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O BARCO INVISÍVEL
GUERRA DE INVISIBILIDADE - Vol. III

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
INIMIGO OCULTO

CAPÍTULO XXIV
A REPÓRTER É A NOTÍCIA

CAPÍTULO XXIV
A REPÓRTER É A NOTÍCIA

CAPÍTULO II
POSSE CIBERNÉTICA PÚBLICA

CAPÍTULO XXV
BALAS POR ARMAS

CAPÍTULO III
REUNIÃO DE GUERRA

CAPÍTULO XXVI
FAMÍLIA EM PÂNICO

Na noite anterior policiais ficaram na rua em frente à casa da repórter Ângela até altas horas. Pouco antes de irem embora dali ela foi lá fora conversar com os peritos que analisaram o acontecido.

- Tenente! Tenente! Meu nome é Ângela, eu sou repórter do "Jornal do Horário Nobre" e gostaria de saber o que descobriram sobre este caso dos veículos terem explodido aqui na minha porta (indaga ela).

- Eu a conheço da TV, madame! Bem... ao que tudo indica... isso tudo foi resultado do uso de explosivos plásticos! Um tipo muito específico, na verdade! É um material de uso exclusivo das forças armadas brasileiras.

- Das forças armadas? (indaga a repórter, estranhando o fato).
- Sim, madame! Estranho que não tenhamos recebido nenhum informe de roubo deste tipo de material recentemente! (declara o policial perito na cena do crime).

- E quanto aos ocupantes dos veículos? Quem eram eles? (indaga a moça).
- Não temos como saber ainda. Os corpos estão carbonizados! Vamos fazer análise dentária e de DNA para ver o que descobrimos.
- E quanto aos veículos? Quem são os proprietários?

- Roubar um carro hoje em dia é muito difícil. Existem diversos modos de rastrearmos a origem! Neste caso foi um pouco difícil, porque os carros explodiram, mas descobrimos alguns pontos de informação na estrutura do chassi. Os veículos são de propriedade de um partido político, com sede aqui em Brasília.

- Nossa! Como é possível que todas estas coisas estejam relacionadas entre si? Por que alguém das forças armadas explodiria veículos de um partido político? E quem eram os ocupantes que morreram nas explosões? Parece que existem muitos mistérios por aqui!

- Sim! Mas a nossa polícia está bem equipada e em breve descobriremos algum tipo de conexão entre todas estas coisas. Tenha um bom fim de noite, madame!
- Obrigada, tenente! (responde Ângela, olhando ao redor para ver se existe mais alguém estranho em sua rua).

A repórter entra rapidamente em casa, tranca todas as portas e vai dormir. Da rua o agente cibernético Sérgio, invisível, observava o desenrolar de toda a conversa no local. Agora ele já sabe que ela descobriu uma conexão dele com as forças armadas brasileiras. Uma preocupação adicional. Esta repórter está começando a atrapalhar o seu trabalho. Neste meio tempo Sérgio permanecerá ali! Sozinho! Vigilante! Estático! Invisível! Para um androide isto é algo simples de se fazer! Ficar parado no local sem precisar comer ou beber nada. Sem precisar de um banheiro por perto! Sem sentir frio ou calor! Sem sono algum! Sob a chuva ou sol forte! Nada o afeta! Nada o atrapalha! Ele se tornou um guardião de Ângela, porque ela se transformou num alvo! E através dela, este androide poderá descobrir quem são aqueles que estão tentando pegá-lo.

O dia amanhece e Ângela se prepara para sair para trabalhar! Ela toma seu banho e depois o café da manhã. Lá fora um carro escuro para na rua dela e fica esperando. Sérgio, invisível na calçada diante da porta da repórter, anda lentamente até próximo ao carro suspeito. Ele aproxima-se do vidro, abaixa-se e tenta observar de frente o rosto do motorista. Mas isso não é possível! O veículo tem uma película muito escura o que impede uma definição do rosto de quem o dirige. Então Sérgio percebe que é hora de usar outra estratégia. Ele afasta-se lentamente e passa por detrás de um poste, retornando logo a seguir vestindo um uniforme policial e agora totalmente visível. O androide aproxima-se do carro abaixa-se junto ao vidro lateral e pede para que o ocupante abaixe o vidro! O sujeito o faz! Um homem negro e enorme está lá dentro.

- Qual é o problema, policial? (indaga ele).
- Isso depende? O que é que o senhor está fazendo aqui nesta rua? (indaga Sérgio, disfarçado de policial enquanto faz uma análise biométrica do rosto do sujeito. Ele consulta os arquivos da polícia nacional e internacional para reconhecê-lo).
- Por quê? A rua é pública! Qualquer pessoa pode estar onde quiser!

