O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

Venezuela. Povoado de Onojo à beira do Rio Negro. Pedro está conversando tranquilamente com seu amigo Maldonado. Ambos estão sentados diante de uma mesa simples e antiga, feita de pura madeira da região, assim como as cadeiras. Era de manhã e eles estavam tomando um copo de leite que Maldonado colhera logo cedo de uma das poucas vacas disponíveis no pasto. Inesperadamente alguém bate palmas ao longe.

- Ô de casa...! Maldonado...? Você está aí...?
Pedro olha diretamente nos olhos de seu amigo e dono da casa, e percebe que ele já sabia de quem se tratava!
- É ele? (questiona Pedro).
- Sim, meu amigo! Ainda dá tempo de desistir! Não se apresente a ele. Esqueça desta vida e suma desta região!
- Não, compadre! Estou aqui porque quero... e estou aqui porque preciso...! A minha vingança começa agora!

- Vamos falar com ele (diz Pedro levantando-se da cadeira e indo em direção à porta de saída da casa).

Maldonado não gostou disso, mas ele não pode fazer mais nada a respeito. Quando Pedro abre a porta vê o tal sujeito de frente que se aproximava. Como ambos não se conhecem o tal traficante saca uma arma e aponta na direção do sargento da marinha, que para imediatamente de andar e declara:

- Ei! Calma aí! Por que está querendo atirar em alguém com quem irá trabalhar junto?

Maldonado sai da casa rapidamente e impede a morte do amigo Pedro.

- Não atire, Miguel! Ele é meu amigo! Está aqui esperando para falar com você.

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

- E quem é você? (diz o tal Miguel ainda apontando a arma para Pedro).
- Sou o último sobrevivente do cartel peruano. E tenho informações importantes para compartilhar com as FARC.
- É mesmo? Não sabíamos que alguém tinha sobrevivido ao tal fantasma! Ainda bem que ele não vive aqui por perto senão nós já teríamos acabado com ele.

Miguel abaixa a arma e a guarda na cintura novamente.

- Receio que isto não seja tão simples assim, Miguel (declara Pedro). É por isso que estou aqui. As FARC precisam se preparar contra este fantasma. Ele virá para cá, muito em breve.
- Bem... neste caso... precisamos falar com nosso líder imediatamente (declara Miguel).
- É exatamente isso que eu vim fazer aqui. Então vamos começar tudo novamente. Deixe eu me apresentar oficialmente, companheiro. Muito prazer, meu nome é Pedro Álvares.
- Certo! Meu nome é Miguel Antiqueira. Então, Pedro! Quando quer conhecer nosso líder?
- Já estamos atrasados! O fantasma não demorará muito tempo para chegar aqui.
- Então vamos! (declara Miguel). E você, Maldonado! Tem alguma informação para nós?
- Não! Apenas Pedro apareceu por aqui desde ontem. Nada mais aconteceu.
- Muito bem...! Vou informar nosso pessoal...! Vamos embora, Pedro!
- Até breve, compadre! (despede-se Pedro). Quando eu puder retorno aqui para conversarmos mais um pouco.
- Está bem, Pedro! Vai com Deus! (deseja Maldonado a Pedro).

O sargento brasileiro e o representante das FARC se afastam dali de volta à lancha do guerrilheiro Miguel. Em menos de uma hora estão os dois já caminhando pela mata em direção à aldeia dos guerrilheiros, quando são recebidos por um grupo de cinco homens bem armados.

- Calma, pessoal! (comenta Miguel). Este aqui é um companheiro nosso do cartel peruano. O último sobrevivente!
- É mesmo...? Tem certeza...? Não pode ser...! (declaram três deles).
- Olá, pessoal! Meu nome é Pedro!
- Como conseguiu escapar do fantasma? (indaga um dos cinco homens que, assim como os outros do bando, os cercam).
- É uma longa história...! (declara Pedro ao ser interrompido por outro dos cinco homens armados).
- ...que você irá ter que contar em detalhes para mim... e me convencer... caso contrário... eu o matarei! Revistem-no! Não quero nenhum estranho armado em meu acampamento.
- Também é um prazer conhecê-lo, senhor! (comenta Pedro de forma meio irônica enquanto um dos homens das FARC o revista de baixo a cima).
- Ele está limpo, senhor! (declara o sujeito que o revistou).
- Que tipo de homem anda nesta região sem uma arma a tiracolo? Ou é louco ou suicida!
- Perdi tudo durante meu último confronto com o fantasma (informa Pedro).

O tal líder, de aparência sisuda, o observa com cuidado, buscando indícios de mentiras naquele homem que se diz sobrevivente dos massacres do fantasma. E logo depois ele declara:

- Vamos lá, então..., sobrevivente!

