O BARCO INVISÍVEL MISSÃO NUCLEAR Vol. II
Cine-Book é um projeto cultural que reúne a dramaturgia, a criação de trilhas e canções e que agrega ao livro um trailler, pequenos vídeos distribuídos pelos capítulos e um vídeo-clip da trilha sonora exclusiva. Este material transforma parte do livro em audiovisual, assemelhando-o a um filme e ainda ajuda a divulgar novos atores e cantores.
Este livro foi registrado na Biblioteca Nacional em nome do autor e está disponível gratuitamente para leitura apenas aqui neste site
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
VIVENDO NA CADEIA

CAPÍTULO XXIII
EM TERRITÓRIO INIMIGO

CAPÍTULO II
O CONCEITO DA GUERRA

CAPÍTULO XXIV
EU, ROBÔ

CAPÍTULO III
A INVASÃO DA BASE SECRETA

CAPÍTULO XXV
ARMADILHAS NO TAEDONG

CAPÍTULO IV
REUNIÃO PARA A GUERRA

CAPÍTULO XXVI
CAÇA E CAÇADOR

CAPÍTULO V
INFILTRANDO-SE NAS FARC

CAPÍTULO XXVII
O RETORNO DO FANTASMA

CAPÍTULO VI
VIAJANDO DE AVIÃO

CAPÍTULO XXVIII
NA TEIA DO INIMIGO

CAPÍTULO VII
A CAMINHO DO INFERNO

CAPÍTULO XXIX
CADEIA NACIONAL

CAPÍTULO VIII
DE VOLTA AO LAR NAVAL

CAPÍTULO XXX
CONSPIRAÇÃO

CAPÍTULO IX
LEMBRANÇAS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXI
PASSEANDO NO INFERNO

CAPÍTULO X
CONFRATERNIZANDO

CAPÍTULO XXXII
A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL

CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO MAR

CAPÍTULO XI
SEGREDOS DO PASSADO

CAPÍTULO XXXIII
O ATAQUE FANTASMA

Everardo está no interior da parte externa traseira alta da embarcação, finalizando a colagem de placas de proteção térmica para que os foguetes não queimem a estrutura externa de leds, devido ao forte calor gerado ali. Se isso acontecesse a embarcação ficaria totalmente visível neste local danificado, porque o sistema de invisibilidade queimaria. Seria terrível ficar visível em plena zona de guerra! A embarcação está quase parada em alto-mar, navegando bem lentamente para não atrapalhar o trabalho de manutenção em área externa. No segundo andar do barco Sabino está trabalhando na instalação da nova arma eletromagnética portátil na parte de cima e interior de um dos soldados-aranha. A fixação do equipamento já está pronta e ele agora testa a programação de combate. Pressionando alguns botões num tablet o militar fecha o disco metálico superior e o abre logo a seguir. As armas ali disponíveis se rotacionam apontando para frente, uma a uma. A inteligência artificial conversa com ele:

-
Sabino! Eu preciso testar efetivamente esta arma antes de entrar em combate!
- Não teremos tempo para isso! (informa Sabino, enquanto trabalha).
-
Mas corremos o risco de ela não funcionar e então será difícil finalizar a missão a contento!
- Eu sei! Mas não podemos testá-la aqui dentro. Um disparo poderá danificar seu hardware e ficaremos todos à deriva no oceano! (observa Sabino).
-
Então vamos testá-la em mar aberto!
- Em quê? Precisamos de algo eletrônico como alvo!
-
Que tal seu relógio de pulso!
- O meu?!?! Por que o meu relógio?!?!
-
Ele é o recurso eletrônico de que menos necessitamos aqui nesta missão!
- Eu sei..., mas ainda é o meu relógio!
-
Na guerra às vezes, é preciso fazer certos sacrifícios!
- Mas esta guerra ainda nem começou e meu relógio já terá que ser sacrificado?
-
É por uma boa causa...! Vamos lá...! Faça uma pequena balsa presa a uma corda. Ponha lá seu relógio! Afaste-a de mim e eu atiro contra ela. Então saberemos se isso irá funcionar bem!
-
A sua ideia é boa! Eu só não gostei de usar o meu relógio como uma vítima de guerra...! Terminei os testes de programação. Agora você pode testar o acionamento do gatilho! Eu ainda não instalei o sistema elétrico na arma e, portanto, você não disparará nada fazendo isso. É apenas um check-up de funcionamento!
CAPÍTULO XII
MANUTENÇÃO EM ALTO-MAR