- Não nesta rua! Ontem aconteceu uma forte explosão exatamente ali na frente onde alguns veículos foram destruídos! Os ocupantes eram todos assassinos contratados por alguém de um partido político daqui de Brasília. E eu acabo de identificar o senhor como sendo mais um contratado pelo mesmo partido para matar a repórter Ângela que mora aqui nesta rua. Então... peço que o senhor saia deste carro, com as mãos para cima e deite-se sobre o capô para que eu possa algemá-lo!

O sujeito olha assustado para o falso policial e rapidamente saca a sua arma para atirar em Sérgio, mas este já se transformara numa horrível caveira transparente usando o uniforme do policial. O negro atira duas vezes contra o agente cibernético que nada sente. Sérgio estica o braço e sua mão, com a imagem reproduzida de ossos humanos, agarra o assassino pelo pescoço e o puxa violentamente para fora do carro. O enorme motorista é jogado ao chão. A arma do negro cai e se perde dentro de um bueiro. Logo depois Sérgio pega o sujeito pelo pescoço e o ergue em pleno ar.

-
Quem mandou você aqui? (diz o androide com voz tenebrosa, grave e ameaçadora).
- Largue-me! Largue-me!
-
Diga-me quem mandou você vir até aqui?
- O partido político me contratou para ficar de olho na repórter! (declara o sujeito já quase sem ar e por estar pendurado pelo pescoço). Está me sufocando...!
-
Eu quero nomes! Agora! Ou morrerá sufocado!
- Eu não sei o nome dele! Trabalhamos para diversos políticos, mas nunca perguntamos o nome do contratante. Eles apenas depositam o valor combinado em nossa conta.
-
Quantos vocês são?
- Muitos! Os melhores assassinos do país estão aqui em Brasília apenas para atender aos políticos contratantes.
-
Quantos vocês são?
- Não sei! Vinte ou vinte e cinco entre homens
-
Correção! Vocês são dezenove ou vinte e quatro homens! (comenta Sérgio para o sujeito que não entendeu o que o cibernético dizia).

Sérgio aperta mais o seu pescoço, matando o negro assassino! Ele o joga junto ao carro, escondido da visão da moça que já está saindo de casa. O cibernético fica totalmente invisível novamente. Ângela aciona a porta da garagem, que se abre, acelera o veículo elétrico, olha para os dois lados da rua e vai para a redação do jornal onde trabalha. Sérgio a vê saindo, entra no carro do negro e a segue. Agora não está mais invisível. A imagem do agente da marinha volta ao normal. Um dispositivo GPS fora colocado por ele no interior do veículo da moça. Portanto, onde quer que a repórter vá, Sérgio saberá.

De repente dois carros fazem uma curva à sua frente em alta velocidade, quase jogando-o para fora da rua! Sérgio breca forte e vira o volante para não ser atingido por eles. Seu veículo fica atravessado bloqueando o trânsito atrás de si. O androide olha feio para frente enquanto seus olhos, que também funcionam como câmeras de vídeo, dão um zoom nas chapas dos carros. Pesquisando via internet no DETRAN ele descobre que são de propriedade do mesmo partido político que vem vigiando Ângela. Parece que poderosos homens querem mesmo a informação de onde o fantasma se encontra. O androide vira o volante e acelera, passando sobre a calçada para perseguir os dois.

A repórter percebe o que aconteceu atrás de si e também acelera seu carro para fugir dali. Os dois veículos também pisam no acelerador impondo um ritmo mais frenético à perseguição. Rapidamente o androide aproxima-se e empurra um dos carros para fora das ruas. Ele perde o controle e bate de frente com um poste de rua que cai sobre o telhado da residência ao lado. As pessoas correm em pânico pelas ruas para fugirem do acidente que acabara de acontecer.

Os três correm desvairados pelas ruas da cidade de Brasília: a perseguida, o perseguidor e o fantasma, que se aproxima rapidamente do segundo. Em Ângela o terror se instala! Seus olhos arregalados e um ar de choro dominam sua face antes suave e serena! Sérgio acelera mais e bate repetidas vezes na traseira de seu rival. O passageiro abre o vidro e aponta para trás sua metralhadora portátil atirando repetidamente no motor do carro do androide.

Uma curva se aproxima e a repórter quase não consegue fazê-la. Seu veículo se inclina fortemente e por um breve instante se apoia sobre apenas duas rodas. Acertado diversas vezes o carro de Sérgio, já não responde mais às tentativas de ser acelerado. Com o radiador estourado uma fumaça branca encobre a visão frontal. O androide aciona a visão térmica para poder ver através da névoa.