O líder vira-se de costas e caminha em direção ao acampamento. Todos os outros homens o seguem pela mata, mas agora em silêncio. Eles chegam ao acampamento depois de caminhar uns quinze minutos. Pedro observa algumas jaulas de madeira com pessoas dentro delas (devem ser sequestrados, pensa ele). Dezenas e dezenas de pessoas estão armadas no local, muitas são mulheres.

O sargento vê sujeira espalhada para todos os lados. São restos de comida, tecidos para barracas, roupas, ferramentas rústicas e manuais, restos de frutas e sacos plásticos para todos os lados. Os guerrilheiros, mulheres e homens fardados, estão curiosos quanto à presença de Pedro. Ele caminha, seguindo os guerrilheiros, sob os olhares de todo o bando.

O sargento brasileiro observa a pobreza em que vivem e as condições inadequadas de subsistência a que sujeitaram aquelas pessoas, em prol de uma causa nobre, mas com atos terroristas como forma de luta. Isso deu a eles o título de “indesejados” pela maior parte da sociedade colombiana, como acontece em qualquer país onde este tipo de gente se instala.

Uma ou outra criança corre por ali, filhos de ninguém, perdidos no tempo e espaço, cujo futuro próximo, com certeza, será em algum orfanato, porque seus pais nunca viverão o suficiente para dar-lhes a segurança e educação de que necessitarão.

Chegando ao centro do acampamento o coronel, líder daquele bando, senta-se em um pequeno tronco de uma grande árvore cortada, que lhe serve de cadeira. O sargento Pedro para de andar e fica de frente para aquele militar de mais alta patente.
O mesmo ocorre com todos os outros guerrilheiros do local, que cercam o brasileiro para ouvir o que ele tem a dizer. Estão todos muito curiosos para saber como alguém pôde sobreviver ao enfrentar o terrível fantasma.

- Muito bem, sobrevivente! O que está esperando? (indaga o coronel colombiano). Conte-nos sobre este tal fantasma! Convença-me que você realmente o enfrentou e sobreviveu! Mas capriche...! Por que eu não sou de me convencer com facilidade.
- Vamos começar pelo começo, senhor! Meu nome é Pedro Álvares! Qual é o seu?
- Sou o coronel Conrado, líder desta célula das FARC! Conte logo a sua história, Pedro!
- Eu vim até aqui para alertá-los! Estive frente a frente com o fantasma que matou todos os nossos companheiros. E sei como acabar com ele. Quero me juntar a vocês para destruir este monstro que ataca apenas traficantes.
- Por que acha que teríamos interesse em ajudá-lo com a sua vingança pessoal? (indaga o coronel).
- Porque é uma questão de tempo para que aquela coisa venha para esta nova região para atacar vocês. Sei o que ele quer fazer e sem minha ajuda vocês não terão como sobreviver!
- Se sabe como acabar com ele, por que todos os seus colegas morreram no Peru?
- Foi por causa disso que eu descobri o modo de acabar com este fantasma! Eu descobri a fraqueza dele!
- É mesmo? Então nos diga qual é esta fraqueza para que possamos nos preparar contra ele.
- Não é uma fraqueza física! É mental! Eu precisarei treiná-los para que possam realizar tal coisa.
- E por que acha que eu tenho que acreditar em você?
- Neste momento sou a única esperança das FARC em sobreviver. Se tentarem enfrentá-lo apenas com armas, serão todos mortos.
- Não sei, não! Tenho dúvidas se você pode realmente fazer o que diz ser capaz.
- A opção é sua! Se não me quiser aqui vou visitar outras células das FARC até que me aceitem como membro. Tenho que destruir este fantasma que acabou com a vida de todos os meus companheiros.
- Este fantasma não matou todos os seus colegas! (declara Conrado, o coronel-chefe).
- Não? Por que diz isso? (indaga Pedro, curioso).
- Um colega seu sobreviveu à chacina no rio.
- E onde ele está agora?
- Foi preso pela polícia de fronteira brasileira e está na cadeia. Enviei um advogado nosso para libertá-lo, mas ele se acovardou. Está com tanto medo deste tal fantasma que prefere ficar preso a ser livre novamente. Mandei que o matassem na cadeia. Odeio companheiros covardes! (declara o coronel).
- A decisão final é sempre sua, coronel!

