O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

Perto do final do dia e em torno de cento e cinquenta quilômetros navegados no interior do país inimigo, o barco invisível consegue chegar perto do ponto final de sua missão. Apesar de ter uma câmera e um microfone de alta sensibilidade no interior da cabine do barco invisível do comandante norte-coreano, a equipe brasileira não conseguiu muitas informações adicionais. Eles só perceberam que os inimigos se preocupavam o tempo todo em se aproximar deles, o que não conseguiam, porque estávamos sempre os monitorando para acelerar mais a nossa embarcação.

- Não poderemos mais navegar daqui em diante! As águas são muito rasas e encalharíamos se tentássemos! (declara o comandante norte-coreano ao seu imediato).
- Vamos avisar ao nosso líder supremo que falhamos?

O comandante asiático para um pouco para pensar e toma uma decisão:

- Vamos retornar para a foz do rio! Vamos explodir a entrada e colocar a culpa no barco invisível brasileiro.
- Mas, senhor! Isso é traição! Não podemos fazer isso!
- Não temos escolha! É melhor perdermos a guerra do que iniciar um conflito nuclear! As baixas serão incalculáveis e no futuro nosso país viverá melhor sem nosso líder.

O imediato saca a sua arma e a aponta na direção de seu comandante, ameaçando-o.

- Não vou admitir ser considerado um traidor de meu país. O senhor está preso!
- Largue esta arma! Não está pensando direito! Atirar uma bomba nuclear em nossos inimigos não nos fará vencer esta guerra! Ao contrário. A retaliação será tão grande que a península coreana desaparecerá. Todo o nosso povo poderá morrer nesta guerra sem sentido.
- Não me importa! Temos uma missão a cumprir! Não podemos falhar!

- Nós já falhamos! Não conseguimos impedir que o inimigo entrasse em nosso país. Não conseguimos atirar contra ele. Nossas armadilhas não foram eficientes! Não podemos persegui-los em águas rasas. Nós perdemos em todas as batalhas que queríamos lutar! Perdemos a guerra, imediato!
- Não! Ainda podemos detonar nossos inimigos e sairmos vencedores. Eles não nos atacaram com bombas nucleares para não afetar a Coreia do Sul. Temos uma vantagem ainda! Mas para isso temos que agir agora! Você está preso por traição e por descumprir as ordens de nosso líder supremo!

Na outra embarcação o comandante Severo, já de noite e no final de seu turno, dá a ordem para que o inseto artificial, que observa todas as ações no interior da cabine do inimigo, ataque o imediato. O pequeno robô alado voa a toda velocidade contra a mão do militar que deixa a arma cair no chão. O comandante saca a sua e a situação agora se inverte:

- Soldados! Prendam este homem por tentativa de motim!

Dois soldados se apresentam e levam pelos braços o imediato para a cadeia localizada no porão da embarcação.

-
Não! Não sou eu quem deve ser preso! É ele! Ele está traindo nosso povo e nosso líder supremo! Ele nos está condenando a morte. Vamos perder a guerra por causa dele. Prendam-no! Não a mim! (grita em vão o militar que é levado à força para a cadeia).

Agora o comandante norte-coreano olha para o chão, ali ao lado e vê o inseto artificial caído, quebrado e agora totalmente visível.

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

As asas invisíveis se quebraram e ele não pode mais voar. O líder militar se abaixa e pega o pequeno robô nas mãos. Ele olha de frente para a cabeça do pequenino dispositivo voador, olha feio e declara em coreano:

-

Logo depois o comandante norte-coreano joga o inseto artificial no chão e pisa várias vezes sobre o corpo dele para destruir todo o equipamento. No interior do barco invisível brasileiro Chin-Mae, que vinha traduzindo as conversas entre eles para a nossa tripulação, desta vez nada disse. Severo a indaga sobre o assunto.

-
O que ele disse, embaixadora?
- Ele disse que o Brasil irá pagar caro por tudo o que nós fizemos aqui hoje!
-
E o que isso quer dizer afinal? (indaga a piloto Margarida).
- Não sei! (declara Chin-Mae).
-
Piloto! Vamos navegar até o ponto combinado onde Sabino ou Everardo terá que ir de moto até a torre de transmissão para destruí-la (ordena o comandante Severo).
- Comandante! Eu gostaria de estar na linha de frente no lugar de um dos militares, comandante (comento eu, Fernando). Eu piloto bem a moto e posso chegar até lá juntamente com um dos soldados-aranhas. Além do mais, o barco invisível parado sobre um banco de areia pode precisar de Sabino ou Everardo para combater o inimigo.
-
Fernando! Estamos em território inimigo! Sua missão aqui não é essa! (relembra o comandante Severo). É apenas para documentar os fatos!
- Pois é! Felizmente ou infelizmente eu não consigo ficar só olhando, senhor! Parece que alguma coisa me impulsiona para ir onde nenhum jornalista jamais esteve!
-
Fernando tem razão, comandante! (concorda a inteligência artificial do barco invisível). Eu posso protegê-lo em campo. Já fiz isso uma vez na missão anterior! Formamos uma boa equipe em campo!
- Comandante! Eu preciso ir junto com o Fernando! (declara a embaixadora). Ele não conhece a língua local e eu posso nos livrar de algum problema se for preciso.
-
Não estou gostando de nada disso! (reclama o comandante). Esta é uma missão militar! É nossa responsabilidade! Deveríamos enviar um militar para fazer isso!
- Mas o tal soldado-aranha, não é um militar? (indaga Chin-Mae).

