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O BARCO INVISÍVEL
GUERRA DE INVISIBILIDADE - Vol. III

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
INIMIGO OCULTO

CAPÍTULO XXIV
A REPÓRTER É A NOTÍCIA

CAPÍTULO XXIX
ATAQUE AO LITORAL

CAPÍTULO II
POSSE CIBERNÉTICA PÚBLICA

CAPÍTULO XXV
BALAS POR ARMAS

CAPÍTULO III
REUNIÃO DE GUERRA

CAPÍTULO XXVI
FAMÍLIA EM PÂNICO

Fernando já retornou ao barco invisível depois de deixar Poti nas mãos de uma psicóloga da FUNAI e Bola-de-pelo aos cuidados de Cristina, presidente da NEX de Corumbá de Goiás. O repórter da marinha ficou triste por ter que se separar dos dois jovens amigos que deixou para trás! Ele, Sabino e Everardo embarcaram novamente e partiram em direção ao litoral brasileiro onde aguardarão para o combate contra o inimigo também invisível.

O sargento Pedro ficou na sede do exército e dormiu umas duas noites por lá para descansar. Depois retornou ao aeroporto militar de Manaus. Recebido com festa pelo pessoal e cumprimentos diversos, ele entra no avião militar agora de volta à Brasília. O sargento também está triste pelo fim de sua carreira infiltrado entre guerrilheiros na floresta. Enquanto caminha pelo corredor do avião, Pedro, usando o uniforme branco padrão da marinha, recebe mais elogios dos outros passageiros:

- Parabéns, sargento! O senhor é uma celebridade entre o nosso pessoal! Posso fazer uma foto ao seu lado? (requisita um soldado da marinha todo vestido de branco com o típico uniforme oficial).
- Acho que sim, soldado...! (declara Pedro).

O jovem aproxima-se dele e pede para um colega fazer a tal foto. Pedro sorri meio amarelo e é abraçado de lado pelo colega militar.

- Obrigado, sargento! Vou postar esta em meu Facebook e dizer aos meus filhos que estive diante do maior herói brasileiro da atualidade!
- Ahhh! Obrigado, meu rapaz! Mas não sou herói! Eu apenas cumpri o meu dever militar!

-
Sargento! Sargento! (grita outro soldado que vem caminhando pelo corredor juntamente com diversos outros militares). O senhor pode me dar um autógrafo? (requisita ele com a mochila nas costas e com papel e caneta nas mãos).

- Autógrafo? Tá! Tudo bem! (responde Pedro pegando o material nas mãos e assinando seu nome). Aqui está, soldado!
- Obrigado, sargento! Minha namorada irá adorar saber que consegui isso do senhor! Muito obrigado! E parabéns por sua missão, senhor! É o orgulho de nossa frota naval.
- Obrigado! Mas como eu já disse antes: eu estive apenas cumprindo uma missão! Nada mais, nada menos!
- Senhor! Para cumprir a missão que aceitou é preciso muita coragem! E desta coragem é que nascem os heróis! Poucos aqui aceitariam uma tarefa tão ousada!
- Minha missão nada tinha a ver com coragem, soldado! Eu estava muito motivado para fazer o que fiz! Apenas isso!
- Independentemente disso..., o senhor continuará sendo o maior herói nacional do século vinte e um.

Pedro olha para ele e ergue as sobrancelhas sorrindo de leve sem mostrar os dentes. O sargento agora coloca sua mochila no compartimento superior enquanto os outros militares vão se posicionando em seus lugares. Um tenente levanta-se de seu assento e faz uma declaração:

- Atenção pessoal! Vamos prestar honras oficiais ao sargento Pedro.
Seeeentido! (grita ele).

Todos dentro do avião se levantam, juntam os pés, ficam de frente para o sargento e fazem continência, com o braço direito, olhando sorrindo para o herói do dia. Pedro repete o gesto militar oficial a todos e logo depois baixa suavemente a cabeça, cumprimenta os colegas também com os olhos, que percorrem todo o ambiente do avião, olhando um por um dos que estão ali o reverenciando.