O militar Conrado pensa um pouco sobre o que está ouvindo e questiona Pedro novamente:

- Como sabe como ele poderá ser eliminado?
- Estávamos no acampamento no Peru! (conta a história, Pedro). Aquela... coisa... chegou atirando granadas, forçando-nos a fugir pela mata em direção ao rio. Percebi que estávamos sendo levados a uma armadilha. Bolei um plano enquanto fugíamos. Nós o cercamos nos escondendo entre as maiores árvores. Eu parei de correr, joguei minha arma no chão e o enfrentei de frente com os braços abertos. Quando meus colegas estavam prontos para atirar por todos os lados, o maldito fantasma se adiantou e acertou ao mesmo tempo todos eles, menos em mim! Comecei a correr e ouvi o fantasma me seguindo. Mas cai num buraco e... acho que desmaiei. Não vi mais nada...! Quando acordei estava tudo silencioso por ali...! A coisa mais importante aconteceu no momento em que estive cara a cara com ele. Antes de meus colegas morrerem, eu senti... eu vi... a mente daquele fantasma! Não entendo por que fui capaz de sentir tal coisa. E nem como isso foi possível! Mas eu sei o que ele pretende fazer! Esta entidade deseja acabar com todos os traficantes e guerrilheiros da América do Sul.

- Por que você acredita que um fantasma usaria granadas e armas apenas para matar traficantes e guerrilheiros?
(indaga o coronel).
- Não sei! Talvez ele seja uma alma penada, morto por alguém... como um de nós...! E assim estaria vingando sua morte com a mesma moeda! Ou então o demônio vem recrutando mais pessoas para viverem com ele no inferno... e escolheu traficantes e guerrilheiros como lacaios! O fato é que este fantasma deseja o fim de todos nós. E somente eu sei como derrotá-lo.

Você, leitor, que leu o livro anterior, sabe que o sargento Pedro é da marinha brasileira e estava infiltrado no cartel peruano! Portanto, toda esta história não é verdadeira! Pedro ajudou os militares do barco invisível a encontrar e matar um a um dos cinquenta membros traficantes.

- Você diz que devemos destruí-lo mentalmente! O que isso quer dizer? (indaga o coronel colombiano).
- Quando uma pessoa não porta armas diante dele e não reage, não há motivos para que o fantasma atire (declara Pedro). Quando ele te encarar de frente você deve pedir mentalmente para ele voltar para o inferno de onde veio! Eu acredito que se um número grande de pessoas desejarem a mesma coisa e ao mesmo tempo para ele..., e diante dele..., poderemos fazer com que tal criatura retorne para o lugar de onde veio.
- Então você diz que para acabar com tal criatura, devemos estar desarmados e todos juntos no mesmo lugar? Isso é suicídio! Será um fuzilamento! Deste modo ele acabará ainda mais facilmente com todos nós! (afirma o coronel guerrilheiro, já ficando nervoso com esta situação).
- Nos oferecermos a ele é a única forma de destruí-lo (decreta Pedro). Esta criatura é vingadora e não atirará em alguém desarmado! Não sei se notou, mas nenhum inocente foi morto durante os ataques! Somente morreram aqueles que estavam armados e atacando-o.
- É! Eu sei disso! Mas se entregar ao inimigo desta forma não é algo que possamos fazer!
- Talvez este fantasma seja um enviado de Jesus, que testa as pessoas a serem capazes de darem a outra face ao seu inimigo! (sugere Pedro envolvendo a religião para auxiliar no convencimento do coronel).
- Nossa causa não é religiosa. Ela envolve luta e armas, violência e mortes!
- Se agirem desta forma contra o fantasma morrerão em vão pela sua causa. Somente eu posso ajudá-los a destruir aquele que também é o único que os caçarão e matarão um por um...! O senhor escolhe...!
- Quantas pessoas você acha que serão necessárias para devolver o fantasma ao lugar de onde ele veio?
- Não sei! Isso não ficou claro para mim! Mas uma coisa é certa: se forem poucas pessoas não funcionará.
- Não acho que seu plano seja bom para as FARC! Preciso pensar mais sobre isso! (declara o coronel).
- Mas pense rápido, coronel! Não sei quanto tempo levará para que ele venha até aqui. Precisamos nos preparar e fazer uma armadilha onde o fantasma se sinta mais seguro: perto do rio.
- Volte para a casa de seu amigo, o Maldonado! (ordena o coronel). Fique lá até que eu me decida o que fazer.
- Muito bem então, coronel! Espero ansioso por seu contato! Não quero que mais ninguém morra porque eu vacilei! Aquela coisa tem que morrer e somente um grupo grande como as FARC poderá confrontá-lo!

O coronel Conrado ficou na dúvida se deveria ou não acreditar em Pedro. Mas quando alguém fala sobre esoterismo, fantasmas, alienígenas, monstros, lendas, religiões, espíritos ou seres do além, uma grande quantidade de pessoas tende a crer na possibilidade real destas coisas, mesmo que tudo não passe apenas de uma boa mentira, contada por alguém que saiba se expressar de forma inegavelmente enfática e convincente!

Eduardo Villares como
Chefe das FARC

Bruno Santos como
sargento Pedro

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