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O BARCO INVISÍVEL
GUERRA DE INVISIBILIDADE - Vol. III

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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
INIMIGO OCULTO

CAPÍTULO XXIV
A REPÓRTER É A NOTÍCIA

CAPÍTULO XXI
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

CAPÍTULO II
POSSE CIBERNÉTICA PÚBLICA

CAPÍTULO XXV
BALAS POR ARMAS

CAPÍTULO III
REUNIÃO DE GUERRA

CAPÍTULO XXVI
FAMÍLIA EM PÂNICO

Próximo à cidade de Baraawe, na Somália, o navio de guerra francês se aproxima da costa, acompanhado por dois helicópteros fortemente armados! Não muito longe dali o navio norte-coreano está invisível e pronto para atacar.

- Você tem um belo brinquedinho aqui, Bon-hwa...! (comenta Hassan observando em detalhes a ponte de comando). O que pretende fazer agora, comandante...? Como irá forçá-los a entregar todo o dinheiro para nós...?

- Cale-se, Hassan! (ordena o todo-poderoso comandante norte-coreano em sua ponte). Apenas observe um profissional trabalhando e quem sabe aprenderá alguma coisa!
- Humm! Não fala assim que eu "gamo"! (debocha o negro Hassan).

Bon-hwa olha feio para o representante do grupo muçulmano e volta a sua atenção para sua equipe norte-coreana.

- Artilheiro! Mirar nos motores do navio de guerra francês! (ordena o comandante do navio invisível).
- O que vai fazer Bon-hwa? (indaga Hassan, sem entender o que ele está falando na língua coreana).
- Atirar! (ordena novamente o comandante).
Um torpedo é lançado para desespero de Hassan!
-
O que você fez, seu maluco? Todo o nosso dinheiro irá afundar no mar! Perderemos tudo! (grita, nervoso, Hassan).
- Cale-se! Aprenda a aguardar enquanto eles trazem o dinheiro até nós! (informa o comandante norte-coreano falando em inglês).

Hassan abaixa as sobrancelhas com a expressão de que está duvidando desta possibilidade. Em poucos segundos o barco francês é atingido nos motores, que param de funcionar. A embarcação de Paris começa a afundar lentamente. Os dois helicópteros ao perceberem o tiro certeiro fazem uma longa curva no céu para proteger a retaguarda que está sendo atacada.

-
O navio foi atingido! (grita um dos militares a bordo do helicóptero 1). Só pode ser um submarino inimigo! Temos que abatê-lo!
- Artilheiros 1 e 2! Façam mira nos helicópteros e atirem juntos! (ordena o comandante Bon-hwa).
- Sim, senhor! (responde o militar norte-coreano).

O primeiro helicóptero é atingido e cai no mar. O segundo é atingido na cauda e começa a girar violentamente em pleno ar, jogando alguns militares para fora e logo depois cai e explode no mar. Do navio francês diversos pequenos botes estão sendo posicionados para que todos possam deixar a embarcação que está à deriva e afundando rapidamente.

- Muito esperto, Bon-hwa! (elogia Hassan). Eles não irão deixar o dinheiro afundar com o navio...! Parabéns!
- Senhor! Dois caças estão vindo rapidamente em nossa direção! (informa o militar norte-coreano que trabalha com os sinais de radar a bordo do barco invisível).

Em poucos segundos dois jatos franceses passam voando baixo e muito rápido por ali.~

- Artilheiros! Lancem nossos mísseis de detecção de calor assim que os dois aviões passarem por aqui novamente.
- Sim, senhor!

Da ponte do barco invisível um militar informa seu comandante sobre o que acaba de encontrar:

- Senhor! Está descendo um representante de gravata do navio inimigo com uma valise nas mãos!
- Uma valise?!?! Onde estão as malas enormes cheias de dinheiro? (indaga, revoltado, Hassan).

Os aviões franceses dão uma nova rasante por ali e o barco invisível atira seus mísseis de detecção de calor, que começa a perseguir os caças inimigos.

- Isso não irá destruir estes aviões! (comenta Hassan). Eles têm contramedidas para esse tipo de míssil!

- Você não sabe nada sobre combates, Hassan...! (afirma o comandante Bon-hwa). Eu sei que eles não serão atingidos, mas ao menos terão que fugir deles o que nos dará a chance de continuar a nossa missão enquanto estamos invisíveis!