- Obrigado a todos vocês, mas eu não me sinto um herói! Cumprir um dever é uma obrigação! Fui pago para fazer o que fiz e não acho que mereça tudo o que estão fazendo por mim aqui. Agradeço a todos, mas acredito que se cumprir uma missão torna um homem herói... então todos vocês também o são! Obrigado mais uma vez!

Todos ali desfazem o gesto oficial e agora batem palmas ao "marujo" Pedro, que se senta finalmente na poltrona do avião e coloca o cinto. O piloto do avião agora faz uma declaração:

-
Atenção a todos os passageiros! Nosso avião levantará voo com destino ao aeroporto militar do Distrito Federal. Apertem agora os cintos! Quero também fazer um elogio especial ao nosso ilustre passageiro, o sargento Pedro, e convidá-lo a vir à nossa cabine assim que decolarmos! A propósito, eu também quero um autógrafo! Obrigado!

A plateia assobia, bate palmas e entoam todos, por três vezes seguidas, o nome do militar do ano, batendo palmas ritmadas entre o coro de vozes:

-
Sargento Pedro...! Sargento Pedro...! Sargento Pedro...!

A aeromoça, também vestida de branco por ser da marinha, caminha pelo corredor, se aproxima do sargento, dobra ligeiramente o tronco para frente e lhe informa algo, falando bem baixinho perto do ouvido:

- Sargento Pedro! O general Figueiredo requisitou à nossa equipe que lhe oferecesse o melhor vinho disponível no Brasil a bordo! Ele está guardado especialmente para o senhor e poderá apreciá-lo na cabine do avião na companhia dos pilotos.

- Ahhhh! Eu agradeço a bondade, cabo, mas eu ainda estou de serviço! Não quero chegar bêbado ao quartel general em Brasília.
- O general nos avisou que o senhor reagiria desta forma e também nos disse que a garrafa de vinho é sua, para levá-la para casa se assim o desejar!
- Está bem! Farei isso! Muito obrigado!
- Parabéns por sua missão! Acho que a partir de agora o senhor não conseguirá mais passar despercebido quando estiver entre militares.
- É...! Parece que não, mesmo...! Não estou acostumado com isso...!
- A fama é boa! Difícil de ser conquistada! Mas depois de um tempo começa a ficar cansativa com tantos assédios das pessoas ao redor.
- É...? Como sabe disso...? Você também é famosa...?
- Eu...? Não...! Minha irmã é uma das top models mais famosas do mundo! E não aguenta mais tantos elogios e autógrafos que tem que dar. Às vezes ela chega em casa com dores nas bochechas de tantos sorrisos! É uma vida estressante!
- Vou me lembrar disso até o final deste dia de homenagens infindáveis!
- Rsrsrsrs! Vai mesmo! Boa viagem, senhor!
- Obrigado!

Do ar para o mar, o barco invisível brasileiro em poucos dias já se encontra em águas do nordeste brasileiro. Nas praias do Rio Grande do Norte a equipe está à espreita, aguardando para ser informada de qualquer movimento estranho que aconteça na região. A viagem levou cerca de quatro dias entre Manaus e aqui onde se encontram agora. O comandante pediu que desligassem os motores e tudo o que não tivesse grande importância naquele momento. A total invisibilidade será a tônica para um combate contra outra embarcação similar.

- Sabino! Explique-me novamente como é que funcionam estes simuladores de hélices? (indago eu, Fernando).

- A ideia é simples, Fernando! (explica Sabino). Os equipamentos se parecem com um torpedo Stealth, ou seja, não podem ser detectados por radares subaquáticos. O motor elétrico deles utiliza uma hélice de propulsão que emite um... som... uma frequência... muito parecida com a de nosso barco invisível real. Como o barco inimigo já detectou esta vibração, eles saberão exatamente se seremos nós que estamos nos aproximando deles. O torpedo simulador de hélice ajudará a confundir o inimigo. Ele pensará que existe uma esquadra inteira de barcos invisíveis navegando pela costa do Brasil. Isso poderá inibi-lo de nos atacar, porque poderemos revidar o ataque e assim destruí-los. Ao menos, é isso que estamos imaginando!

