O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
VOLTAR À PÁG. DA COLEÇÃO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

Pedro e os oito jovens que o acompanham chegam finalmente até o local onde o enorme grupo de Xavier está reunido. Um dos guerrilheiros locais segue à frente, levando-os até Xavier. Mas o sujeito demonstra muito medo e aponta seu rifle para todos os lados continuamente.

- O que houve aqui? (indaga Pedro ao guerrilheiro local que os ciceroneia no acampamento enquanto caminham lentamente e com cuidado por ali).
- Tivemos que nos dividir em pequenos grupos...! Ordens do comandante! (responde, falando baixinho, o medroso guerrilheiro).
- E por que fizeram isso? Juntos vocês não se tornam mais fortes? (indaga Pedro novamente).

O guerrilheiro para de andar e aponta sua arma agora na direção do sargento brasileiro, enquanto responde falando baixinho:

- Olha...! Eu não quero falar sobre isso...! E é melhor todos ficarem de boca fechada...! A criatura poderá nos ouvir falando!

O sargento chega ao acampamento e nota o enorme vazio e silêncio deixado no local. Ele olha ao redor e vê num pequeno cercado, onde um grande grupo de prisioneiros, amarrados pelas mãos, pés e pescoço, estão confinados com alguns guerrilheiros tomando conta deles.

- Como conseguem tomar conta de tantos prisioneiros com tão poucos tomando conta? (indaga novamente Pedro).
- O comandante queria subdividir os prisioneiros entre os diversos grupos, mas o fantasma atacava e matava cada companheiro nosso que tentava retirar um deles do cercado.
- É! Parece que a noite passada foi bem movimentada aqui, não foi mesmo? (comenta Perez, um dos jovens que acompanha Pedro).

O guerrilheiro para novamente de andar e se volta com a arma apontada para o jovem que fez o comentário:

- Tenha mais respeito pelos seus companheiros! Tivemos mais de cem mortes nesta última noite... outra centena debandou de medo... temos mais de duzentos colegas feridos...
- Nenhum de vocês são meus companheiros... (declara o jovem Perez diante da arma apontada do guerrilheiro).
-
O que estão fazendo? (grita de longe Xavier que saíra de sua tenda). Já somos poucos e vocês ainda querem se matar? Quem são estas pessoas, Gutierrez?
-
Eu sou Pedro! Vim aqui para ajudar! (grita em retorno, e ainda meio de longe, o sargento).

Gutierrez olha para seu comandante e de volta para Pedro fazendo careta e exigindo deles:

- Falem baixo! A criatura pode estar dormindo...!
- Controle-se, Gutierrez! O fantasma pode nos matar quando quiser! E duvido que ele esteja dormindo neste momento! (declara Xavier enquanto se aproxima lentamente do grupo de Pedro). Por que demoraram tanto para chegar?
- Viajar à noite é perigoso. A polícia de fronteira brasileira teme um ataque noturno e temos que navegar lentamente para não assustá-los (declara Pedro ao comandante da célula esfacelada).
- Acha que pode exorcizar este fantasma? (indaga Xavier).
- Exorcizar?!?! Não sou padre, comandante! Mas acho que posso fazê-lo desaparecer daqui.
-
Desaparecer!?!? Ele não precisa de você para desaparecer! (comenta, já nervoso, Xavier).
- Rsrsrs! Eu quis dizer que posso fazê-lo ir embora daqui!

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

O comandante pega Pedro pelo pescoço e o ameaça:

- Escute aqui...! Perdi bons homens para esta criatura...! O seu desdém com a situação não está me agradando...! Conrado me disse que não gosta de você! Ele te acha perigoso e duvida que possa realizar um bom trabalho com este fantasma...! Então... vou perguntar pela última vez... você pode se livrar de uma vez por todas deste fantasma... ou não?
- Sim, comandante! Eu farei com que ele se arrependa de ter aparecido por aqui! (declara, com firmeza, Pedro, ainda seguro pelo pescoço por Xavier, que agora, finalmente o larga).
- Muito bem! Comece imediatamente a fazer... o que tem que fazer.... Seja lá o que for...!
- Comandante...! Como este fantasma vem atacando seu grupo?
- De forma cruel...! Desumana...! Incontrolável...! Ele não negocia conosco...! Ele não cede...! Não pode ser morto...! (informa Xavier).
- O comandante enfrentou a criatura olho no olho... (declara Gutierrez com os olhos arregalados).
- Mesmo? (indaga Pedro ao Xavier).
- Sim!
- O que sentiu neste momento, comandante?
- Ódio dele!
- Não...! Perdoe-me...! Não quero saber sobre seus sentimentos...! Quero saber se sentiu a presença do fantasma...? Sentiu que pode conversar com ele telepaticamente...?
- Que raio de pergunta idiota é esta?!?! (indaga, nervoso, Xavier).
- Não é idiota a pergunta, senhor! Eu posso sentir a presença do fantasma rondando aqui por perto...! (declara Pedro).

