O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

Subindo o Rio Taedong o nosso barco invisível brasileiro segue lentamente em busca de um destino incerto. Ao nos aproximarmos da capital do país, Pyongyang, a nossa principal preocupação é contra o que pode haver sob as pontes que cruzam o nosso caminho. Estamos com receio que novas armadilhas, deixadas no caminho, possam por em risco a nossa vida! Mais cinco insetos artificiais foram enviados e agora sobrevoam por cima e por baixo de cada ponte que nos aproximamos pelo caminho para avaliarem se existe alguma coisa errada por ali. A equipe militar usa nosso satélite brasileiro de espionagem, deslocado no espaço para nos acompanhar nesta missão, para avaliar as movimentações das tropas inimigas e seus equipamentos de guerra. Tudo isso está sendo identificado e a posição GPS de cada item demarcada para ser enviada posteriormente aos aliados. Enviar agora esta informação pode por em risco o segredo de nosso posicionamento atual. Os cinco militares da equipe verde e amarela usam também diversos sensores para buscar as eventuais armadilhas em nosso caminho. Estamos conseguindo manter uma distância razoável em relação ao nosso inimigo também invisível. O que mais nos preocupa, além dos perigos sob as pontes, são as minas subaquáticas. Como o casco do nosso barco não é metálico, então existe uma grande chance de não colidirmos com nenhuma delas, porque elas são, de uma forma geral, de acionamento magnético. Mas é possível que eles utilizem algum outro tipo de mina e isso nos seria fatal neste momento. Navegamos devagar, em ziguezague, em alerta máximo e em silêncio! Porém, Chin-Mae e eu, Fernando, conversamos, falando bem baixinho, a respeito do regime norte-coreano:

- Os militares de elite do regime norte-coreano são muito perversos com o povo e com os chamados inimigos do regime (declara a embaixadora). Qualquer um que cometa um pequeno delito é brutalmente espancado. Se este for contra o regime será morto sumariamente.

- Os governos ditatoriais são assim mesmo! (declaro eu). Por isso no mundo inteiro há uma revolta generalizada contra este tipo de regime.

- Na Coreia do Norte as mulheres são totalmente desconsideradas como seres humanos. Muitas crianças são filhos do ditador e sua "elite" de militares e de governo. Muitas são estupradas, só porque passaram perto de locais de segurança militar. Grande parte da população está sofrendo de diversas doenças, a maioria resultante da fome. Doenças como catarata, anemia e tuberculose matam ou destroem a capacidade das pessoas trabalharem. Os médicos sem-fronteiras visitam continuamente o povo norte-coreano para ajudar a salvar milhares de pessoas todos os anos. Alguns países ajudam mensalmente também com doação de alimentos, mas boa parte disso nem chega a toda a população! Kim Jong-un já declarou que ele não se importa com o povo. Ele adotou a atitude do pai que dizia que para que o país sobreviva bastava que apenas um terço da população continuasse viva e ativa. Com um pensamento tão egoísta, mesquinho e cruel como este vindo de Kim Jong-il, não poderíamos esperar nada de bom do filho e atual ditador!

- Você parece ter muita raiva dele, não é mesmo? (indago eu).
- E você não tem? Não acha inadmissível alguém tratar os outros desta forma? (questiona a embaixadora a mim).
- Claro que acho! E é por isso que estamos aqui! Vamos acabar com isso muito em breve!
- O que quero dizer, Fernando, é que se ele faz tais coisas contra o próprio povo, o que acha que preparam para nós de armadilhas aqui neste rio?
- Tem razão, Chin-Mae! O que acha que ele poderia fazer agora? (indago, preocupado, eu).
- Não sei! Mas tenha certeza de que não será uma coisa boa, nem para nós, nem para o povo norte-coreano!

O comandante ouviu nossa conversa, mesmo falando baixinho, e nos responde com novas ordens à tripulação:

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

- Computador! Faça uma varredura de material nuclear! (ordena o comandante). Procure por sinais de radiação vinda de uma potencial armadilha de lixo tóxico.
-
Sim, comandante (responde a voz feminina da inteligência artificial da embarcação).

Depois de uma curva do rio os insetos artificiais encontram uma nova armadilha sob uma das pontes! São diversos fios de nylon esticados sob a ponte cobrindo todo o rio à nossa frente. Eles estão ligados entre si formando uma malha em forma de rede de pesca para pegar peixes gigantescos, como nós!

-
Comandante! Encontramos uma rede fina estendida sob a ponte à frente! (comenta o computador de nossa embarcação). Ela é quase imperceptível a olho nu e da forma como está esticada é bem provável que existam minas explosivas dentro do rio penduradas sob a rede.