CAPÍTULO XXXIV
INVASÃO E EVASÃO

CAPÍTULO XIII
VOLTANDO AO INFERNO

CAPÍTULO XXXV
FOGO AMIGO

CAPÍTULO XIV
SOBREVOANDO O PANAMÁ

CAPÍTULO XXXVI
ASSUMINDO A ASSESSORIA

CAPÍTULO XV
AS FARC NO BRASIL

CAPÍTULO XXXVII
HOLOCAUSTO DIVINO

CAPÍTULO XVI
VIAGEM PELO PACÍFICO

CAPÍTULO XXXVIII
PULVERIZAÇÃO

CAPÍTULO XVII
O MENSAGEIRO DA MORTE

CAPÍTULO XXXIX
A ORDEM ESTABELECIDA

CAPÍTULO XVIII
O PACÍFICO VIOLENTO

CAPÍTULO XL
O RETORNO DO SOLDADO

CAPÍTULO XIX
O ATAQUE DO EXÉRCITO

CAPÍTULO XLI
NOTÍCIAS DO FRONT

CAPÍTULO XX
A INVASÃO DA COREIA

CAPÍTULO XLII
O ÚLTIMO CAMPO

CAPÍTULO XXI
BASE AMERICANA NO BRASIL

CAPÍTULO XLIII
FUNCIONÁRIO-FANTASMA

CAPÍTULO XXII
PERDIDOS NA FLORESTA

PERSONAGENS
DESTE LIVRO

A inteligência artificial aciona o gatilho da nova arma, colocada na estrutura superior do soldado-aranha, e aparentemente tudo está funcionando bem! Sabino levanta-se do chão onde trabalhava com seu tablet para instalar agora o sistema elétrico de acionamento da arma na parte superior do soldado-aranha! Lá fora Everardo finaliza seu trabalho e está tudo praticamente pronto para um novo teste de campo. Ele começa a recolher as ferramentas quando percebe que seu colega, Sabino, está realizando um novo e inusitado teste.

- O que vai fazer, Sabino? (grita ele ao colega).
- Destruir meu relógio!
- O quê? Por que vai fazer isso?
- Por amor à Pátria!

Everardo não está entendendo nada do que irá acontecer no teste do colega e finaliza então seu trabalho, quando coloca a cabeça para fora do tubo de escape dos gases do foguete e fala novamente ao colega:

- Espero que destrua logo seu relógio, Sabino. Finalizei o meu trabalho aqui fora! Estou pronto para um novo teste do sistema de foguetes.
- Quanto tempo eu tenho antes disso? (grita Sabino).
- Uns quinze minutos até que eu religue tudo! (responde Everardo).
- Preciso de menos de dez minutos para destruir isso!
- Então corra!