- Entendi! Mas se ele atacar e descobrir o embuste...? (indago eu).
- Esperamos que se isso acontecer possamos estar presentes ao local e assim poderemos destruir o inimigo sem que ele sequer possa reagir ao nosso ataque.

A conversa é interrompida pelo comandante da missão brasileira:

-
Soldado Ricardo! O que nosso satélite nos informa neste momento? (indaga o comandante Severo ao responsável pelas imagens de radar, câmeras térmicas e normais do satélite militar brasileiro).

-
Por enquanto nada, senhor! Está tudo calmo no litoral nordeste.

-
Cabos Sabino e Everardo! Como estão os veículos submarinos que simulam o som de nossos motores? (indaga o comandante).
- Até agora está tudo bem, senhor! (declara Sabino). Foi muito bom que o nosso pessoal em Brasília conseguisse fabricar várias dezenas de simuladores e espalhá-los pela costa brasileira. Isso confundirá nosso inimigo e talvez tenhamos uma chance de destruí-lo num eventual confronto!

-
Sim, cabo! Mantenha-me informado sobre algum eventual problema com os seis simuladores que nos acompanham!

- Sim, senhor! Eu os estou monitorando bem de perto. Já consegui ligá-los via rádio ao supercomputador de nossa embarcação. Poderemos usar a tática de enxame contra o inimigo quando o detectarmos, lançando todos os simuladores contra ele dando-nos a oportunidade de atacá-lo.

-
Tenente Júlio! Sua missão não será nada fácil! Temos um alvo invisível escondido num oceano. Você deverá acertá-lo com precisão. Precisamos de apenas um único tiro certeiro para vencer. Atirar a esmo não ajudará! Isso denunciará a nossa posição e nos tornará um alvo fácil, mesmo invisível, para o inimigo.

- Sim, senhor! Estarei atento e serei preciso quando chegar a hora.


-
Pessoal! Temos algumas vantagens contra o nosso inimigo também invisível! (declara Severo). Vamos navegar próximo à costa brasileira e assim determinar um ângulo de ataque de cento e oitenta graus ao nosso redor. Nosso inimigo não terá esta mesma condição! Ele sempre nos procurará num ângulo duas vezes maior. Vamos usar todos os nossos recursos para encontrá-lo. Lembrem-se! Estamos em casa e teremos sempre apoio de nosso exército, marinha e aeronáutica em caso de confronto direto. O inimigo não terá nenhum apoio estratégico, de suprimentos ou militar. Estamos em vantagem e podemos superá-los num potencial embate. Mas não se iludam! O mar é gigantesco e será muito difícil um encontro corpo a corpo. Precisaremos de nossa inteligência para vencer esta guerra! Conseguimos vencer a batalha contra ele no Rio Taedong da Coreia do Norte. Mas agora a situação é diferente! Esta batalha é definitiva! Só existem dois finais possíveis para este confronto: ou morremos todos nos autodestruindo, ou apenas o nosso inimigo perecerá. Eu prefiro a segunda opção e acredito que será assim o final, mas que fique claro que qualquer que seja o este final... o inimigo deverá morrer! Todos aos seus postos! Vamos ficar atentos! Temos três turnos de trabalho o que determina que cada um de nós deverá estar muito atento durante o trabalho. Se alguém não se sentir bem ou à vontade em seu posto, informe! Não podemos nos dar ao luxo de cometer erros por cansaço ou displicência! Bom trabalho a todos!

As correntes marinhas naturais do Oceano Atlântico trouxeram em poucos dias o navio invisível norte-coreano diretamente do sul da África para um dos pontos mais a leste do nordeste brasileiro: cidade de Maria Farinha em Pernambuco.

- Senhor! Chegamos ao Brasil! (informa o piloto da embarcação asiática ao comandante Bon-hwa).

- Senhor! Já analisei as imagens de satélite e notei uma grande concentração populacional mais ao sul daqui, numa cidade chamada... Olinda (declara o imediato do navio invisível). Do jeito que o senhor pediu: apenas capitais!

- Isso mesmo! Vamos navegar nesta direção (declara o comandante Bon-hwa). Quero discrição, invisibilidade e precisão! Estamos em território inimigo com um vasto litoral a ser atacado. Por maior que seja a marinha deles jamais poderão nos encontrar se trabalharmos corretamente.