- Acho que nunca um oriental me surpreendeu tanto!!!! (comenta, debochadamente, Hassan).

Os caças se afastam voando em velocidade máxima para escapar do ataque. No alto eles jogam para trás diversas bombas de calor para atrair os mísseis que explodem atrás deles sem danificar os aviões.

- Quem está nos atacando? Não vejo nenhum sinal em meu radar! Só pode ser um submarino! (declara um dos pilotos franceses).
- Vamos despejar nossas bombas nos locais mais prováveis para tentar acertá-lo (informa o outro piloto de caça).
- Certo! Estou atrás de você para protegê-lo de um ataque! (comenta o segundo piloto).

No mar o navio invisível norte-coreano aproxima-se discretamente do bote do homem engravatado para roubar-lhe a valise! No céu os dois caças aproximam-se novamente.

- Artilheiros...! Atirar ao meu comando durante a passagem dos aviões...! (ordena o comandante norte-coreano). Esperem...! Esperem...!
Agora...!

Os aviões se aproximam rápido e despejam suas bombas no lugar errado, porque não estão vendo o inimigo invisível. Do navio invisível norte-coreano rajadas de supermetralhadoras de grosso calibre desferem rajadas numa posição fixa bem à frente da passagem de cada um dos aviões franceses. Os pilotos se desesperam porque agora não dá mais para desviar daqueles tiros. Um dos aviões explode em pleno ar e o outro é atingido numa das asas o que faz pegar fogo e perder o controle. Ambos os pilotos acionam a ejeção e saltam para fora, enquanto lá embaixo as suas bombas explodem na superfície do mar.

Agora, próximo de seu alvo indefeso, do navio invisível norte-coreano duas cordas são lançadas para baixo. Os 4 ocupantes do barquinho, três deles soldados franceses e o outro o engravatado com a valise, olham para cima sem entender o que está acontecendo. De onde vêm as duas cordas há apenas o céu!!!! Ou seja, não parece haver nada lá em cima! Os marinheiros franceses apontam seus rifles em busca de um alvo e nada veem.

-
O que está acontecendo? (indaga o homem de gravata). De onde vêm estas cordas????

Dos alto-falantes do navio norte-coreano fala o comandante em francês:

-
Joguem suas armas no mar! Ou afundaremos vocês também!
Assim como fizemos com seu navio, seus helicópteros e seus aviões!


Sem opções e sem alvo os militares franceses se entreolham e resolvem jogar suas armas no mar, conforme ordenado! Pelas cordas agora descem dois militares norte-coreanos, vestidos de preto dos pés à cabeça e portando armas de mão. Eles param de descer, já bem junto ao bote salva-vidas! Pedem a valise, que lhes é entregue sem resistência.

-
Onde estão os milhões de euros?
- Está tudo aí nesta valise! (declara nervoso o homem de gravata).
- Aqui não cabe todo este dinheiro! (comenta um dos militares norte-coreanos ameaçando atirar).
- Está tudo aí dentro! É verdade! É um vale!
-
Um vale?!?! Está de brincadeira com a gente????
- Não! Não! É verdade! Pode verificar!

Os norte-coreanos agora são puxados para cima e tanto eles quanto as cordas desaparecem no céu. Alguns segundos se passam até que Hassan e Bon-hwa abrem a valise e veem um documento francês dizendo que vale dez milhões de euros em armas, que podem ser compradas apenas do governo francês!

- Não acredito nisso! (declara, revoltado, Hassan). Isso é um absurdo! Como é que nossos concorrentes aceitaram uma coisa destas? Como? Me diga comandante!!!!
- Matem todos os ocupantes do bote! (ordena Bon-hwa).

Da parte de cima do navio invisível abrem-se três tampas, expondo parcialmente o interior da embarcação!

- É um navio invisível!?!? (declara, surpreso, o homem engravatado, lá embaixo no bote salva-vidas).

Do interior do navio invisível surgem três militares norte-coreanos segurando armas. Eles atiram! Porém um dos militares franceses pega forte na roupa do colega ao seu lado e os dois saltam para dentro d´água para escapar da morte, nadando sob o barco invisível inimigo.

