O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

Sabendo do iminente ataque das FARC que em breve acontecerá contra a nova base americana no Brasil para treinamento contra os guerrilheiros, Sérgio dirige-se para lá na tentativa de impedir os planos dos guerrilheiros. Ele já está no avião quando ouve o recado do comandante da aeronave:

-
Atenção senhores passageiros, vamos decolar em direção à Tabatinga. Apertem seus cintos de segurança, desliguem o celular e todo e qualquer equipamento eletrônico disponível para que não afete a nossa aeronave na decolagem. Dentro de cinco minutos todos poderão religar seus equipamentos novamente. Uma boa viagem a todos.

Sérgio, sentado perto da janela, olha agora para frente e abaixa as sobrancelhas, incomodado com a observação do comandante da aeronave. Ao seu lado está um garotinho com um game eletrônico em suas mãos, quando a mãe ordena a ele:

- Desligue isso, Igor! Você não ouviu o piloto mandar desligar tudo?

O garoto educadamente desliga o equipamento e, sem nada para fazer, olha para cima e para a esquerda, fixamente na direção do rosto de Sérgio. O androide acabara de erguer a gola do casaco e colocar um chapéu, que retirou de dentro de seu casaco. Ele retorna o olhar para o menino e pergunta para ele:

- Você não acha muito chato quando tem que se desligar das coisas que gosta nestas horas?

O menino balança a cabeça afirmativamente enquanto Sérgio ergue um pouco a manga da camisa no braço direito e ali, num relógio, o androide ativa um timer para religar todo o sistema dentro de cinco minutos. Ele abaixa o chapéu para cobrir todo o rosto e cruza os braços na altura do peito escondendo as mãos sob as roupas. Assim ninguém verá o que irá acontecer a seguir. O menino continua olhando na direção do enorme homem cibernético. O moleque abaixa um pouco mais a cabeça para enxergar melhor o rosto de Sérgio. Ele então percebe que todos os detalhes que definem o rosto do androide ficaram escurecidos. Os leds que definem a aparência dele se desligaram, a pedido do piloto da aeronave. O garoto arregala os olhos, abre a boca de susto e cutuca a mãe:

- O que foi, Igor!

O garoto aponta o dedinho indicador para o enorme homem ao lado e sua mãe lhe dá uma bronca.

- Calma, meu filho! É assim mesmo! Algumas pessoas têm medo de decolagens...! (responde ela falando bem baixo).

O garoto volta a olhar para Sérgio, abaixando de novo e lentamente a cabeça, tentando ver o rosto escurecido dele. A mãe dá um cutucão no filho, que volta rapidamente seu olhar para ela!

- Pare de olhar para o moço, Igor (fala ela bem baixinho). Que coisa feia...!
- Mas, mãe...! Ele apagou o rosto todo...! (retruca o garoto também falando bem baixinho).
- Não é assim que se fala, garoto! Ele apenas está de olhos fechados para não ver a decolagem! Daqui a pouco ele volta ao normal!

O garoto recosta a cabeça quando o avião começa a decolar, mas continua olhando fixo para Sérgio que não se mexe. Ele simplesmente desligou todos os equipamentos internos para evitar problemas na decolagem. Igor agora olha na direção do braço do homem e percebe que o relógio também desaparecera de seu braço.

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

O garoto fica cada vez mais intrigado com o estranho sujeito. Cinco minutos depois da decolagem, Igor vê o relógio reaparecer no braço escuro do homem que agora volta a ficar na cor da pele novamente. O moleque olha para cima e percebe que o rosto de Sérgio também está clareando e os detalhes do queixo, maçãs do rosto e nariz voltam a ficar visíveis novamente. Igor está novamente de boca aberta e olhos arregalados. Sérgio se religa inteiro novamente e começa a se mexer, retirando e guardando o chapéu dentro de seu casaco. O androide olha para o lado e vê a cara de espanto de Igor. Sérgio sorri e comenta com a mãe do garoto apontando para o pequenino:

- Seu filho tem medo de decolagens!

A mãe olha para o pálido filho e percebe ainda a carinha assustada, a boquinha minúscula aberta, os olhinhos superarregalados e fica preocupada com ele:

- Que foi, meu filho? Parece que viu um fantasma! Foi só uma decolagem! Mais nada!