Everardo, que estava com a cabeça para fora gritando para falar com seu colega, entra agora no compartimento superior do barco e logo depois reaparece no interior do barco no terceiro andar. Ele veda a estrutura interna, para os gases e ruído não penetrarem por ali. Sabino amarra com uma longa e fina corda seu relógio digital a uma placa de madeira. Agora a porta externa superior se abre. Ela afunda para o interior da superfície externa do barco e desliza lateralmente! Por aqui é por onde os soldados-aranhas abandonam o barco quando saem em missão. Sabino joga bem longe ao mar o conjunto amarrado, que fica calmamente boiando sobre as águas quentes e transparentes do Caribe. O militar continua segurando a outra ponta da corda quando o soldado-aranha aparece junto à porta de saída. Da parte de cima deste robô o disco circular se eleva. Abaixo desta placa redonda estão as diversas armas disponíveis, que se rotacionam rapidamente e o novo armamento instalado é apontado para frente, na direção do relógio. A inteligência artificial aciona o gatilho da arma que em silêncio dispara um forte pulso eletromagnético contra a placa de madeira flutuante e o futuro “finado” relógio de Sabino. Nenhum ruído é ouvido! Apenas os pelos do corpo do militar da marinha se erguem, ao lado do robô invisível.

-
Pronto! Se tudo deu certo seu relógio deve estar destruído agora! (declara a voz feminina do supercomputador do barco).

Sabino olha na direção do enorme robô, que não está invisível neste momento, insinuando que ele realmente não gostou de ter que fazer isso contra o seu único bem de pulso. O militar naval começa a puxar de volta a pequena placa de madeira, enrolando a corda na própria mão. O soldado-aranha recolhe o disco superior, escondendo as armas e retorna andando para a sua posição estacionária no interior do barco invisível. Ao chegar mais perto da embarcação a tábua começa a se arrastar sobre a superfície externa, subindo até chegar aos pés do jovem militar. Sabino puxa mais rápido a corda até as suas mãos, na esperança de rever o estimado..., mas agora..., inútil relógio..., que é o que o jovem cabo acaba de descobrir!

- Droga! (declara ele).
-
O que foi, Sabino? O teste não funcionou? (indaga a voz feminina da inteligência artificial).
- Não...! Funcionou sim...! Perdi definitivamente meu relógio...!
-
Não se preocupe com isso! A marinha lhe dará outro quando retornarmos ao Brasil! (declara a voz feminina do supercomputador).

Sabino o coloca de volta em seu braço e tal atitude chama a atenção do inteligente computador:

-
Por que o está usando novamente? Não disse que ele estava quebrado?
- É...! Mas estou acostumado com este peso em meu braço! Sinto-me bem usando-o!
-
Os seres humanos não agem de forma muito lógica!
- É verdade! E é para nos lembrar disso que os computadores foram criados!

A porta externa da embarcação se fecha. Sabino abre a escotilha de acesso e desce pela escada de alumínio vertical até o andar central. Lá ele reencontra Everardo que está pronto para iniciar o teste com os foguetes. Mas o comandante da missão cancela tudo!

-
Sabino e Everardo! Eu estive em reunião com o general Figueiredo, agora mesmo, e decidimos que o melhor seria fazer o teste dos foguetes apenas quando passarmos por cima do Panamá. Achamos que o combustível pode não ser suficiente para fazer isso se fizermos um novo teste agora.

Everardo avalia as informações do computador e percebe que terão que percorrer muitos quilômetros contínuos a uma grande altura.

- Tem razão, comandante! (concorda Everardo). Eu não tenho certeza se restará combustível suficiente para esta operação. Vou fazer os cálculos do quanto restou e do consumo anterior e informarei em breve.
-
Faça isso, cabo! Agora precisamos continuar nossa viagem em velocidade máxima! Já podemos?
- Sim, senhor! Nossos testes e melhorias terminaram, podemos continuar em alta velocidade até o Panamá!
-
Muito bem então! Major! Retome a alta velocidade em direção ao Panamá. Já tenho as coordenadas GPS do ponto exato por onde teremos que sobrevoar o país!
- Sim, senhor!
(responde a major Margarida, piloto da embarcação).

Eu, Fernando, estou na cozinha da embarcação escrevendo sobre estes primeiros dias de viagem quando Chin-Mae senta-se diante de mim e fica me fitando nos olhos, de forma serena e quieta. Concentrado nem havia percebido a presença dela ali. Depois de uns trinta segundos noto a bela mulher me olhando. Assustei-me com isso, o que causou o sorriso dela.