- Droga! Dois militares franceses escaparam! (reclama um dos militares norte-coreano que estava atirando para baixo).
- Vamos informar o comandante! (diz um deles).

Os soldados norte-coreanos entram novamente no barco e fecham as tampas tornando-se totalmente invisíveis novamente! Os dois soldados franceses mergulharam e saíram do outro lado do navio invisível. Ao longe diversos piratas estão vindo na direção deles. É o grupo que aguardava a vinda do navio de guerra francês para o pagamento do resgate do navio-petroleiro e da tripulação! Eles não sabem o que aconteceu ali e nem quem os atacou! Mas agora estão todos apreensivos! Paris não aceitará passivamente o ocorrido! Os dois militares franceses e outros tantos, todos caídos ao mar, estão sendo um a um capturados pelos homens da Somália. Serão mais reféns para trocar por novos vales franceses!

-
Por que nos atacaram? (grita o soldado francês ao pirata somali).
- Nós não os atacamos! Por que faríamos isso? (responde ele).
-
Então quem nos atacou?
- Não sabemos...! O que acha que seu governo fará sobre isso agora?
-
Meu governo eu não sei! Mas eu despejaria sobre vocês todas as bombas até o valor de seu resgate! (responde o soldado francês).

O somali olha para ele, preocupado com isso! Todos são retirados para dentro dos barcos e levados à cidade de Baraawe! Serão novos reféns para uma nova tentativa de pedido de resgate ao governo de Paris!

-
Mas que droga!!!! (continua reclamando Hassan na cabine de comando do barco norte-coreano). Que porcaria de acordo eles fizeram com os franceses! Era só pedir menos dinheiro e eles aceitariam! Mas não...! Não...! Eles tinham que aceitar... um vale...! Que droga!

- Vamos retornar à sua cidade! Vou pegar as armas de que necessitarei para prosseguir com a minha viagem (declara o comandante norte-coreano).

- Armas? Que armas? (indaga Hassan).
- Tínhamos um acordo! Você já tem o seu... vale! Agora eu quero a minha parte!
- Mas eu não recebi nenhum dinheiro! Não posso liberar armas em troca um... vale!

- Você não quis dividir o dinheiro. Disse que o conteúdo da valise era seu! A mim restava apenas conseguir a maleta para você. Você já tem a sua maleta e deve agora cumprir a sua parte me entregando o armamento combinado!

- É meu chapa! Mas eu esperava receber dinheiro para comprar mais armas!
- Use seu... vale! E terá dez milhões de euros em armas!
-
E você acha que depois de afundarmos dois helicópteros, dois caças e um navio de guerra dos franceses eles iriam liberar mais armas para mim?

- Isso não é problema meu! Fiz a minha parte! Agora terei meu pagamento, nem que eu tenha que usar todo o meu arsenal contra o seu grupo e pegar o que você tiver disponível (ameaça o comandante norte-coreano).

- Olha! Vamos fazer um novo acordo, Bon-hwa! Com a sua capacidade de invisibilidade poderemos destruir toda a frota de navios de guerra aliados aqui por perto. Teremos o mundo aos nossos pés! Eles pagarão tudo o que pedirmos pelos petroleiros que sequestrarmos!

- Não faço negócios com pessoas que não cumprem acordos!
- Bon-hwa...! Entenda...! Se eu lhe der meus armamentos ficarei falido...!
- Se não me der o combinado eu matarei todos vocês! Então pode escolher entre mudar de ramo ou morrer!

Hassan olha para ele, vira-se de costas, caminha para lá e para cá pensando no que deve fazer. Os militares norte-coreanos reagem a um olhar de seu comandante e imediatamente apontam seus rifles contra Hassan e seus quatro homens.

- Tá legal...! Tá legal...! Eu libero metade das armas de nosso acordo e você poderá partir sem problemas. Nenhum de meus homens fará algum mal para vocês.

O comandante asiático sorri ironicamente e declara:

- Você viu o que meu navio acabou de fazer aqui contra os franceses! Acho que você deve ser capaz de imaginar o que faríamos ao seu grupinho de negros africanos!!!!
- Tá legal, Bon-hwa! Você manda! Vamos até a minha aldeia!