O garoto olha para a mãe sem falar nada, mas ainda muito assustado. Em pouco tempo o avião chega em Tabatinga e o piloto fala novamente aos passageiros:

-
Atenção senhores passageiros! Em cinco minutos pousaremos no Aeroporto Internacional de Tabatinga na tríplice fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. Apertem novamente seus cintos e desliguem todos os equipamentos eletrônicos até que estejamos em segurança no solo. Obrigado pela preferência de nossa empresa de aviação! Voltem sempre!
- Lá vamos nós novamente! (declara Sérgio ao garoto). Não fique nervoso com a aterrissagem. Tudo ficará bem!

O androide aperta o cinto, puxa novamente a manga da camisa e acerta o timer para cinco minutos. Ele retira novamente o chapéu de dentro de seu casaco e o coloca sobre a cabeça, cobrindo todo seu rosto. Logo depois cruza os braços escondendo as mãos dentro do casaco. Ele se desliga novamente, enquanto o garoto continua assustado com a estranha forma escurecida da pele de Sérgio.
O avião pousa sem problemas. A mãe do garoto se levanta puxando o braço do garoto para sair dali. Mas o pirralho pega na manga do casaco do homem e com o puxão da mãe o braço escuro do androide fica visível. O menino olha para a mãe e agora fala alto:

-
Mãe! Olha o braço dele!

A mãe olha para o braço de Sérgio e nada vê demais. Por sorte ele acabara de se religar e seu tom de pele voltara a ficar normal.

- Igor! Eu não sabia que você ficaria tão apavorado e sem controle dentro de um avião!!!! (declara a mãe a ele). Não te trago mais nestas viagens! Que coisa feia!!!!

Sérgio agora retira seu chapéu e o guarda dentro do casaco novamente. Ele olha para o garotinho assustado e sorri para ele.

- Viu, garoto? Não foi nada demais! Já chegamos de volta à terra! (comenta Sérgio).
- De que planeta você é? (indaga Igor a Sérgio).
- O quê? (indaga Sérgio sem entender o que está acontecendo).
- Vamos embora, Igor! Quando chegarmos em casa vou te dar uma surra!

Por um minuto Sérgio fica em dúvidas do por quê o garoto perguntara tal coisa? Será que seu corpo androide não está agindo adequadamente? Será que suas ações não estão condizentes com as de uma pessoa humana? Ele aproveita para refazer o check-up de suas funções. Poucos minutos depois Sérgio já está voando em outro avião, este de pequeno porte para chegar até o aeroporto improvisado da polícia de fronteira brasileira perto da aldeia de Querari. O avião chacoalha um pouco e ele ouve o piloto reclamando:

- Droga! Parece que estamos com excesso de carga! Estranho!

Após viajar alguns quilômetros o pequeno avião conseguiu permissão e pousou no local. Sérgio desce dali e percebe a presença de dois helicópteros americanos no local e diversos soldados estrangeiros. Estão todos em treinamento. O agente brasileiro é recebido pelo tenente responsável pelo grupamento militar.

- Olá, senhor! O que veio fazer aqui na fronteira do Brasil?
- Olá, tenente! Meu nome é Sérgio! Sou agente da marinha brasileira e fui enviado até aqui para ajudá-los! (responde à questão o androide, apresentando seus documentos para confirmar a informação).

Henrique Versiani
como Sérgio

- Nos ajudar?!?! (indaga curioso o tenente brasileiro).
- Sim! Tenho informações de que vocês serão atacados muito em breve por um enorme grupo de guerrilheiros das FARC.
- Nós já estamos sabendo disso! Os americanos vieram para cá para nos dar apoio com armamento e técnicas que estamos neste momento treinando!
- Não estou falando sobre este assunto! Tenho informações que as FARC irão atacá-los muito em breve. Antes que os americanos retornem à Colômbia.
- Se eles fizerem tal coisa estaremos em maior número aqui com a presença dos americanos fortemente armados.
- Vocês não serão páreo numa luta contra dois mil homens fortemente armados e todos vindo para cá ao mesmo tempo.
- De onde tirou esta informação? (indaga o tenente da polícia de fronteira).
- De um guerrilheiro que faria parte do ataque.
- Muito bem! E o que acha que poderá fazer para nos ajudar? Estão vindo mais homens para cá?
- Não que eu saiba!
- Então... como pretende nos ajudar?
- Vou surpreender os guerrilheiros antes que eles venham até aqui.
- Como assim?!?! Vai até o acampamento deles... sozinho? Sim porque nós não podemos invadir o território colombiano!!!!
- Sim! Eu vou sozinho até lá.
- Você é louco? O que acha que poderá fazer contra dois mil homens bem armados e perigosos?
- Vou assustá-los e com sorte matar alguns do coração!