O perseguidor breca forte para também fazer a curva e o cibernético aproveita a única chance que tem agora de pegá-lo! Ele não breca, desvia suavemente o volante e acerta com força a lateral do adversário. Os dois deslizam pela rua com os oito pneus gritando simultaneamente. As pessoas próximas olham apavoradas para a cena. O motorista atingido ainda tem a chance de olhar de lado e vê em meio a névoa branca o rosto de uma caveira ao volante.

Eles encontram agora o meio-fio, o que faz o veículo do partido político capotar, já que fora acertado de lado e em velocidade. O de Sérgio, embutido na porta do adversário ergue-se ao ar com o giro inesperado do inimigo, forçando-o a cair por cima do carro capotado. O impacto é violento! Ângela pelo retrovisor percebe o acontecido e alivia-se com o fim da perseguição.

Imprensado contra o muro de uma residência, de cabeça para baixo e com o carro de Sérgio por cima, os dois ocupantes estão agora muito feridos. O androide, agora invisível, abre a porta para sair dali. Ele salta lá de cima a abaixa-se para localizar o inimigo moribundo. O motorista se mexe e parece ainda estar vivo. Sérgio estica o braço e uma lâmina salta para frente sob seu pulso. Ele corta o cinto de segurança, o que faz o motorista cair sobre o teto de seu próprio veículo virado com as rodas para cima.

O androide o agarra pelo paletó e gravata trazendo para fora. Meio consciente e sangrando muito o sujeito está agora pendurado no ar quando a imagem do fantasma reaparece. A terrível caveira o encara de frente para seu espanto. As pessoas, que antes se aproximavam para ajudar no resgate às vítimas, agora se afastam lentamente e de costas, assustadas com a visão horrenda do estranho ser.

-
Quem mandou você aqui? (diz o fantasma com a típica voz tenebrosa, grave e ameaçadora).
- Você já sabe a resposta para isso! O partido estava acompanhado as suas ações pelas câmeras de rua.

O fantasma olha de lado e ligeiramente para cima a procura das câmeras de segurança da polícia. Ele as encontra! Uma, duas, três! Estão todas apontadas para ele neste momento. Ou a polícia local está envolvida... ou os políticos têm acesso às mesmas imagens! De qualquer modo Ângela está correndo um grande risco. Ela tem que ser protegida e Sérgio precisa chegar até os culpados.

Como fazer as duas coisas ao mesmo tempo? Ele larga o sujeito no chão, fica invisível e começa a correr acelerado pelas ruas, cortando caminho para chegar rapidamente ao local de trabalho da repórter, que não é muito longe dali. Obviamente ela chega antes ao prédio da redação. Cumprimenta o porteiro e caminha enquanto acena para outros conhecidos de trabalho que também estão ali por perto. Ela chega até o elevador e pressiona o botão de subir! Olha para cima e vê o digital informando que seu transporte vertical está descendo... lentamente...!

A moça olha para trás, preocupada, depois para o relógio de pulso e novamente para o digital do elevador. Seu rosto mostra a impaciência do momento. Ela quer subir logo para a segurança de seu trabalho. Atrás da moça dois policiais, vestidos a caráter, se apresentam na portaria. Ângela olha novamente para trás e percebe a chegada deles ao local. Seu telefone celular toca. A repórter volta-se para o elevador e o digital indica que faltam apenas três andares para ele chegar até ela.

-
Ângela?
- Quem está falando?
-
Você está correndo um risco muito grande! Evite o contato com a polícia e com desconhecidos. Esconda-se onde estiver! Em breve chegarei até você!
- Quem está falando?
-
Eu sou o fantasma! Estava dirigindo o veículo que eliminou os outros dois que te perseguiam.
- Que brincadeira é esta? Não acredito em você!
-
Não é brincadeira! Eles provavelmente irão te sequestrar porque não conseguem me pegar! Esconda-se e não fale com estranhos!
- O único estranho com quem estou falando agora é você! Não acredito nesta história! (diz ela, desligando o celular).

A porta do elevador se abre e uma mão segura o ombro dela. Ângela salta e gira para escapar daquela mão fria e enorme. A moça olha apavorada para trás e vê os dois policiais que estavam há pouco na portaria.