- Nossa...! Que susto...! Se você fosse uma cobra... a esta altura eu já teria sido picado...!
- Rsrsrs! Talvez eu seja uma cobra, Fernando! E talvez já lhe tenha picado!
- Oi...? Desculpe-me...! Não quis dizer que se pareça com uma cobra...! Mas... o que quer dizer com eu ter sido picado?
- Rsrsrs!

A embaixadora sorri para mim e não dá mais nenhuma pista sobre o que ela quis dizer com aquilo. Ela olha agora para o monitor onde podemos ver bem de longe as praias do norte do continente sul-americano!

- A viagem está meio monótona, não é? (indago eu a ela).
- É...! Mas estou mais preocupada com o momento em que chegarmos ao nosso destino! Não sei como faremos para entrar pelo Rio Taedong. Vocês não estão me ajudando a entender como isso será possível! Nós consultamos os americanos quando nos disseram que este barco nos levaria para esta missão, mas também não nos explicaram o motivo disso! Parece que eles entendem a necessidade de todo este segredo brasileiro. Nos garantiram que seus recursos navais são suficientes para executarmos esta missão tão difícil...! Estive pensando...! Que tipo de recursos seriam necessários para atravessar um rio que tem uma barreira de concreto por toda a sua extensão e um exército armado que observa todo o lugar com muita preocupação? Um submarino não passaria por ali! Um avião seria detectado ao pousar no rio! Só posso imaginar que vocês possuem um sistema de teletransporte ou estaremos invisíveis ao passar pela entrada para o interior norte-coreano! Mas tudo isso para mim parece ficção!

Eu paro de digitar, diante de observação tão acurada da embaixadora! Olho de lado para o monitor de TV ali perto e comento com uma voz diferente, simulando um “aeromoço” anunciando algo num sistema de som:

- Atenção senhores passageiros! À nossa direita Aruba! Ops! Já passou! Quem piscou não conseguiu ver!
-
Na verdade, Fernando, passamos por Trinidad e Tobago agora! Aruba é a próxima grande cidade daqui! (comenta a voz feminina e suave da inteligência artificial do barco invisível que nos monitora o tempo todo).

Eu, Fernando, olho para cima na direção dos alto-falantes e comento a observação do supercomputador:

- Ahh! Obrigado! Que bom que temos uma agente de viagem a bordo!
- Rsrsrsrs! Sabe...! Você disfarça muito mal...! Mas é uma boa companhia! (declara Chin-Mae).
- Obrigado, Chin-Mae! Também gosto muito da sua! (informo eu, Fernando). Espero que quando tudo isso acabar possamos continuar nos vendo no futuro.
- Será um prazer, Fernando! Quem sabe eu possa levá-lo um dia para conhecer a verdadeira Coreia, sem que ela seja do sul ou do norte! Mas inteira, como um dia no passado já fora! Espero que possa me retribuir este passeio com outro em seu país, para que eu possa finalmente conhecer o povo brasileiro, do norte, do sul, do leste e do oeste!
- Claro! Desde que o meu trabalho e o seu deixe algum espaço para isso! Afinal, estou preso entre as muitas missões desta embarcação e você terá uma vida diferente depois da reunião das coreias! Sua embaixada se modificará! Terão que ajudar o norte de seu futuro país a se integrar no século XXI, ao qual estão tão distantes hoje em dia.
- Sua observação é muito perspicaz, Fernando! (declara Chin-Mae).
- Estou apenas imaginando como serão as coisas em seu país, depois do que aconteceu com as Alemanhas Oriental e Ocidental.
- É verdade! Muita coisa irá mudar! Nosso país terá que se reestruturar inteiramente. Mas acredito que será muito bom o resultado final!
- Tenho certeza que sim...! Se sobrevivermos...!

Danilo Formagio
como Cabo Sabino

Gabriel Camargo
como Cabo Everardo

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