Xavier espreme os olhos e inclina ligeiramente a cabeça, demonstrando que não está acreditando no sargento.

- Se pode falar com a criatura mentalmente... mande-a embora daqui..., antes que ela resolva ir sozinha, porque em breve não restará nenhum de nós vivos... se você não conseguir se livrar daquilo...! (informa Xavier virando as costas para Pedro e caminhando de volta para a sua tenda, enquanto Pedro grita mais uma pergunta a ele).
- Comandante...! Eu gostaria de juntar o maior número possível de seus homens, todos desarmados para ficarmos sentados aqui meditando.
- E isso vai ajudar de alguma forma em seu trabalho? (indaga Xavier que continua caminhando em direção à sua tenda sem se virar para Pedro).
- Claro que sim! Isso é importante para afastarmos o fantasma para bem longe daqui!
- Faça como quiser! (declara Xavier entrando na tenda sem dar maior atenção ao Pedro).
-
Muito bem, pessoal! (declara o sargento, voltando-se para seu grupo de jovens). Vamos fazer o que lhes ensinei! Sentem-se aqui mesmo e vamos fazer a oração contra o fantasma. Pessoal! (grita Pedro agora para alguns homens do bando de Xavier que estão ali por perto). Preciso da ajuda de vocês para que mentalmente possamos ordenar ao fantasma para sumir daqui...! Ordens de seu comandante!

Lentamente diversos homens de Xavier se aproximam do pequeno grupo e Pedro requisita a eles:

- Por favor...! Sentem-se todos no chão atrás de meu grupo de trabalho... Ali... Por favor...!

Todos obedecem e Pedro se posiciona de frente para eles e requisita:

- Quero que vocês fechem seus olhos e deixem a mente fluir...! Relaxem...! Não pensem em nada...! Deixem seus outros sentidos agirem...! Quero que apenas ouçam os pássaros cantando... bem longe...! Ouçam as folhas caindo na mata...! Relaxem...! Respirem fundo...! Isso...! À vontade...! Esqueçam seus problemas e preocupações...! Apenas... relaxem...! Muito bem...! Estou sentindo um clima bom vindo de vocês...! Agora... um único pensamento deve ocupar a mente de vocês...! Desejem do fundo de sua alma..., e sem abrir os olhos..., que o tal fantasma desapareça! Peçam com vontade que o tal fantasma não retorne nunca mais para vida de vocês...! Não abram seus olhos...! Não falem alto...! Apenas pensem na frase que eu pedi...! Não abram os olhos...! Façam isso até que eu peça para pararem...! Isso...! Assim...! Com mais vontade, Gutierrez...! Isso...! Vou ficar em silêncio e caminhar para ver se encontro o fantasma ou algum sinal dele. Não parem...! Continuem pedindo que ele se vá para sempre...! Isso...!

Perez, um dos jovens, sentado à frente do grupo abre os olhos e sorri para Pedro, que faz um gesto sutil de rosto para que ele continue de olhos fechados e pelo menos fingindo que está querendo o mesmo que os outros guerrilheiros. Perez fecha novamente os olhos, mas continua sorrindo levemente, achando graça das falsas tentativas de espantar o fantasma. Sérgio, posicionado ali por perto e invisível, fica curioso com a cena e aguarda para ver o desfecho de tudo aquilo. Pedro agora começa a andar para longe do grupo olhando para todos os lados. Quando ele se afasta o suficiente... começa a falar baixinho:
- Fantasma...! Você está aí...? Não sabia que a nossa embarcação já havia voltado da missão internacional! Preciso falar com o almirante sobre o grupo do coronel Conrado...!
Sérgio aproxima-se lentamente de Pedro, olha ao redor e responde falando também baixinho:
- Você é o sargento Pedro?
- Sim! Mas quem é você, afinal? Não é do barco invisível?
- Não! Não sou! (responde Sérgio). O almirante Figueiredo me pediu para encontrá-lo! Ele está preocupado com você! Por que não se comunicou novamente?
- Nossa célula, que vivia perto de Onojo, foi atacada pelo exército colombiano! Muitos foram mortos! Os sobreviventes estão se escondendo alguns quilômetros rio abaixo. Mas quem é você?