- Senhor! Temos um problema! Detectei um motor elétrico, que bate com o da embarcação brasileira invisível!
- Parada total! Desliguem tudo o que puder nos detectar! Vamos avaliar as ações do inimigo!
- Senhor! Estou detectando mais um barco invisível na área.
- O quê? São dois?!?!
- Parece que sim, senhor!

De repente os dois motores inimigos são desligados.

- Eles estão se reposicionando e desligando os motores (comenta o imediato).

- Que droga! Construir uma embarcação assim custa uma fortuna! (declara o comandante). Não acredito que gastaram tanto dinheiro com isso! Basta apenas uma para destruir dezenas de inimigos e com poucos tiros e mísseis...! Vamos navegar como planejado em direção a Olinda!

- Sim, senhor! (responde o piloto).
Poucas horas depois...
- Senhor! Estamos próximos de Olinda em Pernambuco...! (declara o imediato).
- Senhor! Estou detectando mais dois barcos invisíveis próximos ao litoral! (informa, preocupado, o homem do radar).
-
O quê? Como isso é possível?!?! Eles estavam nos seguindo e você não me avisou?
- Não, senhor! Não havia nada no radar. Eles apareceram agora à nossa frente! Já estavam lá!
- Tem alguma coisa errada aqui! (declara o comandante norte-coreano espremendo os olhos). Eles não podem ter uma frota de barcos invisíveis...! É um embuste...! É um embuste...! Eu tenho certeza...! Vamos atacar o litoral de Olinda!
- Mas, senhor! Contra dois inimigos invisíveis não teremos chance alguma! (declara o imediato).
- Eles não são reais, imediato!!!!
- Mas... e se um deles for, senhor?

- Não é! As chances de encontrarmos um inimigo também invisível no meio do oceano é mínima, imediato. Mesmo neste litoral gigantesco jamais saberiam onde atacaremos. Eles estão querendo nos intimidar! Não sabem como se proteger de um ataque invisível e inventaram um falso inimigo para combatermos! Vamos seguir o plano original. Atacamos e desaparecemos no mar! Nunca irão nos encontrar! Faremos um estrago nas cidades litorâneas brasileiras.

- Sim, senhor!
- Atirador! Vamos atacar neste ponto... aqui! (aponta o comandante para o militar responsável pelas armas para um ponto na tela do satélite).

Em terra, Olinda ferve de turistas nesta época do ano! As praias do bairro Jardim Atlântico estão superlotadas e as pessoas se divertem tranquilamente. Barcos, jet skis, lanchas e iates margeiam a linda e quente região. Inesperadamente todos ouvem um assobio vindo do mar e um objeto, um foguete saído do meio do nada, se ergue aos céus até que começa a crescer no horizonte e a descer cada vez mais rápido. Alguém grita apavorado:

-
É um ataque!

Muitos dão risada! Outros olham atônicos para o céu sem entender o que aquilo significa! Mas agora não há mais escapatória o míssil vem em alta velocidade e atinge em cheio uma região cheia de guarda-sóis. O míssil explode na areia da praia matando dezenas de turistas no local! As pessoas agora correm para todos os lados. Crianças se perdem dos pais. Órfãos não sabem para onde correr! Muitos não estão escutando nada, devido à forte explosão tão próximo dos ouvidos! Várias pessoas caminham sem rumo com sangue escorrendo por todo seu corpo. Estilhaços se espalharam a dezenas de metros. O pânico se instalou no local. Dos prédios e casas próximas muitos observam da janela. Ninguém ao certo sabe o que aconteceu, a não ser aqueles que viram o objeto se aproximando.

Na história recente do Brasil nunca fomos atacados abertamente, a não ser há mais ou menos cem anos atrás, na segunda grande guerra mundial por submarinos supostamente alemães! Passado o susto inicial diversas pessoas se aproximam para auxiliar às que estão feridas. Enquanto isso, no interior da cabine de comando do navio invisível, o comandante Bon-hwa observa o resultado de seu covarde ataque à cidade pacífica nordestina.