O tenente olha boquiaberto para Sérgio sem conseguir entender o que está acontecendo na cabeça daquele androide alucinado.

- Você não pode fazer isso! (declara o tenente).
- Por que não? Qual o problema disso?
- Irão matá-lo antes que chegue ao acampamento deles.

Sérgio abaixa a cabeça e sorri para o tenente.

- Tenente! Já ouviu falar de um fantasma que atua aqui na região?
- Claro! Mas eu não acredito nisso!
- Não acredita porque ele só ataca traficantes e guerrilheiros. Se ele atacasse policiais o senhor acreditaria.
- E o que pretende fazer então? Usar um lençol branco e gritar:
"Buuuuuu".
- Mais ou menos isso! A diferença é que entre um
"Buuuuu" e outro, morrerão diversos guerrilheiros.
- Você é louco! Agora eu tenho certeza disso! (declara, preocupado, o tenente).
- Bom! Pelos meus mapas... o acampamento dos guerrilheiros... é naquela direção..., não é?
- Sim! Acreditamos que sim!
- Ótimo...! Então fiquem atentos! Alguns guerrilheiros podem entrar em pânico comigo e fugirem para cá.

Sérgio começa a andar na direção de uma lancha da polícia de fronteira e requisita ao tenente:

- Tenente! Poderia pedir para alguém me deixar do outro lado da margem deste rio, para eu ir até o acampamento inimigo?
- E você vai assim...? Desse jeito...? Sem armas? Sem um plano? Sem comida ou água? Sem esperar a noite cair?
- Jura que vocês precisam de tudo isso para lutar? Nunca ouviu falar no elemento surpresa?
- Surpresa?!?! Surpresa você terá quando encontrar o primeiro guerrilheiro!
- Peça, por favor, para alguém me levar até o outro lado do rio. Depois disso mantenha alguém sempre de vigia, porque muito em breve irão ouvir algumas balas perdidas, corre-corres e debandada guerrilheira.

Incomodado pela arrogância, prepotência, loucura misturada com um excesso de coragem, o tenente mesmo vai até o barco para levar aquele maluco até a outra margem.

- A primeira regra da sobrevivência diz que devemos respeitar o poder do inimigo e nunca subestimá-lo (declara o tenente).

Sérgio entra no barco e aguarda a entrada do tenente enquanto responde a observação dele;

- Eu gostei e concordo com sua observação. Incomoda-se se eu disser exatamente isso para aqueles guerrilheiros que tentarem me enfrentar?
- Acho que não terá chance de fazer isso! Eles te matarão antes.

Sérgio sorri para o tenente enquanto este liga a lancha e rapidamente o deixa do outro lado da margem.

- Lembre-se, tenente! Fiquem atentos! Não irá demorar para alguns deles começarem a atirar meio sem direção. Algumas balas poderão atingir seu posto de guarda. É melhor montarem barricadas e se posicionarem num lugar mais seguro. Boa sorte para vocês!

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Sérgio penetra na mata, andando calmamente. O tenente pensa consigo mesmo:

- Que sujeito mais maluco! Acho que só ouviremos um tiro! Aquele tiro que matará este débil mental.

O tenente liga novamente sua lancha e retorna para a margem brasileira. Sérgio olha para trás, para ter certeza de que estava agora sozinho e seu corpo e rosto começam a se transformar. Uns leds vão se apagando e outros se acendendo o que muda a imagem dele para a de uma caveira com aparência de mau! Seu casacão negro, recoberto também por leds, agora ficou esverdeado combinando com a mata. Aquela figura parece agora um ser maligno vindo diretamente do inferno. Um fantasma que penetra na mata correndo. Lentamente ele desaparece embrenhado na floresta e apenas as plantas se mexem com o movimento de sua passagem. Uma imagem assustadora que certamente fará muitas vítimas em seu caminho.

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