De longe Xavier saiu de sua tenda e observa Pedro olhando e aparentemente falando alguma coisa bem baixinho. Ele resolve se aproximar do sargento para descobrir o que está acontecendo.

- Não posso dizer quem sou! (informa o androide Sérgio a Pedro). Faço parte de um projeto ultrassecreto do exército com o apoio da marinha brasileira.
- Entendo! E os prisioneiros? (indaga Pedro). Nenhum deles foi levado daqui durante a debandada dos guerrilheiros?
- Não deixei que levassem ninguém! Estão todos aqui!
- Certo! Preciso que faça uma coisa!
- Diga logo, Xavier está se aproximando daqui. O que quer que eu faça, Pedro?
- Mate todos os membros das FARC neste acampamento, menos os oito jovens ali na linha de frente e eu... obviamente. Preciso voltar para a célula de Conrado antes que ele desapareça. Salve os prisioneiros e leve-os de volta para o posto de guarda da fronteira do Brasil. Tem um aqui perto...
- Eu sei! Vim de avião e já estive com eles...! Fim de papo...! Xavier poderá nos ouvir! (declara Sérgio).

Pedro então continua orando baixinho para não ser surpreendido:

- Afaste-se daqui, fantasma! Retorne para o inferno de onde veio...! Afaste-se daqui, fantasma...
- O que está fazendo, Pedro? (indaga Xavier, interrompendo as palavras de Pedro).
- Comandante! O senhor não pode interromper nossa meditação. Estou tentando destruir este fantasma...! Mas ele é muito forte e receio que está ficando cada vez mais zangado conosco.
- E o que isto quer dizer, afinal?
- Que todos devem largar as suas armas, antes que ele resolva matar todo mundo aqui.
- Acha que isso resolverá o problema?
- Sim! Eu tenho certeza! Dê-me sua arma comandante! (declara Pedro estendendo a mão para pegar a arma dele).
- Se isto for um truque, Pedro, eu mesmo o matarei! (declara, ameaçador, Xavier).
- Não é um truque, comandante! O fantasma está numa missão! E eu o entendo... (declara Pedro recebendo a arma do comandante Xavier). Porque eu também estou numa missão.
- E qual é a sua missão, companheiro? (indaga Xavier).

Pedro sorri para ele, vira a arma na direção do comandante e declara:

- Minha missão é me vingar de todos aqueles que vendem drogas na América do Sul.

Xavier arregala os olhos sem entender direito a frase de Pedro e logo a seguir recebe um tiro à queima-roupa na barriga. O comandante cai no solo, enquanto o fantasma saca sua arma e atira em todos os guerrilheiros que ainda estão armados e tomando conta dos prisioneiros. Os que estavam meditando rapidamente se levantam e são atingidos tanto por Sérgio quanto por Pedro com suas armas. Os oito jovens se abaixaram para não serem atingidos. Perez ainda desfere uma cotovelada entre as pernas do guerrilheiro que estava atrás dele e já de pé pronto para atirar em Pedro. O homem cai ao chão junto com a sua arma e atira em Perez! O sujeito é espancado até a morte pelos outros sete jovens. Agora não restou mais nenhum guerrilheiro vivo no local. Os prisioneiros erguem a cabeça e percebem que estão livres novamente. Pedro aproxima-se de Perez para ajudá-lo, mas percebe que o tiro fora fatal. Ele está morrendo rapidamente. Sérgio aproxima-se dos prisioneiros agora visível como um fantasma. Ele destrói o cercado improvisado, enquanto todos retiram as cordas das mãos e pescoço.

- Eu sinto muito, Perez! (declara Pedro ajoelhado no chão ao lado do jovem moribundo). Eu queria salvar todos vocês destes crápulas...! Mas...
- Está tudo bem, Pedro...! (responde o jovem com os olhos entreabertos e uma aparência de muita dor). Obrigado por ter nos ajudado a viver com esperanças neste inferno...! Acabe com todos estes guerrilheiros...! Só você poderá fazer isso...!
- Eu vou fazer isso sim, Perez...! Sabe... Você lembra muito a aparência de meu filho, que fora morto por causa das drogas...
- Eu desconfiava que você tinha um segredo... Avise minha mãe...! Estou em paz agora..., porque eles estão livres das ameaças dos guerrilheiros! (declara Perez quando dá agora seu último suspiro... e morre ali... nos braços do sargento, que começa a chorar copiosamente).