- Quais são as novas ordens, comandante? (indaga o imediato).

O líder observa os resultados mais alguns segundos e ordena:

- Atirador! Envie um novo míssil no mesmo ponto! Vamos deixar este povo apavorado!
- Sim, senhor!

Um novo míssil é lançado, mas agora na praia estão todos com medo e desconfiados. E por isso alguém grita novamente:

-
É um novo ataque! Fujam!

Ninguém agora duvida! Os que estavam se aproximando correm dali. Muitos dos que estavam ajudando os feridos agarram-nos no colo e correm com eles para longe. O míssil explode novamente, muito próximo do local do primeiro impacto! Alguns feridos adicionais caem ao chão, atingidos pelos novos estilhaços. Nas areias, próximas dali, andar agora sem calçados se tornou uma aventura perigosa!

Diversos objetos metálicos e pontiagudos estão espalhados por toda a praia. Em poucos minutos polícia, bombeiros e ambulâncias estão chegando sob os olhares atentos do cruel comandante norte-coreano vendo tudo de camarote por satélite. Consternado com a triste situação que aquelas pessoas estão vivendo o imediato demonstra não estar satisfeito com a covardia de atacar pessoas desarmadas. Ainda assim ele indaga ao seu comandante:

- Quais são as novas ordens, comandante?

O líder olha para ele com um leve sorriso no rosto. Olha para o atirador que com a mão próxima ao botão de atirar espera um novo disparo.

- Senhor! Duas fragatas de guerra da marinha brasileira se aproximam de nossa posição.

Bon-hwa agora abaixa as sobrancelhas e muda a expressão facial.

- Vamos embora daqui silenciosamente (declara ele).
- Para onde, senhor! (indaga o piloto do navio).
- Para o sul! Qual a condição das duas supostas embarcações invisíveis inimigas? (indaga o comandante).
- Nada senhor! Elas continuam apenas ligando e desligando seus motores para manter posição fixa.

- Um embuste! Claro e notório! Vamos para o sul! Se um dia nosso inimigo invisível conseguir nos encontrar... já teremos destruído dezenas de cidades verde-amarelas! O sucesso será todo nosso! E a vingança estará completa quando acabarmos com o barco militar invisível brasileiro.

Bem mais ao norte, a mais de trezentos quilômetros dali, o barco invisível brasileiro fica sabendo do ataque.

-
Senhores! Acabamos de ser informados que uma das praias de Olinda em Pernambuco foi atacada covardemente por dois mísseis (declara o comandante Severo). Eles esperaram as pessoas feridas do primeiro ataque serem atendidas para atacarem novamente. Dezenas de pessoas estão em estado grave e houve diversas mortes também! A marinha brasileira afugentou o inimigo porque estão navegando aos pares por proteção. Estamos navegando a toda velocidade em direção ao local. O embuste dos veículos submarinos que simulam a frequência de nossas hélices não está funcionando! O general Figueiredo informou que já estão prontos mais alguns destes veículos que simulam os nossos motores e que se tornam torpedos, podendo atacar o inimigo quando ordenados. Sabino e Everardo! Teremos como interligar os novos torpedos simuladores com a nossa inteligência artificial e assim comandá-los diretamente daqui?

- Acredito que sim, senhor! (responde Sabino). Vou requisitar à base secreta os códigos de controle dos novos torpedos. Os norte-coreanos nem saberão o que os atingirá!
-
Muito bem! (agradece o comandante). Em quanto tempo chegaremos ao local do ataque? (indaga ele a piloto Margarida).
-
Em uma hora, senhor! Estamos a grande velocidade, mas não devemos continuar assim ao chegarmos mais perto.
- Concordo! Não vamos correr o risco de sermos descobertos sem atacar primeiro
(finaliza o comandante).
- Senhor! Como sabemos que o inimigo vai para o sul e não para o norte? (indaga Everardo).
-
Nossa inteligência acredita que, se o inimigo quer nos atingir destruindo cidades, ele deverá ir em direção ao sul porque as cidades são maiores nesta direção e o efeito psicológico contra nós também seria maior (informa o comandante). Temos que encontrá-los o mais rápido possível antes que centenas de pessoas inocentes morram!