O barco invisível norte-coreano navega lentamente pelo mar, já próximo à cidade de Hobyo na Somália. Nos porões do navio o prisioneiro e ex-imediato do comandante Bon-hwa recebe a visita novamente do carcereiro! Ele levanta-se do estreito banco disponível no interior da cela e aproxima-se das barras de ferro para conversar baixinho com seu informante:

- Olá! Tem novidades para mim? (indaga o prisioneiro).
- Sim! Mas não são nada boas...! (responde o carcereiro).
- O que houve?
- Dois de nossos homens estavam próximos ao comandante quando em missão no veleiro de um pirata somali e o ouviram dizer que nossa missão contra o Brasil é uma missão suicida!
- Verdade?
- Sim! Depois disso eles comentaram com outros e agora temos quase o mesmo número de soldados contra o comandante. Estamos quase prontos para um motim!
- Não podemos deixar que ele nos mate a todos! (diz o ex-imediato). Mas não podemos correr o risco de errar. Ainda não é hora de reagirmos! Temos que esperar que a embarcação esteja repleta de suprimentos.
- A negociação de armas e munição com o tal de Hassan deu errado! Eles foram enganados com o dinheiro do resgate. Agora o comandante não acredita que ele cederá as armas para nós.
- Mais um motivo para adiarmos o motim! Se os somalis quiserem luta... nossos soldados deverão estar prontos para combatê-los.
- Então devemos esperar!
- Sim! Mantenha-me informado! Vamos escolher a hora certa para isso!
- Está bem...! Está precisando de alguma coisa...? Comida...? Água...?
- Não, meu amigo! Estou bem! E graças a você vamos levar todos para casa muito em breve!

O carcereiro sorri e se afasta lentamente dali, retornando ao andar de cima, enquanto o prisioneiro acompanha com os olhos repuxados a partida do colega!

CAPÍTULO IV
PEDRO E O LOBO

CAPÍTULO XXVII
LAR DAS ONÇAS

CAPÍTULO V
FANTASMA URBANO

CAPÍTULO XXVIII
O INFERNO CONTRA-ATACA

CAPÍTULO VI
PIRATAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XXIX
ATAQUE AO LITORAL

CAPÍTULO VII
ENTRANHAS DO PODER

CAPÍTULO XXX
NOVOS POLÍTICOS

CAPÍTULO VIII
FRONTEIRAS DA GUERRA

CAPÍTULO XXXI
LEMBRANÇAS ANTIGAS

CAPÍTULO IX
BALAS ASSASSINAS

CAPÍTULO XXXII
O DONO DO INFERNO

CAPÍTULO X
FICHA LIMPA OU ROUPA SUJA

CAPÍTULO XXXIII
AGULHAS INVISÍVEIS

CAPÍTULO XI
PIRATAS EM REUNIÃO

CAPÍTULO XXXIV
VISITA INTERNACIONAL

CAPÍTULO XII
PRESSÃO POLÍTICA

CAPÍTULO XXXV
SOZINHO NA MULTIDÃO

CAPÍTULO XIII
GUERRA SEM-FIM

CAPÍTULO XXXVI
GUERRA DE INVISIBILIDADE

CAPÍTULO XIV
NAS PISTAS DE UM COMBATE

CAPÍTULO XXXVII
VERDADE DOS FATOS

CAPÍTULO XV
ENTREVISTA COM O DEMÔNIO

CAPÍTULO XXXVIII
PALAVRA DE PRESIDENTE

CAPÍTULO XVI
MOGADÍSCIO

CAPÍTULO XXXIX
O ENCONTRO COM O MAL

CAPÍTULO XVII
O AMANHÃ COMEÇA HOJE

CAPÍTULO XL
TIRO NO ESCURO

CAPÍTULO XVIII
MORTE NA ALDEIA

CAPÍTULO XLI
PARCERIA INUSITADA

CAPÍTULO XIX
FRONTEIRA DO PODER

CAPÍTULO XLII
ESPELHO QUEBRADO

CAPÍTULO XX
FALSO FANTASMA

CAPÍTULO XLIII
O NOVO CÂNCER

CAPÍTULO XXI
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

CAPÍTULO XLIV
LEMBRANÇAS DO VIETNÃ

CAPÍTULO XXII
DOMÍNIO DO ÓBVIO

CAPÍTULO XLV
A VERDADEIRA DEMOCRACIA

CAPÍTULO XXIII
CORONEL SEM ESTRELA

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