Eu, Fernando, sorrio para ela e respondo:

- Mais ou menos, embaixadora! Ele pode ser várias coisas! Pode ser comandando desde por um militar quanto pela própria inteligência artificial deste barco.

Chin-Mae espreme os olhos repuxados e franze a testa, sem entender o que isso significa! O barco invisível, agora funcionando como hovercraft e no formato invisível, flutua sobre o rio raso e os bancos de areia até o ponto onde eles desembarcarão. O barco invisível norte-coreano, mais distante dali, agora dá meia volta em direção à foz do Rio Taedong.

-
Comandante! Devemos trazer de volta o inseto artificial! (declara a voz feminina suave da inteligência artificial). Restaram apenas quatro unidades a bordo. Não podemos nos dar ao luxo de continuar com mais baixas deste recurso. Além do mais, o barco inimigo não será mais uma ameaça para nós.
-
Concordo com quase tudo o que disse, computador! (informa o comandante). Soldado João! Traga de volta nosso equipamento de vigilância aéreo.
-
Em que discorda de meu raciocínio, comandante? (indaga o computador).
-
Acho que teremos problemas num futuro não muito distante contra este outro barco invisível! O comandante inimigo foi bem claro quando disse que pagaremos um alto preço por isso...! (declara Severo). Fernando e embaixadora! Preparem-se para a saída desta embarcação. Vocês irão enfrentar um enorme perigo lá fora. Everardo lhes fornecerá coletes à prova de balas, armas, munição, um cantil de água para cada um, barras de cereais, sistema de comunicação, uma única moto e dois capacetes especiais com visão noturna em infravermelho. Não se esqueçam de usarem as vestes similares ao que o povo norte-coreano costuma usar. Vocês terão também a companhia de um soldado-aranha e de dois insetos artificiais para ajudá-los a se precaverem contra a presença de militares inimigos. Agora quero que os dois façam uma reunião rápida com Sabino que já traçou um caminho mais rápido para chegarem até a torre de transmissão. Vocês têm poucos minutos. Em breve chegaremos ao ponto onde ficaremos parados aguardando o retorno dos dois. Vamos aproveitar a calada da noite para que cheguem ao seu destino com mais esta proteção.

Eu e Chin-Mae deixamos a cabine de comando do barco invisível e nos dirigimos para a sala de manutenção para a reunião com Sabino, enquanto Everardo traz até a nossa mesa todos os materiais que utilizaremos no caminho!

- Olá, Sabino! (disse eu a ele). Qual é a nova rota para chegarmos até a Torre de Transmissão?

Ele liga o monitor do computador e mostra uma imagem de satélite com a direção a ser seguida pelas estradas quase desertas daquela região.

- Não podemos andar de moto pelas estradas inimigas! (declara Chin-Mae). O exército poderá estar por ali e seremos pegos muito antes de chegarmos à torre de transmissão. O mais adequado seria fazermos uma rota pelas montanhas até lá. É um percurso difícil, mas é mais deserto!
- Eu até concordaria com a senhora! (declara Sabino). Mas acontece que o nosso soldado-aranha não foi projetado para subir montanhas rochosas. Ele poderia cair e se quebrar. Precisaremos dele para finalizar a operação. Além do mais, ele poderá nos proteger durante o caminho. Eu tive uma ideia interessante e ousada! Discuti o assunto com o computador e faremos uma coisa nova e muito legal!
- E o que poderia ser? (declaro eu, Fernando).
- O soldado-aranha fará a moto e vocês ficarem invisíveis quando alguém cruzar seu caminho! (declara Sabino).

Chin-Mae volta-se para mim, fitando-me com aqueles belos olhos castanho-escuros, agora arregalados:

- E isso será possível? Como poderemos ficar invisíveis? (indaga a embaixadora sul-coreana).
- O computador acompanhará vocês durante o percurso e logo entenderão como isso funcionará (informa Sabino). Não se esqueçam de levar seus fones de ouvido. É com eles que poderão conversar conosco durante a missão em campo. O computador poderá falar em sigilo também com os dois pelo fone de ouvido! Assim a nossa comunicação poderá ser completa e silenciosa.
- Cabo Sabino! Os norte-coreanos têm uma eficiente rede de comunicação (declara Chin-Mae). Se apenas um dos militares nos descobrirem é possível que todo o país inimigo saiba disso num tempo muito curto. Se esta invisibilidade não funcionar para nós, teremos caído na teia do inimigo e será o fim da missão!
- Madame! É por isso que junto de vocês estará um dos nossos soldados-aranhas! (declara Sabino). Um especialista em destruir a teia inimiga!
Chin-Mae faz uma careta porque não gostou da piada de Sabino! Sem muitas informações ela se sente insegura com tudo isso! E desta forma começa a ficar muito preocupada com a situação.
-
Embaixadora! Fernando! Chegamos ao ponto de parada! (declara a voz feminina da inteligência artificial). Vistam-se com as vestes similares às locais! Vocês têm duas horas para finalizar a operação. Depois disso o barco invisível norte-coreano terá chegado até a foz do rio quando irá deixar o país e atacar a nossa frota aliada.
- Depois de atacarmos a torre de transmissão precisaremos avisar nossos aliados para que eles lancem o ataque para a retomada do norte da península coreana (comenta a embaixadora). E como eles enfrentarão um barco invisível norte-coreano?
-
Isto é uma guerra, embaixadora! Baixas acontecerão de ambos os lados (declara o comandante Severo). Quando avisarmos nossos aliados para iniciarem o ataque, o comandante da noite ligará para o almirante Figueiredo no Brasil, que avisará nosso contato norte-americano sobre a presença de um barco invisível norte-coreano que poderá atacá-los no litoral!
-
Avisando aos americanos da existência de um inimigo invisível nos tornaremos também um alvo de nossos aliados, porque eles poderão nos confundir com os norte-coreanos! (declara o supercomputador brasileiro).
-
Eu sei disso! (confirma Severo). Mas como eu disse antes: isso é guerra! Vamos apenas cumprir a nossa missão e desencadear todo o processo seguinte a isso! Faremos o possível para nos esconder do ataque aliado e não sermos atingidos enquanto deixamos o país.
-
Chegamos! (alerta o supercomputador). Liberando agora o soldado-aranha com a moto!

Eu, Fernando, olho para Chin-Mae, suspiro fundo e declaro a ela:

- Chegou a hora!

Ela também respira fundo e responde a mim logo depois:

- Sim! Chegou! E eu estou pronta para isso!
-
Nosso satélite nada informa de anormal lá fora por alguns quilômetros. Aproveitem o momento e boa sorte! (declara o soldado Ricardo, responsável pelas câmeras normais e térmicas do satélite brasileiro).
- Então vamos nos trocar! (digo eu pegando na mão dela e caminhando em direção ao quarto comunitário da embarcação).

Agora Severo liga para Figueiredo para informá-lo sobre o status da missão:

-
Almirante...! É o comandante Severo...! Chegamos ao nosso destino! Vamos iniciar a Missão Nuclear. Dentro de duas horas, aproximadamente, nossos aliados poderão ser acionados quando o nosso trabalho terminar...! Sim, senhor...! Obrigado, senhor...!

A porta de saída do barco invisível agora se abre! Os degraus da escada externa se articulam até se posicionarem paralelamente ao solo. Eu e Chin-Mae saímos pela primeira vez da embarcação, desde que iniciamos a missão lá no Brasil. Estamos com umas roupas velhas e bem surradas. São tecidos simples e rústicos, similares aos que o pobre povo norte-coreano utiliza. Lá fora está tudo escuro.

- Fernando e Chin-Mae! Coloquem seus capacetes com visor infravermelho para poderem enxergar no escuro! (declara a voz feminina do supercomputador através de nosso sistema auricular).

Eu coloco meu capacete e a dificuldade para descer os degraus desaparece. Posso ver tudo claramente agora! Pé ante pé vou caminhando pelos degraus, seguido de perto por Chin-Mae. Posso ver toda a paisagem local! Lentamente meus olhos se acostumam com a nova tecnologia enquanto chego até a moto.

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Ligo a motocicleta brasileira, sem acender as luzes do painel e do farol! Observo a região ao redor e por onde devo pilotar para sair dali. Chin-Mae se senta na garupa e se agarra à minha cintura. Sinto as mãos frias daquela mulher corajosa que quis se arriscar nesta aventura. Partimos então para o desconhecido e para a aventura mais perigosa de toda a missão!

- Fernando e Chin-Mae! Coloquem seus capacetes com visor infravermelho para poderem enxergar no escuro! (declara a voz feminina do supercomputador através de nosso sistema auricular).

Eu coloco meu capacete e a dificuldade para descer os degraus desaparece. Posso ver tudo claramente agora! Pé ante pé vou caminhando pelos degraus, seguido de perto por Chin-Mae. Posso ver toda a paisagem local! Lentamente meus olhos se acostumam com a nova tecnologia enquanto chego até a moto. Ligo a motocicleta brasileira, sem acender as luzes do painel e do farol! Observo a região ao redor e por onde devo pilotar para sair dali. Chin-Mae se senta na garupa e se agarra à minha cintura. Sinto as mãos frias daquela mulher corajosa que quis se arriscar nesta aventura. Partimos então para o desconhecido e para a aventura mais perigosa de toda a missão!

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