Viajando com as asas abertas, como um hovercraft voador, o barco invisível brasileiro singra o litoral a mais de quatrocentos quilômetros por hora. Alcançar o inimigo será fácil, mas saber onde ele está..., bem..., isto é outra coisa...! Em poucos minutos o navio invisível percebe a passagem rápida e aérea do barco invisível brasileiro.

- Senhor! O que foi aquilo? (indaga o imediato ao ver a imagem de uma das câmeras externas da embarcação norte-coreano).

O comandante Bon-hwa sorri olhando para a imagem na tela e declara:

- Aquilo é o nosso inimigo invisível tentando nos encontrar. Mas nesta velocidade jamais conseguirá! Rsrsrs! (sorri com ar diabólico o cruel comandante desertor de seu país).

CAPÍTULO IV
PEDRO E O LOBO

CAPÍTULO XXVII
LAR DAS ONÇAS

CAPÍTULO V
FANTASMA URBANO

CAPÍTULO XXVIII
O INFERNO CONTRA-ATACA

CAPÍTULO VI
PIRATAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XXIX
ATAQUE AO LITORAL

CAPÍTULO VII
ENTRANHAS DO PODER

CAPÍTULO XXX
NOVOS POLÍTICOS

CAPÍTULO VIII
FRONTEIRAS DA GUERRA

CAPÍTULO XXXI
LEMBRANÇAS ANTIGAS

CAPÍTULO IX
BALAS ASSASSINAS

CAPÍTULO XXXII
O DONO DO INFERNO

CAPÍTULO X
FICHA LIMPA OU ROUPA SUJA

CAPÍTULO XXXIII
AGULHAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XI
PIRATAS EM REUNIÃO

CAPÍTULO XXXIV
VISITA INTERNACIONAL

CAPÍTULO XII
PRESSÃO POLÍTICA

CAPÍTULO XXXV
SOZINHO NA MULTIDÃO

CAPÍTULO XIII
GUERRA SEM-FIM

CAPÍTULO XXXVI
GUERRA DE INVISIBILIDADE

CAPÍTULO XIV
NAS PISTAS DE UM COMBATE

CAPÍTULO XXXVII
VERDADE DOS FATOS

CAPÍTULO XV
ENTREVISTA COM O DEMÔNIO

CAPÍTULO XXXVIII
PALAVRA DE PRESIDENTE

CAPÍTULO XVI
MOGADÍSCIO

CAPÍTULO XXXIX
O ENCONTRO COM O MAL

CAPÍTULO XVII
O AMANHÃ COMEÇA HOJE

CAPÍTULO XL
TIRO NO ESCURO

CAPÍTULO XVIII
MORTE NA ALDEIA

CAPÍTULO XLI
PARCERIA INUSITADA

CAPÍTULO XIX
FRONTEIRA DO PODER

CAPÍTULO XLII
ESPELHO QUEBRADO

CAPÍTULO XX
FALSO FANTASMA

CAPÍTULO XLIII
O NOVO CÂNCER

CAPÍTULO XXI
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

CAPÍTULO XLIV
LEMBRANÇAS DO VIETNÃ

CAPÍTULO XXII
DOMÍNIO DO ÓBVIO

CAPÍTULO XLV
A VERDADEIRA DEMOCRACIA

CAPÍTULO XXIII
CORONEL SEM ESTRELA

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Abaixo o caminho que o barco invisível brasileiro fez para proteger o nosso litoral de um ataque do navio invisível norte-coreano.
Maria Farinha é uma península cercada a leste pelo mar e a oeste por um rio. É o maior parque aquático do Nordeste. Este nome vem de um caranguejo, assim também chamado, e que vive em grandes quantidades nesta região de muitas pousadas tropicais. Aqui se encontram muitos veleiros, iates e belas praias calmas.
Na imagem abaixo a seta vermelha mostra o local onde o navio invisível norte-coreano atacou com um míssil a praia do bairro
Jardim Atlântico em Olinda, Pernambuco onde milhares de pessoas se divertiam naquele momento. Uma covardia!