAMI

CAPÍTULO LV
NOVAS REGRAS

CAPÍTULO XXV
VÍRUS MORTAL

CAPÍTULO LVI
SIMBIOSE

CAPÍTULO XXVI
A ÚLTIMA LUTA

CAPÍTULO LVII
SUPERVULCÃO

CAPÍTULO XXVII
YELLOWSTONE

CAPÍTULO LVIII
DEGENERAÇÃO CELULAR

CAPÍTULO XXVIII
CIBER-PERÍCIA CRIMINAL

CAPÍTULO LIX
CONTAGEM REGRESSIVA

CAPÍTULO XXIX
EM BUSCA DE PEDRO

PERSONAGENS
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CAPÍTULO XXX
AUTOPROTEÇÃO

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- O que é isso? (declara o cientista calvo, enquanto olha para a imagem não-identificada que surge na tela).

Repentinamente, vindo rápido do fundo do oceano e passando bem perto do corpo artificial da ginoide, dois grandes tubarões brancos nadam de forma acelerada e vertical em direção à superfície. Os longos cabelos artificiais do ser robótico são puxados para cima, devido ao movimento rápido que os peixes causaram na água.

Ela olha em direção à superfície e vê que cada um deles colidiu frontalmente contra dois leões marinhos, arremessando-os diversos metros acima da linha do mar! Da mesma forma os dois grandes brancos também se lançam ao céu, deixando apenas a sombra de seus corpos dentro d'água.

Os maiores peixes predadores dos mares saltam para fora da água mordendo as presas bem no meio de seus corpos! Eles arrancam pedaços de carne do tamanho de um cachorro médio! Todos caem agora de volta no mar. Os tubarões novamente afundam, deixando os mamíferos sangrando muito e agonizando enquanto lentamente afundam devido à queda ao meio líquido.

Os pequenos peixes do local se dispersaram rapidamente para evitar tantas bocas famintas e cheias de dentes nestas águas frias e avermelhadas pelo sangue dos mamíferos marinhos em desespero e buscando algum lugar para se esconder. Agora aparece o grupo de orcas que chegam para o banquete.

Sereia, antes gigantesca perto dos primeiros animais dali: peixes, plâncton e mamíferos marinhos, diante de seus três metros de comprimento, agora ficou pequena perto dos tubarões brancos de seis metros e da família de orcas de igual tamanho cada uma!

Acima uma baleia Orca, membro da família dos golfinhos de maior porte e é um superpredador versátil, que inclui na sua dieta presas como peixes, moluscos, aves, tartarugas, focas, tubarões e animais de tamanho maior quando caçam em grupo, como por exemplo baleias. É comumente designada "baleia-assassina", apesar de serem parentes de golfinhos. É o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica - logo a seguir ao homem - é encontrada em todos os oceanos e pode chegar a pesar nove toneladas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Orca
Os enormes dentes se multiplicaram rapidamente neste lugar. Agora, tudo pode acontecer! Por instinto os tubarões brancos se afastam da presa agonizante para não serem feridos por elas no caso de um segundo ataque. Eles esperam que elas morram para depois comê-las tranquilamente.

Mas as orcas não são assim! Elas se aproximam, agarram a presa e a leva para o fundo para morrerem afogada e depois mordem com ferocidade os pobres leões marinhos mortos! Sem o alimento que caçaram restaria aos tubarões irem embora! Mas não é isso o que acontece. Eles investiram tempo e energia para chegarem até esta região desolada e fria do mundo.

Além disso, também gastaram suas reservas energéticas no ataque aos leões marinhos. O sangue espalhado pela água e o naco de carne que já provaram, abriu o apetite dos dois gigantes. Não querem ir embora agora sem comer alguma coisa! O mar é muito grande e muitos dias podem se passar antes da próxima refeição.

Numa nova e inesperada escaramuça, os dois grandes peixes carnívoros atacam juntos uma das baleias orcas, arrancando dois grandes pedaços de carne, cada um de um lado do adversário. Este reage se virando rapidamente para revidar, mas os tubarões já fugiram novamente para o fundo do mar gélido. Fraca e com muita dor, a orca ferida emite seu assobio característico.

A família de gigantes marinhos, que já devoram rapidamente os dois leões marinhos, cerca agora o colega mortalmente ferido. Elas o protegem de novos ataques circundando-o ao redor. Não há muito que fazer, senão esperar o final trágico é óbvio.

Os leões-marinhos receberam este nome pois nos machos a pelagem é diferente da das fêmeas: eles têm uma espécie de juba, como a os leões verdadeiros. Além disso, como eles têm um rugido grave, acabaram sendo chamados de "leões". Habitam praias e costões rochosos e são frequentemente confundidos com focas. Eles se alimentam principalmente de peixes (como o cherne e o arenque) e de moluscos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le%C3%A3o-marinho
- Vocês viram isso? (indaga Sereia). Nunca antes fora registrado um ataque duplo de tubarões brancos a uma orca. Normalmente as duas espécies se evitam por serem do mesmo tamanho e terem forças comparáveis.

- Sim! Estamos impressionados, acompanhando por aqui o que está acontecendo (responde o doutor Paulo).

Agora uma das baleias assassinas resolve mergulhar fundo atrás do inimigo que atacou a colega. Sereia mergulha logo atrás e se esforça para acompanhar o poderoso animal. Quando ela consegue se aproximar, vê a orca segurando com a boca um dos tubarões brancos que está de cabeça para baixo. Outra orca vem rápido para ajudar descendo de forma acelerada e assim espanta para longe o outro grande branco que espreitava ali próximo.

Sem poder respirar, o tubarão, que precisa nadar continuamente para forçar a passagem do oxigênio por suas guelras, morre afogado. As duas orcas retornam para a superfície com a presa morta de seis metros. A orca ferida pelo ataque conjunto dos tubarões está morta na superfície. O fígado do tubarão morto é arrancado pelos mamíferos que o atacaram. A família de orcas, liderada por uma matriarca, vai embora deixando dois enormes cadáveres para trás.

-
Acho que o desequilíbrio ambiental nos mares está forçando estes animais a agirem de forma muito estranha! Não sei se notaram, mas achei que tanto os tubarões quanto as orcas estão bem magros. Tais comportamentos de agressividade excessiva devem estar ligados à fome extrema!

- Sim, Sereia! Concordo com a sua análise! Precisamos fazer uma análise mais profunda do mar e suas criaturas para confirmarmos estas suspeitas. Colha uma amostra do sangue da orca e do tubarão mortos neste combate. Veja se ambos estão contaminados de alguma forma por radiação nuclear e poluição. Vamos checar mais a fundo e descobrir o motivo disso tudo.

-
Ok, doutor! (responde ela retornando à superfície).

Depois de algum tempo, a ginoide retorna para o navio oceânico e o tubarão branco que ainda estava vivo, retorna para se alimentar sozinho da orca. Os pequenos peixinhos aproveitam para se alimentar dos pedaços que se perdem por ali e também do tubarão morto.

Um tubarão-branco pode atingir 7,51 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas. Esta espécie vive nas águas costeiras de todos os oceanos, desde que haja populações adequadas das suas presas, em particular pinípedes. Esta espécie é a única que sobrevive, na atualidade, do gênero Carcharodon.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tubarao-branco
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