- Ângela Jonas...? Venha conosco! Sua vida corre grande perigo! (declara um dos policiais).
- Quem são vocês... e como sabem disso?
- Somos da polícia e a central nos enviou para levá-la a um local seguro até encontrarmos os culpados.
- Quem são os culpados? Quem está me procurando?
- Não sabemos ainda, madame! Vamos escondê-la até que possamos encontrar os responsáveis por isso!
- Não quero ficar escondida! Tenho um trabalho a fazer. Vocês não podem apenas manter um carro de polícia por perto?
- Não, madame! Seus perseguidores estão destruindo a cidade. Sabemos que eles querem sequestrá-la!
- É mesmo...? E como sabem disso...? (indaga a repórter, desconfiada de alguma coisa).
- Por que alguém a perseguiria por toda a cidade com tanta ênfase, se poderiam simplesmente pegá-la aqui na entrada da redação do jornal onde trabalha...? Isso demonstra que estão com muita pressa e querem muito levá-la!
- Acho que vocês têm razão! Mas por que eles não tentaram me pegar aqui no estacionamento antes de eu entrar neste prédio?
- Temos carros de polícia posicionados ao redor daqui. Talvez isso tenha inibido a ação dos sequestradores.
- É...! Talvez...! Mas eu não vi nenhum carro de polícia quando cheguei...!

- Estávamos escondidos procurando suspeitos. Checamos diversas pessoas e veículos suspeitos parados por perto, mas infelizmente não encontramos ninguém. Então vamos, madame! Ainda precisaremos despistar qualquer intenção de nos seguirem.

Ângela começa a acompanhá-los, meio a contra-gosto e caminhando lentamente atrás dos policiais. Ao chegar novamente à portaria ela sugere algo novo:

- Vocês se incomodam de eu confirmar se vocês são mesmo da polícia?

Um olha para o outro, retiram seus distintivos e mostram a ela.
A repórter observa as identidades e faz um novo pedido:
- Parecem verdadeiras...! Vou ligar para o distrito de vocês e confirmar seus nomes!

A repórter liga seu celular para 190 enquanto os dois policiais se entreolham novamente, incomodados pela insistência da mulher. Pelas ruas Sérgio corre acelerado cortando caminho sobre jardins, pulando muros e atravessando ruas entre carros e pessoas. Seus sistemas estão se superaquecendo. O movimento contínuo e acelerado das pernas e braços hidráulicos estão rapidamente aumentando a temperatura interna. Um sinal de perigo é dado pelas placas eletrônicas internas.

-
Perigo de superaquecimento! Todo o sistema pode entrar em colapso e poderá ser desligado em breve para ser reinicializado posteriormente.
- Madame! Estamos perdendo tempo aqui! (diz um dos policiais à Ângela, que aguarda ser atendida ao telefone).
- Só mais um minutinho, por favor! (diz ela aos dois, enquanto um dos policiais suspira, demonstrando que não está gostando do que está acontecendo).

- Ahhh! Capitão? Que bom que pôde me atender! (comenta feliz Ângela). Eu gostaria que o senhor confirmasse a identidade de dois de seus homens que estão aqui na portaria do prédio onde trabalho, me pedindo para acompanhá-los até um local onde me esconderão até que encontrem as pessoas que querem me sequestrar. Vou mostrá-los ao senhor. Só um segundo...!

Ela tira o aparelho do ouvido, aciona alguns botões e aponta a câmera do celular para o rosto de um dos policiais e depois para o outro. Agora retorna o aparelho ao ouvido e continua conversando:

- Viu o rosto deles, capitão...? São seus homens mesmo...? O senhor então os enviou para me levarem...? Certo...! (comenta ela, mais tranquila com isso, olhando para os dois homens que sorriem de forma meio forçada para a repórter). Eu gostaria de sugerir ser apenas escoltada para onde quer que eu vá ao invés de ser levada a um esconderijo! Sou muito ativa, sabe, e não gostaria de ficar confinada num canto escondido sabe-se lá onde...! Não dá...? Ahhh...! Certo...! Então...! Tenho mesmo que ir com eles...? Tá...! Vou subir e informar meu chefe...! Não...? O senhor liga para ele...? Certo...! Obrigada, então, capitão...! Até logo...! (diz ela, desligando o telefone). Bom, senhores! Acho que não me restaram muitas escolhas neste momento...!

- Vamos então, madame? (indaga um dos policiais que aponta com a mão para a porta de saída).
- Vamos! (diz ela com sorriso meio amarelo e caminhando para fora dali). Até logo, Jeferson! (cumprimenta o porteiro do prédio, que também retorna o aceno de mão da moça).
- Até logo, Dona Ângela!

Nas ruas Sérgio percebe que precisa mudar sua estratégia antes que seus sistemas sejam desligados. Ele vê uma pessoa que está abrindo a porta de seu carro e sentando-se para dirigi-lo. O homem coloca a chave no contato, coloca o cinto de segurança e tenta fechar a porta, mas não consegue. Sérgio reaparece como um fantasma, demonstrando ao sujeito que é ele quem a está segurando.