-
Então eles esperavam que caíssemos nesta armadilha e que as minas explodissem quando arrastássemos a tal rede? Bem engenhoso, não acham? (indaga o comandante falando à sua equipe lá em Brasília). Sabino e Everardo! Lancem os soldados-aranhas na água e cortem a parte inferior da tal rede para que as minas sejam levadas rio abaixo. Esta operação tem que ser rápida antes que nossos perseguidores nos alcancem. Computador! Quantas minas acha que estão penduradas na rede?

-
Pelo número de fios que penetram na água eu diria que são dez, comandante (afirma o computador).
- C
erto! Piloto! Vamos navegar de lado contra aquela rede (ordena o comandante). Quero que chegue bem perto dela enquanto os soldados-aranhas descem pela lateral e cortam os fios de nylon junto ao rio.
-
Sim, senhor! (responde a major e piloto Margarida).
-
Precisamos substituir as minas por outra coisa pesada para manter a armadilha no lugar (informa o comandante). Rápido, pessoal! Computador! Quanto tempo temos antes do barco invisível inimigo nos alcançar?
-
Temos apenas uns doze minutos, senhor, antes da embarcação inimiga chegar até aqui!

A ideia do comandante foi fantástica. Mantendo a rede no lugar nossos inimigos não imaginarão que passamos por ali e com isso ganharemos mais tempo para finalizar a missão de destruir a torre de transmissão! Mas agora precisamos resolver o caso rapidamente. A major Margarida virou de lado a embarcação, deixando-a paralelamente posicionada à ponte que está acima de nós. Pela porta do topo da embarcação, visualmente protegida sob a ponte norte-coreana, os soldados-aranhas saíram e desceram até a superfície do calmo rio asiático. Sabino e Everardo, comandando os aranhas, começam a cortar a base da rede de nylon, deixando-a livre das minas dependuradas ali. Sabino tem uma ideia e conversa com a inteligência invisível!

- Computador! Não teremos tempo para pendurar todas as estruturas que manterão a rede de nylon em sua posição. Então vamos pelo menos deixar um recado para nosso inimigo! Controle o meu soldado-aranha que já vou até o terceiro andar para lhe entregar o material.
-
Certo, Sabino! Estou aguardando! (responde o supercomputador).

Sabino retira os óculos de realidade virtual, levanta-se de sua cadeira e sobe a escada de alumínio vertical até o terceiro andar.

- Você ainda não me disse o que são estes soldados-aranhas? (indaga Chin-Mae a mim, Fernando, que ergo as sobrancelhas).
- Um dia você saberá o que são eles! (respondo eu a ela).

O barco invisível brasileiro se desloca paralelamente à ponte de margem a margem e em aproximadamente cinco minutos todas as dez minas foram cortadas. Elas descem até o fundo do rio sobre o macio lodo e não explodem, mas estão se deslocando para a foz onde encontrarão uma barragem de aço e concreto que isolam o país do restante do mundo. Ali sim elas poderão explodir e estragar o segredo da invasão invisível. Os soldados-aranhas retornam rapidamente para o interior da embarcação! Eles escalam a parede vertical usando as cordas de apoio e penetram de volta ao terceiro andar. As cordas são rapidamente recolhidas e a porta de saída deles é fechada. O nosso barco avança de lado, para baixo da ponte, enquanto a rede de nylon apenas acaricia a lateral inclinada e invisível. Em mais dois minutos cruzamos a barreira, antes mortal e agora inofensiva! A rede escorrega por cima de nossa embarcação e retorna para a sua posição anterior, mantendo a impressão de que a armadilha continuava armada ali. Mas agora restam apenas cinco minutos antes que o barco invisível inimigo chegue até nós. No terceiro andar Sabino está acabando de escrever com uma caneta de ponta porosa uma mensagem numa folha de papel, quando a inteligência artificial o indaga sobre o fato:

-
O que está fazendo, Sabino?
- Estou deixando uma mensagem para o comandante do barco inimigo neste papel de mergulho com esta tinta à prova d'água.

Agora o cabo acelera o passo e pega uma barra de ferro grande, um "pé-de-cabra", que estava fixada na parede lateral interna da embarcação. Sabino abre a porta de um armário e pega uma corda e a amarra na ferramenta metálica. A seguir pega também um gancho, faz um furo rápido na folha de papel e passa a corda por dentro deste furo, fazendo com que a folha de papel especial fique próxima ao "pé-de-cabra". Agora ele finaliza amarrando aquele gancho na ponta de corda que restou.

-
Sabino! Ainda não estou entendendo o que pretende com tudo isso!?!? (indaga a inteligência artificial).
- Vai por mim! (comenta Sabino). Pendure este recado na base da rede de nylon para que fique tudo isso dentro d'água. Corre lá!