Os outros sete jovens se juntam ao redor de Pedro e alguns fazem carinhos nas costas dele para acalentá-lo. Ali perto Sérgio, o androide, ainda escondido sob a imagem do fantasma, fala aos prisioneiros com sua voz tenebrosa:

-
ACHAM QUE PODEM ANDAR? PRECISAMOS CAMINHAR ATÉ O POSTO DE FRONTEIRA NO LADO BRASILEIRO...
- Muitos de nós mal podem ficar de pé! (declara um deles). Os guerrilheiros sempre nos deixam com pouca comida até ficarmos doentes para não podermos fugir daqui.

Pedro, ainda ajoelhado ao lado do jovem morto, grita para o fantasma:

- Por que não matou os dois mil guerrilheiros desta célula? Por que deixou que fugissem? Se tivesse feito um bom trabalho, Perez não teria morrido...! Você é incompetente...!

Os ex-prisioneiros ficam impressionados com a revolta de Pedro contra o fantasma. Sérgio, travestido com a imagem da caveira assustadora, aproxima-se lentamente do sargento, que ainda chora a morte do adolescente, e lhe diz algumas palavras:

- Pedro! Eu sou apenas um! Eles eram dois mil! Mas, ao menos duzentos foram mortos! O grupo foi esfacelado! Muitos fugiram e não acredito que continuem atuando como guerrilheiros! Salvamos todos os prisioneiros e você matou o líder mais temido desta região! Do meu ponto de vista... esta operação foi um sucesso!!!!

Pedro levanta-se do chão e encara de frente o fantasma, quase como se fosse agredi-lo:

- Se a minha equipe estivesse em seu lugar... nenhum deles teria escapado... se dividido... ou sobrevivido. Teríamos matado todos! Perez foi morto... graças ao sucesso de sua missão..., senhor fantasma incompetente!

Pedro afasta-se dali e vai auxiliar os ex-prisioneiros sob o olhar perplexo de Sérgio, que não vê da mesma forma o resultado final de sua ação. Inesperadamente diversos índios se aproximam lentamente dali, usando trajes típicos de pouca roupa com lanças e flechas em punho. O cacique do grupo de trinta indígenas então declara:

- Nós vimos fim das FARC! Saudamos fantasma! Vamos ajudar os doentes! Levar todos para Brasil.
- Quem são vocês? (indaga Sérgio escondido sob a imagem do fantasma).
- Somos Querari! Da aldeia Querari! Poucos quilômetros daqui. Há tempos sofremos com guerrilheiros. Vimos quando partiram! Obrigado, fantasma da floresta!

------------------------------------------
-------------------------------------
O fantasma olha para eles e balança a cabeça afirmativamente devolvendo o agradecimento. Os índios se aproximam e trazem ervas e produtos para curar os doentes. Pouco a pouco todos se ajudam para levar os ex-prisioneiros para a fronteira do Brasil com a Colômbia. A primeira leva é de pessoas que estão melhores de saúde. Pedro, os outros sete jovens e Sérgio trabalham para fabricar macas e ajudar a levar os que não podem andar. Sérgio cumpriu a missão que o almirante Figueiredo lhe dera: encontrou Pedro, que não dava notícias há algum tempo e evitou que a polícia de fronteira brasileira fosse atacada pelo enorme grupo guerrilheiro. Mas a caçada continua! Este era apenas o maior grupo das FARC. A maior célula guerrilheira foi pulverizada e transformada em pequenos grupos, que vivem agora escondidos na mata, com poucos recursos, sem nenhum prisioneiro e apavorados com medo de um... fantasma assassino! Mas existem muitos outros grupos menores espalhados por toda a fronteira brasileira. Encontrar e exterminar todos, um por um, será mais difícil de agora em diante, mas a luta conta com um poderoso aliado: uma lenda que se embrenhou na mata e está escondida atrás de cada sombra da floresta, em cada movimento de folhas, em cada galho quebrado. Os guerrilheiros terão muitas noites mal dormidas daqui para frente! Cada barulho que ouvirem, trará o terror de volta em suas mentes! Cada movimento de folhas, causado pelo vento, fará todos imaginarem que a morte está por perto mais uma vez. Haverá uma debandada geral, o que reduzirá drasticamente o número total de indivíduos a serem perseguidos. A contagem regressiva para o fim das FARC já começou e o tempo está acabando rapidamente!
Capítulo
Anterior

Próximo
Capítulo

----------------------------------
COMENTE SOBRE
ESTE LIVRO
CLICANDO AQUI