-
Saia do carro! Eu preciso dele! (diz aquele monstruoso ser com cabeça de caveira e voz assustadora).

O sujeito aperta o botão de liberação do cinto de segurança que o solta. Com a aparência de alguém que está apavorado, ele se arrasta para fora, escorregando de costas pelo assento até passar por debaixo do braço de Sérgio. O homem cai no chão e engatinha de costas, usando braços e pernas com se fosse um caranguejo de paletó e gravata. Rapidamente o apavorado rapaz se levanta para fugir correndo dali sem olhar de volta para trás. A cabeça de caveira acompanha todo o movimento do cidadão até o momento dele sair correndo. O androide entra rápido no carro e acelera com tudo para salvar Ângela de ser sequestrada. Ele muda a sua aparência para voltar a ser o agente Sérgio da marinha.

Ali perto Ângela já está entrando no banco traseiro, enquanto os dois policiais se posicionam nos bancos da frente. Eles fecham as portas dianteiras e as travam, acontecendo o mesmo às duas de trás. A repórter demonstra alguma preocupação neste momento. O carro da polícia, onde ela se encontra, começa a andar lentamente para sair dali. Sérgio chega exatamente neste momento cruzando com eles de frente. Ele percebe a presença da moça ali dentro. O androide manobra mais à frente e começa a perseguir discretamente o veículo da polícia.

- Vocês não deveriam ter uma escolta armada atrás de nós?
- Não, madame! Quanto mais chamarmos a atenção, mais perigo correremos. Apenas um carro de polícia não denunciará que estamos com a senhora!

Ela conforma-se com o fato e relaxa, recostando-se no banco duro feito em fibra-de-vidro. Sérgio acompanha de longe o veículo oficial, desconfiado de que algumas pessoas da polícia possam estar envolvidas no caso! Se assim for..., a rede de corrupção se espalhou por muitos dos pilares sócio-político-financeiros deste país e o trabalho do cibernético será longo, sangrento e levará muitos anos para ser completado.

CAPÍTULO IV
PEDRO E O LOBO

CAPÍTULO XXVII
LAR DAS ONÇAS

CAPÍTULO V
FANTASMA URBANO

CAPÍTULO XXVIII
O INFERNO CONTRA-ATACA

CAPÍTULO VI
PIRATAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XXIX
ATAQUE AO LITORAL

CAPÍTULO VII
ENTRANHAS DO PODER

CAPÍTULO XXX
NOVOS POLÍTICOS

CAPÍTULO VIII
FRONTEIRAS DA GUERRA

CAPÍTULO XXXI
LEMBRANÇAS ANTIGAS

CAPÍTULO IX
BALAS ASSASSINAS

CAPÍTULO XXXII
O DONO DO INFERNO

CAPÍTULO X
FICHA LIMPA OU ROUPA SUJA

CAPÍTULO XXXIII
AGULHAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XI
PIRATAS EM REUNIÃO

CAPÍTULO XXXIV
VISITA INTERNACIONAL

CAPÍTULO XII
PRESSÃO POLÍTICA

CAPÍTULO XXXV
SOZINHO NA MULTIDÃO

CAPÍTULO XIII
GUERRA SEM-FIM

CAPÍTULO XXXVI
GUERRA DE INVISIBILIDADE

CAPÍTULO XIV
NAS PISTAS DE UM COMBATE

CAPÍTULO XXXVII
VERDADE DOS FATOS

CAPÍTULO XV
ENTREVISTA COM O DEMÔNIO

CAPÍTULO XXXVIII
PALAVRA DE PRESIDENTE

CAPÍTULO XVI
MOGADÍSCIO

CAPÍTULO XXXIX
O ENCONTRO COM O MAL

CAPÍTULO XVII
O AMANHÃ COMEÇA HOJE

CAPÍTULO XL
TIRO NO ESCURO

CAPÍTULO XVIII
MORTE NA ALDEIA

CAPÍTULO XLI
PARCERIA INUSITADA

CAPÍTULO XIX
FRONTEIRA DO PODER

CAPÍTULO XLII
ESPELHO QUEBRADO

CAPÍTULO XX
FALSO FANTASMA

CAPÍTULO XLIII
O NOVO CÂNCER

CAPÍTULO XXI
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

CAPÍTULO XLIV
LEMBRANÇAS DO VIETNÃ

CAPÍTULO XXII
DOMÍNIO DO ÓBVIO

CAPÍTULO XLV
A VERDADEIRA DEMOCRACIA

CAPÍTULO XXIII
CORONEL SEM ESTRELA

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