Rapidamente a porta do terceiro andar se abre. A corda de apoio é arremessada em direção à água do rio. Um dos soldados-aranhas aproxima-se de Sabino e com uma das garras pega o dispositivo que o militar preparou. O aranha volta a ficar invisível, saia da embarcação descendo pela corda até a superfície do rio, onde pendura o gancho no limite da rede de nylon com a água doce asiática. Imediatamente o soldado metálico invisível retorna à embarcação, que já está se afastando dali. Bem na hora! Nosso inimigo está fazendo a última curva do rio, a mais ou menos um quilômetro de nós, antes de ficarmos frente-a-frente novamente!

-
Vamos embora daqui major! (ordena o comandante brasileiro a piloto Margarida). O mais rápido possível, mas sem deixar uma identificação na superfície do rio.

O barco inimigo se aproxima e seu comandante recebe uma informação de seu pessoal militar de apoio:

- Senhor! Estamos bem próximos do inimigo. O som de sua hélice está a um quilômetro apenas de nós.
- Ele está mantendo posição junto à próxima armadilha? (indaga o comandante norte-coreano).
- Só um minuto...! Não, senhor...! Ele continua se afastando!
- Mas isso não pode ser possível! A esta altura ele já deveria ter caído em nossa rede!?!? (exclama o comandante).
- Algo está errado, senhor! Ele já se encontra do outro lado da rede de nylon e se afastando rapidamente!?!?
- Como ele passou? Vamos nos aproximar da rede, piloto! Quero ver o que aconteceu ali!

O barco invisível norte-coreano chega bem próximo e um dos soldados asiáticos abre uma pequena portinhola por onde começa a puxar lentamente para cima a rede de nylon. Ele põe a cabeça para fora da portinhola e percebe que não há mais minas penduradas ali. Ele vê apenas um gancho, uma corda, um pé-de-cabra e uma folha de papel com um recado escrito. Nosso comandante Severo dá uma nova ordem à inteligência artificial:

-
Computador! Envie aquele inseto artificial para dentro do barco inimigo! Vamos aproveitar a porta aberta.
-
Sim, senhor! (responde o supercomputador brasileiro).

O militar norte-coreano está puxando todo o conjunto montado por Sabino para cima e para dentro da embarcação asiática. O inseto artificial aproveita o momento de distração e entra voando invisível para o interior da nau inimiga pela portinhola aberta. O inseto pousa numa parede lateral interna e aponta sua câmera frontal, disponível em sua cabeça robótica, na direção do soldado norte-coreano que arregala os olhos repuxados ao ver o recado naquela folha de papel! O militar arranca o papel especial, preso à corda, e o leva ao seu comandante. O inseto artificial voa novamente e o segue de longe pelos corredores internos e apertados do barco inimigo. O pequeno veículo aéreo computadorizado é muito silencioso, mas precisa voar o mais longe possível para que o som de suas asas invisíveis não seja ouvido por ninguém. O militar chega agora à cabine e entrega o tal documento ao seu líder, que ergue as sobrancelhas ao ver o significado do conteúdo! O inseto artificial acaba de chegar ao local e pousa de cabeça para baixo no teto do corredor, quando começa a caminhar até entrar na cabine inimiga. Com raiva o comandante norte-coreano joga a folha de papel no chão e todos no local podem ver também o que ali se encontra. O inseto artificial aponta sua cabeça na direção do papel com o recado de Sabino. A pequena câmera do agente voador se rotaciona cento e oitenta graus para mostrar a imagem, agora de cabeça para cima. Dentro da nossa embarcação também podemos ver o desenho no papel de uma mão com os dedos fechados e apenas o dedo anelar erguido verticalmente para cima, numa clara alusão de que o cabo Sabino "mandou" o inimigo "se ferrar"! Claro que estou sendo brando ao dizer isso! Afinal, não quero falar um palavrão neste livro! O comandante norte-coreano, revoltado com linguagem tão universal que nem precisou de tradutor, agora dá uma nova ordem à sua equipe:

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- Vamos passar por baixo da droga da rede e depois eu quero acabar de uma vez por todas com aqueles militares brasileiros desgraçados! Eles vão pagar caro por tudo isso!

Em nosso barco toda a equipe está rindo muito da graça que o cabo Sabino fez! O comandante brasileiro comenta o fato:

- Muito bem! Agora temos olhos e ouvidos dentro da cabine de nosso inimigo invisível. Mas quero lembrar que as baterias do inseto artificial não durarão para sempre. Computador! Antes delas acabarem traga o inseto de volta. Vamos aproveitar este momento único em nossa missão! Soldado João! Envie mais um inseto artificial para permanecer no exterior daquele barco. Assim substituiremos o que penetrou em seu interior! Vamos manter uma câmera pelo lado de fora e outra interna naquela embarcação. Teremos um verdadeiro Big Brother norte-coreano agora! Quero finalizar nossa missão rapidamente e depois destruir nosso perseguidor invisível! Bom trabalho até aqui pessoal!

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